espírito do homem e a aprendizagem consiste no despertar esses conhecimentos inatos e adormecidos.
Sócrates, um grande filósofo da Antiguidade Grega, nos deixou uma
imensidão de conhecimentos, sobre a imortalidade da alma, sobre virtude e sabedoria, sobre democracia, além disso, desvendou uma parte sobre a linguagem e sua possível aquisição. O filósofo foi o precursor dos estudos linguísticos voltados para tentar explicar como acontece a ação da linguagem.
Seguindo a vertente dos estudos linguísticos, a Psicologia tomou conta
de tentar entender e explicar o processo de linguagem. Iniciados por Watson (1878 - 1958), intitulada por behaviorismo, essa escola do pensamento se valia do objeto de estudo que é o comportamento, analisados por meio dos métodos de investigações naturais, como a observação e experimentação.
Durante toda metade do século XX, os behavioristas dominavam os
estudos da linguagem, tendo seus estudos como centrais e cruciais para o entendimento da linguagem. Dentre os behavioristas principais, se destacavam Bloomfield e Skinner, responsáveis pela descrição da aquisição da linguagem por intermédio da repetição comportamental.
Parafraseando Bloomfield (1933), ele afirma que uma criança quando
exposta a determinado grupo social, adquire hábitos de fala e comportamentos que são induzidos pelo meio em que está. Assim, a criança passa a apenas repetir os sons vocais que ela escuta, até torna-los hábitos.
Skinner iniciou sua caminhada linguística estudando o reflexo, as
relações mecanicistas, moldando a teoria estímulo-reposta antes proposta por Watson. Dessa maneira, o behaviorismo foi se difundindo ao longo dos séculos e se consolidando. Um dos princípios dessa vertente é a crença de que a linguagem humana é externa ao indivíduo, ou seja, apenas uma sistematização de hábitos absorvidos ao longo da existência humana e reproduzidos na mesma intensidade.
Para que se chegasse a essas conclusões acerca das faculdades da
linguagem, eram feitos experimentos em ratos e cães e observados suas reações diante de certos estímulos. Segundo Carneiro (2010), a visão behaviorista traçava a linguagem como um tipo de comportamento verbal, mediada e puramente reforçada por meio da mediação estre as pessoas.
Diante desse cenário em expansão do behaviorismo, nasce uma outra
corrente teórica, o gerativismo, liderado pelo linguista Noam Chomsky (ainda vivo). Em contraposição aos ideais behavioristas, o gerativismo do linguista americano, rebate os principais paradigmas expostos pela vertente mencionada anteriormente, acrescentando que a linguagem não se baseia em estímulos repetitivos, mas em reações que demonstram a criatividade humana, a capacidade de lidar de formas diferentes nas mais diversas situações.
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, Paula. A hipótese inatista de aquisição da linguagem em
perspectiva: realçados e encobertos, 2010. Disponível em: https://docs.google.com/document/d/1Du2uJOipWhoLBoZ5I7jaCVDuAdrbScaE ArlQpS9oQ6o/edit. Acesso em 18 de Novembro de 2020.