Você está na página 1de 90

ACIARIA

SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
E OPERAÇÕES CRÍTICAS
NO
LINGOTAMENTO CONTÍNUO

CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA


ÍNDICE
Página

Prefácio............................................................................................... 1

Capitulo 1 – Ocorrências com panelas de aço................................ 2

1.1 – Não abertura livre de panelas................................................ 3

1.2 – Avermelhamento da carcaça da panela................................. 5

1.3 – Furo da carcaça da panela.................................................... 7

1.4 – Não fechamento da panela de aço........................................ 9

1.5 – Infiltração do sistema de válvula gaveta da panela.............. 15

Capitulo 2 – Ocorrências com distribuidores ................................. 18

2.1 – Não fechamento do sistema de troca rápida ........................ 19

2.2 – Infiltração do sistema de troca rápida de válvulas.................. 21

2.3 – Avermelhamento da carcaça do distribuidor.......................... 23

2.4 – Furo da carcaça do distribuidor.............................................. 25

2.5 – Basculamento do distribuidor na panela de aço..................... 27

2.6 – Reação de aço dentro do distribuidor...................................... 29

Capitulo 3 – Ocorrências no molde e guia do veio........................... 31

3.1 – Transbordamento do molde.................................................... 32

3.2 – Veio preso dentro da máquina................................................. 35

3.3 – Desconexão prematura da barra falsa ................................... 36

3.4 – Reação de aço dentro do molde ............................................ 38

3.5 – Falta de água no molde........................................................... 39

3.6 – Falta de água no resfriamento secundário............................... 40

3.7 – Perfuração de veios................................................................. 41


ÍNDICE
Página

Capitulo 4 – Ocorrências com gases................................................. 44

4.1 – Falta de GLP........................................................................... 45

4.2 – Falta de Oxigênio.................................................................... 46

4.3 – Falta de ar comprimido............................................................ 47

4.4 – Falta de nitrogênio................................................................... 48

4.5 – Vazamento de GLP................................................................. 49

4.6 – Vazamento de Oxigênio.......................................................... 51

4.7 – Vazamento de monóxido de carbono (CO)............................. 54

Capitulo 5 – Ocorrências na área de corte e transferência de tarugos. 55

5.1 – Falha nas máquinas de oxicorte............................................... 56

5.2 – Retirada de tarugo – mesa de rolos.......................................... 58

Capitulo 6 – Queda de energia............................................................. 59

Capitulo 7 – Cuidados gerais e informações complementares........ 63

7.1 – Contato: aço x água.................................................................. 64

7.2 – Combate a incêndio em equipamentos..................................... 66

Capitulo 8 – Plano de evacuação do Lingotamento Contínuo........... 70

Capitulo 9 – Fotos de acidentes reais em LC...................................... 73

Conclusão............................................................................................... 86
PREFÁCIO

Este livro falará sobre os aspecto de segurança, até onde podemos atuar
de forma segura com nossos equipamentos conhecendo suas capacidades e
limites nas mais diversas situações dentro do lingotamento contínuo.

Tenho convicção que é primordial a prevenção das ocorrências


descritas respeitando procedimentos e padrões. Mas também acredito que
devemos praticar o melhor e nos prepararmos para o pior. E esta foi minha
intenção ao escrever este manual.

Reconheço que as questões de conhecimento técnico são de extrema


importância, mas acredito que o caminho para o “acidente zero” esta na
conscientização das pessoas para as praticas seguras.

Em minha carreira dentro da área de lingotamento contínuo conheci um


grupo especial de pessoas ao longo do tempo, um grupo de pessoas que
passaram vinte, trinta anos de suas carreiras dentro de uma aciaria e nunca
tiveram nenhum acidente. Este fato sempre me intrigou e quando analisei cada
caso que me defrontei fiz uma analogia e todos tinham basicamente duas coisas
em comum: Conhecimento e disciplina.

Assim sendo transformei meu conhecimento em informação, para que


este conhecimento sejam de vocês cabe a cada um que tiver acesso a este
conteúdo estudar, criticar e assimilar para sedimentar os conceitos das praticas
seguras aqui citadas e ter a disciplina de aplicá-las no dia a dia.

A segurança é uma questão de princípios e existe uma ordem de valores


e prioridades quando se trata de prevenção de acidentes. Os valores da
segurança devem seguir uma ordem:
1º O homem – Respeitar e priorizar a integridade do maior patrimônio da
empresa, seus colaboradores;
2º A máquina – Respeitar os limites dos equipamentos e manter estes
em perfeito estado de conservação para um bom funcionamento.
3º A produção – Quando respeitamos os dois valores anteriores a
produção ocorre naturalmente, por conseqüência. Acredito que é possível sim
chegar ao “acidente zero” porque:

“Segurança é a gente que faz”.

Cristiano Faustino Almeida.


1
CAPÍTULO 1:

OCORRÊNCIAS
COM
PANELA DE AÇO

2
PANELA DE AÇO 1.1 – NÃO ABERTURA LIVRE DE PANELAS

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Sinterização da areia refrataria;


• Queda de material no canal de vazamento da panela;
• Areia refrataria adicionada fora da posição;
• Temperatura muito elevada no vazamento da corrida;
• Má qualidade da areia;
• Limpeza deficiente no canal de vazamento durante a preparação da panela;
• Alto tempo de espera;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Após tentar efetuar a abertura através da botoeira de acionamento da válvula


gaveta, caso a abertura livre não ocorra deve se efetuar uma abertura forçada utilizando
um sistema de oxigênio para esta operação.
Em toda inspeção das lanças deve ser observada a existência de válvulas
corta chama e também as condições das mangueiras.

É de extrema importância que o sistema de


abertura forçada seja sempre inspecionado
através de um check list deve ser realizado
antes de cada partida de máquina
IMPORTANTE
3
PANELA DE AÇO 1.1 – NÃO ABERTURA LIVRE DE PANELAS

Primeiramente tentar inserir a vara de oxigênio apagada, caso a panela não


abrir utilizar um maçarico para acender a vara e introduzi-la na válvula gaveta.

Após inserir a vara de oxigênio acesa na panela pressioná-la contra a válvula


gaveta.
Por questão de segurança devem ser realizadas 10 tentativas de abertura no
máximo, caso não a panela não seja aberta retornar a mesma para possível
repanelamento ou descarte na baia de escória. Programar a parada da máquina. Pois
pode ocorrer um arrombamento das placas da válvula gaveta por excesso da utilização
de oxigênio e caso a panela venha a ser aberta nesta condição existe o risco da mesma
não ser fechada.

É de extrema importância que após a


tentativa de abertura a vara de oxigênio seja
retirada acessa para evitar retrocesso de
IMPORTANTE chama podendo causa um acidente.
4
PANELA DE AÇO 1.2 – AVERMELHAMENTO - CARCAÇA DA PANELA

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Infiltração de aço no refratário;


• Desgaste excessivo linha de escória;
• Queda dos tijolos da panela;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Solicite ao operador da Ponte Rolante que engate o gancho principal na


panela e aguarde novas orientações.

É de extrema importância que apenas uma


pessoa entre em contato com o operador da
ponte rolante pois as orientações devem ser
realizadas apenas por uma pessoa para
IMPORTANTE evitar manobras erradas e falhas na
comunicação.

5
PANELA DE AÇO 1.2 – AVERMELHAMENTO - CARCAÇA DA PANELA

Caso a área avermelhada ficar na parte superior da panela a tendência é


diminuir conforme a altura do nível de aço da panela vai diminuindo durante o
lingotamento por isso o acompanhamento com pirômetro é fundamental.

Verificar se o avermelhamento esta aumentando.

Caso esteja aumentando solicitar a retirada da panela imediatamente .

Caso existe o risco do aço ser projetado para alguma linha de gás fechar a
válvula de entrada de GLP localizada acima da porta de entrada da cabine do
lingotamento contínuo.

