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Aulas de TOCE
1- Animais de Experimentação:
❖ Pesquisa clínica:
❖ Fisiologia Ambiental:
Ex: Ratos
A- Fatores externos:
• Temperatura
• Trocas de ar
• Umidade relativa
• Ruídos
• Luz
• Cama
• Dieta
São detalhes importantes que se não averiguados, alteram a fisiologia do animal e isso prejudica a
pesquisa.
B- Influência do Experimento: (nos animais)
• Medo – fazer experimentos com outros animais (eles veem tudo, escutam e isso altera a
fisiologia).
• Transporte – preferir durante o sono dos animais.
C- Constituição genética:
• Sexo (preferência por sexo masculino pois as femeas no cio tem alterações hormonais)
• Idade
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D- Ambiente Social:
• Tamanho do local
• Tamanho do grupo
2- Cicatrização de Feridas:
Objetivo: restabelecer a integridade e função do tecido afetado. É diferente de regeneração
(idêntico ao tecido lesado).
Lesão aguda gera cicatrização aguda → ordenada
Lesão crônica gera cicatrização crônica → desordenada (estaciona na fase inflamatória).
Fechamento primário ou por primeira intenção: as bordas da ferida são aproximadas por suturas
ou fios, clipes ou fita. Com perda mínima de tecido, ausência de infecção e edema mínimo.
Caracteriza-se por rápida reepitelização e mínima formação de tecido de granulação, apresentando
o melhor resultado estético.
Fechamento secundário ou por segunda intenção: ocorre perda excessiva de tecido e presença de
infecção. Evita fechar para não gerar abcessos. A cicatrização demora, depende da granulação e
contração da ferida para a aproximação das bordas.
Fechamento primário tardio ou por terceira intenção: após dias de tratamento por contaminação
grosseira, a ferida é fechada mecanicamente por suturas, enxertos cutâneos. O resultado estético
obtido é intermediário.
Processo de cicatrização:
1) Fase inflamatória ou exsudativa: hemostasia + resposta inflamatória aguda (72h).
2) Fase proliferativa ou regenerativa: angiogênese e fibroplasia (formação do tecido de
granulação) – 1 a 14 dias. O colágeno nessa fase é muito importante.
3) Fase reparativa ou de maturação: contração e remodelação. (3º dia até 9 meses). No 6º mês
temos uma cicatriz vermelha e no nono mês até 1 ano temos a cicatriz madura com coloração
semelhante a da pele. Geralmente adquire 70% da força da pele original (cicatriz pode alargar).
Quando existe um equilíbrio entre a produção e degradação de fibras colágenas, resulta numa
cicatriz normal, também considerada cicatriz estética.
Letícia Pasquarelli – 140 bpm
Produção > degradação = cicatriz hipertrófica ou queloide. Pessoas de pele negra têm mais
colágeno, logo enrugam menos conforme o avançar da idade porém tem mais chances de ter
queloide em cicatrizações.
Quando o processo de degradação das fibras colágenas é maior que sua produção, o aspecto final
é de uma cicatriz afundada e/ou cicatriz alargada em relação à pele ao redor, conhecida como
cicatriz atrófica, esteticamente comprometida.
Fatores que interferem na cicatrização: infecção, desnutrição (perda de 15 a 25% do peso, carência
de vitamina C) diabetes, perfusão de oxigênio, glicocorticoides, quimioterapia e radioterapia,
localização da ferida, corpo estranho, hemorragia, edema e obstrução linfática, idade do paciente,
hiperatividade do paciente, tabagismo, exposição ao sol.
Problemas na cicatrização:
O aspecto da cicatriz dependerá da sua localização no corpo, sentido da cicatriz, cor e textura da
pele, comprimento, largura e profundidade. Alguns locais do corpo, caracteristicamente,
apresentam uma tendência maior em formar cicatrizes mais evidentes, como a parede torácica, a
parede abdominal, assim como a região lateral da face e orelha.
Quelóides - é uma lesão proliferativa, formada por tecido de cicatrização
fibroso, secundária a um traumatismo de pele. Geralmente, é limitada à
pele, embora se estenda para os lados em relação ao ponto, ferimento ou
incisão cirúrgica de origem. Devido ao fato de crescer e invadir pele
vizinha, o quelóide é considerado por pesquisadores como um tumor
benigno cicatricial. O quelóide é uma lesão tumoral benigno, de superfície
lisa e consistência endurecida. No início, geralmente tem cor rosácea ou
avermelhada adquirindo, mais tarde, cor semelhante a pele normal ou
escurecida. A região anterior do tórax e os ombros são a localização mais
frequente de quelóides. Apresenta uma fase de atividade clínica, sendo
chamado como “quelóide ativo”, com vermelhidão, coceira e/ou dor, e uma
fase de inatividade clínica ou estável, conhecido como “quelóide inativo”,
sem a presença de sintomas ou crescimento.
Cicatrizes hipertróficas - É definida como uma lesão elevada, que não ultrapassa os limites ou a
extensão original da ferida ou incisão cirúrgica inicial, e apresenta tendência à regressão. É uma
resposta exagerada da pele a ferimentos, intervenções cirúrgicas, locais de vacinação, queimaduras
ou quadros inflamatórios. Entretanto, é usualmente confundida com o quelóide; por isso, a cicatriz
hipertrófica é também conhecida como “pseudoquelóide”.
Fatores de Risco: A incidência de cicatriz hipertrófica, assim como de quelóide, é maior em pessoas
de cor negra.
Clinicamente, a superfície da cicatriz hipertrófica apresenta-se lisa, brilhante, e às vezes com
pequenos vasos sanguíneos. Quando as cicatrizes hipertróficas entram na fase de inatividade
clínica, ou seja, quando terminam os sintomas de prurido ou dor, geralmente sofrem regressão.
Locais mais comuns: peito ou região pré esternal (operação cardíaca), parede abdominal (cirurgia
intestinal), dobra do pescoço (cirurgia de tireoide) e região do ombro (cirurgia ortopédica).
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Cicatriz inestética - Embora não sejam consideradas patológicas, as cicatrizes inestéticas, além de
poderem acarretar prejuízos estéticos e psicológicos, podem afetar a qualidade de vida e auto-
estima das pessoas portadoras. Existem diversos tipos de cicatrizes inestéticas:
A. Cicatriz alargada = rasa
B. Cicatriz atrófica = funda
C. Cicatriz discrômica = mais escura ou clara que a pele.
D. Cicatriz mista: mais um tipo cicatricial.
E. Cicatriz em alçapão = em curva (“c” ou “u”).
Tratamento:
1) Queloide: cortar ou tratar. Uso de corticoide + cirurgia.
