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INTI XJ
à
TEOLOGIA
INTRODUÇÃO
"V
A
TEOLOGIA
ALCEBÍADES VASCONCELOS
-m
VASi Vasconcelos. A lcebíades Pereira,
1914 -
Introdução à Teologia / Alcebía
des Pereira Vasconcelos. - Rio de J a
neiro: ('asa Publicadora das As
sem bléias de Deus, 3987.
64p.; Ilxl8cm . .
_ 1. Doutrina - Teologia Cristã. I.
Título.
CDI) - 230
14
Divisão da Teologia
Para efeito de estudo sistemático, a
teologia pode ser dividida em até doze as
pectos; todos eles, porém , in ter-
relacionados e relativos à sua vinculação a
Deus no que diz respeito às suas relações
com o Universo ou com o homem em parti
cular. Assim temos;
1. Teologia Natural
E a ciência que descreve as verdades
relativas a Deus em suas relações com o
Universo, do modo como reveladas na na
tureza.
2. Teologia Revelada
E a ciência que descreve as verdades
acerca de Deus e do Universo reveladas nas
15
Escrituras. Acontece, porém, que a Teolo
gia Revelada sofre restrições da parte de
teólogos modernistas que vêem nela sérias
contradições. Exemplos: 1) A Bíblia foi es
crita por homens (2 Fe 1.19-21). 2) A
Bíblia apenas contém a Palavra de Deus,
não é a Palavra de Deus. 3) A Bíblia con
tém erros históricos (Jr 46.2 — Dn 1.1).
Nota
Em 605 a.C.. Nabucodonozor, prínci
pe herdeiro, derrotou o Egito na batalha de
Carquemis (-Jr 46.2). Em 08.08.605 a.C..
N abupolasar, seu pai, m orreu e, a
06.09.605. ele assumiu o trono. -Josias mor
reu em 609 ou princípios de 608 a.C. Con
clusão, -Jeremias escreveu do ponto de vis
ta judaico, a saber, do 1" ano do reinado, e
Daniel escreveu do ponto de vista caldaico,
a saber partindo do 2" ano do reinado...
3. Teologia Bíblica
E a ciência que descreve a verdade
acerca de Deus e do Universo dum modo
divinamente ordenado em seu desenvolvi
mento, conforme constante dos livros da
Bíblia: e, neste aspecto, ela é a expressão
do conteúdo doutrinário e ético de toda a
Bíblia.
4. Teologia Própria
E a ciência que se limita a descrever a
16
pessoa de Deus em sua triunidade sem por-
menorizar os feitos de cada pessoa da di
vindade em particular.
5. Teologia Histórica
É a ciência que se ocupa em delinear o
desenvolvimento da doutrina e das porme
norizadas variações sectárias daqueles gru
pos que se apartaram da pureza da verda
de cristã.
6. Teologia Dogmática
É a ciência que se preocupa em des
crever de modo objetivo os artigos da fé
cristã, afirmando sua veracidade absoluta,
de acordo com a Bíblia.
7. Teologia Especulativa
É a ciência que estuda verdades teoló
gicas abstratas, naquilo que diz respeito à
sua importância prática.
8. Teologia do Antigo Testamento
É a ciência que se ocupa diretamente
com os ensinos constantes do Antigo Tes
tamento.
9. Teologia do Novo Testamento
É a ciência que se preocupa especial
mente com os ensinos do Novo Testamen
to.
17
10. Teologia Paulina, Joanina, Petrina
E a ciência que estuda, de modo es
pecifico, os ensinos desses apóstolos de
Cristo, isoladamente, conforme constantes
da Bíblia.
11. Teologia Prática
É a ciência que se ocupa com a aplica
ção dos ensinos bíblicos de um modo práti
co, direto, ao homem.
12. Teologia Sistemática
E a ciência que estabelece uma ordem
lógica e racional, ao desenvolvimento do
sistema doutrinário constante da Bíblia,
sobre Deus, o Universo, (particularmente o
homem) e todas as coisas existentes. É o
estudo ordenado da doutrina cristã, de
acordo com aquilo que esta doutrina tem
de bíblico.
18
2
Princípios Básicos
da Teologia
A teologia é uma ciência que parte do
ponto de vista da revelação que Deus faz
de si mesmo ao homem, através da nature
za, da Bíblia e de Jesus Cristo. 1) SI 19.1-6;
At 14.15-17; Rm 1.18-27. 2) Gn l.lss; Êx
.‘1 14; 6.2,3; Jo 14.6; Rm 3.1,2; 1 Jo 4.8. 3)
Na 1.3; Jo 1.16-18...