VÁLVULA DE ENTRADA
GERAL DE GLP
DO LINGOTAMENTO

Em caso de painéis elétricos deixar o eletricista a postos para desligar a fonte


de energia no caso da panela furar.

Se a panela for retirada do lingotamento deve


ser repanelada imediatamente, se isto não
for possível bascular a mesma na baia de
escória até que o nível de aço fique abaixo da
IMPORTANTE área avermelhada evitando um acidente por
furo da carcaça.

6
PANELA DE AÇO 1.3 – FURO DA CARCAÇA DA PANELA

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Infiltração de aço no refratário;


• Desgaste excessivo linha de escória;
• queda dos tijolos da panela;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Solicite ao operador da Ponte Rolante que engate o gancho principal na


panela e aguarde novas orientações.

É de extrema importância que apenas uma


pessoa entre em contato com o operador da
ponte rolante pois as orientações devem ser
realizadas apenas por uma pessoa para
IMPORTANTE evitar manobras erradas e falhas na
comunicação.

7
PANELA DE AÇO 1.3 – FURO DA CARCAÇA DA PANELA

Verificar se a panela irá projetar aço em algum lugar onde existe risco de
explosão.
Caso existe o risco do aço ser projetado para alguma linha de gás fechar a
válvula de entrada de GLP localizada acima da porta de entrada da cabine do
lingotamento contínuo. Em caso de painéis elétricos deixar o eletricista a postos para
desligar a fonte de energia no caso da panela furar.

Retirar a panela do carro do lingotamento.


Quando retirar a panela do lingotamento de atentar para que a área de
projeção de aço do furo da panela fique dentro da baia de escória. Caso seja necessário
fechar a panela antes da mesma ser retirada do carro.

Antes de solicitar a retirada da panela do carro


do lingotamento deve ser observado se não
existem pessoas próximas ao trajeto da
panela para a baia de escória. Projetar o jato
IMPORTANTE
do furo da panela dentro da baia de escória e
evitar projeção de material nos aquecedores
de panelas.
8
PANELA DE AÇO 1.4 – NÃO FECHAMENTO DA PANELA

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Infiltração de aço no sistema de Válvula Gaveta;


• Desacoplamento da bazuca durante a operação;
• Problemas no acionamento por falha no sistema elétrico e sistema hidráulico;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Após tentar fechar pela botoeira realizar uma tentativa pelo acionamento
do sistema hidráulico localizado ao lado da sala de operação.
Solicite ao operador da Ponte Rolante que engate o gancho principal na
panela e aguarde novas orientações.

É de extrema importância que apenas uma


pessoa entre em contato com o operador da
ponte rolante pois as orientações devem ser
realizadas apenas por uma pessoa para
IMPORTANTE evitar manobras erradas e falhas na
comunicação.

9
PANELA DE AÇO 1.4 – NÃO FECHAMENTO DA PANELA

Cuidado no engate da bazuca na panela.


A bazuca ao ser encaixada no sistema de válvula gaveta da panela também
deve ser conectada a estrutura da panela e os contra pinos de proteção devem ser
encaixados.

Os contra pinos do munhão da bazuca são responsáveis pelo travamento


entre a estrutura da panela e a própria bazuca realizando a abertura da válvula
gaveta.
Caso exista uma desconexão a bazuca perde o ponto de apoio para
forçar o fechamento da panela e assim fica movimentando livremente
impossibilitando o movimento do sistema de válvula gaveta.

10
PANELA DE AÇO 1.4 – NÃO FECHAMENTO DA PANELA

Verifique o nível e a temperatura do aço dentro do distribuidor.


A vazão da panela para o distribuidor será maior que a do distribuidor para os
moldes e a temperatura do aço dentro do distribuidor poderá subir 30ºC aprox. durante a
ocorrência podendo perfurar os veios em operação.

Se certifique que a bica esteja em condições para escoar o aço do


distribuidor.

11
PANELA DE AÇO 1.4 – NÃO FECHAMENTO DA PANELA

É importante monitorar a rampa e a caixa de emergência durante a


ocorrência.

Se a bica do distribuidor estiver obstruída


mesmo que parcialmente o aço poderá sair
pela frente do distribuidor podendo queimar
algum operador, por isso o operador da
válvula gaveta deve monitorar o nível de aço
constantemente durante a ocorrência.

IMPORTANTE

12
PANELA DE AÇO 1.4 – NÃO FECHAMENTO DA PANELA

O operador da ponte rolante deve erguer a panela e aguardar que seja


solicitada a retirada da mesma.

Assim que a Panela for posicionada na baia de escória o operador da


ponte rolante deve abaixá-la ao máximo, minimizando a projeção de respingos
durante a ocorrência.

Antes de solicitar a retirada da panela do carro


do lingotamento deve ser observado se não
existem pessoas próximas ao trajeto da
panela para a baia de escória.
IMPORTANTE
13
PANELA DE AÇO 1.4 – NÃO FECHAMENTO DA PANELA

Antes da partida da máquina é imprescindível observar se a caixa de


emergência esta limpa e posicionada de forma adequada abaixo da rampa. A
panela de emergência deve estar posicionada sobe a bica da caixa de emergência.

A rampa de emergência deve ser limpa todo sazonal e seu revestimento


refratário deve ser reparado toda sexta-feira ou caso exista um extra vazamento de
aço pela bica do distribuidor. Placas usadas do sistema de válvula gaveta da
panela devem ser utilizadas na região da zona de impacto da rampa para evitar
que a mesma venha a furar durante uma ocorrência.

A tampa de panelas nunca deve ficar sobre


a panela de emergência e o revestimento
refratário deve ser inspecionado e reparado
caso aja necessidade.
IMPORTANTE

14
PANELA DE AÇO 1.5 – INFILTRAÇÃO DE AÇO NA VALVULA GAVETA

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Espaçamento excessivo entre válvulas;


• Desgaste excessivo das placas;
• Arrombamento das placas por abertura forçada;
• Fadiga das molas;
• Operação sem refrigeração no sistema;
• Falha na montagem do sistema de válvula gaveta;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Analisar se a infiltração esta entra as placas ou se ocorre no mecanismo,


caso a seja entre as placas tentar fechar a panela.

Caso a infiltração seja no conjunto solicite ao operador da Ponte Rolante


que engate o gancho principal na panela e aguarde novas orientações.

É de extrema importância que apenas uma


pessoa entre em contato com o operador da
ponte rolante pois as orientações devem ser
realizadas apenas por uma pessoa para
IMPORTANTE evitar manobras erradas e falhas na
comunicação.
15
PANELA DE AÇO 1.5 – INFILTRAÇÃO DE AÇO NA VALVULA GAVETA

O operador da ponte rolante deve erguer a panela e aguardar que seja


solicitada a retirada da mesma.

A panela deve ser retirada em linha reta para o sentido do FEA ou seja
movimentada apenas com a translação da ponte rolante até que a mesma esteja
centralizada com a baia de escoria. Desta forma o jato de aço passará sobre a
rampa, caixa e panela de emergência minimizando a projeção no chão e nas
estruturas.

Antes de solicitar a retirada da panela do carro


do lingotamento deve ser observado se não
existem pessoas próximas ao trajeto da
panela para a baia de escória.
IMPORTANTE
16
PANELA DE AÇO 1.5 – INFILTRAÇÃO DE AÇO NA VALVULA GAVETA

Na seqüência a panela deve ser posicionada sobre a baia de escória


movendo a translação do trolley.

Assim que a Panela for posicionada na baia de escória o operador da


ponte rolante deve abaixá-la ao máximo, minimizando a projeção de respingos
durante a ocorrência.

17
CAPÍTULO 2:

OCORRÊNCIAS
COM
DISTRIBUIDOR

18
DISTRIBUIDOR 2.1 – NÃO FECHAMENTO DO TROCA RÁPIDA

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Infiltração de aço entre as válvulas no sistema de troca rápida;


• Travamento da válvula trocável;
• Falha no sistema hidráulico do sistema de troca rápida;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Verificar se o cilindro do sistema de troca rápida avançou após o


comando.