2) Cicatriz hipertrófica: geralmente regride espontaneamente. Uso de corticoide tópico. Não
injetar, para evitar atrofias.
O uso local (tópico) de placa de silicone é uma modalidade de tratamento recentemente instituída,
não invasiva e indolor, para quelóide e cicatrizes hipertróficas. Alguns fabricantes impregnam
essas placas em óleo mineral para hidratar melhor a cicatriz.
Bandagem e imobilização da cicatriz: Para a prevenção de cicatrizes hipertróficas e alargadas,
pode-se minimizar a tensão na sutura cutânea por meio da aplicação de uma fita adesiva
microporosa como curativo (“microporagem”).
❖ Anestesia Geral:
Objetiva manter a analgesia, inconsciência, bloqueio neurovegetativo e relaxamento muscular.
Passo a passo da anestesia geral:
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❖ Peridural x Raquianestesia:
Raquianestesia: perfuração da dura máter, injeção do
anestésico no líquor. Mais simples de ser feito. Realizada
abaixo de L2. Injeção de 2-3ml (precisa de volume menor).
Tem bloqueio maior do que a peridural. É mais utilizada.
❖ Anestesia Local:
Indicada para procedimentos pequenos/regionais/superficiais.
Complicações: intoxicação por anestésico local.
Limitação: infecção do local da punção, pois isso diminui a ação do anestésico local e a recusa do
paciente.
❖ Sutura:
→ Maior disponibilidade
→ Método invasivo
→ Requer habilidade
→ Conhecimento requerido a todo médico
Materiais: porta agulhas – Mathiew, Mayo Hegar, Derf.
• O Adesivo Tópico para Pele é dirigido à aplicação tópica apenas para manter fechadas as
bordas cutâneas facilmente aproximadas de feridas decorrentes de incisões cirúrgicas.
• O adesivo líquido polimeriza em minutos, ao aplicar na pele.
• Vantagens: rapidez, não usa anestesia, aspecto estético
• Desvantagens: custo, disponibilidade, aplicação seletiva, acidentes
Fios de Sutura:
Monofilamentado x Multifilamentado
→ Qualidades do fio de sutura ideal:
Letícia Pasquarelli – 140 bpm
✓ Resistência adequada.
✓ Mínima reação tecidual.
✓ Não se degradar em produtos tóxicos.
✓ Não facilitar a infecção e permanecer estável na sua presença.
✓ Calibre e resistência constantes.
✓ Coeficiente de atrito adequado.
✓ Capacidade de manter a resistência até quando necessária.
✓ Velocidade de absorção não afetada pelos líquidos corporais.
✓ Ser de fácil manuseio - nó fácil e firme.
✓ Elasticidade adequada
✓ Não ser alterado com a esterilização.
✓ Ter baixa capilaridade.
✓ Não alergênico e não mutagênico.
✓ Ser de baixo custo.
Preparo local:
• Coaptação cuidadosa
• Fechar a ferida por planos, simetricamente, penetrando com a agulha às mesmas distâncias
e profundidades entre as bordas para que não se formem degraus, inversão ou invaginação
das mesmas
• Sempre evitar o excesso de tensão pois leva à isquemia, necrose e deiscência da ferida.
→ Suturas de Pele: interrompidas ou contínuas
Suturas interrompidas:
Suturas contínuas:
Catgut:
✓ Absorvível
✓ Curta permanência
✓ Biológico
✓ Grande reação tissular
✓ Uso interno
✓ Pode ser usado externamente
✓ Barato/ disponível
✓ O catgut é feito a partir de fios de colágeno animal.
✓ O catgut cirúrgico é embalado em envelope contendo solução conservante.
Catgut simples: ocorre uma inflamação moderada do tecido que é característica da resposta do
corpo estranho à substância. A seguir ocorre a perda da força tênsil e da massa da sutura, pois o
processo digestivo enzimático proteolítico dissolve o catgut cirúrgico. Retenção aproximada de 7-
10 dias. Absorvido por fagocitose em aproximadamente 65 dias.
Catgut cromado: o catgut cromado é processado para oferecer uma maior resistência à absorção.
Retenção aproximada 21-28 dias. Absorvido por fagocitose em aproximadamente 65-70 dias.
Fatores que podem afetar a perda da força tênsil e os índices de absorção:
1. Tipo da sutura - o catgut simples geralmente é absorvido mais rapidamente do que o cromado.
2. Infecção - o catgut cirúrgico é absorvido mais rapidamente no tecido infeccionado do que no
tecido não-infeccionado.
3. Áreas do tecido - o catgut cirúrgico será mais rapidamente absorvido em tecidos nos quais os
elevados índices de enzimas proteolíticas estejam presentes, como ocorre nas secreções do
estômago, colo e vagina.
VICRYL- poliglactina:
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Fio de Sutura VICRYL RAPID* (poliglactina 910) com cobertura: Absorvido por hidrólise.
Reação tecidual mínima. Aproximação de tecidos superficiais, em situações onde há necessidade
de suporte da ferida por curto espaço de Tempo (7 a 10 dias).
• Inabsorvível
• Bastante inerte
• Pouco atrito
• Barato
• Disponibilidade
• A sutura de nylon é uma sutura cirúrgica não-absorvível monofilamentar, estéril.
• As suturas são tingidas de preto ou verde para aumentar a sua visibilidade no tecido.
• A sutura encontra-se disponível também na forma incolor (transparente).
• É indicada para o uso na aproximação e/ou ligação geral dos tecidos lisos, incluindo o uso
em procedimentos oftálmicos, cardiovasculares ou neurológicos.
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• A sutura MONONYLON desencadeia uma reação inflamatória aguda mínima nos tecidos,
seguida de uma encapsulação gradual da sutura pelo tecido conjuntivo fibroso. Como o
nylon não é absorvível, a hidrólise progressiva do nylon in vivo pode resultar na perda
gradual da força tênsil com o decorrer do tempo.
Polipropileno:
Seda:
Fios de aço:
❖ Drenos:
Drenos são equipamentos usados para a remoção de ar ou fluídos já presentes na região interna
de uma cavidade ou ferida, além de também ser uma forma de prevenção ou de orientar trajetos
fistulosos.