Pascal, filósofo francês que viveu nos
anos 1623 a 1662, referiu-se ao Deus Abs-
conditus, acrescentando que, mesmo “es
condido” (At 17.23), Deus se revelara a si
mesmo a ele, conforme as Escrituras. De
fato, Deus se revela através da natureza,
da Bíblia e, pessoalmente em Jesus, e tam
bém revela-se através de milagres porten
tosos (2 Rs 5.9-17; Dn 3.16-29; 4.30-37;
19
6.16-27). Revela-se pessoalmente a indiví
duos de modo instantâneo, conforme quer
(Ex 3.1-6, 14; At 9.1-6); além de a Moisés e
a Paulo, Ele se revelou do modo que quis a
Enoque e a Noé (Gn 5.21-24; 6.13; 7.1;
9.1), a Abraão (Gn 12.1-3), a Isaque (Gn
26.24), a Jacó (Gn 28.13; 31.1), a José (Gn
37.5-11), a Josué (Js 1.1), a Gideão (Jz
6.25), a Samuel (1 Sm 3.2-4), a Davi (1 Sm
23.9-12), a Elias (1 Rs 17.2-4), a Isaías (Is
6.8), a Jeremias (Jr 1.4-10), etc; também
nos tempos atuais, Ele falou a Jesus (Mt
3.16,17; Jo 12.27,28), a Pedro, Tiago e João
(Mc 9.7), a Ananias (At 9.10), etc.
Quanto à revelação pessoal em Jesus,
ela é tão perfeita, que a incredulidade ju
daica é algo somente possível à base de Ro
manos 11.11,12, porque o que a respeito de
Jesus está escrito no Antigo Testamento e
plenamente cumprido em sua vida e mi
nistério terrenos, morte, ressurreição e as
censão, é algo que ressalta à vista de quem
tem olhos para ver. Exemplos: 1) Devia
nascer duma virgem (Is 7.14; Mt 1.23; Lc
1.30-35). 2) Seria a descendência de
Abraão (Gn 12.3; G1 3.8-16). 3) Da tribo de
Judá (Gn 49.10; Hb 7.14). 4) Da linhagem
de Davi (SI 110.1; Mt 1.1; Rm 1.3). 5) De
via nascer em Belém (Mq 5.2; Mt 2.6; Lc
2.1-7). 6) Seria cheio do Espírito Santo (Is
€.1.1,2,-, Lc 4.10,19). 7) Entraria em Jerusa
lém montado num jumento (Zc 9.9; Mt
20
21.4-11). 8) Seria traído por um amigo (SI
41.9; Jo 13.18). 9) Seria vendido por 30
moédas de prata (Zc 11.12,13; Mt 26.15;
27.9,10). 10) Seria abandonado por seus
discípulos (Zc 13.7; Mt 26.31,56). 11) Seria
ferido nas mãos e nos pés sem serem
quebrados seus ossos (SI 22.16; 34.20; Jo
19.36; 20.20,25). 12) Dar-lhe-iam vinagre a
beber (SI 69.21; Mt 27.34). 13) Distribui
riam as suas vestes e poriam a sorte à sua
túnica (SI 22.18; Mt 27.35). 14) Seria des
prezado por Deus (SI 22.1; Mt 27.46). 15)
Seria sepultado com os ricos (Is 53.9; Mt
27.57-60). 16) Ressuscitaria dentre os mor
tos (SI 16.10; At 2.24). 17) Seria assunto
aos céus (SI 68.18; Ef 4.8). 18) Sentar-se-ia
à destra do Pai (SI 110.1; Mt 22.43-45; Mc
16.19,20).
Estas provas da profecia cumprida são
clara e evidente demonstração da revela
ção de Deus ao homem através da pessoa
de seu Filho Jesus Cristo (Mt 11.27; Jo
I.18; Jo 14.9; Cl 1.15; 2.9; Hb 1.1,2).
Em Cristo, pessoalmente, Deus reve
la: sua existência, sua natureza, sua vonta
de, etc. Ele tinha perfeita e permanente
comunhão com o Pai (Jo 8.18.28,29. 58;
II.41; 12.28; 17.5). Ele viveu sem pecar e
sem pecado (Jo 8.28). Seu ensino era do
Pai (Mt 7.28,29; Jo 7.46). Suas obras eram
as mesmas do Pai (Jo 5.36; 10.37,38;
15.24). Suas prerrogativas eram as mes-
21
mas do Pai (Jo 5.22,25,28). Suas relações
com o Pai eram as mais íntimas (Mt 28.19;
Jo 10.38) e demonstram que Ele era Deus
humanizado. Ele revelou absoluta santi
dade (Jo 17.11,25) e profundo amor (Jo
3.14-16).
A paternidade de Deus quanto a Jesus
tinha sentido direto, absoluto (Mt 3.17;
17.5; Lc 1.32), e, quanto a nós, os cristãos,
tem sentido adotivo (Jo 1.12; Rm 8.15; GÍ
4.5; Ef 1.5). De fato, é preciso ser espiri
tualmente cego para não perceber, crer e
aceitar a Deus através de sua revelação
exuberante!
A teologia afirma a existência de
Deus, e que, mesmo sendo espírito e por
tanto invisível (Jó 9.11; Jo 4.24), impalpá-
vel (Jó 23.8,9), Ele mantém permanente
interesse no Universo que criou e com Ele
se relaciona (Gn 1.26-30; 2.18-25; 6.1-10;
9.1-11 etc.)
