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Proteção e Seletividade

em Projetos de Entrada de Média Tensão


(1 à 36,2 KV)

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 1


Previsão de Horários

GERAL
09:00 Inicio
10:00 Coffee Break
12:30 Almoço (não incluso)
13:30 Retorno do almoço
15:00 Coffee Break
18:00 Término

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 Bloco de Notas
 Caneta
 Fluxograma de Projetos
 Folha dilog
 Folha de Fórmulas
 Folhas com Exercício

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Conteúdo do Curso
 Institucional;  Prática:
• I – Fluxograma e Projeto;
• II – Exercício;
 Teoria: • III – MemoDesc – Conferência do Cálculo;
• 1 – Conceitos; • IV – Parametrização;
• 2 – Normas; • V – Comissionamento;
• 3 – Transformadores de Potência;
• 4 – Transformadores de Corrente;
• 5 – Relé de Proteção;
• 6 – Curva a Tempo Inverso;
• 7 – Curva a Tempo Definido e Instantâneo;
• 8 – Projeto (Memorial de Cálculo);
• 9 – Coordenograma;
• 10 – Parametrização;
• 11 – Comissionamento;

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 Institucional

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A empresa

Missão

Oferecer treinamentos e ferramentas sobre temas do setor elétrico, capacitando


profissionais com competências técnicas especializadas, e prepará-los para projetos
comerciais e empreendedores.

Valores

Visão Possibilitar as melhores práticas e os melhores temas em


treinamentos à distância;
Construir uma comunidade de Ferramentas facilitadoras a favor da “tecnologia e
profissionais capacitados e prontos inovação”;
para realizar os mais desafiadores Fundamentos e conceitos técnicos com base científica,
projetos no setor elétrico. sejam elas para fins educacionais e/ou financeiras,
relacionamento e suporte humanizado.

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A empresa

Nossos Produtos:

Curso de Parametrização e Comissionamento

Curso de Proteção de Motores Elétricos

Curso de Proteção e Seletividade

Curso de Proteção contra arco-elétrico (ARC Flash)

Ferramenta MemoDesc

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A empresa

eBooks:

Cabines Primárias Proteção contra arco-elétrico

Gratuito

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A empresa

Ferramenta:

Gratuito
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 Teoria

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1 – Conceitos
 Cabine Primária;
 Conceito Geral;
 Coordenação;
 Seletividade:
 Seletividade Amperimétrica;
 Seletividade Cronológica;
 Seletividade Convencional.

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1 – Conceitos

Cabine Primária

É a entrada de energia elétrica do consumidor em média tensão(1,0 kV a 36,2 kV).


Abriga os dispositivos de medição da concessionária, os dispositivos de seccionamento, proteção e o transformador
de potência.
Em outras regiões do país podem ser chamadas por: Subestação de Entrada ou Posto Primário.

Alvenaria

Blindada

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1 – Conceitos

Conceito Geral
Cabine Primária deve garantir a seletividade e a coordenação em relação a proteção da
concessionária.

A seletividade e coordenação deve garantir a continuidade do fornecimento de energia elétrica pelo maior tempo
possível até o limite dos componentes da instalação.

Obs.: Segundo o Corpo de Bombeiros de Blumenau (Santa Catarina), 57,47% dos incêndios de 2018 na cidade foram
causada por redes elétricas subdimensionada e fiação incompatível com os equipamentos.

Fonte: https://www.nsctotal.com.br/noticias/problemas-em-rede-eletrica-sao-causa-de-574-dos-incendios-registrados-este-ano - acessado em 25/03/2019

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1 – Conceitos

Coordenação
A coordenação visa a garantir os seguintes pontos:

• A proteção dos equipamentos (Transformador de Potência, barramento, etc.)

• A Seletividade

• A proteção de retaguarda

• Isolar possíveis defeitos

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1 – Conceitos

Seletividade
É a propriedade de dois ou mais relés não operarem simultaneamente para uma mesma
anomalia dentro de suas zonas de proteção.

Normalmente é realizada através de uma curva de atuação “tempo em função da corrente”


do dispositivo de proteção.

Basicamente existem 3 tipos de seletividades, que são:


• Seletividade Amperimétrica;
• Seletividade Cronológica;
• Seletividade Lógica;

Em Cabines Primárias geralmente são utilizadas a seletividade amperimétrica e/ou a cronológica, este conceito
chama-se “Seletividade Convencional”.

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1 – Conceitos

Seletividade

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1 – Conceitos

Seletividade Amperimétrica
É realizada por valor de corrente, o dispositivo que se encontra antes, tem um valor de
corrente de partida maior do que o que se encontra depois dele.

Seletividade Cronológica
É realizada por tempo de atuação, o dispositivo que se encontra antes, tem um tempo de atuação maior do que o
que se encontra depois dele.

Seletividade Convencional
É o tipo de seletividade que existe em uma Cabine Primária, onde o projetista utiliza-se da seletividade
amperimétrica e/ou da seletividade cronológica para garantir a proteção do sistema.

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1 – Conceitos

Seletividade

Esta é uma ilustração simples de um sistema entre dois Dispositivos.

