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DE ENERGIA ELÉTRICA
CAPÍTULO 1
2019
Sumário
1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................1
1.1.1. Tensões Usuais em Sistemas de Potência ................................................................................1
1.2. TIPOS DE SISTEMAS .....................................................................................................................2
1.2.1. Principais Arranjos de Subestações ........................................................................................2
1.2.2. Barra Simples (um circuito) .....................................................................................................2
1.2.3. Barra Simples (dois circuitos) ..................................................................................................2
1.2.4. Barra Dupla (dois circuitos) .....................................................................................................3
1.2.5. Barra Dupla com disjuntor de transferência (dois circuitos de suprimento) ......................3
1.2.6. Barra Dupla com barra de transferência ................................................................................3
1.3. TIPOS DE REDES ............................................................................................................................4
1.3.1. Redes Aéreas ..............................................................................................................................4
1.3.2. Rede aérea com cabo nu ...........................................................................................................4
1.3.3. Rede aérea com cabo pré-reunido ...........................................................................................4
1.3.4. Rede aérea com cabo protegido ...............................................................................................5
1.3.5. Rede aérea protegida compacta ...............................................................................................5
1.4. CONFIGURAÇÕES DE REDES AÉREAS ...................................................................................6
1.4.1. - Radial Simples .........................................................................................................................6
1.4.2. - Radial com Recurso ................................................................................................................6
1.4.3. Sistema em Anel (Loop) ............................................................................................................7
1.5. CONFIGURAÇÕES DE REDES SUBTERRÂNEAS ...................................................................7
1.5.1. – Sistema Radial ........................................................................................................................7
1.5.2. Sistema em Anel (Loop) ............................................................................................................7
1.5.3. Sistema Primário Seletivo.........................................................................................................8
1.5.4. Sistema Reticulado ....................................................................................................................8
1.5.5. Sistema “Spot-Network” ..........................................................................................................9
Introdução aos sistemas de distribuição de energia elétrica 1
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Fonte: [1]
Figura 5 - Barra Simples – Dois circuitos de suprimento. Figura 7 - Barra dupla com disjuntor de transferência.
Fonte: [1]
Este arranjo é utilizado em regiões com maior 1.2.6. Barra Dupla com barra de transferência
densidade de carga. Aumenta-se o número de
transformadores o que torna a SE com maior O arranjo de barra principal e barra de
confiabilidade e maior flexibilidade operacional. O transferência é utilizado para aumentar a flexibilidade
diagrama unifilar desta SE apresenta dupla para atividades de manutenção dos disjuntores. O
alimentação, dois transformadores, barramentos de destaque deste arranjo é que todos os disjuntores são
Alta Tensão independentes e barramento de Média do tipo extraível, ou contam com chaves
Tensão seccionado. Quando ocorre um defeito ou seccionadoras em ambas as extremidades. O disjuntor
manutenção em um dos transformadores, abrem-se as que faz a interligação entre os barramentos é definido
chaves anterior e posterior ao transformador, como disjuntor de transferência. Em operação
isolando-o. Fecha-se a chave NA de seccionamento normal, o barramento principal é mantido energizado
do barramento e opera-se com todos os circuitos e o de transferência desernergizado, o disjuntor de
supridos a partir do outro transformador. transferência é mantido aberto.
Na realização de uma manutenção corretiva ou
Figura 6 - Barra dupla com dois circuitos de Suprimento – Saída preditiva, em um dos disjuntores, fecha-se o disjuntor
dos alimentadores primários.
de transferência, energizando a barra de transferência;
fecha-se a chave seccionadora do disjuntor que vai ser
desativado, passando a saída do circuito a ser suprida
pelas duas barras; abre-se o disjuntor e procede-se à
sua extração do cubículo, ou abre-se suas chaves
seccionadoras, isolando-o; transfere-se a proteção do
disjuntor que foi desenergizado para o de
transferência.
Ao termino da manutenção, o procedimento é o
inverso do que foi realizado. Neste arranjo, para a
Fonte: [1] manutenção do barramento principal, é necessário
desenergizar a SE, impossibilitando o suprimento aos
alimentadores. Este inconveniente pode ser eliminado
1.2.5. Barra Dupla com disjuntor de transferência
utilizando-se um barramento auxiliar definido como
(dois circuitos de suprimento)
barramento de reserva.
Este arranjo é uma evolução do arranjo anterior,
onde se distribui os circuitos de saída em vários
barramentos, permitindo-se maior flexibilidade na
transferência de blocos de carga entre os
transformadores, e a manutenção dos disjuntores é
realizada através do disjuntor de transferência.
4 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Figura 8 - Subestação com barra principal e barra de transferência. Os troncos dos alimentadores empregam,
usualmente, condutores de secção 336,4MCM
permitindo, na tensão de distribuição – 13,8kV, o
transporte de potência máxima de 12MVA, que, face
à necessidade de transferência de blocos de cargas
entre alimentadores, fica limitada a cerca de 8MVA.
Fonte: [1]
As redes de distribuição primária, emergem das 1.3.2. Rede aérea com cabo nu
SEs de distribuição. Elas podem ser tanto aéreas como
subterrâneas, sendo as primeiras de uso mais É o tipo de cabo convencional. Os condutores
difundido, pelo seu menor custo, e as segundas, são de alumínio e sua isolação é feita através de um
encontrando grande aplicação em áreas de maior verniz apropriado.
densidade de carga, por exemplo:zona central de uma
metrópole, ou onde há restrições paisagísticas.