Caso o cilindro tenha sido avançado e não efetuar a troca de válvulas utilizar o
tampão de cobre para efetuar o fechamento do veio.

É importante sempre que partir a máquina ter no mínimo 6 tampões a


disposição.

Caso o cilindro tenha avançado e a válvula não


trocar, evitar continuar acionando o mesmo
pois a válvula pode travar no meio do curso
e causar uma infiltração de aço entre as
IMPORTANTE
válvulas.
19
DISTRIBUIDOR 2.1 – NÃO FECHAMENTO DO TROCA RÁPIDA

Caso não seja possível efetuar o fechamento dos veios com o tampão
retirar o carro do distribuidor em emergência .

Verificar a possibilidade de retirar os cilindros do sistema de troca rápida dos


outros veios em operação.

Os veios deve ser colocados em final de lingotamento para evitar que os


mesmo fiquem presos na região curva da máquina.

Todos operadores da plataforma devem se


afastar do carro do distribuidor antes do botão
de saída de emergência seja acionado, pois
as mangueiras do cilindro do veio infiltrado
IMPORTANTE irão arrebentar durante a movimentação do
carro podendo causar um acidente.

20
DISTRIBUIDOR 2.2 – INFILTRAÇÃO DE AÇO DO TROCA RÁPIDA

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Espaçamento excessivo entre válvulas;


• Baixa velocidade do cilindro na troca;
• Sujeira de respingo nos trilhos do sistema;
• Falha no sistema hidráulico;
• Regulagem do curso do cilindro fora do padrão;
• Válvulas fixa e/ou trocável com desgaste excessivo;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Encerrar o lingotamento dos veios e retirar os cilindros dos outros veios


em operação.

Acionar a saída do carro do distribuidor em emergência e tentar efetuar o


fechamento do veio por cima com o auxilio de um tampão de cobre.

É de extrema importância que o botão de


saída em emergência seja acionado
somente após a verificação de que não
existam operadores sobre o carro do
IMPORTANTE distribuidor e fora do trajeto até a caixa de
emergência.
21
DISTRIBUIDOR 2.2 – INFILTRAÇÃO DE AÇO DO TROCA RÁPIDA

Para evitar infiltração do distribuidor a cada troca de válvulas é


necessário fazer uma inspeção na válvula retirada, caso exista formação de lamina
em excesso após o veio ser finalizado não deve ser reaberto. Programar parada
da máquina e a troca do distribuidor.

A quantidade de abertura de veios deve ser controlada, assim como a


pressão de oxigênio das lanças de abertura, pois existe o risco de arrombamento
da válvula interna do distribuidor devido ao desgaste da zircônia podendo originar
uma infiltração.

22
DISTRIBUIDOR 2.3 – AVERMELHAMENTO - DISTRIBUIDOR

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Infiltração de aço no refratário;


• Desgaste excessivo linha de escória;
• Queda dos tijolos do distribuidor;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Verificar se o avermelhamento esta aumentando.

Caso esteja aumentando fechar a panela e esgotar o aço do distribuidor .


Verificar área de projeção do aço caso o distribuidor venha a furar

A região do avermelhamento dever ser


monitorado constantemente com o auxilio de
um pirômetro e verificado também o tamanho
da mesma, caso de aumento da região
IMPORTANTE avermelhada é um indicio de um possível
furo na carcaça do distribuidor

23
DISTRIBUIDOR 2.3 – AVERMELHAMENTO - DISTRIBUIDOR

Verificar se o distribuidor irá projetar aço em algum lugar onde existe


risco de explosão.
Caso existe o risco do aço ser projetado para alguma linha de gás fechar a
válvula de entrada de GLP localizada acima da porta de entrada da cabine do
lingotamento contínuo.

VÁLVULA DE ENTRADA
GERAL DE GLP
DO LINGOTAMENTO

Em caso de painéis elétricos deixar o eletricista a postos para desligar a fonte


de energia no caso do distribuidor furar.

Caso a área avermelhada ficar na parte superior reduzir a vazão de aço da


panela abaixando o nível do aço para que o mesmo fique abaixo da zona avermelhada.
Monitorar a área avermelhada terminar de lingotar o aço da panela e
programar a parada da máquina para troca do distribuidor.

Caso o avermelhamento estiver na região do


aquecedor de distribuidor em caso de furo
da carcaça não levar o distribuidor para a
caixa de emergência.
IMPORTANTE
24
DISTRIBUIDOR 2.4 – FURO CARCAÇA DO DISTRIBUIDOR

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Infiltração de aço no refratário;


• Desgaste excessivo linha de escória;
• Queda dos tijolos do distribuidor;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Em caso de furo do distribuidor independente da região fechar a panela


imediatamente.
Caso não seja possível fechar a panela retirar a mesma com a ponte
rolante.

FURO NA REGIÃO DAS VIGAS DO CARRO PANELA E CARRO DO DISTRIBUIDOR


(REGIÃO DO DELTA DO DISTRIBUIDOR) E LATERAIS

Após o fechamento da panela o aço do distribuidor deve ser esgotado pelos


veios e a viga deve ser avaliada constantemente durante a ocorrência.

Caso exista risco de queimar o oscilador pelo vazamento de aço na lateral da


máquina retirar o carro imediatamente para caixa de emergência.

25
DISTRIBUIDOR 2.4 – FURO CARCAÇA DO DISTRIBUIDOR

FURO NA REGIÃO DA FRENTE DA MÁQUINA.

Os veios devem ser finalizados imediatamente no caso de furo do


distribuidor na frente da máquina. E o distribuidor deve ser retirado em
emergência para evitar que o aço venha a atingir os motores e cilindros das
EUD’s.

Caso não seja possível finalizar os veios pelo POM (painel de operação do
molde) mudar no supervisório o comando para MCC e selecionar o modo final de
lingotamento.

Caso seja possível passar o comando do


MAG-QC para manual isso fará com que o
aço caia dentro da caixa de emergência
minimizando os danos pelo aço vazado pelo
IMPORTANTE furo da carcaça.

26
DISTRIBUIDOR 2.5 – BASCULAMENTO – DISTRIBUIDOR/PANELA

PRINCIPAL CAUSA PROVÁVEL:

• Interrupção durante a operação do Lingotamento Contínuo;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Verificar as condições da bica do distribuidor.

Utilizar as correntes de comprimento igual acopladas a cangalha da


ponte rolante

Centralizar o distribuidor com a borda da panela.

É de extrema importância que apenas uma


pessoa entre em contato com o operador da
ponte rolante pois as orientações devem ser
realizadas apenas por uma pessoa para
IMPORTANTE evitar manobras erradas e falhas na
comunicação.

27
DISTRIBUIDOR 2.5 – BASCULAMENTO – DISTRIBUIDOR/PANELA

Ao inicio do operação é fundamental observar


se existe cascão na região do delta do
distribuidor pois o mesmo pode agir como
uma barragem e vir a romper durante o
IMPORTANTE basculamento liberando o aço de uma vez
causando um grave acidente.

Manter a vazão do bica o mais constante possível para evitar formação


de cascão durante o basculamento.

Observar que se o aço do distribuidor estiver com baixa temperatura a


fluidez do aço irá cair dificultando a operação formando cascão na região da bica.

Ao termino do basculamento observar as


correntes presas no distribuidor pois as
mesmas podem afrouxar e sair dos
munhões do distribuidor podendo deixá-lo
IMPORTANTE
suspenso apenas pelo gancho auxiliar.