DJ Conc. Disjuntor da Concessionária


Relé Conc. Relé da Concessionária
DJ C.P. Disjuntor da Cabine Primária
Relé C.P. Relé da Cabine Primária

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1 – Conceitos

Seletividade

Esta é uma ilustração de uma anomalia dentro


do sistema, tanto o Relé C.P e o Relé Conc. detectam
a anomalia, porém o conceito de seletividade diz
que o DJ C.P deverá atuar antes do DJ Conc. Esta
seletividade deve ser garantida através do “projeto
de proteção e seletividade”.

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1 – Conceitos

Seletividade

Curva do Relé da concessionária

Curva do Relé da Cabine Primária

Ao lado podemos observar graficamente o


exposto no slide anterior

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2 – Normas
 NBR 14039 – Norma Brasileira para Instalações Elétricas em Média Tensão – 1,0kV até 36,2kV;
 NR 10 – Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
 SEP – Sistema Elétrico de Potência – Complementar da NR 10;
 ANEEL 414 – Responsabilidade Técnica;
 PRODIST – Normatização e Padronização do Sistema de Distribuição de Energia;
 Norma da Concessionária local.
 NBR 6856 – Transformador de Corrente
 Proteções ANSI

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2 – Normas

NBR 14039
Esta Norma estabelece um sistema para o projeto de instalações elétricas de média tensão,
com tensão nominal de 1,0kV a 36,2kV, à frequência industrial, de modo a garantir segurança e
continuidade de serviço.

Capacidade instalada menor ou igual a 300 kVA

Em uma subestação unitária com capacidade instalada menor ou igual a 300kVA, a proteção geral na média
tensão deve ser realizada por meio de um disjuntor acionado através de relés secundários com as funções 50 e 51,
fase e neutro (onde é fornecido o neutro), ou por meio de chave seccionadora e fusível, sendo que, neste caso,
adicionalmente, a proteção geral, na baixa tensão, deve ser realizada através de disjuntor.

Capacidade instalada maior que 300 kVA

Em uma subestação unitária com capacidade instalada maior que 300 kVA, a proteção geral na média tensão
deve ser realizada exclusivamente por meio de um disjuntor acionado através de relés secundários com as funções
50 e 51, fase e neutro (onde é fornecido o neutro),
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2 – Normas

NR 10
Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e
a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade.
Aplicando-se às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção,
montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades,
observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as
normas internacionais cabíveis.

SEP – Sistema Elétrico de Potência


É um curso complementar a NR 10 que visa a aplicação da NR 10 em sistema de Média e Alta tensão, sendo
obrigatório para os profissionais que trabalham direta ou indiretamente com Média e Alta tensão

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2 – Normas

ANEEL 414 – Condições gerais de Fornecimento de


Energia Elétrica
Além de condições de fornecimento de energia elétrica também se refere a questão de responsabilidade técnica do
consumidor onde as suas instalações devem estar de acordo com a NBR 14039.

Esta resolução garante:

Quando em um determinado acessante ocorrer algum acidente e esta instalação estiver em desacordo
com a NBR, a Concessionária de energia poderá entrar com recurso contra o acessante em caráter civil e
criminal

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2 – Normas

PRODIST – Procedimento de Distribuição de Energia


Elétrica no Sistema Nacional
São documentos elaborados pela ANEEL e normatizam padronizam as atividades técnicas relacionadas ao
funcionamento e desempenho dos sistemas de distribuição de energia elétrica.

Norma da Concessionária local


No Brasil existem 64 concessionárias de Energia Elétrica. A maioria possui norma própria. Caso a concessionária não
possua uma norma específica, dever ser aplicada as orientações segundo a NBR 14039.

NBR 6856 – Transformador de corrente


Norma que define as especificações e ensaios em relação aos TCs de Proteção utilizado.

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2 – Normas

Observações:
NBR 14039 e NBR 6856 – através do site da ABNT

NR 10 e SEP – Curso com certificado válido por 2 anos

PRODIST e Resolução 414 – através do site da ANEEL

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2 – Normas

Proteções ANSI (tabela)


ANSI é uma importante organização que regulamenta a padronização dos dispositivos de
proteção, dando nome e número de identificação específico para cada elemento.

Características
ANSI Descrição
As atuações dos relés de proteção são definidos por: 50 Sobrecorrente Instantânea de Fase
(1)
50N Sobrecorrente Instantânea de Neutro
- (1) Tempo Definido = uma vez ajustados o tempo e o valor 51 Sobrecorrente Temporizada de Fase
da grandeza de atuação, o relé irá atuar neste tempo para (1) E (2)
51N Sobrecorrente Temporizada de Neutro
qualquer valor acima ou abaixo, depende da proteção, do
27 Subtensão do circuito
valor ajustado ajustado. (1)
27-0 Subtensão da Alimentação do Relé

- (2) Tempo Dependente = O tempo de atuação é 59 Sobretensão (1)


inversamente proporcional ao valor da grandeza. Usado 79 Rearme (1)
nas curvas de sobrecorrente.

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3 – Transformadores de Potência
 Função do transformador;
 Tipos de transformador;
 Identificação do transformador;
 Características técnicas para o projeto de proteção:
• Potência Nominal e Corrente Nominal;
• InRush;
• Ponto ANSI;

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3 – Transformadores de Potência

Função do Transformador
É transformar a tensão fornecida em média tensão para a tensão de utilização em baixa
tensão.