Necessidade dos drenos cirúrgicos - quando usar:
importância da utilização dos drenos cirúrgicos se dá por eles retirarem o acúmulo de líquidos
do sítio cirúrgico que poderia servir como meio de cultura para microorganismos, reduzindo,
assim, a possibilidade de formação de um potencial foco infeccioso. Além disso, o acúmulo de
líquido pode acarretar aumento de pressão local, comprometendo o fluxo sanguíneo e linfático;
comprimindo áreas adjacentes e causar irritação e necrose tecidual (no caso de efluentes como
bile, pus, suco pancreático e urina).
→ Indicação e finalidade:
Indicação: Quando o fluxo da produção de fluído for superior à absorção espontânea.
Finalidade: Retirar uma quantidade de líquido dentro de uma cavidade natural ou criada;
Evitar/prevenir possíveis complicações relacionadas às cirurgias.
→ Diferenças
Ressalta-se que, na prática clínica, é comum os termos dreno, cateter e sonda serem usados
como sinônimos, embora haja diferenças relacionadas à função.
Por definição, os drenos são dispositivos que, colocados no interior de uma cavidade, espaço
ou ferida, têm como finalidade possibilitar a remoção de fluidos ou ar, que se encontram
presentes ou podem se formar posteriormente, além de orientar trajetos fistulosos. Em síntese,
a finalidade principal destes é estabelecer ou criar um trajeto artificial, com menor resistência,
entre uma cavidade ou ferida e o meio externo, ao longo do qual exsudatos ou secreções possam
exteriorizar-se, através de um caminho mais curto a ser percorrido.
Cateteres são tubos confeccionados de materiais diversos que podem ser inseridos em alguns
segmentos corporais com a finalidade de remover líquido (ex.: cateter vesical) ou infundi-
lo (ex.: cateter intravenoso).
Sondas são instrumentos utilizados para fins propedêuticos (detectar a presença de estenose,
corpo estranho) ou terapêuticos (sonda esofagiana, gástrica, enteral, lacrimal, retal).
Vale ressaltar que o desvio de função desses dispositivos é uma situação frequentemente
encontrada.
→ Drenos:
No geral, esses dispositivos podem ser classificados como: dreno aberto, dreno de reservatório,
dreno de sucção fechada, cateter para drenagem de abscesso.
Aplicação de drenos/cateteres/sondas:
• Cirurgia biliar.
• Cirurgia da tireoide (preocupação com hematoma e hemorragia ao redor das vias
aéreas).
• Neurocirurgia (onde há risco de aumento da pressão intracraniana).
• Cateteres urinários.
• Tubos nasogástricos.
Tipos de Drenos:
LAMINARES:
• Os drenos BLAKE* são dispositivos de silicone com quatro canais de fluxo que diminuem a
possibilidade de obstrução do dreno e aumentam a capacidade de drenagem.
→ JACKSON-PRATT® Dreno de Silicone Plano Perfurado
• Introduzido na região das vias biliares extra-hepáticas, utilizados para drenagem externa,
descompressão ou, ainda, após anastomose biliar como prótese modeladora, devendo ser
fixado através de pontos na parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo
sua remoção espontânea ou acidental.
→ Dreno de tórax (selo d’água):
• É o cateter utilizado para livre drenagem de urina do rim até a bexiga, em condições adversas.
• Uma extremidade ancora-se na pelve renal e a outra extremidade curva-se no interior da
bexiga.
❖ Sondagens:
Colocação de sondas (tubos flexíveis ou rígidos) em canais ou cavidades naturais do
organismo, com o fim de conhecer a condição, extrair líquidos ou administrar substâncias. É
uma técnica invasiva que utiliza os orifícios naturais do corpo.
Sondas:
Tipos de sondagem
• Via Nasal ou oral: traqueal (aspiração de VAS), gástrica (drenagem, lavagem, medicação e
alimentação), jejunal e duodenal (alimentação enteral).
• Retal: esvaziamento, diagnóstico
• Uretral: drenagem, diagnóstico e tratamento
Vias de introdução de alimentos: nasogástrica, nasoduodenal, nasojejunal, jejunostomia,
gastrostomia.
Sonda gástrica: esvaziamento gástrico, exame diagnóstico, alimentação, operação de grande
porte, dilatação aguda do estômago.
Material:
✓ Sondas de material flexível Polietileno Silastic Calibres de 4 Fr. a 28 Fr.
✓ EPI
✓ Lubrificante (gel de lidocaína)
✓ Seringa, reservatório, estetoscópio, gaze, esparadrapo
Técnica:
1. Anatomia
2. Posição do paciente: decúbito dorsal, decúbito lateral, semi-sentado, lateralização da cabeça,
flexão cervical.
3. Material disponível
4. Informação ao paciente
5. Anestesia tópica: lidocaína gel pela narina com seringa
6. Vasoconstritor: pode resultar na otimização da passagem da sonda nasogástrica pela redução
da mucosa e prevenir trauma e epistaxe.
7. Marcação da sonda
8. Introdução rápida (via nasal ou oral)
9. Auxílio da deglutição
10. Introdução até a marcação previamente feita na sonda
11. Verificação da posição
12. Fixação
Complicações:
• Obstrução da sonda
• Úlceras de asa do nariz, epistaxe
• Otite por contiguidade do óstio tubário
• Esofagite de refluxo
• Perda eletrolítica por mal posicionamento
• Aspiração ou intubação da traquéia
• Laceração e/ou perfuração de esôfago e estômago
• Mal posicionamento da sonda;
• Administração inadequada da dieta;
• Intolerância a algum componente da fórmula;
• Trauma esofágico
• Esofagite
• Perfuração é incomum, mas pode resultar em morte
• Sinais de perfuração do esôfago: dor torácica e/ou cervical, febre, enfisema subcutâneo,
dispnéia e disfagia.
• Complicações mínimas: irritação nasal, epistaxe e sinusite
• Pneumotórax
• Pneumonia por aspiração
• Nó na sonda
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Nutrição enteral
✓ Alimentação prolongada na impossibilidade total/parcial de alimentação oral
• Pré-operatório
• Pós-operatório
• Bexiga neurogênica
• Parto normal/cesariana
• Retenção urinária aguda
Contraindicações:
→ Várias tentativas de cateterização sem sucesso + sangue no meato uretral → durante a tentativa
de passagem da sonda houve uma lesão uretral, e se insistir, pode piorá-la. Nesses caoss, prefere-
se a punção supra-púbica.