28
DISTRIBUIDOR 2.6 – REAÇÃO DE AÇO NO DISTRIBUIDOR

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Corrida oxidada dentro da panela;


• Água dentro do distribuidor;
• Secagem e aquecimento do distribuidor ineficientes.
• Espessura da massa de projeção fora do padrão;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Esta ocorrência tende a acontecer nas partidas de máquinas em que o


distribuidor foi secado e/ou aquecido de forma inapropriada, porém podem
ocorrer com corridas oxidadas também. A panela deve ser fechada imediatamente
e deve ser jogar rolos de alumínio dentro do distribuidor para casos de oxidação
da corrida.

Se a reação ocorrer no distribuidor durante


o se enchimento para partida se dará como
“fervura” neste caso os veios jamais devem
IMPORTANTE
ser abertos.

29
DISTRIBUIDOR 2.6 – REAÇÃO DE AÇO NO DISTRIBUIDOR

O aço do distribuidor deve ser coberto de palha de arroz calcinada e a

área deve ser isolada para evitar acidentes com pessoas . Assim que a reação “se

acalmar” descer o distribuidor, efetuar o basculamento na baia e programar troca

do mesmo para uma nova partida.

Se a reação ocorrer no distribuidor durante


a adição de palha de arroz separar o bag e
comunicar a equipe de abastecimento de
insumos imediatamente. Um indicio de palha
de arroz molhada é o peso do saco que
IMPORTANTE aumenta consideravelmente.

30
CAPÍTULO 3:

OCORRÊNCIAS
NO
MOLDE E GUIA DO VEIO

31
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.1 – TRANSBORDAMENTO DE AÇO NO MOLDE

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Interrupção funcionamento da UED;


• Falha no sistema de controle de nível de aço no molde;
• Esquecimento do comando do sistema de troca rápida em manual;
• Esquecimento de colocar a válvula cega após uma troca de válvulas;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Acionar o fechamento do veio através do painel de operação do sistema


de troca rápida. Caso não seja possível efetuar o fechamento com o tampão.

Após o fechamento do veio é fundamental


colocar o comando para final de
lingotamento pois ele será extraído e a pele
irá se romper da superfície do
transbordamento formando uma “tampa”,
IMPORTANTE facilitando a remoção do aço sobre o
molde.
32
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.1 – TRANSBORDAMENTO DE AÇO NO MOLDE

Troca de válvulas do distribuidor.

Outro ponto a se observar é a troca de válvula do distribuidor, caso exista uma


diferença entre o diâmetro das válvulas ocorrerá uma variação no nível do molde após a
troca podendo acarretar um transbordamento.
Este fato tende a ser agravado nas trocas para aumento da velocidade de
lingotamento ou seja a válvula de diâmetro inferior será substituída por uma de diâmetro
superior. Ocorrerá um aumento da vazão de aço e isso acarretará uma perturbação no
nível de aço dentro do molde.
O transbordamento ocorre quando se trabalha com elevados set points para
efetuar o controle de nível, a vazão após a troca é muito superior a anterior e a
velocidade de lingotamento não é ajustada a tempo de estabilizar o nível de aço.
Para evitar esta ocorrência padronizamos as diferenças máximas para
realização da operação, segue abaixo a tabela com os valores:

DIFERENÇA DE DIAMENTRO PARA TROCA


Diferença
máx. Set point do controle de nível
Motivo da troca
diâmetro do molde
pemitida

Aumento da 2 mm < 80%


velocidade 1 mm >= 80 %
Redução da
2 mm Indiferente
velocidade

Antes da troca da válvula deve se passar o


comando do sistema de troca rápida para
manual pois um acionamento acidental pode
IMPORTANTE gerar um acidente
33
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.1 – TRANSBORDAMENTO DE AÇO NO MOLDE

Sempre que houver a necessidade de trocar uma válvula do distribuidor


nunca se deve colocar a mão na área de atuação do cilindro.
Utilize o manipulador de válvulas para remover a válvula cega.

Coloque a válvula cega sobre a tampa do molde e posicione com auxilio


do manipulador a válvula para ser trocada .

Antes da partida da máquina se certificar


que o manipulador de válvulas esteja em
um lugar de fácil acesso para eventuais
IMPORTANTE necessidade de operação.
34
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.2 – VEIO PRESO DENTRO DA MÁQUINA

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha nos motores da UED;


• Transbordamento de aço no molde (atuar conforme item 3.1)

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

DESARME DA UED.

A água do spray deve ser fechada imediatamente para evitar que o aço
resfrie na região curva da máquina . Caso o veio resfrie o aço tende a transbordar
o molde efetuar a limpeza com o maçarico neste caso.

A temperatura do aço no distribuidor deve ser monitorada


constantemente a cada 5 min. Para avaliação se ainda existe possibilidade de
partida após sanar o problema.

Após rearme da EUD colocar a seleção de


alta pressão no cilindro do rolo extrator para
facilitar a extração do Veio. O molde deve ser
avaliado por possíveis deformações.
IMPORTANTE
35
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.3 – DESCONEXÃO PREMATURA - BARRA FALSA

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:


• Quebra do pino de arraste;
• Má colocação do pino de arraste na cabeça da barra falsa;
• Excesso de material refrigerante dentro do molde;
• Empeno da barra falsa;
• Quebra da cabeça da barra falsa;
• Rolos guias fora do raio de curvatura da máquina;
• cabeça da barra falsa danificada após limpeza com maçarico;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Após o desacoplamento precoce da barra falsa é importante deixar a cabeça


da barra falsa o mais próximo possível do veio. O sistema de lubrificação deve ser ligado
e o oscilador deve estar funcionando para que o veio ceda a gravidade e saia do molde.

Para evitar transbordamento de molde por


desacoplamento precoce é fundamental que o
sistema de troca rápida de válvulas seja
colocado em automático 2 metros após
IMPORTANTE inicio de lingotamento do veio.

36
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.3 – DESCONEXÃO PREMATURA - BARRA FALSA

Após saída do molde o veio estará apoiado na cabeça da barra falsa e deve
ser guiado até a entrada da UED.

Caso não seja possível extraí-lo efetuar o corte com o maçarico de


emergência e retirar os pedaços com auxilio da ponte rolante.
Se houver transbordamento do molde, o veio deve ser cortado no inicio da
zona 1 e o molde trocado assim que possível e a remoção do pedaço de tarugo será
realizada na oficina de moldes.

IMPORTANTE
Após extração do veio o molde deve ser
inspecionado principalmente se houve
transbordamento pois a camada de cromo nas
paredes do molde podem ter sido danificadas
assim como as medições internas do molde.
37
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.4 – REAÇÃO DE AÇO DENTRO DO MOLDE

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Excesso de óleo dentro do molde na partida do veio;


• Furo do molde de cobre;
• Excesso de umidade material de preparação da cabeça da barra falsa;
• Introdução da cabeça da barra falsa com a zona 1 aberta ou válvula dando passagem;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Acionar o fechamento do veio através do painel de operação do sistema


de troca rápida. Caso não seja possível efetuar o fechamento com o tampão. E
colocar o veio em modo “final de lingotamento” para que o mesmo seja extraído o
mais rápido possível.

Caso a reação seja na partida da máquina


inspecionar os outros moldes para verificar a
existência de excesso de óleo nos outros
moldes.
Verificar se a lubrificação ficou ligada em
IMPORTANTE
manual antes da partida do veio.

38
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.5 – FALTA DE ÁGUA NO MOLDE

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha das bombas do sistema de refrigeração do molde;


• Queda de energia;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

No momento em que o sistema de refrigeração falhar a água de


emergência será acionada automaticamente pela queda da pressão de entrada.

O alarme sonoro e visual será acionado e o sistema de emergência irá


alimentar a máquina por 20 min. aproximadamente.

O importante é extrair os veios o mais rápido possível para evitar


deformar os moldes.