É o equipamento de maior custo dentro de uma cabine primária.

Tipos de Transformador de Potência


óleo

seco

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3 – Transformadores de Potência

Identificação do Transformador
Todo transformador possui uma “placa de
identificação” onde estão as informações desse
transformador.

Essa identificação muitas vezes é colocada na


grade de proteção ao acesso ao transformador.

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3 – Transformadores de Potência

Características técnicas para o projeto de proteção


• Potência Nominal e Corrente Nominal

É a potência do equipamento fornecida em kVA. Por exemplo: 75 kVA, 150 kVA, 300 kVA, etc.

Obs.: É usual a escolha do transformador com potência nominal ligeiramente superior a demanda contratada prevendo
um possível aumento de demanda sem a necessidade da troca do transformador.

Através da Potência nominal conseguimos definir a corrente nominal do transformador.

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 × 3

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3 – Transformadores de Potência

Características técnicas para o projeto de proteção


• InRush ou “Corrente de Magnetização”

Corrente gerada pela estabilização do fluxo magnético no transformador que aparece somente no momento da
energização. Em outras palavras, é o pico de corrente que o transformador gera ao ser alimentado e que é dissipado em frações
de segundos.

Em transformadores a óleo o inrush é da ordem de 8 x In e para transformadores a seco pode atingir até 16 x In. Esse
valor multiplicador é chamado de “Fator de Inrush” e normalmente é fornecido pelo fabricante do Transformador.

𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 × 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ

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3 – Transformadores de Potência

Características técnicas para o projeto de proteção


• Ponto ANSI

Capacidade de suportabilidade de sobrecarga do transformador., ou seja, é a corrente que o mesmo suporta por um
determinado tempo antes de sua avaria (queima).

Por exemplo: 20 x In por 3,0 segundos (conforme tabela 3 da NBR12454).

Caso não tenha esse dado é possível calculá-lo através da impedância do transformador.

100
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼 = 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 ×
𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑁𝐴𝑁𝑆𝐼 =
2 Obs.: Ponto NANSI = Ponto ANSI de Neutro

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4 – Transformadores de Corrente
 O que é TC;
 Tipos de TC:
• TC de medição;
• TC de proteção;
 Dimensionamento do TC.
• Corrente de Saturação;
• Corrente Térmica;
• Classe de Exatidão;

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4 – Transformadores de Corrente

O que é TC?
O Transformador de Corrente (TC) possui as seguintes finalidades:

• Fornecer uma amostra reduzida proporcional a corrente de linha;

• Isola eletricamente o sistema de proteção da linha de alta tensão.

Internamente o TC possui um núcleo de material ferroso e um fio enrolado


nesse núcleo (Bobina), temos então uma relação de espiras (RTC – Relação de
Transformação de Corrente).

Conforme circula a corrente no lado da fonte (primário) do TC é gerado no


lado secundário a corrente relativa ao primário.

Itc = Icarga / RTC (relação de espiras)

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4 – Transformadores de Corrente

Tipos de TC
Abaixo temos alguns tipos de TCs:

TC de baixa tensão TC de Bucha TC de Barra


Utilizado até 600V Utilizado em Buchas Utilizados em Cabines Primárias
ou
Cabos Isolados

Dentro da Cabine Primária, são utilizados dois tipos de TC’s:

• TC de Medição
• TC de Proteção

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4 – Transformadores de Corrente

TC de medição

Utilizados e dimensionados pela concessionária para gerar o sinal dos medidores, que avaliam o consumo daquele
determinado cliente.

De modo a proteger os medidores, o TC de medição satura após a corrente primária atingir 5 a 10 vezes a corrente
nominal primária do TC.

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4 – Transformadores de Corrente

TC de proteção

Utilizados para gerar o sinal adequado aos relés de proteção, possibilitando correta atuação e garantia da
seletividade.

O TC de proteção deve representar fielmente a corrente primária até no mínimo 20 vezes a corrente nominal
primária do TC.*

A corrente secundária de um TC de proteção em uma Cabine Primária, em mais de 99% dos casos, será de 5A.

*NOTA: Dados de acordo com NBR 6856

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC

O que levar em conta ao dimensionar o TC de proteção?

• Garantir a corrente de saturação

• Garantir a corrente térmica (Ith em 1 segundo)

• Definir a classe de exatidão

• Conferir o burden do TC

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Corrente de Saturação:

O TC deverá fornecer fielmente um sinal de corrente secundária ao relé de proteção, referente ao sinal do
primário. A saturação só poderá ocorrer em casos onde a corrente for superior a 20 vezes a Corrente Nominal (IN)
primária do TC logo:

Isat > 20 x IN primária do TC

Partindo do principio que neste cálculo, geralmente, utiliza-se a maior corrente fornecida pela concessionária,
que via de regra é “Icc3 assim” (Corrente de Curto Trifásico Assimétrico)

Logo: Icc3 assim = 20 x IN primária do TC  IN primária do TC = Icc3 assim


20

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Garantir a corrente térmica:

Este é um dado do TC que está ligado a danos físicos ao TC.