Drenagem vesical supra-púbica: introdução de um cateter após uma incisão ou punção na região
supra-púbica a qual é preparada cirurgicamente sendo que o cateter é posteriormente conectado à
um sistema de drenagem fechado.
✓ Punção supravesical com cateter
✓ Citostomia cirúrgica
Técnica:
✓ Conhecimento da anatomia principalmente feminina
✓ Técnica asséptica
✓ Material adequado: sondas de polietileno, sondas de látex e silicone com balonete (Foley –
sondas de demora ou cateter urinário de múltipla luz). Calibre de 4 a 28 Fr.
✓ Cateter com hidrogel e prata: para minimizar infecções.
✓ Introdução da sonda com o balão vazio e assim que sair o xixi pela sonda (confirmando
que está na bexiga), inflar o balão.
✓ A colocação no sexo feminino é mais fácil do que no masculino devido a angulação.
Passo a passo no sexo masculino:
• Assepsia adequada
• Colocação do campo estéril
• Lidocaína em gel na uretra
• Lubrificação do meato
• Retificação do pênis e introdução da sonda
• Insuflação do balão
• Conexão da sonda ao coletor
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• Fixação da sonda (face medial da coxa, abdome) de forma a não exercer pressão da sonda
na glande.
❖ Os cateteres:
Geralmente são considerados os dispositivos utilizados para acesso venoso central e periférico
(inserção em veia central, inserção periférica obtendo acesso venoso central, dissecção venosa,
porta para quimioterapia).
Seleção do cateter e sítio de inserção: depende do que se quer fazer no paciente, duração da terapia,
viscosidade do fluido, componentes do fluido, nas condições de acesso venoso.
Quanto mais hipertônica, mais vasoativa e irritante, mais profundo deve ser localizado o cateter.
Quanto mais fino o cateter, maior a possibilidade de ele entupir rapidamente.
Um bom fluxo sanguíneo reduz a complicação de flebite, que é a principal complicação relacionada
a introdução de cateteres venosos.
Material: jelcos, insyte, medicath, etc. Calibre de 10 a 24 Ga
(quanto maior o número, menos calibroso é).
Exemplos:
Em um pneumotórax hipertensivo: usar o mais calibroso (24 por
exemplo).
Em bebês ou idosos: usar os mais finos (12 ou 14)
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Ao mesmo tempo que introduz o cateter, puxa a agulha. Existe uma série de fixações variadas.
É importante verificar o sítio posteriormente: se há extravasamento de soro, deslocamento de
cateter.
PICC: colocação do cateter central inserido perifericamente. Inserção de um cateter em uma veia
periférica (geralmente na face medial do antebraço) e esse cateter pode alcançar a veia cava
superior. Apresentam maior segurança para infusão de soluções vesicantes, irritantes e
hiperosmolares, antibioticoterapia, nutrição parenteral prolongada e uso de quimioterápicos.
Antigamente, era feito apenas por médicos e hoje os profissionais de enfermagem já fazem
também.
Posição do cateter: porção distal da veia inominada ou na porção proximal da veia cava superior.
• Celulite periofício
• Tromboflebite séptica
• Septicemia
• Endocardite
• Osteomielite
• Flebite
• Hematoma
• Extravasamento
•
Flebite: processo inflamatório da camada intima das veias causadas por irritação mecânica,
química ou infecção bacteriana. Fatores de risco: tempo de permanência, habilidade do
profissional, localização, cuidados com o cateter, número de lumens.
Complicações do PICC:
• Falha do procedimento
• Hemorragia
• Infecção
• Perfuração do vaso
• Embolo de fio guia
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• Tromboembolismo
Acesso venoso central:
Frequentemente usado em UTI e sala de operações. Punção de subclávia.
Indicações: monitorização hemodinâmica, infusão de solução de grande osmolaridade, pressão de
artéria pulmonar, hemodiálise, NPT.
Técnica de Seldinger: puncionar a veia central com uma agulha longa de pequeno calibre por
dentro da qual avança-se um fio-guia. Pode ser por dupla luz ou luz única.
Complicações:
5- Traqueostomias:
Traqueotomia: é a simples abertura da traqueia para qualquer intervenção cirúrgica na mesma. É
um tempo cirúrgico da traqueostomia.
Traqueostomia: é a exteriorização da traqueia através de prótese ou anastomose direta à pele da
região cervical ou mediastinal, podendo ser temporária ou definitiva.
Um dos procedimentos cirúrgicos mais antigos (3500 a.C). Era somente indicada para situações de
emergência. Atualmente, a primeira técnica para emergências de via aérea é a intubação.
A partir de 1950, com o advento da ventilação mecânica com pressão positiva, evolução das UTI,
aprimoramento dos respiradores, se passou a utilizar a traqueostomia com mais segurança. Em
1960, houve o desenvolvimento de tubos e cânulas traqueais menos traumáticos (alto volume e
baixa pressão). Nos dias atuais, temos a evolução das técnicas percutâneas.
❖ Indicações de traqueostomia:
Obstrução de vias respiratórias: disfunção laríngea, trauma, queimaduras e corrosivos, corpo
estranho, anormalidades congênitas, pós operatório, neoplasias, apneia obstrutiva do sono.
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❖ Técnicas:
a) Cirúrgica clássica (convencional ou aberta)
b) Percutânea
Requisitos para o procedimento, para qualquer técnica: iluminação e instrumentos adequados,
equipe de auxílio, aspirador e bisturi elétrico, intubação endotraqueal prévia.
Anatomia cirúrgica: a traqueia estende-se da borda inferior da cartilagem cricóide até a carina,
mede 10-13cm (18-22 anéis). A parede posterior é membranosa e faz relação com a parede anterior
do esôfago. É protegida por um grupamento de músculos: esterno-hioideos, esterno-tireoideos e
esternocleidomastoideos.
Vascularização: ramos das tireoideanas inferiores, ramos da subclávia, e ramos das artérias
brônquicas.
O local correto para realização da traqueostomia é entre o 2º e 3º anel traqueal. Lembrar que entre
a cartilagem tireoide e a cricoide há uma membrana onde se faz a cricotireoidostomia.
