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UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

Professora Drª Renata Rosental Sankovski - TH509 – História Medieval I


Aluno: Humberto Carneiro Teixeira - Matrícula nº 201626523-8

Questões sobre os Édito de Milão (313) e Édito de Tessalônica (380)

1. Édito de Milão (313)


a. O objetivo central
Assinado pelos imperadores em 313 d.C, por Constantino Augusto e Licínio Augusto, o Édito de
Milão visava estabelecer a estabilidade social, a segurança e o bem público no Império Romano.
Esse documento declarou a neutralidade do Estado em relação às diferentes religiões, acabou com
toda perseguição religiosa e assegurou a liberdade e a prática de credos religiosos, principalmente
ao Cristianismo.
b. Interação entre a Igreja e o Estado
- Devolução dos lugares de culto e das propriedades confiscadas dos cristãos ou tenham sido
compradas por particulares. Além de isentar os cristãos do pagamento de quaisquer tipo de
indenização.
- Com a legitimação dos credos religiosos por esse édito, o paganismo foi abolido como a religião
oficial do Império Romano.
c. O papel do Cristianismo no século IV
- O cristianismo assegura a estabilidade e a unidade do Império Romano que se acha amparado
pela ação e proteção divina em suas empreitadas.
“… o favor divino que em tantas e tão importantes ocasiões nos tem sido
propício, continuará ao nosso lado constantemente, para êxito das nossas
empresas e para prosperidade do bem público...” (Pedrero-Sánchez, 2000,
p.28)

2. Édito de Tessalônica (380)


a. Interferência da religião sobre o Estado Romano e os usos do cristianismo como
instrumento de contrloe e disciplina
Assinado pelos imperadores Graciano, Valentiniano e Teodósio Augustos, o Édito de Tessalônica,
ao povo de Constantinopla, estabeleceu o cristianismo como a religião oficial do Estado, tornando
cristão católico, o Império Romano. Em consequência, todo império deveria praticar a religião
proclamada pelo Apóstolo Pedro, seguindo assim, a disciplina apostólica e doutrina da Santa
Trindade (Divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo), abraçada pelos imperadores e tendo
como exemplo de santidade o Pontífice Dâmaso e Pedro, Bispo de Alexandria.
Dessa forma, a imposição feita por Teodósio, estabeleceu um regime de exceção, em que todos os
cristãos tornar-se-iam católicos.
Outras formas de cultos politeístas foram abolidas, tornando-se heréticas.
As formas contrárias à religião e dogmas oficiais e seriam punidas pelo divino, com o castigo
infringido pelas mãos do Estado, agora, político eclesiástico.
“… Porém, o restos, aos quais consideramos dementes e insensatos, assumirão
a infâmia dos dogmas heréticos, os lugares de suas reuniões não receberão o
nome de igrejas e serão castigados...” (Pedrero-Sánchez, 2000, p.29)

Referência:
Pedrero-Sánchez, Maria Guadalupe, História da Idade Média, textos e testemunhas – São Paulo:
Editora UNESP, 2000

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