Existe um fator encontrado no datasheet do TC, geralmente descrito como “Corrente de Curto Circuito Térmico”
ou chamado “Ith” que é um fator multiplicativo.

Pega-se a In primária do TC da relação escolhida ou calculada e multiplica-se por este fator.

O resultado será em kA, se o TC for submetido a uma corrente acima do resultado da conta, o TC irá se danificar,
podendo até explodir.

Este fator Ith geralmente 80.

𝐼𝑡ℎ = 𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 80

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Garantir a corrente térmica:

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Garantir a corrente térmica:

lth (x In) = 80

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Garantir a corrente térmica:

It. / Ith. / I ter. (x In.) = 80

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Classe de Exatidão:

A classe de exatidão define a condição de erro máximo admitido pelo TC para uma condição especificada.
Normalmente, se adota uma classe de exatidão, para aplicação em cabine primária de 10B50 ou 10B100, mas o que
significa cada item do código?

10 B 50
Valor em Volts
Erro máximo em %
TC de Baixa Impedância de quanto o TC consegue
para 20xIn secundária do TC entregar na condição de 20xIn

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Classe de Exatidão:

Durante a elaboração do projeto de coordenação de seletividade, após ter calculado a RTC, você definirá a
classe de exatidão e deverá comprová-la através de cálculo.

Para a realização dos cálculos precisamos:

Da impedância do TC (ZTC): Dado a ser obtido junto ao fabricante, na ausência desta informação,
podemos considerar 20% da carga do TC (10B50) que estamos
utilizando como base a Tabela 10 da NBR 6856.

A impedância do relé de proteção a ser utilizado : Dado a ser obtido junto ao fabricante

Impedância da fiação que interliga o TC ao relé: Calculada de acordo com o comprimento e a espessura (bitola) da
fiação.

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Classe de Exatidão:

𝑐𝑜𝑚𝑝.
𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,02 ×
𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎

Resistência ôhmica aprox. por metro de fiação de seção nominal de 1mm²

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 𝑍𝑓𝑎𝑠𝑒 + 3 × 𝑍𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜

𝑍𝑓𝑎𝑠𝑒 e 𝑍𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 são dados técnicos das entradas de corrente do relés de proteção

𝑉𝑠𝑎𝑡 = 𝑍𝑇𝐶 + 𝑍𝑟𝑒𝑙é + 𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 × 20 × 5

Suportabilidade de saturação do TC e Corrente nominal de saída do TC

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4 – Transformadores de Corrente

Dimensionamento do TC
Burden do TC:

É a carga máxima que o TC poderá alimentar sem sofrer efeito de saturação.

A carga máxima de operação é de 20 vezes a In secundária.

Logo: 𝐼𝑚á𝑥 = 𝐼𝑁 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 × 20

portanto:
𝑉𝑠𝑎𝑡
𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 =
𝐼𝑚á𝑥

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5 – Relé de Proteção
 O que é;
 Qual a função;
 Tipos:
• Primários ou Diretos;
• Secundários:
• Eletromecânico;
• Digital (Microprocessado);

 Aspectos Gerais.

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5 – Relé de Proteção

O que é?
O relé de proteção é um dispositivo que deve comparar uma grandeza do sistema com um
valor limite ou uma curva limite e caso esta grandeza ultrapasse estes valores promover uma ação
que garanta a integridade do sistema.

Qual a função?
O relé atua na função de proteção das instalações da cabine primária e da concessionária, dos equipamentos e da
segurança das pessoas em sua proximidade.

O ajuste correto do relé prevenira danos irreversíveis, incêndios nas instalações e desligamento de outros clientes
alimentados pelo mesmo ramal da concessionaria.

Existem milhares de cabines primárias instaladas em todo Brasil e a cada ano centenas delas são energizadas ou
modernizadas. Desde 2005 com a revisão das normas e edição da NBR14039 esta proibido o uso de reles primários nas
novas instalações e revisões de cabines primarias no território nacional.

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5 – Relé de Proteção

Tipos de Relé:
Os relés de proteção se dividem em duas categorias:

• Primários ou diretos

• Secundários

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5 – Relé de Proteção

Tipos de Relé:
Primários ou Direto

O relé primário é um relé que trabalha diretamente no circuito de media tensão


dispensando o T.C, apesar de serem reles bastante simples eles são imprecisos e oferecem
um grau de risco a quem os manuseia devido ao fato dos dispositivos de ajustes estarem
energizados na tensão de fase.

Tem curva de atuação limitada o que dificulta a seletividade.


Alguns modelos tem temporização baseada em deslocamento de
óleo dentro de um pistão.

Estes modelos não garantem a estabilidade com o passar do


tempo.

PROIBIDOS PELA NBR14039


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5 – Relé de Proteção

Tipos de Relé:
Secundário

São relés que utilizam transformadores de corrente ou tensão, cujo os valores secundários destes
transformadores são aplicados aos relés com isolação da rede de média tensão.

Por esse motivo são precisos, com maior estabilidade e mais seguros.

