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BEHAVIORISMO E AS FACULDADES DA LINGUAGEM

Emanuelly Nascimento Gomes (UFPI)

SÓCRATES - O conhecimento preexiste no


espírito do homem e a aprendizagem consiste no
despertar esses conhecimentos inatos e
adormecidos.

Sócrates, um grande filósofo da Antiguidade Grega, nos deixou uma


imensidão de conhecimentos, sobre a imortalidade da alma, sobre virtude e
sabedoria, sobre democracia, além disso, desvendou uma parte sobre a
linguagem e sua possível aquisição. O filósofo foi o precursor dos estudos
linguísticos voltados para tentar explicar como acontece a ação da linguagem.

Seguindo a vertente dos estudos linguísticos, a Psicologia tomou conta


de tentar entender e explicar o processo de linguagem. Iniciados por Watson
(1878 - 1958), intitulada por behaviorismo, essa escola do pensamento se valia
do objeto de estudo que é o comportamento, analisados por meio dos métodos
de investigações naturais, como a observação e experimentação.

Durante toda metade do século XX, os behavioristas dominavam os


estudos da linguagem, tendo seus estudos como centrais e cruciais para o
entendimento da linguagem. Dentre os behavioristas principais, se destacavam
Bloomfield e Skinner, responsáveis pela descrição da aquisição da linguagem
por intermédio da repetição comportamental.

Parafraseando Bloomfield (1933), ele afirma que uma criança quando


exposta a determinado grupo social, adquire hábitos de fala e comportamentos
que são induzidos pelo meio em que está. Assim, a criança passa a apenas
repetir os sons vocais que ela escuta, até torna-los hábitos.

Skinner iniciou sua caminhada linguística estudando o reflexo, as


relações mecanicistas, moldando a teoria estímulo-reposta antes proposta por
Watson. Dessa maneira, o behaviorismo foi se difundindo ao longo dos séculos
e se consolidando. Um dos princípios dessa vertente é a crença de que a
linguagem humana é externa ao indivíduo, ou seja, apenas uma sistematização
de hábitos absorvidos ao longo da existência humana e reproduzidos na
mesma intensidade.

Para que se chegasse a essas conclusões acerca das faculdades da


linguagem, eram feitos experimentos em ratos e cães e observados suas
reações diante de certos estímulos. Segundo Carneiro (2010), a visão
behaviorista traçava a linguagem como um tipo de comportamento verbal,
mediada e puramente reforçada por meio da mediação estre as pessoas.

Diante desse cenário em expansão do behaviorismo, nasce uma outra


corrente teórica, o gerativismo, liderado pelo linguista Noam Chomsky (ainda
vivo). Em contraposição aos ideais behavioristas, o gerativismo do linguista
americano, rebate os principais paradigmas expostos pela vertente
mencionada anteriormente, acrescentando que a linguagem não se baseia em
estímulos repetitivos, mas em reações que demonstram a criatividade humana,
a capacidade de lidar de formas diferentes nas mais diversas situações.

REFERÊNCIAS:

CARNEIRO, Paula. A hipótese inatista de aquisição da linguagem em


perspectiva: realçados e encobertos, 2010. Disponível em:
https://docs.google.com/document/d/1Du2uJOipWhoLBoZ5I7jaCVDuAdrbScaE
ArlQpS9oQ6o/edit. Acesso em 18 de Novembro de 2020.

Bloomfiel, Leonard. Linguagem. IETF, 1833

Sócrates. Filosofia da Grécia Antiga.

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