1.3.3. Rede aérea com cabo pré-reunido
As redes aéreas são construídas utilizando-se
postes, de concreto, em zonas urbanas, ou de madeira Este tipo de cabo é utilizado quando houver
tratada, em zonas rurais. Suportam em seu topo a dificuldades locais para a instalação da rede aérea
cruzeta, usualmente de madeira, com cerca de dois convencional, tais como:
metros de comprimento, na qual são fixados os
isoladores de pino ou de disco. Utilizam-se - Locais com arborização intensa onde deve se
condutores de alumínio com alma de aço CAA, ou preservar a ecologia, ou onde a poda de árvores
sem alma de aço CA, nus ou protegidos. é proibida;
- Locais de ruas estreitas e a rede convencional
acarreta problemas de segurança com relação a
1.3.1. Redes Aéreas luminosos, marquises, janelas e sacadas de
edificações;
A rede aérea é constituída de um conjunto de
- Saídas de SEs, para evitar congestionamento de
alimentadores urbanos de distribuição e seus ramais
estruturas, com circuitos aéreos convencionais;
que alimentam os transformadores de distribuição e
os pontos de entrega na mesma tensão. As redes - Locais com alto índice de poluição ambiental;
aéreas, na maioria das vezes operam de forma radial,
- Ruas onde as estruturas estejam congestionadas e
com possibilidade de transferências de blocos de
seja necessária a instalação de novos
carga entre circuitos para o atendimento da operação
alimentadores;
em condições de contingência, devido à manutenção
corretiva ou preventiva. - Saída de SE, como alternativa econômica à
utilização de cabos subterrâneos;
Introdução aos sistemas de distribuição de energia elétrica 5
Este tipo de rede é aplicado em áreas com - Áreas com frequentes ações de vandalismo, neste
características urbanas e rurais. Estas redes caso a implantação da rede protegida compacta
apresentam um melhor desempenho face as deve ser somente nos trechos detectados de
adversidades e condições ambientais quando vandalismo;
comparadas às redes com condutores nus. Elas - Locais com congestionamento de circuitos, pela
minimizam e podem até mesmo eliminar problemas possibilidade de instalação de até 4(quatro)
com congestionamentos de estruturas, arborização, circuitos na mesma estrutura, principalmente em
segurança, etc., garantindo uma melhoria no saídas de SEs;
desempenho, na confiabilidade e na qualidade de
6 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Poderão ser utilizadas as seguintes configurações É usual instalar-se num mesmo circuito ou entre
para o sistema primário: circuitos diferentes, chaves que operam abertas,
chaves normalmente abertas (NA), que podem ser
fechadas em manobras de transferência de carga.
1.4.1. - Radial Simples O critério usual para fixação do carregamento de
circuitos, em regime normal de operação, é o de se
Os sistemas radiais simples deverão ser
definir o número de circuitos que irão receber a carga
utilizados em áreas de baixa densidade de carga, nas
a ser transferida. Usualmente dois circuitos socorrem
quais os circuitos tomam direções distintas, face às
um terceiro, e estabelece-se que o carregamento dos
próprias características de distribuição da carga,
circuitos que receberão carga, não exceda o
tornando anti-econômico o estabelecimento de pontos
correspondente ao limite térmico. Assim sendo:
de interligação.
𝑆𝑟𝑒𝑔 (1)
𝑆𝑡𝑒𝑟𝑚 = 𝑆𝑟𝑒𝑔 +
Figura 11 - Configuração Radial Simples. 𝑛
onde:
n – número de circuitos que irão absorver
carga do circuito em contingência;
Sterm – carregamento correspondente ao
limite térmico do circuito;
Sreg – carregamento do circuito para operação
Fonte: [3]
em condições normais.
Introdução aos sistemas de distribuição de energia elétrica 7
Fonte: [4]
Fonte [4]
Fonte [4]
Fonte [4]
Fonte [4]
Introdução aos sistemas de distribuição de energia elétrica 9
BIBLIOGRAFIA
1.5.5. Sistema “Spot-Network”
[1] KAGAN, N.; OLIVEIRA, C. C. B.; ROBBA, E. J.
Um “spot-network” nada mais é do que um
Introdução aos sistemas de distribuição de energia
pequeno reticulado em que as unidades elétrica.1ª ed. São Paulo: Blucher, 2005. 328 p.
transformadoras alimentam um ou mais barramentos
de um prédio ou um conjunto de prédios. [2] ENERGISA – NDU–004.1. Instalações básicas
para construção de redes compactas de média
Um sistema reticulado pode ser iniciado com a tensão de distribuição. João Pessoa: Energisa,
instalação de alguns “spot-networks”, alimentando 2018. 114 p.
cargas concentradas distantes entre si. Com a
construção de novos prédios adjacentes e conseqüente [3] ELEKTRO – ND 25. Projetos de redes aéreas
aproximação dos “spot-networks”, estes passam a ser isoladas de distribuição de energia elétrica. 2018.
interligados, formando o sistema reticulado 83 p.
propriamente. [4] ELETROPAULO
Outras aplicações de “spot-networks”,originam
de estudos feitos por diversas empresas, mostrando
haver apreciável economia no uso de tensão mais
elevada para alimentar blocos de cargas dos grandes
edifícios comerciais.
Geralmente os “spot- networks” servem para o
suprimento de energia elétrica a prédios com
demanda de 1500kVA a 6000kVA, sendo que este
critério varia de concessionária para concessionária.
A confiabilidade deste sistema é muito alta,
porém o custo das redes em “spot- networks” é muito
elevado, justificando sua utilização somente em áreas
de grande densidade de carga.