Nessa categoria são divididos em:


• Eletromecânicos
• Microprocessados (digitais)

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5 – Relé de Proteção

Tipos de Relé:
Secundário Eletromecânico

É um relé que desenvolve sua funções através de dispositivos eletromecânicos tais como eletroímãs e discos de
indução.

São extremamente robustos e repetitivos.

Atualmente não são mais fabricados.

Consomem grande quantidade de energia dos transformadores aos quais são ligados.

O consumo de potencia do T.C. é da ordem de 50VA.

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5 – Relé de Proteção

Tipos de Relé:
Secundário Digital (Microprocessado)

É um relé que desenvolve sua funções através de dispositivos eletrônicos microprocessados.

É a tecnologia atualmente em uso no mundo.

São precisos, repetitivos e bastante imunes a interferências eletromagnéticas.

Consomem pouca energia dos transformadores aos quais são ligados

O consumo de potencia do T.C. é da ordem de 5VA.

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5 – Relé de Proteção

Aspectos Gerais:

TCs

Relé Microprocessado

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5 – Relé de Proteção

Aspectos Gerais:
Quantidade de Relés

Para a proteção de uma cabine primaria é necessário a utilização de três relés de fase e um de neutro ou de um
relé que englobe esta funções.

Tanto os relés de fase como os de neutro tem atuação temporizada a curva inversa, tempo definido e
instantânea.

Os relés microprocessados possuem todas as proteções necessárias em um único módulo.

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5 – Relé de Proteção

Aspectos Gerais:
TCs
É importante garantir que não se deixe o secundário do TC “em aberto”, evitando danos ao mesmo.

Para garantir que isso não ocorra você deverá utilizar um bloco de teste e/ou um relé extraível com curto-
circuitador interno.

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5 – Relé de Proteção

Aspectos Gerais:
Qual a importância do relé extraível?

Uma característica bastante interessante nos relés é a capacidade de ser extraível.

Se o relé não for extraível é necessário desconectar e reconectar dezenas de fios o que pode
demorar muito tempo e tem alto risco de erros.

Em caso de uma manutenção ou aferição o equipamento extraível pode ser retirado e


recolocado em poucos segundos no painel e sem risco.

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5 – Relé de Proteção

Aspectos Gerais:
Faixa de Ajuste

A faixa de ajuste do relé de proteção é de extrema importância, pois não adianta possuir o mais avançado relé
de proteção se o mesmo não permite a programação com os valores calculados.

Exemplo:

Considerando um rele com a seguinte faixa de ajuste: de 0,5 A até 5,0 A

Se a corrente de corrente de partida calculada na media tensão for igual a 20 A e a relação de T.C. de 60
(TC 300/5).

O ajuste no rele será de 0,33 A.

Logo o relé em questão não permitirá o ajuste calculado.

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5 – Relé de Proteção

Aspectos Gerais:
Termos

Os termos que usamos nos relés de proteção Microprocessados tem origem dos Relés Eletromecânicos.

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6 – Curva a Tempo Inverso
 Gráfico dilog.
 Curvas normativas;
 Definição de Pick-Up

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6 – Curva a Tempo Inverso

Gráfico dilog

Devido ao fato de termos de estudar fenômenos que envolvem grandes variações,


necessitamos utilizar gráficos com escalas Logarítmicas

Podemos citar uma curva de sobrecarga que tem correntes de 80A a 1600A com tempos variando de 200s a 0,05s.

Além deste fato teremos que comparar graficamente curvas de dispositivos com variações ainda maiores.

O que fica impossível em um gráfico com escalas lineares.

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6 – Curva a Tempo Inverso

Gráfico dilog

Representação de um gráfico dilog

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6 – Curva a Tempo Inverso

Curvas Normativas
A coordenação e a seletividade é visualizada através de uma curva de tempo de atuação:

Tempo em função da corrente.

As curvas são:

●NI – Normal Inversa

●MI – Muito Inversa

●EI – Extremamente Inversa

Elas são “inversa” pois “Quanto maior a corrente menor o tempo de atuação”.

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6 – Curva a Tempo Inverso

Curvas Normativas
A proteção de curva inversa também pode ser chamada de curva a tempo dependente,
representada pela fórmula a seguir:

E cada curva inversa possui um padrão definido pela fórmula apresentada.

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6 – Curva a Tempo Inverso

Curvas Normativas
Como é possível verificar cada modelo de curva possui alguns valores padronizados.

K: Constante da Curva (variável que determina graficamente a curva)


α: Expoente da Curva

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6 – Curva a Tempo Inverso
200
Curvas Normativas

Representação Gráfica da Curva


20
Normal Inversa
DT = 2
K = 0,14 DT = 1,5
α = 0,02 DT = 1
2 DT = 0,7
DT = 0,5
DT = 0,3
DT = 0,2
0,2 DT = 0,1

0,02
1 10
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6 – Curva a Tempo Inverso
200
Curvas Normativas

Representação Gráfica da Curva


20
Muito Inversa

K = 13,5
α=1 DT = 2
2 DT = 1,5
DT = 1
DT = 0,7
DT = 0,5
0,2 DT = 0,3
DT = 0,2
DT = 0,1

0,02
1 10
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6 – Curva a Tempo Inverso
200
Curvas Normativas

Representação Gráfica da Curva


20
Extremamente Inversa

K = 80
α=2
2
DT = 2
DT = 1,5
DT = 1
0,2 DT = 0,7
DT = 0,5
DT = 0,3
DT = 0,2
0,02 DT = 0,1
1 10
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6 – Curva a Tempo Inverso

Definição de Pick-Up (Partida)


Proteções temporizadas de Fase (ANSI 51)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 𝐼𝑛 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 + 10%

Proteções temporizadas de Neutro (ANSI 51N)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 =
3

* Critério de cálculo geralmente sugerido pela concessionária.

