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Discentes:
Iassildo Acácio Aufer
Laura Palmorim Fernando
Laurinda Tivane
Docente:
Féliz Nfaume
Introdução..........................................................................................................................3
Estrutura de mercado.........................................................................................................4
Monopólio.........................................................................................................................5
Características do Monopólio........................................................................................6
Monopólio legal.............................................................................................................7
Monopólio natural..........................................................................................................8
Barreias à entrada..............................................................................................................9
As barreiras estruturais..................................................................................................9
As barreiras estratégicas..............................................................................................10
Preço único..................................................................................................................13
Discriminação de preços..............................................................................................13
Conclusão........................................................................................................................16
Referências Bibliográficas...............................................................................................17
Introdução
Nos meados do século XIX, em consequência do crescimento económico, as empresas
deixam de ter um carácter familiar, porque não têm capacidade financeira para fazer
face às inovações tecnológicas, ao alargamento do mercado e à concorrência. Surgem
grandes empresas e a intervenção dos bancos na indústria.
Não tao obstante, o trabalho segue a estrutura normal de um trabalho académico, onde
contem elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
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Breve historial do Monopólio
Para Pindick & Rubinfeld (2010)
O monopólio, assim, que tanto pode ser de direito, como de fato, visa a subtrair uma
soma de negócios ou de operações ao regime da livre concorrência ou à lei da procura e
da oferta, facultando ao monopolizador em se tornar o exclusivo senhor da praça.
Estrutura de mercado
A estrutura de mercado de um ramo de actividade descreve as características de um
ramo, em especial o número e dimensão das empresas vendedoras, a dimensão da
concentração empresarial e o grau de homogeneidade ou heterogeneidade dos seus
produtos.
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Na óptica de Samuelson (1987):
Pode dizer-se que a maioria das situações de mercado num mundo real se situa
entre os casos extremos de concorrência perfeita e de monopólio. A
concorrência imperfeita implica controlo sobre o preço por parte de cada
empresa, em virtude da circunstância de não existir um número muito grande de
empresas concorrentes que vendam exatamente o mesmo produto. (p. 514)
Monopólio
Assevera Frank (2006) que, o monopólio consiste em um modelo de estrutura de
mercado oposto ao da concorrência perfeita, pois apenas uma empresa supre todo o
mercado. Inúmeros motivos podem ensejar a criação de um monopólio, por exemplo,
restrições legais à entrada de outras empresas, ou, ainda, quando a tecnologia de
produção tenha um custo tão elevado que somente se consiga obter um custo mais baixo
de produção quando o mercado é suprido por um só produtor – hipótese chamada de
monopólio natural.
Para o mesmo autor, na concorrência perfeita, tem-se o preço como um dado, enquanto
que no monopólio, a empresa monopolista ao decidir quanto produzir toma o preço
como uma função da quantidade produzida. Maximiza-se o lucro com a elevação da
produção até o ponto em que a receita marginal com a última unidade produzida se
torne igual ao custo marginal de produzi-la
A instituição de um monopólio gera perda social – tanto que é vedada pelo ordenamento
jurídico –, pois além de transferir a renda dos consumidores para a empresa, devido ao
preço mais alto, resulta em menor quantidade produzida.
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Na optica de Frank (2006) “um monopólio é uma estrutura de mercado na qual um
único vendedor de um produto sem substitutos próximos serve todo o mercado.” (p.
408)
Portanto, se uma empresa concorrencial aumenta levemente o seu preço, perderá todas
as suas vendas. Um monopólio, contrariamente, possui um controlo significativo sobre
o preço que cobra.
Deste modo diz Frank (2006) “empiricamente, uma medida prática para se decidir se
uma empresa possui um poder de monopólio significativo consiste em analisar a
elasticidade preço cruzada da respectiva procura relativamente aos seus substitutos mais
próximos.” (p. 409”
Características do Monopólio
Na óptica de Nabais & Ferreira (2010) “a estrutura de mercado composta por apenas um
vendedor e muitos compradores. Na caracterização do comportamento dos produtores e
dos consumidores em mercado de monopólio, consideramos os seguintes pressupostos:”
(p. 275)
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c) O produtor fixa o preço (price maker). A empresa monopolista, ao decidir a
quantidade a produzir, sabe o efeito directo que tem sobre o preço de mercado.