A teologia ensina que, havendo Deus
criado o homem em sua imagem e seme
lhança, o dotou de inteligência (Gn 2.7,18-
23) e capacidade para o conhecer e se rela
cionar com o seu Criador (Gn 2.15-17;
3.7.8).
Todo-poderoso que é (Gn 17.1), Deus
por si mesmo estabeleceu meios que possi
bilitam ao homem conhecê-lo e manter re
lações de comunhão de um modo afetivo e
99
verdadeiro consigo mesmo (Gn 3.21; 4.1-7;
8 . 20 - 22 ).
Reconhecemos haver muitos que ne
gam aquilo que aqui afirmamos; porém,
não é por o cego não ver o sol e negar a sua
existência que nós, homens de visão perfei
ta, vamos fazer coro com ele e negar aquilo
de que temos pleno conhecimento.
De certo modo, a própria existência
humana reclama a existência de Deus e é
um atestado dela, e ao mesmo tempo evi
dencia que o homem pode conhecer a Deus
(Gn 1.26,27; Dn 12.4). Daí o atestado da
antropologia verdadeira que afirma que os
mais bárbaros dentre os seres humanos
têm, quando menos, uma noção rudimen
tar da existência de Deus e uma forma pró
pria de religião. Este sentimento é tão agu
do nos seres humanos que alguém afirmou
ser “mais fácil contradizer a existência da
matéria a contradizer a existência de
Deus.”
Também sabemos haver aqueles que,
mesmo reconhecendo a existência de Deus,
negam a possibilidade humana de o conhe
cer. devido a ser Ele espírito e, deste modo,
ser inacessível ao conhecimento humano
(SI 138.6). Todavia, sabemos que Deus vo
luntariamente se revela ao homem de
modo a tornar possível seu conhecimento
ao menos quando necéssário neste lado da
23
existência (Jr 9.24; 22.15,16; 31.34; Os 6.3;
Jo 17.26; 1 Pe 1.17-21).
Pensemos bíblica e racionalmente em
nosso Deus:
a) Deus não é uma mera idéia sem
realidade objetiva, existente apenas na
imaginação humana, como ensinam al
guns. DEUS E! “EU SOU O QUE SOU”
(Êx 3.14). Este “EU SOU” é uma realida
de espiritual. Ele é o Ser Supremo, absolu
to, enquanto õs deuses dos idólatras exis
tem apenas na imaginação de seus adora
dores (Is 41.24; 1 Co 8.4).
b) Nosso Deus não tem natureza m a
terial, visível e tangível, “DEUS É ESPÍ
RITO” (Jo 4.24), ninguém sabe em que
consiste a essência espiritual de Deus (Jó
4.15-17; 9.11; 23.8,9; 36.5-26...)
c) Deus não é “algo invisível e sem vi
da”, ou apenas a força da natureza, nem é
apenas o princípio vital do homem, do ani
mal e da planta como ensinado por outros
(Jó 33.4; SI 36.9; 104.30; Jo 1.4).
d) Nosso Deus é um ESPÍRITO PES
SOAL. 'e por si mesmo afirma: “EU SOU
O QUE SOU” (Êx 3.14). Nesta visão,
quem falou a Moisés foi um ser pessoal,
um ser distinto de todas as coisas, nos céus
e na terra, visíveis e invisíveis (Cl 1.16).
e) Nosso Deus não evoluiu de algo
preexistente como ensinado pelo espiritis
mo esotérico, nem sua existência originou-
24
se de algo além dele. Ele é auto-existente.
Ele subsiste por si mesmo • E ^e ^
34
Fontes da Teologia
De conformidade com suas diferentes
divisões, a teologia tem distintas fontes-
bases entre as quais mencionaremos as se
guintes. devido à sua preponderância
sobre as suas congêneres:
t
1. A Natureza
Em sua multiforme manifestação,
viva ou morta, a natureza, onde quer que
seja sobre a terra, nos mares e nos ares,
constitui-se um livro aberto ante os ho
mens, evidenciando-lhes a existência de
Deus e falando de seu poder, da sua miseri
córdia e de seu amor para com o homem:
sendo, portanto, uma das fontes-bases da
teologia (SI 19; Rm 1-.19.20).
35
2. A Bíblia Sagrada
Denominada por Paulo de “oráculos
de Deus” (Rm 3.1,2), as Escrituras Sagra
das do Antigo e do Novo Testamento cons-
tituem-se a fonte por excelência da teolo
gia no que ela tem de mais expressivo entre
os meios físicos que emprega em sua ex
pressão. As E sc ritu ra s existem com a fina
lidade exclusiva de revelar Deus ao homem
(Gn 11; Lc 24.27; Jo 5.39, etc.)