ALARME DE FALTA
DE ÁGUA NOS MOLDES

Toda manutenção preventiva em que for


necessário o desligamento do circuito de
refrigeração do molde é de extrema
importância que a válvula de entrada geral
(localizada acima da sala de operação) seja
IMPORTANTE fechada evitando que a água do sistema de
emergência drene a caixa d’água.
39
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.6 – FALTA DE ÁGUA NO SISTEMA SPRAY

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha das bombas do sistema de refrigeração dos Sprays;


• Não abertura da válvula shut-off;
• Não abertura das válvulas proporcionais;
• Queda de energia;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

No momento em que o sistema de refrigeração falhar um alarme será


acionado no sistema supervisório.
O veio deve ser parado imediatamente, e em caso de falha geral do
sistema a panela deve ser fechada e os veios finalizados.
A temperatura do aço no distribuidor deve ser monitorada
constantemente a cada 5 min. Para avaliação se ainda existe possibilidade de
partida após sanar o problema.

Em caso de falha geral no circuito de spray


verificar se as bombas do poço de carepa
estão em automático no supervisório para
evitar que fiquem ligadas e transbordem a torre
no sistema. Caso não seja possível colocar em
IMPORTANTE automático desligar as mesmas quando o
nível atingir 15%.
40
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.7 – PERFURAÇÃO DE VEIOS

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falta de lubrificação no molde;


• Lingotamento com temperatura acima do padrão;
• Má preparação da cabeça da barra falsa;
• Falha na refrigeração primaria e/ou secundaria;
• Agarramento por excesso de sujeira (garra, respingos);
• Desgaste excessivo dos moldes;
• Molde com dimensão interna fora do padrão;
• Falha no oscilador;
• arraste e/ou formação de escória no molde;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Independente da posição em que a perfurar, o veio deve ser extraído assim


que ocorrer o acidente.
Os maiores cuidados estão na limpeza e preparação para que o veio volte a
operação.
Ao adentrar na câmara de spray para efetuar a limpeza deve se observar as
condições das paredes refratárias de isolamento dos veios, esta proteção é essencial
para preservar a integridade física dos operadores caso ocorra outra perfuração nos
outros veios em operação.

41
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.7 – PERFURAÇÃO DE VEIOS

As mangueiras dos maçaricos devem sem inspecionadas antes de executar a


limpeza do veio.
As portas dos veios em operação devem permanecer fechadas e ao realizar
qualquer tipo de manutenção na câmara de spray.
Uma placa de sinalização deve ser colocada sobre a tampa do molde para
evitar que projeções e respingos de aço venham a atingir quem estiver preparando o
veio e para que a equipe da plataforma saiba que existe manutenção na câmara de
spray.

A pior ocorrência de perfuração se da após a câmera de spray, pois o aço pode


atingir os motores, cilindros e mangueiras da UED. Este acidente pode acontecer
quando existe uma falha causando falta de água no resfriamento secundário e o veio
não é fechado.

Sempre que faltar água no sistema de spray


fechar o veio para evitar que ocorra uma
perfuração na região da EUD.
IMPORTANTE
42
MOLDE E GUIA DO VEIO 3.7 – PERFURAÇÃO DE VEIOS

Vazamento na Cabeça da barra falsa.

O preparação da cabeça da barra falsa é uma das operações mais importante


no lingotamento contínuo, pois qualquer falha pode gerar uma parada do veio por
perfuração ou não desconexão por vazamento de aço na cabeça da barra falsa.
Os materiais da cabeça da barra falsa devem ser inspecionados para que
estejam dentro do padrão, a inserção da barra falsa no molde deve ser realizada sempre
com uma vedação de papelão hidráulico.

O material refrigerante deve estar bem alocado dentro do molde para evitar
que o aço vaze após a partida do veio.

Nas partidas de veio o maçarico de


emergência deve estar próximo da UED
caso seja necessário utilizá-lo em uma não
IMPORTANTE desconexão.
43
CAPÍTULO 4:

OCORRÊNCIAS
COM
UTILIDADES - GASES

44
UTILIDADES - GASES 4.1 – FALTA DE GLP

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha no sistema de distribuição de GLP (tanque/ válvulas)


• Não abertura da válvula de entrada de GLP do LC e ou Aciaria;
• Falta de GLP no tanque;
• Rompimento da tubulação antes da entrada da aciaria.

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

No oxicorte na entrada do banco de válvulas existem manômetros


digitais que indicam a pressão da rede.
Os maçaricos do oxicorte irão apagar juntamente com o aquecedor do
distribuidor.
A equipe de utilidades deve ser acionada, a panela deve ser fechada
imediatamente e os veios finalizados e extraídos.

É de extrema importância retirar os veios da


parte curva para evitar que os mesmos
fiquem presos dentro da máquina.
IMPORTANTE
45
UTILIDADES - GASES 4.2 – FALTA DE OXIGÊNIO

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha no sistema de distribuição de oxigênio (tanque/ válvulas)


• Não abertura da válvula de entrada de O2 do LC e ou Aciaria;
• Falta de oxigênio no tanque;
• Rompimento da tubulação antes da entrada da aciaria.

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

No oxicorte na entrada do banco de válvulas existem manômetros


digitais que indicam a pressão da rede.
Os maçaricos do oxicorte irão apagar. A equipe de utilidades deve ser
acionada, panela deve ser fechada imediatamente e os veios finalizados e
extraídos.

É de extrema importância retirar os veios da


parte curva para evitar que os mesmos
fiquem presos dentro da máquina.
IMPORTANTE
46
UTILIDADES - GASES 4.3 – FALTA DE AR COMPRIMIDO

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha no sistema compressores (tanque/ válvulas);


• Não abertura da válvula de entrada de ar comprimido do LC e/ou Aciaria;
• Rompimento da tubulação antes da entrada da aciaria.

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Os equipamentos alimentados pelos sistema de ar comprimido são:


Refrigeração do sistema de válvula gaveta da panela;
Refrigeração do sistema de troca rápida de válvulas do distribuidor;
Garra de atracamento e motor de retorno das máquinas de corte;

A equipe de utilidades deve ser acionada, as máquinas de corte não irão


efetuar o corte devido a não terem pressão nas garras no comando de
atracamento, por este motivos ela devem ser colocadas em modo manual.
A corrida deve ser lingotada e caso o ar comprimido não tenha retornado
finalizar a seqüência ao termino da panela, os cortes deverão ser efetuados pelo
maçarico de emergência.

É de extrema importância que a panela e o


distribuidor sejam inspecionados pois as
molas podem ter sido deformada tendo
suas dimensões comprometidas por causa
IMPORTANTE da alta temperatura
47
UTILIDADES - GASES 4.4 – FALTA DE NITROGÊNIO

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha no sistema compressores (tanque/ válvulas);


• Não abertura da válvula de entrada de nitrogênio do LC e/ou Aciaria;
• Rompimento da tubulação antes da entrada da aciaria.

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

As válvulas controladoras das zonas de resfriamento secundário e as


válvulas shut-off são acionadas por nitrogênio e as mesmas abrirão 100%
causando um excesso de resfriamento dos veios.
A corrida deve ser lingotada e caso o nitrogênio não tenha retornado
finalizar a seqüência ao termino da panela .

É de extrema importância avaliar no


supervisório se a água do sistema
resfriamento secundário esta aberta pois
uma válvula pode travar ou fechar devido a
uma instalação errada. Caso isto tenha
IMPORTANTE acontecido fechar o veio imediatamente
para evitar uma perfuração.
48
UTILIDADES - GASES 4.5 – VAZAMENTO DE GLP

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falta de aperto em conexões;


• Mangueiras furadas ;
• Incompatibilidade entre bicos e maçaricos;
• Rompimento da tubulação;
• Válvulas reguladoras de pressão danificadas;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

A primeira coisa a se fazer é identificar a origem do vazamento feito isto


procurar a válvula de entrada da linha que esta o vazamento e fechá-la.