B- Técnica Percutânea:
Indicações: as mesmas da traqueostomia convencional. Utilizada essencialmente em condições
eletivas.
Contra-indicações relativas:
• Idade precoce (menos de 16 anos)
• Variações anatômicas
• Discrasias sanguíneas
• Valor do PEEP maior ou igual a 20
Contraindicações absolutas:
Técnica: baseia-se numa dilatação progressiva – técnica de Ciaglia. Punção do local onde vai
incisar (abaixo do 2º anel), passa uma agulha com um fio guia. Através do fio guia passa-se os
dilatadores até chegar ao tamanho da cânula propriamente dita. Há outras técnicas como a de
Griggs (usa uma pinça que já introduz a cânula), a de Fantoni (utiliza um broncoscópio) e a técnica
de PercTwist (quase não utilizada).
A técnica mais utilizada hoje em dia é a de Ciaglia com o brurrino (um dilatador único que
progressivamente vai aumentando de tamanho). O ideal é que seja feito com o controle do
broncoscópio para evitar lesões na parede membranosa posterior da traqueia.
Vantagens da técnica percutânea:
• Rápida execução
• Poder ser realizado à beira do leito (CTI)
• Pode ser realizado por não especialistas
• Melhor resultado estético
• Menor custo (EUA)
Desvantagens: complicações (reduzidas com controle endoscópico).
TC X TP:
❖ Cricotireoidostomia:
Acesso cirúrgico emergencial das vias aéreas através da membrana cricotireoidea: intubação
endotraqueal impossível ou contraindicada.
Feita na membrana entre a cartilagem tireóidea e a cricoide. Pode ser feita por punção ou com uma
cânula que nem a traqueostomia.
Material: jelco/agulha, seringa e fonte de oxigenação.
Variante: conectar um adaptador em Y ao cateter, onde uma extremidade é conectada a fonte de
oxigênio e a outra serve como válvula de controle expiratório. Manter o oxigênio a 10L/min.
Fornecer ventilação conectando o polegar intermitentemente na saída aberta do Y por 1 segundo e
mantenha livre por 3-4 segundos. É uma técnica que não permite ventilar o paciente e sim somente
oxigenação.
Na crico cirúrgica, palpa-se a membrana (pouco tecido adiposo) e já vai direto com a lâmina do
bisturi e faz a incisão.
Letícia Pasquarelli – 140 bpm
Toda cricotireoidostomia deve ser convertida para uma traqueostomia formal dentro de 24h a 72h,
pois as complicações (região subglótica) são mais complexas que as lesões traqueais. Não deve ser
utilizada eletivamente para acesso prolongado das vias aéreas nem usadas no grupo pediátrico.
❖ Toracocentese:
Indicações: na presença de uma coleção líquida ou gasosa para fins de diagnóstico, bem como de
alívio sintomático → derrame pleural com restrição respiratória, diagnóstico de derrame pleural,
pneumotórax em paciente no respirador (hipertensivo com desvio).
• Pré operatório: raio-x e coagulograma.
• Sítio: 7º, 8º, 9º EIC na linha hemiaxilar (drenagens).
• 2º EIC em emergência apenas para pneumotórax.
→ Exame radiológico do tórax em duas incidências (PA e Perfil):
1 - seleção do local da punção
2 - derrames septados e de pequeno volume.
→ Técnica da Toracocentese:
1- Posição: o paciente deve ficar sentado com o braço apoiado sobre a mesa, suporte de soro ou
pela enfermeira, ou deitado a 45º.
2- Assepsia e antissepsia
3- Anestesia: infiltração local utilizando-se agulha fina (abaixo da ponta da escápula - 8 ou 9
E.I.C.) com Xilocaína à 1% nos planos subcutâneo, intercostal e subpleural.
4- Localização do derrame: introdução da agulha próximo a borda superior da costela adjacente,
fugindo dos elementos vásculos-nervosos-intercostais. Não realizar abaixo da costela para não
lesar a intercostal (ramo da aorta).
5- Aspiração do líquido para exames.
→ Riscos e fatores inerentes ao procedimento:
✓ Pneumotórax
✓ Hemotórax
✓ Empiema (infeçcão)
✓ Edema pulmonar por re-expansão (a sucção súbita causa a expansão súbita gerando grande
pressão negativa nos alvéolos podendo trazer líquido das artérias causando edema
unilateral). Não se deve retirar 1,5L de uma vez e sempre devagar (o sinal é a tosse). Muitos
médicos usam corticoide precocemente (questionável).
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❖ Drenagem Torácica:
Os drenos pleurais têm tripla função:
1. Evacuar ar proveniente das fugas aéreas bronquíolo alveolares
2. Evacuar o conteúdo líquido que impede a re-habitação do pulmão naquele hemitórax
3. Trazer o pulmão à parede
→ Princípios da Drenagem Torácica:
A drenagem pleural fechada deve ser:
1 - estanque para evitar entrada de ar na pleura
2 - irreversível para impedir a entrada de ar ou de líquido do exterior para o interior
3 - colocada e mantida de maneira rigorosamente asséptica
4 - habitualmente aspirativa por uma aspiração ativa ou passiva por simples sifonagem.
(contraindicação: pneumonectomia)
5 - pouco dolorosa quanto possível
→ Colocação do dreno:
1 - No fim da toracotomia - se coloca sempre um ou dois drenos que passam por orifícios de contra-
abertura (anterior e posterior à incisão). Cada orifício é circunscrito por um ponto em U
2 - No tórax fechado - sob anestesia local, através de trocarte ou de pequena incisão com bisturi e
dissecção com pinça Kelly
Letícia Pasquarelli – 140 bpm
→ Técnica Cirurgica:
✓ Posição do paciente
✓ Assepsia e antissepsia
✓ Sítio de drenagem (triângulo de segurança)
✓ Anestesia local
✓ Toracocentese de localização
✓ Incisão cutânea transversal
✓ Dissecção do TCSC e musculatura intercostal
✓ Preparo do ponto de fixação (Donati ou em “U”)
✓ Pleurotomia romba
✓ Introdução do dreno com auxílio de pinça longa OU Introdução do trocater (dreno)
✓ Fixação
✓ Conexão ao “selo d´água”
✓ Verificar oscilação e fuga aérea
✓ RX de controle
→ Técnicas de Drenagem de Tórax:
A- Punção ou trocarter (para dreno pouco calibroso)
A’- colocação do trocarter com o dreno.