3. O Misticismo
Derivado do verbo grego “MUO” que
significa calar e em sentido figurado fechar
os olhos, a fim de facilitar a concentração
dos sentidos, o misticismo tem dois senti
dos:
a) O Misticismo Falso que, ao invés de
conduzir o homem que o pratica a Deus,
apenas o torna um fanático imbecilizado
por idéias e sentimentos ilógicos.
b) O Misticismo Verdadeiro é aquele
que leva o homem a uma consagração
consciente, humilde, verdadeira, submissa
ao Espírito Santo, que o põe em contato di
reto e pessoal com Deus e, deste modo, dá-
lhe possibilidade de aprofundar o conheci
mento de Deus mediante as diretrizes da
teologia.
4. O Racionalismo
A razão, quando iluminada pelo Espí
36
rito Santo, utiliza o bom-senso, e, deste
modo. conduz o homem à realidade verda
deira. que é Deus. Neste aspecto, o racio-
nalismo é verdadeira fonte à teologia.
37
5
Requisitos para
Estudar Teologia
A teologia, por ser uma ciência espe
cial que lida diretamente com valores eter
nos, requer de seu estudante algumas ca
racterísticas não exigidas por qualquer ou
tra ciência.
1) A semelhança das demais ciências,
o estudo da teologia requer que o estudante
tenha íêito um bom curso secundário com
pleto. a fim de que esteja intelectualmente
em condições de acompanhar os estudos
teológicos assimilando bem a terminologia
própria da matéria, que, de certo modo,
torna-se quase impossível àqueles que não
estejam intelectualmente à altura de per
cebê-los. posto que todas as matérias do
curso teológico são bastante profundas,
39
exigindo do estudante mente bem esclare
cida. que esteja acostumada a estudar coi
sas profundas e assimilá-las.
2) A par dos conhecimentos constan
tes do parágrafo anterior, o estudante de
teologia carece e deve conhecer o melhor
possível o hebraico e o grego coinê, línguas
em que foram escritos originalmente os li
vros da Bíblia, em ordem de poder ler e
analisar com proveito o Antigo e o Novo
Testamento, o que lhe assegurará 100rr
mais de proveito em seus estudos teológi
cos.
3) É indispensável que o estudante de
Teologia seja uma pessoa regenerada (SI
25.14) e cheia do Espírito Santo, porque
este é o autor da Bíblia, e só através de sua
iluminação é possível ao estudante de teo
logia assimilar os conhecimentos que lhe
são necessários, e escapar de cair em erros
de interpretação, pois é o Espírito Santo
quem está incumbido, por Jesus, da mis
são de nos conduzir ao conhecimento de
“toda a verdade” (Jo 16.7-15). Se o estu
dante for guiado por Ele, nunca se confun
dirá nem enveredará pelos caminhos erra
dos das seitas, pois o Espírito Santo “pers-
cruta até mesmo as profundezas de Deus”
(1 Co 2.10).
4) Também é indispensável que o es
tudante de teologia seja despido de vaida
de pessoal, de pretensões descabidas, a fim
40
de submeter-se inteiramente à pesquisa e à
obtenção dos conhecimentos teológicos,
sem qualquer ostentação de grandeza de
conhecimentos, a fim de poder utilizar os
conhecimentos recebidos para glória de
Deus e edificação do próximo, sempre no
devido lugar e tempo propício.
41
6
A Existência de Deus
A teologia não se propõe provar a exis
tência de Deus, ao contrário, baseada em
suas fontes, ela afirma a existência de
Deus como fato realizado, reconhecido, e
argumenta com a natureza, com a Bíblia,
com'a própria natureza e existência huma
na e. mais particularmente, com a vida
preexistente, a encarnação, a vida física,
os feitos, a ressurreição e a ascensão de Je
sus Cristo, com sua atuação no Universo
em favor do homem, “jamais deixando-se
sem testemunho de si mesmo para com o
homem” (At 14.15-17). tudo para eviden
ciar. de um modo racional e lógico, a sua
existência ao homem.
O estudante de teologia, em sua pes
quisa da verdade divirta, fatalmente se de-
43
parará com muitas-teorias humanas que o
poderão ajudar quando analisadas de acor
do com as fontes e as regras da verdadeira
hermenêutica, porque, se não houver este
cuidado, tais teorias o conduzirão ao cami
nho do erro por onde muitos descuidados
têm enveredado para sua própria perdição.
Ao se lhe depararem, portanto, tais
teorias, o estudante de teologia as deve
analisar fria e calmamente antes de firmar
qualquer ponto de vista pessoal; e, se por si
mesmo, com a ajuda dos livros, não puder
atingir o conhecimento lógico, indiscutível
sobre qualquer assunto controverso-
polêmico, deve ele ser bastante humilde
para recorrer por ajuda de seus professores,
que. por haverem passado pelo mesmo ca
minho, devem estar em condições de aju
dá-lo.
Outro fator indispensável na pesquisa
das verdades teológicas é ter o estudante
uma fé cristã convicta, capaz de resistir
aos embates do erro e vencê-los do modo
que eles se lhe apresentarem (Mt 7.24,25).