Vazamento em maçaricos:

No Lingotamento existem basicamente 3 tipos de maçaricos mais as suas


variações são estes:

Maçaricos da plataforma operacional e PTL;


Maçaricos de corte de emergência na plataforma do oxicorte;
Maçaricos das máquinas de oxicorte;

Primeiramente verificar a origem do vazamento, segue abaixo uma lista dos


principais motivos:

 Mangueira furada por respingos ou por ressecamento;


 Conexão dos bicos por utilização de bicos e maçaricos de fornecedores diferentes;
 Quebre de tubulação por colisão;
 Válvula reguladoras de pressão danificadas;
 Maçarico danificado;
 Manômetros, canetas e/ou válvulas danificados

49
UTILIDADES - GASES 4.5 – VAZAMENTO DE GLP

Reguladores de pressão:

Antes de serem instalados os reguladores devem ser verificados se a


pressão máxima permitida é compatível com a pressão da linha.
Caso exista uma pressão na linha superior a do regulador o diafragma do
mesmo ira romper evitando que o regulador cause um acidente ao se romper.
Também deve ser observado o sentido do fluxo da válvula.

Máquinas de oxicorte:

Quando a origem for nas maquinas de oxicorte, deve se fechar a válvula de


entrada caso o vazamento não possa ser sanado, se o veio em operação finalizá-lo
imediatamente para efetuar a manutenção adequada..
Todas as mangueiras e conexões das máquinas de oxicorte devem ser
inspecionadas periodicamente pois a projeção de material incandescente e a radiação
de calor nesta região é intensa e qualquer vazamento pode ter serias conseqüências se
não sanado a tempo.

É de extrema importância identificar a origem


do vazamento. Porém caso o mesmo esteja
próxima a uma fonte de calor, a válvula
deve ser fechada antes mesmo da origem
IMPORTANTE do vazamento seja identificada.

50
UTILIDADES - GASES 4.6 – VAZAMENTO DE OXIGÊNIO

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falta de aperto em conexões;


• Mangueiras furadas ;
• Incompatibilidade entre bicos e maçaricos;
• Rompimento da tubulação;
• Válvulas reguladoras de pressão danificadas;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

A primeira coisa a se fazer é identificar a origem do vazamento feito isto


procurar a válvula de entrada da linha que esta o vazamento e fechá-la.

Vazamento em maçaricos e lanças de oxigênio:

No Lingotamento existem basicamente 3 tipos de maçaricos mais as suas


variações e 2 tipos de lanças de oxigênio são estes:

Maçaricos da plataforma operacional e PTL;


Maçaricos de corte de emergência no plataforma do oxicorte;
Maçaricos das máquinas de oxicorte;
 Lança de abertura de veios;
 Lança de abertura de Panelas;

Primeiramente verificar a origem do vazamento, segue abaixo uma lista dos


principais motivos:
 Mangueira furada por respingos ou por ressecamento;
 Conexão dos bicos por utilização de bicos e maçaricos de fornecedores diferentes;
 Quebre de tubulação por colisão;
 Válvula reguladoras de pressão danificadas;
 Maçarico ou lança danificado(a);
 Manômetros, canetas e/ou válvulas danificados;

51
UTILIDADES - GASES 4.6 – VAZAMENTO DE OXIGÊNIO

Reguladores de pressão:

Antes de serem instalados os reguladores devem ser verificados se a


pressão máxima permitida é compatível com a pressão da linha.
Caso exista uma pressão na linha superior a do regulador o diafragma do
mesmo ira romper evitando que o regulador cause um acidente ao se romper.
Também deve ser observado o sentido do fluxo da válvula.

O oxigênio quando concentrado possui


combustão instantânea quando exposto a
certos tipos de graxas por isto é fundamental
manter estes produtos em locais próprios de
armazenamento e jamais se deve manusear
IMPORTANTE maçaricos ou lanças caso as luvas ou
partes da roupa estejam com graxas.
52
UTILIDADES - GASES 4.6 – VAZAMENTO DE OXIGÊNIO

Máquinas de oxicorte:

Quando a origem do vazamento for nas maquinas de oxicorte, deve se fechar


a válvula de entrada caso o vazamento não possa ser sanado, se a origem for em um
veio operação finalizá-lo imediatamente para efetuar a manutenção adequada.
É fundamental que antes da partida da máquina o operador do oxicorte
verifique as condições das mangueiras das máquinas de corte.
Todas as mangueiras e conexões das máquinas de oxicorte devem ser
inspecionadas periodicamente pois a projeção de material incandescente e a radiação
de calor nesta região é intensa e qualquer vazamento pode ter serias conseqüências se
não sanado a tempo.

É de extrema importância identificar a origem


do vazamento. Porém caso o mesmo esteja
próxima a uma fonte de calor, a válvula
deve ser fechada antes mesmo da origem
IMPORTANTE do vazamento seja identificada.

53
UTILIDADES - GASES 4.7 – VAZAMENTO DE MONÓXIDO DE CARBONO

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha no sistema de drenagem da linha de CO do forno da Laminação;


• Rompimento da tubulação;
• Falha no sistema desligamento do forno da laminação;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Existem medidores em pontos estratégicos da aciaria, o medidor principal


é o do dreno na entrada do forno da laminação localizado próximo ao final da mesa de
rolos do LC.
Em caso de detecção de vazamento um alarme sonoro e visual irá se
acionado com indicação na entrada da cabine de oxicorte.
O mecânico ou eletricista do turno devem ser acionados para que uma leitura
do vazamento seja feita com o medidor portátil. Para validar a leitura
O responsável do turno no alto forno deve ser acionado imediatamente para
que seja cortado o abastecimento do gás.

Caso o abastecimento seja cortado e ainda


sim ainda existir detecção de gás no LC
atuar conforme procedimento de evacuação
da área descrito no CAPÍTULO 8 deste
IMPORTANTE
manual.
54
CAPÍTULO 5:

OCORRÊNCIAS
NA
ÁREA DE CORTE E
TRANSFERÊNCIA
DE TARUGOS

55
CORTE-TRANSFERÊNCIA 5.1 – FALHA NAS MÁQUINAS DE OXICORTE

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Falha no abastecimento de utilidades (GLP, O2 E ar comprimido);


• Sujeira no bico dos maçaricos;
• Má regulagem da translação do maçarico;
• Má regulagem da chama do maçarico;
• Excesso de abertura dos roletes de entrada da área de corte;
• Excesso de velocidade na translação dos maçaricos;
• Má parametrização do ciclo de corte;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Existem maçaricos manuais nas laterais da plataforma de emergência do


oxicorte, em caso de falha das máquinas este maçarico deve ser usado para separar o
tarugo do veio e se possa realizar a transferência para o leito de resfriamento.

Antes da partida da máquina os maçaricos


devem ser inspecionados para verificar se
não existam vazamentos e os mesmos
estejam em perfeitas condições de
IMPORTANTE
funcionamento.
56
CORTE-TRANSFERÊNCIA 5.1 – FALHA NAS MÁQUINAS DE OXICORTE

Ao utilizar o maçarico de emergência deve se observar para que as


mangueiras dos maçaricos não estejam sobre os outros veios podendo incinerar
ao entrarem em contatos com os tarugos na mesa de rolos.
A plataforma de emergência só deve ser utilizada apenas por pessoas
autorizadas para operações e inspeções de equipamento, pois existe o risco de
queda pelo espaçamento do caminho dos veios.
A área do oxicorte possui uma passarela após a plataforma para que as
demais pessoas transitem pela aciaria.

PASSARELA

PLATAFORMA
DE
EMERGÊNCIA

As mangueiras devem estar devidamente


enroladas para que nunca fiquem expostas
a respingos ou coloquem as pessoas em
IMPORTANTE risco por estarem no meio do caminho.