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7 – Curva a Tempo Definido e Instantâneo
 Unidade de tempo definido:
 Tempo definido de Fase;
 Tempo definido de Neutro;
 Unidade de instantâneo:
 Instantâneo de Fase;
 Instantâneo de Neutro;
 Definição de Pick-Up
 Curva a tempo definido e instantâneo.

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7 – Curva a Tempo Definido e Instantâneo

Unidade de tempo definido


A proteção a tempo definido é caracterizada por ter tempo constante independentemente
do valor da corrente.

Uma vez que a corrente ultrapasse o valor de partida, para qualquer


valor de corrente o tempo de atuação será constante.

No exemplo ao lado temos corrente de partida de 20A e tempo de


atuação de 2s.

OBS.A corrente de partida pode ser chamada também de Pick-up.

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7 – Curva a Tempo Definido e Instantâneo

Tempo definido de Fase


Para fase é aplicada quando se necessita isolar uma área específica na seletividade.

Sua partida normalmente é na ordem de 4 a 8 vezes a corrente de partida de fase, ou com base em alguma situação
a ser protegida.

Geralmente é desativada , ajustando-se o pick-up para o máximo e o tempo de atuação para o máximo.

Tempo definido de Neutro


Para a proteção de neutro é aplicada quando se necessita de proteção de fuga a terra, neste caso se apresenta com
pick-up abaixo da curva de neutro.

Geralmente é desativada, ajustando-se seu pick-up para o valor máximo e o tempo para o máximo.

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7 – Curva a Tempo Definido e Instantâneo

Unidade Instantânea
A proteção instantânea e caracterizada por ter tempo aproximadamente zero (tempo de
atuação menor ou igual à 0,05s).

Uma vez que a corrente ultrapasse o valor de partida , a atuação será no


menor tempo possível.

É uma proteção obrigatória e protege o sistema em caso de curto


circuitos.

No exemplo ao lado temos corrente de partida da proteção instantânea


em 1000A, seu tempo de atuação é de 20ms.

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7 – Curva a Tempo Definido e Instantâneo

Instantâneo de Fase
Para fase é aplicada na proteção de curto circuitos.

Sua partida deve ser acima da corrente de magnetização do transformador e abaixo dos fusíveis e relé da
concessionária.

Instantâneo de Neutro
Para o neutro é aplicada na proteção de curto fase-terra.

Sua partida deve ser abaixo da corrente de partida do relé de neutro da concessionaria.

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7 – Curva a Tempo Definido e Instantâneo

Definição de Pick-Up (partida)


Proteções Instantâneas de Fase (ANSI 51)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ + 10%

Proteções Instantâneas de Neutro (ANSI 51N)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁 =
3

* Critério de cálculo geralmente sugerido pela concessionária.

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7 – Curva a Tempo Definido e Instantâneo

Curva a tempo definido e instantâneo

No exemplo ao lado podemos


ver uma composição entre uma Tempo Definido
proteção a tempo definido e uma Ipartida 20 A
proteção instantânea
Tempo 2 s

Instantâneo
Ipartida 200 A

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8 – Projeto (Memorial de Cálculo)
 O que é;
 Dados Necessários:
 Concessionária;
 Instalação;

 Cálculos Necessários:

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8 – Projeto (Memorial de Cálculo)

O que é?
Também conhecido como projeto de coordenação e seletividade, é um relatório onde
constam os cálculos de TC, das unidades temporizadas e instantânea, juntamente com o
coordenograma.

Para o desenvolvimento de um projeto de coordenação e seletividade precisaremos ter em mão alguns dados, tanto
por parte da concessionária, quanto da instalação.

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8 – Projeto (Memorial de Cálculo)

Dados Necessários
Concessionária

Por parte da concessionária de energia, assim que solicitada, deverá fornecer, se não todos, alguns dos
seguintes dados:

• Tensão nominal da instalação;


• Regulação de tensão (taxa de variação);
• Demanda contratada;
• Correntes de curto circuito;
• Curva dos relés de montante;
• Em forma de tabela ou gráfica em dilog;
• Fator de potência.

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8 – Projeto (Memorial de Cálculo)

Dados Necessários
Instalação

Já na instalação da “Cabine Primária”, devemos ter os seguintes dados:

• Potência nominal do transformador;


• Fator de InRush (corrente de magnetização do transformador);
• Impedância do transformador.