Analisaremos a seguir algumas teorias des
sa natureza aqui aludidas.
1. O Argumento Cosmológico
“ Cosmológico” é a palavra grega for
mada de “KOSM OS” - universo, e “LO-
GOS". discurso, e significa ciência do Uni
verso. Kant. filósofo alemão do Século
44
XVIII, e princípio do Século XIX - 1724-
1804, é considerado pai do argumento cos-
mológico e conclui em seu arrazoado que o
Universo deve sua existência a uma causa
que é semelhante a ele em tamanho e efei
to, e não prova que essa causa original haja
sido uma personalidade inteligente e cons
ciente. embora reconhecida indefinida
mente grande. Isto posto, tudo quanto este
argumento diz sobre Deus é que Ele é um
ser absoluto, sem lhe atribuir personalida
de inteligente e consciente, etc.
2. Argumento Teleológico
“ Teleologia” vem do grego “TE-
LEIOS” - final, e “LOGOS” - discurso, e
significa ordem e desígnio da natureza em
suas causas finais. É a especulação que
tem em vista o conhecimento da finalida
de, encarada de modo abstrato pela consi
deração dos seres, quanto ao fim a que se
destinam. Por exemplo: “ A saúde é a cau
sa final dos exercícios físicos e estes são a
causa eficiente da saúde”. É, portanto, a
ordem e o desígnio no sistema universal
que implicam inteligência ou o fim de ter
todas as coisas no Universo dispostas em
ordem e relação com o propósito final. Por
tanto, o Universo, como tal, exige a exis
tência de uma inteligência capaz de produ
zir as coisas existentes e uma vontade ca
paz e poderosa para dirigir e manter a or-
45
dem com vistas ao próprio desígnio e fina
lidade úteis.
3. Argumento Antropológico
Do grego “ ANTRHOPOS”, homem e
“LOGOS”, discurso. Este argumento lida
com a natureza e capacidade mental e mo
ral do homem. Em sua aplicação, ele é di
vidido em três aspectos: a) natureza inte
lectual; b) natureza moral, e c) natureza
emocional e volitiva do homem.
O homem é por natureza um ser inte
lectual e não se pode admitir este fato sem
que admitamos sua autoria a outro ser
também intelectual que o idealizou e o
criou à sua semelhança. Ao mesmo tempo
a natureza moral do homem prova a exis
tência de um ser moral em sentido muito
mais elevado, que o idealizou e lhe deu ori
gem. E, igualmente, o homem, pelo senti
mento emotivo, encontra em Deus o objeto
ideal de seu amor.
Como se observa, este argumento nos
leva à segurança da existência de Deus,
que governa com justiça e, ao mesmo tem
po. é o objeto idôneo de nossa adoração; é,
portanto, um argumento que, analisado
teologicamente, nos faz aproximar de
Deus, a saber, do Deus pessoal em que cre
mos.
46
4. Argumento Ontológico
Do grego “ONTOS”, ser, e “LO-
(ÍOS”, discurso. Ê a teoria do ser e lida
com a metafísica, ou seja, com a doutrina
da essência das coisas primárias. Este ar
gumento algumas vezes é usado para cor
roborar a intuição racional da existência
de Deus. Há, porém, um grande perigo:
este argumento, ao invés de demonstrar
que Deus é uma personalidade espiritual,
tende a ensinar ser Ele uma existência, um
ser material...
De parceria com estes argumentos
com que o estudante de teologia se depara
em sua pesquisa teológica, há também al
guns erros filosóficos em muita evidência,
com os quais deve ter muito cuidado, a fim
de sempre estabelecer a verdade conscien
temente. Vejamos:
1) Panteísmo - do grego “PAN”, tudo
e “TH EOS”, Deus, que significa: Tudo é
Deus. Esta teoria identifica Deus como o
Universo e vice-versa. Entre os defensores
deste erro filosófico está o filósofo alemão
Hegel que afirma: “Deus não é um espírito
que existe além das estrelas; ele é um espí
rito em todo espírito”, querendo dizer que
Deus é impessoal, inconsciente, que só se
expressa através do homem. Outro ardoro
so defensor do panteísmo foi o filósofo ho
landês Baruch Espinosa para quem Deus
deixa de ser uma pessoa para ser uma
47
substância constituída por uma infinidade
de atributos, dos quais só conhecemos
dois: o pensamento e o espaço, sendo o
mundo o conjunto desses dois atributos.
2. O Matenalismo - Este erro filosófi
co dá primazia à matéria, em sua explica
ção do Universo. Os átomos, as moléculas
materiais, constituem-se na última reali
dade. Delas todas as coisas racionais ou ir
racionais são meramente combinações m a
nifestas. A força é. por seus defensores,
considerada a expressão peculiar da m até
ria. Portanto, o Universo é apenas uma or
ganização de átomos, e os valores espiri
tuais e intelectuais são resultados dessa or
ganização.