O preço diminui quando as vendas aumentam e aumenta quando as vendas
diminuem.
d) Os consumidores são tomadores de preços. Os consumidores compram a
quantidade que necessitam, ao preço que está em vigor.
e) O monopolista não reage às decisões dos rivais porque não os tem.
f) Existe uma única empresa do lado da oferta;
g) Existem muitos compradores de pequena dimensão;
h) Não existem substitutos próximos;
i) Existe informação perfeita (os consumidores estão perfeitamente informados
sobre o preço e as características do produto do monopolista);
j) Existem barreiras à entrada de natureza estrutural (legal) e de natureza
estratégica que impedem a entrada de rivais.
Monopólio legal
Em muitas economias é ilegal que mais que uma empresa venda o mesmo produto ou
preste o mesmo serviço. Se surgir uma empresa nesse tipo de mercado estamos em
presença de um monopólio legal. (Ex.l: Correios, exploração de uma rede interurbana
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de transportes e monopólio estatal de exploração de recursos minerais estratégicos;
EDP, na distribuição de energia em Portugal).
Monopólio natural
Ainda para Nabais & Ferreira (2010)
Uma situação de monopólio pode ser gerada, não porque seja garantido por lei
mas pelas próprias leis da economia. Este tipo de mercado surge em sectores
que exigem investimentos muito grandes e períodos de amortização muito
longos, juntamente com a ocorrência de mercados muito pequenos. Pode
acontecer que a curva da procura de mercado se cruze com as curvas de custos
marginais e custos médios, numa zona em que essas curvas ainda se encontrem
com inclinação descendente, tal como mostra o gráfico. (p. 276)
Cm
Cmg
Nesta situação ocorrem fortes economias de escala: quanto mais se produz mais barata
fica a produção de cada unidade. Por este motivo, mesmo que existam vários
concorrentes à partida, um deles acabará por eliminar os outros, produzindo mais e a
mais baixos custos. Por este motivo designam-se estas situações como monopólios
naturais. (Ex.: Empresas fornecedoras de electricidade).
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P
Cmg Cm D
Cm
Cmg
Q1 Q
No gráfico acima pode-se ver que numa empresa em concorrência perfeita, a curva de
custo medio (Cm) a longo prazo atinge um mínimo em Q 1 de produção numa parcela
muito pequena no mercado total, assim sendo, a procura do mercado não pode ser
satisfeita apenas por uma empresa que esta a produzir ao seu custo mínimo.
Barreias à entrada
Segundo Parkin (2009), “restrições legais ou naturais que protegem uma empresa de
concorrentes potenciais são chamadas de barreiras à entrada. Algumas vezes. Uma
empresa pode criar sua própria barreira à entrada adquirindo uma parcela significativa
de um recurso essencial.” (p. 258)
As barreiras estruturais
Ainda refere o autor que são barreiras estruturais decorrem das características dos
mercados as seguintes:
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elevadas economias de escala. Um caso extremo diz respeito aos monopólios
naturais: para os volumes de produção relevantes, o aproveitamento das
economias de escala exige que haja apenas um produtor no mercado - uma única
empresa pode produzir o output total com menor custo que um número maior de
empresas;
Vantagens absolutas de custos: custos inferiores, resultantes por exemplo da
experiência de estar no mercado há mais tempo, ou de se utilizar uma tecnologia
mais eficiente ou de se ter acesso a preços dos factores produtivos mais baixos,
permite ao monopolista baixar o preço e ganhar guerras de preço;
Patentes e concessões: trata-se de uma protecção legal para uso exclusivo do
produto que a empresa desenvolveu, permitindo a recuperação dos investimentos
assumidos e fomentando a inovação (exemplo: indústria farmacêutica);
Diferenciação: quando o produto é diferenciado, a existência de muitas
empresas pode tornar os custos não suportáveis;
Restrições do comércio internacional: é o caso de tarifas e quotas protectoras
de mercados internos
As barreiras estratégicas
O mesmo autor refere ainda que ss barreiras estratégicas decorrem da acção das
empresas instaladas com o objectivo de evitar a entrada são:
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Publicidade: a conquista de fidelização por parte dos consumidores através da
imposição de uma marca pode tornar uma entrada no mercado mais dispendiosa.
Como antes referido, em monopólio, existe apenas um produtor que tem poder de
mercado pois domina totalmente o lado da oferta, não tendo qualquer concorrente.
Logo, o monopolista fixa o preço de mercado (price-maker) ou a quantidade. No
entanto, esse poder de mercado é limitado, dado que o monopolista está sujeito à curva
da procura.