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8 – Projeto (Memorial de Cálculo)

Cálculos Necessários
Com os dados obtidos deverá realizar os cálculos para obter:

• Corrente da demanda;
• Corrente Nominal do Transformador;
• Corrente de Magnetização do Transformador (Inrush);
• Ponto ANSI de Fase e Neutro;
• Especificação do TC de proteção;
• Comprovar o TC de proteção escolhido;
• Proteção de Sobrecorrente de Curva Inversa de Fase (ANSI 51);
• Proteção de Sobrecorrente de Curva Inversa de Neutro (ANSI 51N);
• Proteção de Sobrecorrente Instantânea de Fase (ANSI 50);
• Proteção de Sobrecorrente Instantânea de Neutro (ANSI 50N);
• Proteção de Sobrecorrente de Tempo Definido de Fase (ANSI 51) – Quando necessário;
• Proteção de Sobrecorrente de Tempo Definido de Terra (ANSI 51GS) – Quando necessário.

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8 – Projeto (Memorial de Cálculo)

Resultados
Após realizado os cálculos, deverá montar:

• Tabela com os Parâmetros de proteção definida através dos calculos;


• Coordenograma com as “curvas” solicitadas pela concessionária.

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9 – Coordenograma
 O Coordenograma;
 Elaboração.

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9 – Coordenograma

O Coordenograma

O que denominamos de Coordenograma de Proteção que deve ser apresentado à concessionária é um gráfico
“Tempo x Corrente” com escala logarítmica que vai demonstrar as curvas de atuação do relé e as curvas dos
equipamentos a serem protegidos, permitindo verificar a coordenação e seletividade para qualquer valor de corrente.

Este gráfico é a representação da garantia que o equipamento de proteção mais próximo opere o mais rápido
possível antes do de retaguarda, tanto para faltas transitórias quanto para permanentes, possibilitando isolar o trecho
defeituoso no menor tempo possível.

Em Resumo é gráfico dilog “Tempo x Corrente” com a representação das atuações das proteções garantindo a
Seletividade e a Coordenação.

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9 – Coordenograma

O Coordenograma
Normalmente serão plotados os seguintes pontos e curvas:

• Icc - Valores de curto-circuito no ponto de derivação (fornecidos pela concessionária);


• Elo fusível - Curva (mínimo e máximo) de atuação dos fusíveis de proteção do Ramal de Ligação (quando
solicitado, é fornecida pela concessionária);
• In - Corrente nominal;
• Corrente de partida do relé para fase e neutro;
• Curva inversa do relé com os ajustes definidos no projeto para fase e terra;
• Ajuste de atuação instantânea para fase e terra (reta perpendicular ao eixo das correntes);
• Curva(s) de atuação da proteção individual de cada transformador;
• Ponto ANSI do(s) transformador(es) de fase e neutro;
• Inrush - Corrente de Magnetização do(s) transformador(es).

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9 – Coordenograma

O Coordenograma

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9 – Coordenograma

Elaboração
A curva do relé de proteção segue a formula abaixo onde será plotada no gráfico dilog.

𝑘 × 𝑑𝑡
𝑡 =
𝑀 𝛼−1

Para iniciar o coordenograma precisamos definir alguns pontos para a plotagem no gráfico.

Esses pontos são os múltiplos (M) definidos por:

𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑀=
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎

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9 – Coordenograma

Elaboração

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9 – Coordenograma

Elaboração
Relé concessionária

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10 – Parametrizando o Relé de Proteção
 Preparação;
 Parametrização:
 Relé a ser utilizado;
 Tabela Exemplo;
 Configurar o relé;
 Conferência dos Parâmetros.

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10 – Parametrizando o Relé de Proteção

Preparação
Antes de ser iniciado o serviço de parametrização e comissionamento, deve-se ter em mãos
os dados do memorial de cálculo do projeto e o manual do relé especificado.

Com as informações do manual do relé, é possível saber como introduzir os parâmetros definidos através do
memorial de cálculo.

Os relés de proteção são parametrizados através de seu painel (I.H.M), porém existem relés com a possibilidade de
realizar a parametrização através de uma comunicação serial facilitando a parametrização do mesmo.

Os relés podem ser parametrizados na “bancada” ou no “painel” onde será utilizado.

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10 – Parametrizando o Relé de Proteção

Parametrização
Relé a ser utilizado

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10 – Parametrizando o Relé de Proteção

Parametrização
Tabela Exemplo
Parâmetro Cor da Curva Descrição do Parâmetro Valor a Ajustar
TC ABC VM Relação do Transformador de Corrente das fases (RTC) 60
I partida VM Corrente de Partida da unidade de temporização de curva inversa de 20,0
fase
Curva VM Tipo de curva de atuação para fase MI
D.T. VM Ajuste do Dial de Tempo para curva de fase 0,2
I def. VM Corrente de partida da unidade de tempo definido de fase 6000*
T def. VM Tempo da unidade definido de fase 240**
I inst VM Corrente da unidade instantânea de fase 230
* Ajuste no máximo da escala (100 x RTC)
**Ajuste no máximo da escala

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10 – Parametrizando o Relé de Proteção