3. O Idealismo - Este erro filosófico,
de certo modo, tem influído em todos os
sistemas filosóficos modernos, posto que
Hegel lhe deu completo desenvolvimento
com sua idéia panteísta de Deus ser ape
nas "um espírito em todo espírito” que a
mais de reger a personalidade consciente
de Deus afirma que ele só subsiste no ho
mem. (A combinação do idealismo-
panteísmo é a essência da seita "Ciência
Cristã” e doutras semelhantes.)
4. O Existencialismo - Este constitui-
se duma -doutrina filosófica antiga, porém
muito em evidência atualmente, defendi
da por filósofos ditos cristãos e por outros
ditos ateus. Esta filosofia afirma que o ho-
48
mem primeiramente teve existência me
tafísica. porém criou-se a si mesmo e esco
lheu-se a si próprio pela ação. Para o exis
tencialista Sartre. o homem é compelido a
inventar os valores. A vida a priori, não
tem sentido. Antes de ser vivida, a vida
não é coisa alguma, é o homem que lhe dá
sentido, e o seu valor se confunde com esse
sentido. Para Kierkegaard, considerado o
pai da teoria existencialista, o pensador
existencial procura tornar-se o indivíduo,
único entre todos, extraordinário e excep
cional. e. ao mesmo tempo, igual a todos os
outros. Síntese do singular e do universal,
o indivíduo é o verdadeiro existente para
concluir: “Quanto mais penso, menos sou.
e quanto menos penso, mais sou...”
49
7
A que se Propõe
a Teologia
A. A teologia se propõe demonstrar
que Deus. por um livre ato de sua soberana
vontade, resolveu revelar-se a si mesmo ao
homem. Aliás o vocábulo português “reve
lação”. vem do grego "APOKALUPISIS”
que significa levantar o véu, descobrir algo
que está encoberto ou velado ao homem.
Aplicado ao conhecimento de Deus pelo
homem, evidencia algo impossível a ele
por esforços pessoais (Jo 15.16). devido à
infinitude de Deus e à finitude humana (Is
59.2).
Neste caso. Deus tomou a iniciativa
de revelar-se a si mesmo ao homem a be
nefício deste. E verdade que Deus sempre
esteve revelado ao 'homem através de
51
meios naturais, palpáveis: a) mediante a
natureza terrena (Rm 1.18-21); b) através
da natureza celeste (SI 19.1-6), e c) através
dos fenômenos meteorológicos (At 14.15-
17), mas o homem fechou os olhos e os ou
vidos a essas revelações de Deus e este, pa
cientemente, revelou-se através da escrita
(Rm 3.1,2), revelação esta de modo multi-
fário, a fim de o homem não acusar inocên
cia (Na 1.3), por não ser de seu gosto deter
minado tipo de literatura. Assim, a revela
ção escrita inclui em seu conteúdo disser
tação, romance, poesia, conto, filosofia,
ciência, história, geografia, biografia, cos
mogonia, leis, profecias, cartografia, etc.
de modo a ser a revelação escrita compara
da por um pensador a “um caudal em que
o elefante pode nadar e o cordeiro va-
dear...”
Mesmo assim, conhecendo o homem
na intimidade (Jr 17.9,10; Jo 2.23-25),
Deus, em sua longanimidade e misericór
dia (Lm 3.22,23), foi além, e revelou-se
PESSOALMENTE na pessoa de seu Filho
Unigênito (Jo 1.1-3,18; 10.30; 14.5-11). Ne
le, em Jesus, temos o próprio Deus encar
nado (Jo 1.1-3,14) e revelado ao homem
como homem; e, deste modo, está o ho
mem, individualmente indesculpável de
sua ignorância de Deus.
B. Demonstrar que a Bíblia é toda ela
divinamente inspirada por Deus (2 Tm
52
3.16), e que suas profecias não são fruto da
imaginação humana e sim, resultado abso
luto da inspiração do Espírito Santo (2 Pe
1.19-21). deixando, portanto, de ser pala
vra humana para ser o que verdadeiramen
te é: a Palavra de Deus (1 Ts 2.13).
Aliás, nós cremos na inspiração plena
da Bíblia, não apenas na inspiração dos
textos e sim das palavras (2 Pe 1.21), por
que só deste modo ela pode preencher o fim
a que é por Deus destinada (Lc 24.27,44; Jo
5.39). Nós vamos além, afirmando nossa fé
na inspiração dos pensamentos dos escrito
res sagrados (Mt 5.18; Jo 6.63; 1 Co 2.12) e
na própria redação do texto (Êx 37.2; Jr
1.7; Hc 2.2; At 21.5; 1 Co 14.32,37). A ins
piração, de acordo com 2 Pe 1.21, onde, no
original, está o verbo “FEROMENAI” -
mover, tem duplo sentido: 1) mover de vez
em quando, como por força irresistível (Lc
23.26). e 2) ser dirigido segundo a vontade
de outrem (Jr 20.7-9; At 4.19,20; At 17.15-
17).