B- Romãs com pinça Kelly após a chegada do trocarter na
pleura
B’- Colocar o dedo antes do dreno para saber se do outro lado tem pulmão (ruim pois o dedo pode
ser maior que o dreno).
→ Conexão do dreno ao frasco:
✓ Utiliza-se um tubo macio, transparente e suficientemente longo para permitir o paciente de
se mover
✓ O frasco é fechado por uma tampa hermética por onde passam dois tubos:
1 - um longo que vem do paciente e mergulha no líquido estéril - “selo d’água”
2 - um curto deixado ao ar livre ou conectado ao sistema de aspiração (com interposição de frasco
de segurança)
✓ Ponto em U é passado para evitar a anestesia novamente após a retirada do dreno.
✓ Aumento da pressão negativa do frasco coletor – aspirativa.
✓ Vigilância do dreno constante por radiologia.
→ Obstrução:
• Ordenha diária por compressão manual do dreno.
• Jamais injetar ar ou liquido.
• Jamais introduzir o dreno secundariamente (reutilizar dreno que já saiu assim como furo).
→ Retirada:
• Ausência de fuga aérea
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❖ Vias de Acesso:
Incisão parietal que permite a abordagem de uma cavidade para acessar a estrutura alvo”.
• Cavidade abdominal
• Cavidade torácica
• Ao pescoço
• Outras
Vias de acesso ao abdome:
✓ Laparotomia: abdome
✓ Laparoscopia: pneumoperitônio
Vias de acesso ao tórax:
✓ Toracotomia: tórax
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Paramediana:
✓ Pouco usada.
✓ Pode lesar a musculatura
✓ Demorada
✓ Difícil de estender
✓ Não estética
✓ Difícil de reabrir
Paramediana trans-retal:
✓ Rápida
✓ Denerva parte do músculo reto, formando abaulamento (não tratável, iatrogenia comum).
✓ Difícil para novo acesso
Pararretal externa:
✓ Demorada
✓ Dupla sutura aponeurótica
✓ Acesso limitado
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✓ Denerva a musculatura
Transversais e Oblíquas:
✓ Ênfase na topografia
✓ Podem ser estendidas (às vezes)
✓ Seccionam a musculatura
✓ Uma incisão transversa pode ser menor para alcançar aquele
órgão.
❖ Laparotomia Transversa:
Colostomia, descompressão – trans-retal
Incisões para apendicite aguda:
MC BURNEY (D) e DAVIS (C) – apendicite em fase inicial sem secreção
purulenta disseminada com TC para localizar apêndice.
✓ Estéticas
✓ Relativamente rápidas
✓ Pouco ampliáveis
Subcostal (Koscher):
✓ Paralela ao rebordo costal
✓ Eleição para vias biliares
✓ Pode ser ampliada
✓ Trabalhosa
✓ Corta músculos
Variações da Subcostal:
1- Incisão de ROSS
2- Incisão de LECLERC
Pfannestiel:
✓ Vertical disfarçada
✓ Boa para cirurgia pélvica
✓ Estética
✓ Demorada
✓ Grande descolamento
✓ Ampliação limitada
✓ Cesariana
❖ Escolha da Incisão:
Longitudinal:
• Rápidas
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• Universais
• Não estéticas
• Menor resistência (um só plano de sutura)
• Maior chance de hérnias incisionais
Transversa:
• Minimamente invasiva
• Menor resposta inflamatória
• Alta precoce
• Pneumoperitônio
❖ Toracotomia:
“Abertura da cavidade torácica para a execução de procedimentos cirúrgicos nos pulmões, coração,
vias aéreas principais e mediastino”
Anatomia:
• Pele
• Subcutâneo
• M. Int. Externo
• M.Int. Interno
• M. Int. Íntimo
• Pleura (mais delicada que a aponeurose)
Toracotomias Tóraco-abdominais:
• Unilateral – Toracofrenolaparotomia
• Mediana – Mediastinolaparotomia
Toracotomias Tóraco-cervicais:
• Unilateral – Tóraco-mediastino-cervicotomia (Dartevelle-Grunenwald)
• Mediana – Mediastino-cervicotomia
Indicações:
Tanto a mediastinoscopia como a mediastinotomia são feitas para avaliar ou excisar linfonodos
ou massas mediastinais e para o estadiamento tumoral (p. ex., câncer de pulmão e esôfago),
embora a utilização de PET e aspirado transbrônquico por agulha guiado por ultrassonografia
endobrônquica reduzam a necessidade desses procedimentos para o estadiamento do câncer.
Pericardiocentese: é um procedimento para a drenagem do derrame pericárdico, deve ser feita para
aliviar os sintomas causados pelo derrame pericárdico ou para estabelecer o diagnóstico em casos
ainda não esclarecidos. A remoção de apenas quinze a vinte mililitros de líquido
do derrame pericárdico já é o suficiente para produzir uma significativa melhora das condições
hemodinâmicas do paciente. A técnica consiste na introdução da agulha 0,5 cm à esquerda do
apêndice xifoide, a 45° da pele, logo abaixo do esterno. Avanço lentamente a agulha em direção à
fúrcula esternal (mantendo a aspiração da seringa) até que seja observado refluxo de líquido
pericárdico.
→ Toracotomias:
Toracotomia axilar:
• Campo menor área para atuar, mas a cicatriz é menor.
• Usada para simpatectomia, bulectomia/pleurectomia, biópsia pulmonar, biópsia
mediastinal.
Toracotomia Antero-lateral: acesso de emergência, lesão aórtica.
Toracotomia Vertical:
• Esternotomia.
• lesões do coração, grandes vasos e pericárdio, doença pulmonar bilateral, transplante
cardiopulmonar, trauma, cirurgia combinada cardio-pulmonar, bócio que invade tórax.
• Em tumores grandes pode combinar-se as incisões com ela.
• Usa serra elétrica para abrir o tórax.
• Fechamento do esterno com fio de aço.
Toracotomia de clamshell:
• Unilateral – Toracofrenolaparotomia
• Mediana – Mediastinolaparotomia
Incisões tóraco-cervicais
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• Unilateral – Tóraco-mediastino-cervicotomia
• Mediana – Mediastino-cervicotomia
• Toracoesternotomia unilateral: “hemiclamshell”
Toracofrenolaparotomia:
• À direita: reconstrução do trato biliar, excisão do lobo direito do fígado, derivação porto-
cava, excisão de tumor de adrenal ou rim.