57
CORTE-TRANSFERÊNCIA 5.2 – RETIRADA DE TARUGOS - MESA DE ROLOS

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Quebra dos cabos do transferidor


• Falha na guia retrátil;
• Falha nos sensores dos batentes e da guia;
• Tarugos com o comprimento maior que a mesa de transferência;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

As pontes rolantes devem estar com os garfos abaixados para que se


possa retirar o tarugo da mesa de transferência, já que estão com uma
temperatura elevada e ainda não é possível que sejam magnetizados pelo
eletroímã para que sejam retirados.

É de extrema importância que um outro


operador esteja auxiliando pois a
visibilidade do operador de ponte é mínima
se tratando do lado oposto da cabine e uma
IMPORTANTE manobra errada pode danifica o garfo da
ponte ou outro equipamento.
58
CAPÍTULO 6:

OCORRÊNCIA
DE
QUEDA DE ENERGIA.

59
QUEDA DE ENERGIA

PRINCIPAL CAUSA PROVÁVEL:

• Falha na alimentação de energia do lingotamento contínuo.

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

No momento em que ocorrer a queda de energia o sistema de troca

rápidas do distribuidor irá fechar todos os veios em emergência. Com os

desarmes das bombas do circuito de água, os moldes serão alimentados pela

torre de emergência por 20 minutos aproximadamente.

A indicação de carro panela na posição de lingotamento do painel hidráulico

ficará acessa alimentada pelo sistema de no breack assim como o sistema de medição

de temperatura e o computador do supervisório.

60
QUEDA DE ENERGIA

A panela deverá ser fechada manualmente através do acionamento pela


emergência hidráulica. O distribuidor deve ser coberto de palha de arroz.
A lógica da emergência foi projetada para não fechar automaticamente a
panela visando evitar um acidente caso exista um operador conectando a bazuca na
panela na posição de espera. Uma vez que o acionamento é via pressão dos
acumuladores da unidade hidráulica e acionaria o fechamentos das panelas nos 2 carros
simultaneamente.

É importantíssimo verificar se o
acionamento corresponde a panela que
esta em lingotamento e se a mesma foi
IMPORTANTE realmente fechada após o comando.

61
QUEDA DE ENERGIA

RETORNO DA ENERGIA.

Caso seja uma queda geral a prioridade de liberação é da PR 75 para que


a(s) panela(s) sejam retirada para reaquecimento (caso das panelas cheias) e
basculadas (panelas vazias ou com o nível baixo impossibilitando reaquecimento).

Se a ocorrência for só no LC a prioridade é extrair os veios.


A equipe de utilidades deve ser acionada para verificar as condições de gases,
ar comprimido, água de spray e água do molde.
O distribuidor deve ser retirado da máquina.
As barras falsas devem ser inseridas para a realização de um simulado
visando garantir que não tenha nenhum equipamento com falha.

É importantíssimo verificar se a torre de


emergência esta cheia pois é ela que
alimenta os moldes com água durante a
falta de energia. A máquina nunca deve ser
IMPORTANTE colocada em operação caso a torre não
esteja em condições.
62
CAPÍTULO 7:

CUIDADOS GERAIS
E
INFORMAÇÕES
COMPLEMETARES

63
CUIDADOS GERAIS 7.1 – CONTATO: AÇO X ÁGUA

Quando pode? Quando não pode? E por que?

A formula da água é H2O ou seja dois átomos de hidrogênio e um de


oxigênio formam uma molécula de água, já o aço é uma liga formada basicamente
por FeC, ferro e carbono (o carbono pode variar de 0,008 a 2,11%).

Pode haver o contato quando o aço esta solidificado pois a água em


contato com o mesmo irá entrar em ebulição (100°C ao nível do mar). Os vapores
irão para a atmosfera, este método é usado dentro das câmaras de spray onde já
existe uma pele solidificada nos veios e a água dos spray conclui o resfriamento
ao entrar em contato com o aço.

64
CUIDADOS GERAIS 7.1 – CONTATO: AÇO X ÁGUA

Por que não pode?

Não pode haver contato quando o aço esta líquido fica sobre a
água pois o aço líquido tem alta reatividade com o oxigênio mas isto não ocorre
com o hidrogênio, assim sendo o oxigênio passa a incorporar na composição do
aço em forma de óxidos e o hidrogênio tende a ir para a atmosfera. Ou seja:

Essa molécula de água se torna duas de hidrogênio gasoso.

SÓLIDO

LÍQUIDO

GASOSO

Conforme mostra a ilustração o volume de um elemento sofre alteração


quando este muda de estado físico.

Então o hidrogênio ao sair do estado líquido para o estado gasoso tem


seu volume expandido fazendo com que o aço acima seja arremessado, esta
reação termoquímica ocorre em uma velocidade gigantesca e como não estamos
falando de apenas uma molécula de água o potencial destrutivo deste acidente é
altíssimo.

65
CUIDADOS GERAIS 7.2 – COMBATE A INCÊNDIO EM EQUIPAMENTOS

Quando se fala em acidente com metal líquido logo se associa a incêndio


em equipamento, para realizar combate a incêndio no lingotamento contínuo
analisaremos individualmente os seguintes fatores:

• Forma segura de acesso para executar o combate ao incêndio;

• Rota de fuga caso seja necessário;

• Condições das mangueiras dos hidrantes e dos extintores;

• Desligamento da rede elétrica do equipamento a ser socorrido;

• Vazamento das linhas de gases;

• Resfriamento de metal líquido no piso e/ou equipamentos;

Forma de acesso para executar o combate ao incêndio.

É de extrema importância avaliarmos a rota para aproximação para que se


inicie o combate ao incêndio, nunca devemos iniciar utilizando água enquanto ainda
exista o derramamento de aço líquido para evitarmos uma explosão. Esta atividade
só dever ser iniciada quando já exista uma “casca” solidificar na superfície do aço.

Rota de fuga caso seja necessário.

Tão importante saber como entrar de forma segura é fundamental sabermos


como sair em segurança se a situação fugir do controle, as rotas de fuga devem ser bem
conhecidas por todos que tem acesso a área. Seguir com procedimento de
evacuação do Lingotamento conforme capitulo 8 deste livro.

66
CUIDADOS GERAIS 7.2 – COMBATE A INCÊNDIO EM EQUIPAMENTOS

Condições das mangueiras e hidrantes.


Na extensão da aciaria existe a disposição diversos hidrantes com mangueiras
para combate a incêndio assim como extintores em locais estratégicos. É de extrema
importância que este sistema seja checado e testado periodicamente.
O circuito é alimentado através da torre de emergência.

É importantíssimo após usar um extintor de


incêndio preencher um formulário de
ocorrência e solicitar a substituição do
IMPORTANTE extintor por um novo.

67
CUIDADOS GERAIS 7.2 – COMBATE A INCÊNDIO EM EQUIPAMENTOS

Desligamento da rede elétrica do equipamento.

Antes de iniciar é fundamental que os equipamentos estejam


desenergizados para que se possa realizar o combate ao fogo de maneira segura.
Sistemas hidráulicos também devem ser desligados, se estiverem
pressurizados em um incêndio podem agravar muito a situação caso uma mangueira
venha a ser queimada, principalmente se a bomba ficar mantendo a pressão da linha.

Vazamento das linhas de gases.


Este é um dos pontos mais críticos de um incêndio, nunca deve apagar caso
existe uma tubulação e/ou uma mangueira em chamas, pois o gás que esta vazando e
sendo queimado, se apagarmos o gás irá acumular podendo gerar uma explosão, neste
caso o primeiro a se fazer é fechar a válvula de entrada e deixar que o gás queime
até que o fogo seja extinto.

68
CUIDADOS GERAIS 7.2 – COMBATE A INCÊNDIO EM EQUIPAMENTOS

Resfriamento de metal líquido no piso e/ou equipamentos.


Quando se trata de acidentes com aço líquido logo temos o derramamentos
sobre o piso e equipamentos. Antes de mais nada devemos nos certificar que vazamento
já tenha acabado e o aço vazado não esteja líquido para evitar explosões ao ser
resfriado.
Ao atuarmos com uma mangueira e resfriamos o aço, esta água evapora
rapidamente e o calor do vapor pode ocasionar queimaduras também. Por este fato
devemos analisar a posição do vento para que este vapor não venha de encontro a nós
ou a que este vapor não vá na direção de outra pessoa.