C. Demonstrar que Deus é espírito
pessoal (Jo 4.24), que se manifesta ao ho
mem através da operação de seus atribu
tos, que se dividem em dois grupos princi
pais: a) atribu to s absolutos: auto-
existência, imutabilidade, unidade, perfei
ção, verdade, amor, santidade, e b) atribu
tos relativos: eternidade, onipotência,
53
onisciência, onipresença, misericórdia,
justiça, etc.
D. Demonstrar que, mesmo sendo
Uno. Deus se relaciona com o homem em
forma triúna: a) Pai; b) Filho, e c) Espírito
Santo, operando os três como personalida
des distintas, em épocas distintas, porém
jamais dissociando-se no todo, porque, em
suma, é um só Deus.
E. Demonstrar a realidade da criação
original de todas as coisas conforme suas
próprias espécies, em contrário à idéia hu
mana, ilógica e improvável da evolução na
espécie. Estudamos em nossas escolas a
teoria da evolução. Nossos mestres, quase
sempre, quando não são materialistas con
fessos, são influenciados pela filosofia m a
terialista que nega as realidades espiri
tuais, e. portanto, negam a criação original
por Deus, deste modo se prestam à propa
gação da teoria anticientífica darwiniana
da evolução das espécies, fazendo dela
uma “verdade” “sui generis”, inculcando-
a como histórica e científica, o que em ab
soluto não puderam provar até agora, por
que. de fato. a única e verdadeira cosmolo-
gia existente digna de fé. é a de Gênesis 1 e
2. A teoria da evolução não passa da mani
festação do orgulho de homens rotulados
sábios, que não se preocupam com a verda
deira pesquisa histórica e se conformam
com estórias criadas por mentes vazias de
54
Deus e cheias da vaidade e soberba hum a
na. à semelhança de Darwin.
Gênesis é. de fato. o livro das origens
que permanece de pé. irrefutável até hoje:
“No princípio Deus” auto-existente, criou,
com base em si mesmo, com o poder que
lhe é inerente, o Universo, “no princípio”
indefinido... Criou céus e terra para serem
habitados (Is 45.18), possivelmente, “no
princípio” por anjos (Is 14.12-15; Ez 28.11-
17), sendo possível que a revolta e queda
de Lúcifer tenha causado o caos constante
de Gênesis 1.2 e. neste caso, Gênesis 1.3
em diante narra os eventos ocorridos nos
seis dias da criação, ou recriação (Gn 2.9),
e. desde aqui. Gênesis prossegue narrando
as origens das coisas e como elas vieram a
existir.
F. Demonstrar a realidade histórica e
verdadeira relativa ao homem, em contrá
rio às teorias filosóficas da criação espon
tânea, da evolução das espécies, do desen
volvimento gradual, provando que, de fa
to. o homem foi feito originalmente a im a
gem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Deus
criou o homem original um ser com as se
guintes características: 1) adulto (Gn 2.7-
14); 2) responsável (Gn 2.15-17): 3) cons
ciente (Gn 2.19.20): 4) sábio (Gn
2.18.22.23).
O homem falhou conscientemente, re
belando-se contra o pacto feito com Deus
(Gn 2.15-17; 3.1-6), e, deste modo, caiu da
graça de Deus, pecou (Gn 3.7-10), motivo
por que foi julgado e condenado a sofrer as
conseqüências do seu erro (Gn 3.17-19), e
todo o conjunto de desditas que a humani
dade sofre na terra é conseqüência da que
da do homem original (Rm 5.12).
G. Demonstrar a realidade triste e ob
jetiva do pecado que tornou o homem o ser
sofredor que é na presente existência e o
será eternamente se não encontrar o meio
legítimo de se libertar do pecado enquanto
nesta vida, em contradição às várias teo
rias humanas que procuram inocentar o
homem da culpa do pecado, deixando-o
vítima dele, em hipotética impunidade.
O pecado é uma realidade triste, hu
milhante, vexatória e universal (Pv 14.34;
Rm 3.10-18,23).
A Bíblia considera a existência de dois
princípios morais: a) o pecado, conseqüên-
te da transgressão do primeiro homem do
pacto que Deus com ele estabelecera (Gn
2.17); b) a santidade que Deus outorga ao
homem mediante sua rendição incondicio
nal, pela fé ao novo pacto que Ele outorga
ao homem através do segundo Adão Cristo
Jesus (Jo 1.12; 6.39,40; 1 Co 15.45).
Conforme a Bíblia, todos os requisitos
ou características morais podem ser classi
ficados sob estes dois princípios capitais.
Pecado é moralmente tudo aquilo que se-
56
para o homem do seu Criador - Deus, e o
faz escravo da carne e suas concupiscên-
cias (Gn 3.6; Rm 7.14; 1 Jo 2.17).
Também conforme a Bíblia, Deus tor
na participante da santidade todo o peca
dor que aceita por fé o pacto redentor em
Cristo Jesus (1 Ts 4.3,7; Hb 12.10).