• À esquerda: esôfago inferior, gastrectomia total, esplenectomia, derivação esplenorrenal
distal, tumores volumosos retroperitoneais ou adrenais.
Tóraco-mediastino-cervicotomia: ressecção de tumores que acometem o estreito torácico
superior - tumor de Pancoast-Tobias
Salas inteligentes: dispositivos interligados, com vários monitores posicionados de acordo com a
disposição dos profissionais durante o procedimento.
Disposição do cirurgião: adoção de alinhamento com o órgão a operar e o monitor (eixo da
operação). Evitar imagem em espelho, varia de a cordo com a região a ser operada).
❖ Disposição da equipe:
→ Auxiliar assistente:
✓ Afastamento e tração de estruturas
✓ Não movimentar as pinças quando estas estiverem
fora do campo de visão.
→ Auxiliar da câmera (“olhos do cirurgião)
✓ Mesma linha do monitor
✓ Evitar tolher movimentos do cirurgião
✓ Evitar movimentos bruscos e contínuos.
→ Disposição do paciente:
✓ Ditado pela localização do órgao a ser operado e pela
disposição da equipe.
✓ Decúbito dorsal: grande maioria das cirurgias abdominais.
✓ Decúbito lateral: esplenectomia, suprarenalectomia
✓ Posição de Lloyd-Davis: acesso ao reto ou vagina, cirurgias de andar superior (ergonomia)
❖ Instrumental Básico:
→ Óptica ou laparoscópio:
1- Sistema de lentes e fibras ópticas
2- Encaixe para a câmera
3- Entrada para o sistema de iluminação
4- Extremidade distal com diversas angulações (0, 30, 45, e 90
graus).
→ Acesso e pneumoperitôneo:
1- Agulha de Veress (técnica fechada)
2- Trocater de Hasson (técnica aberta)
→ Trocartes: os instrumentais são colocados e retirados da cavidade por portais, que são chamados
de trocartes. Diversas espessuras de acordo com a espessura do instrumental que vai ser inserido.
→ Redutores: reduz o calibre do trocarte, muito usado para passar fios.
→ Pinças: de dissecção e de preensão
→ Tesouras
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→ Clipes e clipadores: são utilizados em substituição às suturas. Servem para clipar estruturas
como vasos, ductos, etc.
→ Porta agulhas
→ Dissectores: gancho conectado a fonte de energia que você disseca e cauteriza ao mesmo tempo.
→ Afastadores: entram fechados e adquire certos formatos dependendo do tipo de cirurgia.
→ Aspirador/Irrigador: saída para aspiração e entrada para irrigação.
→ Endobags: para retirada de estruturas.
→ Grampeadores: semelhantes ao da cirurgia aberta.
Movimento da cirurgia: muito limitado.
Introdução:
• Acesso ao sistema venoso, seja para coleta de amostras de sangue ou para infusão de
soluções
• Utilizado em diversas situações
• OBRIGAÇÃO de todo médico, profissional de enfermagem e acadêmico de medicina
conhecer as técnicas de cateterização.
• Realizados em situações eletivas ou críticas.
• Exigem destreza, rapidez, planejamento, concentração e atenção durante todo o
procedimento.
Funções:
Administração de fluídos, nutrientes, medicações, hemoderivados, monitorização hemodinâmica,
hemodiálise, nutrição parenteral, quimioterapia, administração de contrastes.
Tipos de acesso venoso
• Periférico x Central
• Arterial x Venoso
• Implantado x Semi implantado
Venoso:
→Vasos de mais fácil acesso, pela superficialidade;
→Paredes mais elásticas
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→Espasmo
→ Maior calibre
→ Deve se evitar o termo “pegar veia”.
→ Prefere-se usar o termo punção venosa. Venóclise também é utilizado.
• Superficial e Profundo
• Punção percutânea
• Dissecção venosa
ATENÇÃO:
→A safena externa e as veias superficiais do dorso do pé devem ser evitadas pelo risco de trombose
em adultos
→Utiliza-se em crianças.
Material: equipamento de proteção pessoal, solução antisséptica, garrote, algodão ou gaze, scalps
(Butterfly) ou cateteres(Jelco ou similar), seringa, água destilada, equipo de infusão venosa, bomba
para infusão, filtros, esparadrapo ou similar, conectores: tampa de oclusão com filtro, injetor duplo.
Scalps
✓ Indicado para infusões de curta duração;
✓ Manuseio mais simples;
✓ Menor velocidade de infusão;
✓ É frequente o extravasamento de solução.
✓ Calibres de 19 a 27 Fr: quanto maior o número menos calibrosa é a agulha
Cateteres:
✓ Indicado para infusões de média duração
✓ Menor irritação ao endotélio
✓ Maior velocidade de infusão
✓ Extravasamento menos frequente
✓ Jelcos, Insyte, Medicath, etc
✓ Calibre de 10 a 24 Fr: Maior o número, menos calibroso
Cuidados na inserção:
• Lavagem das mãos com água e sabão, antes e após a punção venosa.
• Calçar luvas de procedimento, como medida de biossegurança.
• Considerar o calibre e localização da veia, tipo e duração do tratamento IV.
• Deve-se iniciar a punção sempre da extremidade distal para a proximal (menor calibre para
o maior).
• As veias mais apropriadas são as do dorso da mão, cefálica, basílica e veias medianas.
• As veias mais próximas às articulações devem ser evitadas, pois a imobilização da
articulação é necessária. Também devem ser evitadas as veias dos membros inferiores em
adultos, devido ao aumentado risco de flebite e trombose.