Significa então que a função procura que o monopolista enfrenta corresponde à função
procura de mercado.
RT =P (Q)∗Q
Rmd=P( Q)
dRT
Rmg= =d ¿ ¿
dQ
Significa então que a receita marginal tem duas componentes: →o preço P a que
évendida a última unidade, que épositiva; →dP/dQ, que é negativa: a diminuição do
preço que se verifica em todas as unidades anteriores (em concorrência perfeita, dP/dQ
= 0).
Max Q< ¿ RT – CT
dRmg dCmg
d 2 < ¿ 2 <0 ⇔ < ¿
dQ dQ dQ
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Significa então que o lucro do monopolista é maximizado quando o benefício obtido
com a venda da última unidade produzida iguala o custo de produzir essa unidade
adicional. Para volumes de produção superiores ao volume de produção de equilíbrio,
Cmg > Rmg, donde a produção de uma unidade adicional faz reduzir o lucro, pelo que
se deve reduzir a produção; para volumes de produção inferiores ao volume de
produção de equilíbrio, Cmg < Rmg deve produzir-se mais pois o lucro aumenta
Cmg
P*
Rmd
Q* Rmg Q
Logo, quanto menos elástica for a curva da demanda da empresa, maior poder de
monopólio ela terá. O determinante definitivo do poder de monopólio é, portanto, a
elasticidade da demanda da empresa.
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O número de empresas atuando no mercado
Se existirem muitas empresas, será pouco provável que qualquer uma delas tenha
possibilidade de influenciar significativamente no preço de mercado.
O autor diz que há duas amplas situações de monopólio que criam diferentes trade-off.
São elas:
1. Preço único
2. Discriminação de preços
Preço único.
A De Beers vende diamantes (de determinado tamanho e qualidade) pelo mesmo preço
a todos os seus clientes. Se tentasse vender a um preço baixo a alguns clientes e a um
preço mais alto a outros, só os clientes de preço baixo comprariam dela. Outros
comprariam dos clientes de preço baixo da De Beers. A De Beers é um monopólio de
preço único. Um monopólio de preço único é uma empresa que precisa vender cada
unidade de sua produção pelo mesmo preço a todos os seus clientes.
Discriminação de preços
As companhias aéreas oferecem uma enorme variedade de preços pelo mesmo voo.
Muitos produtores de pizza cobram um preço por urna pizza e praticamente dão de
graça uma segunda pizza.
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Esses são exemplos de discriminação de preços. A discriminação de preços é a prática
de vender diferentes unidades de um bem ou serviço a diferentes preços.
Quando urna empresa pratica a discriminação de preços, primeira vista ela está fazendo
um favor aos clientes.
Na verdade, ela está cobrando o preço mais alto possível por unidade vendida e obtendo
o maior lucro possível.
Exemplos: Consultorias, dentista do interior que cobra um preço diferente para cada
indivíduo.
Exemplo: Preço de energia (empresas pagam um preço e famílias outro pelo Kw/h).
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Obs.: Pode ser também em relação à qualidade, como no exemplo das companhias
aéreas (poltronas com mais espaço; classe econômica).
Dois bens (ou um grupo de bens) são vendidos conjuntamente (em pacote).
O preço de mercado será dado pela propensão a pagar do usuário com menor
preço de reserva.
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Conclusão
Mediante as constatações feitas conclui-se que monopólio difere das restantes estruturas
de mercado pela independência que caracteriza as decisões e os resultados conseguidos
pela empresa, por outra, o monopólio designa a situação do mercado verificada quando
há um vendedor no mercado para um bem ou serviço que não tem nenhum substituto e
quando há barreiras na entrada de empresas que tencionem vender o mesmo bem ou um
bem substituto.
Ao contrário da firma competitiva, seu preço excede sua receita marginal e portanto
também é maior que o custo marginal.
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Referências Bibliográficas
Frank, R. (2006). Microeconomia. (6ª ed.) Lisboa, Portugal: McGraw Hill.
Nabais, C., & Ferreira, R. V. (2010). Micro economia. (S/d). Lisboa, Portugal:
Copyright.
Parkin, M. (2009). Economia. (8ª ed.). São Paulo, Brasil: Addison Wesley.
Pindick, R. S., & Rubinfeld Daniel, L. (2010). MIcroeconomia. (7ª ed). São Paulo,
Brasil: Pearson.
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