H. Demonstrar o plano redentor insti
tuído por Deus em favor do homem me
diante a pessoa e obra de Jesus Cristo, com
base no amor e na justiça divina, em con
trário às filosofias humanas que idealizam
diferentes sistemas redentivos.
O plano redentor de Deus em favor do
homem vem desde a eternidade (Ap 13.8).
Foi anunciado a Adão (Gn 3.15), a Abraão
(Gn 12.1-3), a Isaque (Gn 26.4), a Jacó (Gn
28.14). Este descendente é Cristo Jesus (G1
3.15.16; Jo 1.29).
O sistema da redenção foi instituído
por Deus (Gn 3.21) - vida por vida - (Lv
17.10,11; Hb 9.22). Nunca houve, não há,
nem haverá outro meio legítimo de reden
ção (At 4.12; G1 4.4). Esse meio pode ser
rejeitado (Gn 4.3; Lc 23.39), e pode ser
aceito (Gn 4.4,5; Lc 23.40-43).
I. Demonstrar que o homem carece,
pode e deve regenerar-se e que Deus esta
belece as condições e os meios através dos
quais possibilita ao homem a regeneração.
J. Demonstrar que Deus instituiu no
mundo uma agência - a Igreja, que está de
57
portas abertas 24 horas ao dia, o ano intei
ro. para indicar ao homem o caminho certo
à obtenção de todas as coisas possíveis de
serem obtidas da parte de Deus neste lado
da existência.
A Igreja foi estabelecida por Cristo
(Mt 16.18) com a finalidade exclusiva de
instruir o homem no caminho dos céus (Mt
28.18-20). Ela é, portanto, um farol jorran
do luz nas trevas do mundo (Mt 5.14-16;
7.13,14). Todo homem que atende ao sinal
segue o rumo certo (Jo 6.28,29, 37-40), é
salvo (Jo 10.9) e está seguro para a eterni
dade (Jo 10.27-30).
L. Demonstrar, em contrário às idéias
filosóficas humanas, que, das coisas exis
tentes sobre a terra, nos mares e no espaço,
a única coisa eterna é o homem, e que a
eternidade para este pode ser de felicidade
ou de infelicidade, conforme sua preferên
cia e livre escolha pessoal nesta vida. Sim,
em contrário a filosofia humanística que
afirma tudo acabar-se com a morte do cor
po. ensina a teologia que o homem, à seme
lhança de seu Criador, é um ser eterno, e,
como tal, existirá eternamente do modo
que voluntariamente escolher:
a) em tormento, separado de Deus, no
“inferno preparado para o diabo e seus an
jos” (Mt 25.41,46; Mc 9.42-48; Ap 20.7-15).
b) em glória eterna (Mt 25.34,46; Jo
17.22; 2 Co 4.17; Fp 4.19; Ap 21.1-7).
58
Cremos que notastes, por este estudo,
que nós que vô-lo ministramos, cremos em
Deus de acordo com o que a seu respeito
nos ensina a Bíblia Sagrada. E é o que cre
mos que vos ensinamos, na esperança de
que também creiáis à nossa semelhança,
neste tempo de dúvida e apostasia da fé
cristã verdadeiramente bíblica, no qual vi
vemos. Amém.
59
Obras consultadas
1.A Theology of the New Testament,
G.E. Ladd
2. Conhecendo as doutrinas da Bíblia,
M. Perlman
3. Introduccion a 1^ Teologia Sistemati-
ca, G.H. Lacy
4. Systematic Theology, Strong
õ. Teologia Sistemática, C. Berkhof
(i. Teologia Sistemática, Chafer
7. The Great Douctrines of the Bible,
Evans
61
T e o l o g ia , d o g r e g o “ T h e o s ” - Deus.e
g o s ” - discurso, é a c i ê n c i a q u e f a l a s o r v :
C r ia d o r e s u a s r e la ç õ e s c o m o Universo, e es
tá a c im a d a s d e m a is , p o r q u e , e n ç u a r : : es
ta s s e o c u p a m d a s c o is a s te m p o r a is , ela se
d e d ic a , e m e s p e c ia l, d s e te r n a s . D ife r e z z F i
i ise aos
lo s o f ia , d e c e r t o m o d o , p o i s , e m b o r a
m e s m o s o b j e t i v o s , e m p r e g a m e i o s d is r .* i:o ?
p a r a a tin g i-lo s . A m b a s p r o c u r a m c o m p r u m -
d e r o m u n d o e a v id a , m a s , e n q u a n to c p r i
m e i r a c r ê e m u m D e u s p e s s o a l e a f i r m a ser
E le a c a u s a o r ig in a l d e tu d o , e x c e to o p e c a
d o , a s e g u n d a a tr ib u i u m a a u to -e x is tê n c ia z
t o d a s a s c o is a s . É o q u e o l e i t o r d e s c o b r i r á n a
l e i t u r a d e s t a Introdução à Teologia. e s c r : : z
e m lin g u a g e m b a s ta n te a c e s s ív e l.