• Preferência do membro não dominante - maior autonomia para o auto cuidado
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• Não utilizar quando não se visualizar as veias do membro superior com torniquete
• Não utilizar na presença de flebite ou Celulite
Posicionamento:
→Porção distal da veia inominada ou na porção proximal da veia cava superior
→Posição estimada do cateter: medir a distância desde o ponto de entrada na pele até:
A - Junção esterno-clavicular: Subclávia
B - Área media do manúbrio: Veia inominada
C - Junção manubrio-esternal: Cava superior
D - Apêndice xifóide: Átrio
• Embora seja um procedimento rotineiro, deve ser executado com cautela e preparo
adequado
• A posição do paciente e o conhecimento detalhado das referências anatômicas são cruciais
Indicações:
• Monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central)
• Pressão de artéria pulmonar
• Acesso vascular para a infusão de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas
• Hemodiálise
• Acesso vascular de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou quimioterapia;
• Reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia
• Estimulação cardíaca artificial temporária (marcapasso)
• Acesso venoso em pacientes com veias periféricas exauridas
• Reposição volêmica de emergência
• Estabilização hemodinâmica
Contra-indicações:
• Inexperiência ou material inadequado
• Falta de consentimento do paciente
• Distúrbios da hemostasia
• Infecção no sítio de punção
• Paciente em choque hipovolêmico
• Punção de veia subclávia em pacientes enfisematosos
• Punção de veia jugular em paciente com história pregressa de cirurgia no sítio de punção
• Durante manobras de ressuscitação
Acessos preferenciais:
Adultos:
• Veias superficiais do membro superior (umeral e axilar)
• jugulares (dissecção e punção);
• Subclávias (punção);
• Femorais (dissecção e punção);
Crianças
• Veias basílica, umeral, axilar (dissecção)
• Jugulares (punção e dissecção)
• Facial (dissecção)
• Safena maleolar (punção e dissecção)
• Subclávia (punção)
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Veia subclávia:
Veia Femoral:
• Geralmente pouco utilizada para a cateterização venosa central prolongada, devido ao alto
índice de complicações.
• Útil em situações clínicas especiais, como manobras de ressuscitação cardiorrespiratória e
reposição volêmica no politraumatizado.
• Baixo índice de complicações imediatas, além de permitir passagem de cateteres de grosso
calibre.
• Acesso venoso de emergência;
• Necessidade de acesso venoso profundo com impossibilidade de dispor veias jugulares e
subclávia
Contra-indicações:
Técnica:
1- Remoção dos pelos
2- Anestesia local
3- Palpação do pulso femoral
4- Veia femoral está paralela e bem medial à artéria
5- Afaste a artéria lateralmente
6- Punção no sentido cranial, a 45º com a pele
Complicações: punção da artéria femoral, hematoma (frequente), laceração nervosa, fenômenos
tromboembólicos, infecção.
Cuidados:
✓ Permeabilidade da via de acesso
✓ Fixação do cateter
✓ Propedêutica física e radiológica do tórax (veia femoral da coxa)
✓ Prevenção da infecção
✓ Tolerância do organismo ao cateter
✓ Curativos
Dissecção venosa:
• Colocação da porta
• Túnel subcutâneo
• Ocultação total do cateter
• Ativação por punção percutânea com agulha especial
❖ Dissecção venosa:
Procedimento cirúrgico, indicado na impossibilidade de acesso venoso periférico para hidratação
venosa, infusão de nutrição parenteral e outros medicamentos que necessitam infusão continua.
• Requer habilidade e instrumental.
• Realizado uma vez, a veia será inutilizada.
• Doenças crônicas, múltiplas internações.
• Desprezo pelo cuidado e manutenção acesso venoso.
• Perde-se acesso muito frequentemente, muitas vezes logo após o procedimento o cirurgião
e chamado pois o cateter entupiu ou “saiu”.
• Ato médico
Sítios de dissecção: veia safena maleolar (crianças), veia femoral, veia basílica, veia braquial, veia
axilar, veia jugular interna, veia jugular externa, veia facial (crianças), veia ilio-inguinal.
Obtenção de acesso vascular sob visão direta:
✓ Incisa-se a pele e isola-se o vaso
✓ Flebotomia
✓ Ligadura distal do vaso
✓ Introdução do cateter
✓ Fechamento
Flebotomia:
• É o procedimento cirúrgico de implantação de cateter vascular em veias periféricas para
inserção de cateteres centrais.
• Procedimento de urgência na impossibilidade de acesso venoso central.
• É uma opção de curta duração (usualmente 4 a 5 dias em populações adultas)
• Alto risco de complicações infecciosas.
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❖ Punção intra-óssea
• Acesso rápido e seguro
• Absorção rápida
• Tíbia, crista ilíaca e fêmur
• Técnica relativamente fácil
• Vasos intramedulares não colapsam no choque hipovolêmico
• É um método muito rápido de obtenção de acesso vascular em crianças, principalmente
bebês
• Qualquer infusão pode ser administrada
• Pode ser feita com relativa habilidade apesar de seu uso pouco frequente
• Via temporária- deve ser substituída o mais rápido possível /3-4 horas
• Atenção à circunferência da panturrilha para detectar extravasamento
• Pode ser usado até por 72-96 horas se não houver alternativa.
• Cessada a emergência deve ser obtido outro acesso venoso
• Pode ocorrer osteomielite
Indicações:
• Acesso venoso de emergência quando é impossível outra via, e não há tempo ou
disponibilidade para dissecção venosa.
• Usado em crianças abaixo de 3 anos
• Há relatos de utilização em crianças mais velhas e adultos
• Sugerida como primeira tentativa em crianças em parada cardiorrespiratória ou choque
severo, quando o estabelecimento da via aérea e ventilação são prioridades.
• É sugerido que em caso de falha ao obter acesso venoso em 90 segundos ou 3 tentativas,
partir para a punção intraóssea.
Contra-indicações
❖ Cateter Arterial
Pressão arterial invasiva (PAI)
9- O sistema deve ser zerado antes do início das medidas. (A zeragem é fundamental para
garantir o nivelamento do local do sistema circulatório e do transdutor de pressão)
10- A onda de pressão é captada pelo diafragma do transdutor que transforma o impulso
mecânico em impulso elétrico e amplificado por um monitor eletrônico.
Complicações:
• Insuficiência vascular
• Vasoespasmo
• Redução da perfusão capilar
• Oclusão arterial
• Hemorragia
• Hematoma local
• Infecção do sítio do cateter
• Trombose
• Injeção acidental de drogas por via arterial
• Isquemia e necrose
• Embolização arterial e sistêmica
Material: mesa auxiliar, solução antisséptica, cateter arterial, gaze estéril, mascara descartável,
avental estéril, luva estéril, campo estéril fenestrado, seringa descartável, agulha 13 x 0,38, agulha
40 x 12, anestésico local, solução salina 0,9% – 250 ml, heparina sódica – 5.000 UI/ml, kit –
transdutor de pressão, bolsa pressurizadora, fio de sutura agulhado mononylon, pinça para
sutura/porta-agulha.