Nunca se deve combater um incêndio sem


acompanhamento de outra pessoa, é
importante que sempre tenha alguém
orientando para direcionar o jato de água
IMPORTANTE de acordo com a necessidade e
principalmente garantindo a segurança.
69
CAPÍTULO 8:

PLANO DE EVACUAÇÃO
DA ÁREA DO
LINGOTAMENTO
CONTÍNUO

70
EVACUAÇÃO DO LC

PRINCIPAIS CAUSAS PROVÁVEIS:

• Vazamento de CO atingindo a plataforma de operação;


• Incêndios fora de controle;

AÇÕES DURANTE A EMERGÊNCIA:

Evacuação por vazamento de CO.

Caso exista vazamento de Monóxido de Carbono na plataforma do


lingotamento contínuo fechar a panela imediatamente e finalizar os veios. A equipe deve
utilizar uma das 3 rotas de fuga da plataforma de operação.

Vista superior da plataforma do LC

UED’S

Sala de Sala do
operação LC

Rota nº 1 – Saída Zona 2/Piso zero

Rota nº 2 – Saída LC/Forno Panela

Rota nº 3 – Saída LC/Oxicorte

71
EVACUAÇÃO DO LC

Evacuação da Ponte Rolante 75.

Se não houver a possibilidade do operador da PR 75 sair pelo acesso de


rotina, existe uma passagem na viga de rolamento que da acesso a PR 60, este caminho
deve ser utilizado somente em caso de emergência.

Evacuação geral do Lingotamento

Quando qualquer ocorrência sair do controle a área precisar ser evacuada,


caso de incêndios de grandes proporções, explosões em equipamentos ou qualquer
tipo de situação que venha a colocar em risco a integridade física das pessoas, a
área deve ser evacuada imediatamente por uma das duas rotas de fuga da plataforma
de operação.
Existe um ponto de encontro localizado na frente do almoxarifado que é para
onde todos devem se dirigir para que seja realizada a contagem das pessoas.

Caso seja necessário acionar a equipe da


segurança e do ambulatório na faixa 8 do
radio de comunicação ou no ramal 60.
IMPORTANTE

72
CAPÍTULO 9:

OCORRÊNCIAS E
ACIDENTES REAIS
NO
LINGOTAMENTO
CONTÍNUO

73
ACIDENTES REAIS - LC

Transbordamento do distribuidor pela frente da máquina:

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Carro do distribuidor e sistema de troca rápida de válvulas;
Moldes, agitador eletromagnético e osciladores;
Câmara de Spray;
Painéis de operação;
Piso da plataforma;

• Tempo de parada da aciaria: 7860 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 240.000,00
• Perda de produção: R$ 13.000.000,00

74
ACIDENTES REAIS - LC

Quebra do munhão da panela.

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Panela de aço.
Pote de escória

• Tempo de parada da aciaria: 230 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 20.000,00
• Perda de produção: R$ 384.000,00

75
ACIDENTES REAIS - LC

Não fechamento da panela.

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Panela de aço.
Carro panela e carro do distribuidor

• Tempo de parada da aciaria: 190 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 30.000,00
• Perda de produção: R$ 120.000,00

76
ACIDENTES REAIS - LC

Infiltração da válvula gaveta da panela.

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Panela de aço.
Carro panela e carro do distribuidor

• Tempo de parada da aciaria: 190 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 35.000,00
• Perda de produção: R$ 120.000,00

77
ACIDENTES REAIS - LC

Furo na carcaça da panela.

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Carcaça da panela.
Carro panela.

• Tempo de parada aciaria: 3400 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 25.000,00
• Perda de produção: R$ 2.304.000,00

78
ACIDENTES REAIS - LC

Reação de aço na panela.

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Carcaça da panela.
Carro panela.

• Tempo de parada aciaria: 240 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 35.000,00
• Perda de produção: R$ 160.000,00

79
ACIDENTES REAIS - LC

Perfuração de veio com sistema de troca rápida em manual

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Suporte da zona 2, zona 3 e Bananas de Spray.
Caixa de distribuição de água
Portas, parede e piso da câmara de spray;

• Tempo de parada da aciaria: 0 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 10.000,00
• Perda de produção: R$ 1500,00

80
ACIDENTES REAIS - LC

Transbordamento de molde.

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Molde, tampa superior e tampa de lubrificação.

• Tempo de parada da aciaria: 0 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 5.000,00
• Perda de produção: R$ 4.000,00

81
ACIDENTES REAIS - LC

Tarugo cortado com o comprimento maior que a mesa de transferência.

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Batentes e cabos do transferidor

• Tempo de parada da aciaria: 0 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 5.000,00
• Perda de produção: R$ 1.100,00

82
ACIDENTES REAIS - LC

Perfuração de veio com canudo no molde.

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Molde, bicos e bananas de spray

• Tempo de parada aciaria: 0 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 5.000,00
• Perda de produção: R$ 1.000,00

83
ACIDENTES REAIS - LC

Reação de aço dentro do molde

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Molde, tampa superior e de lubrificação
Bicos, bananas e suporte da câmara de spray.

• Tempo de parada aciaria: 0 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 0,00
• Perda de produção: R$ 2.000,00

84
ACIDENTES REAIS - LC

Desconexão prematura da cabeça da barra falsa

Dados do acidente:

• Equipamentos atingidos:
Nenhum equipamento.

• Tempo de parada aciaria: 0 minutos aprox.


• Custo aproximado do acidente:
• Equipamentos: R$ 0,00
• Perda de produção: R$ 2.000,00

85
CONCLUSÃO
Gostaria de deixar meus agradecimentos aos técnicos operacionais e
toda a equipe do Lingotamento Contínuo, assim como aos outros membros da
liderança e gerencia da Aciaria pela contribuição técnica e observações feitas ao
longo da elaboração deste livro.
Para evitarmos acidentes possuo a convicção que segurança se faz
através do conhecimento de causa dentro das atividades, manuseios e operações
dos equipamentos dentro da área siderúrgica ou de qualquer outro setor
industrial.
A conscientização para o cumprimento dos procedimentos e padrões é
fundamental para estabilização dos processos e também para garantir a
segurança de pessoas e equipamentos. Saliento também que a revisão e
atualização destes deve ser criteriosa e constante para que se desenvolva
dispositivos e meios para garantir as praticas de segurança através da melhoria
continua.
Somente quem teve o desprazer de presenciar, de perder irmãos, amigos
e companheiros em tragédias no local de trabalho sabem o real significado da
palavra “acidente”. Infelizmente me incluo entre estas pessoas e tenho trabalhado
dia após dia para que este número não aumente. Aprendi que preciso acordar com
um único objetivo que é realizar meu trabalho e voltar bem, são e salvo para casa.
Na vida possuímos inúmeras incertezas, mas quando o assunto é
segurança a única certeza que tenho é que:
“Para segurança acontecer só depende de uma pessoa, eu mesmo”.
Quanto todos pensarmos e principalmente agirmos desta forma um novo
patamar será alcançado, pois a segurança se faz com ações individuais e
pensamentos coletivos.
Se uma pessoa que tivesse acesso a estas informações e com isto
conseguisse evitar apenas um único acidente, este trabalho já teria cumprido um
grande papel, porém tenho certeza que o potencial deste material é muito maior,
ele pode ir além de limites e índices alcançados, para isto só depende de uma
escolha:
Seguimos adiante, como sempre fizemos, guardarmos este manual
dentro de uma gaveta para que seja mais um livro coberto de poeira ou colocamos
tudo o que vimos em pratica para fazermos a diferença. Afinal só depende de nós.

Cristiano Faustino Almeida.

86

Você também pode gostar