Questões sobre os Édito de Milão (313) e Édito de Tessalônica (380)
1. Édito de Milão (313)
a. O objetivo central Assinado pelos imperadores em 313 d.C, por Constantino Augusto e Licínio Augusto, o Édito de Milão visava estabelecer a estabilidade social, a segurança e o bem público no Império Romano. Esse documento declarou a neutralidade do Estado em relação às diferentes religiões, acabou com toda perseguição religiosa e assegurou a liberdade e a prática de credos religiosos, principalmente ao Cristianismo. b. Interação entre a Igreja e o Estado - Devolução dos lugares de culto e das propriedades confiscadas dos cristãos ou tenham sido compradas por particulares. Além de isentar os cristãos do pagamento de quaisquer tipo de indenização. - Com a legitimação dos credos religiosos por esse édito, o paganismo foi abolido como a religião oficial do Império Romano. c. O papel do Cristianismo no século IV - O cristianismo assegura a estabilidade e a unidade do Império Romano que se acha amparado pela ação e proteção divina em suas empreitadas. “… o favor divino que em tantas e tão importantes ocasiões nos tem sido propício, continuará ao nosso lado constantemente, para êxito das nossas empresas e para prosperidade do bem público...” (Pedrero-Sánchez, 2000, p.28)
2. Édito de Tessalônica (380)
a. Interferência da religião sobre o Estado Romano e os usos do cristianismo como instrumento de contrloe e disciplina Assinado pelos imperadores Graciano, Valentiniano e Teodósio Augustos, o Édito de Tessalônica, ao povo de Constantinopla, estabeleceu o cristianismo como a religião oficial do Estado, tornando cristão católico, o Império Romano. Em consequência, todo império deveria praticar a religião proclamada pelo Apóstolo Pedro, seguindo assim, a disciplina apostólica e doutrina da Santa Trindade (Divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo), abraçada pelos imperadores e tendo como exemplo de santidade o Pontífice Dâmaso e Pedro, Bispo de Alexandria. Dessa forma, a imposição feita por Teodósio, estabeleceu um regime de exceção, em que todos os cristãos tornar-se-iam católicos. Outras formas de cultos politeístas foram abolidas, tornando-se heréticas. As formas contrárias à religião e dogmas oficiais e seriam punidas pelo divino, com o castigo infringido pelas mãos do Estado, agora, político eclesiástico. “… Porém, o restos, aos quais consideramos dementes e insensatos, assumirão a infâmia dos dogmas heréticos, os lugares de suas reuniões não receberão o nome de igrejas e serão castigados...” (Pedrero-Sánchez, 2000, p.29)
Referência: Pedrero-Sánchez, Maria Guadalupe, História da Idade Média, textos e testemunhas – São Paulo: Editora UNESP, 2000