Parametrização
Tabela Exemplo
Parâmetro Cor da Curva Descrição do Parâmetro Valor a Ajustar
TC N VD Relação do Transformador de Corrente do neutro/GS (RTC) 60
I partida VD Corrente de Partida da unidade de temporização de curva inversa de 6,6
neutro
Curva VD Tipo de curva de atuação para neutro MI
D.T. VD Ajuste do Dial de Tempo para curva de neutro 0,1
I def. VD Corrente de partida da unidade de tempo definido de neutro/GS 3000*
T def. VD Tempo da unidade definido de neutro/GS 240**
I inst VD Corrente da unidade instantânea de neutro 76,7
* Ajuste no máximo da escala (50 x RTC)
**Ajuste no máximo da escala

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10 – Parametrizando o Relé de Proteção

Parametrização
Configurar o Relé

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10 – Parametrizando o Relé de Proteção

Parametrização
Configurar o Relé

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10 – Parametrizando o Relé de Proteção

Parametrização
Conferência dos parâmetros

É uma boa pratica, após a parametrização, conferir todos os ajustes se estão realmente iguais a tabela de
parametrização.

Caso haja alguma discrepância o ideal e anotá-la para anexar ao relatório fornecido ao cliente.

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11 – Comissionamento do Relé de Proteção
 O que é;
 Testes:
 Calibração;
 Contatos de Saída;
 Função matemática;
 Resultados.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 100


11 – Comissionamento do Relé de Proteção

O que é
Comissionamento de instalações elétricas e/ou Subestação, é o ensaio de todos os
componentes dessa instalação e/ou Subestação na planta do cliente.

Nesta aula iremos comissionar o relé de proteção, verificando se o mesmo se encontra em suas funcionalidade
correta e plena.

Para isso, iremos precisar de uma “mala de testes” para geração de corrente e medição do tempo de atuação.

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11 – Comissionamento do Relé de Proteção

Testes
Para o comissionamento do relé necessitamos conectar uma mala de corrente na entrada do
relé e aplicar correntes em vários pontos da curva e do instantâneo do relé registrando o valor de
tempo de cada aplicação e comparando esta com o valor teórico de atuação.

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11 – Comissionamento do Relé de Proteção

Testes
Calibração do Relé de proteção

Com a mala de testes nós iremos gerar “corrente” e verificaremos no relé de proteção se os valores “medidos”
estão conforme ao injetado

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11 – Comissionamento do Relé de Proteção

Testes
Contatos de Saída

Com a mala de testes nós iremos gerar “corrente” para atuar as proteções devidas.

Essa atuação é gerada por um contato do relé de proteção que iremos ligar na “entrada binaria” da nossa mala
de testes para ver o tempo entre “injetar corrente” até “atuação do relé de proteção”

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11 – Comissionamento do Relé de Proteção

Testes
Função Matemática

Com a mala de testes nós iremos gerar “corrente” para atuar as proteções devidas, ver o tempo de fechamento
do contato do relé de proteção e comparar com o tempo teórico das curvas.

Exemplo:

Considerando Ipartida: fase = 20 neutro = 6,6

Para o teste da curva podemos adotar três pontos 2, 4 e 6 vezes a corrente de partida.
Fase – P01 = 2 x 20 P02 = 4 x 20 P03 = 6 x 20
Neutro – P01 = 2 x 6,6 P02 = 4 x 6,6 P03 = 6 x 6,6

Para o teste da unidade instantânea 1 e 2 vezes a corrente de instantâneo


Fase – P01 = 230 x 1 P02 = 230 x 2
Neutro – P01 = 76,7 x 1 P02 = 76,7 x 2

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11 – Comissionamento do Relé de Proteção

Testes
Função Matemática

Para isso, faremos uma tabela de ensaio semelhante a esta:


Para cada uma das fases iremos
desconectar o TC da subestação, fechar o
disjuntor e aplicar a corrente indicada com
posterior medição do tempo de atuação.

Uma vez medidos os tempos preenchemos


a tabela acima. Calculamos o erro em relação
ao tempo teórico e comparamos com o erro
esperado. Caso esteja dentro dos limites
aprovamos o relé

Lembre-se: Devemos respeitar as


especificações técnicas de tolerâncias conforme
o manual do relé de proteção.
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 106
11 – Comissionamento do Relé de Proteção

Testes
Resultados

Deverá ser enviado à concessionaria:

• Os dados da instalação juntamente com os parâmetros ajustados no relé.

• A tabela dos resultados dos testes de comissionamento

• Os dados da mala de corrente utilizada no comissionamento.

• Os dados do técnico ou engenheiro responsável pelo comissionamento.

• Se necessário a ART referente ao ajuste e comissionamento do relé.

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 Prática

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I – Fluxograma e Projeto
 O fluxograma; o Ponto ANSI do Transformador;
 Passo a Passo: o TC de Proteção;
o Dados da Concessionária; o Proteção Temporizada de Fase (ANSI 51);
o Dados da Instalação; o Proteção Temporizada de Neutro (ANSI 51N);
o Resumo dos dados; o Proteção Instantânea de Fase (ANSI 50);
o Corrente nominal da Demanda; o Proteção Instantânea de Neutro (ANSI 51N);
o Corrente nominal do Transformador; o Resumo do Parâmetros;
o Corrente de magnetização do Transformador; o Coordenograma.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 109


I – Fluxograma e Projeto

O fluxograma

*Pode ser encontrado


na pasta e no conteúdo
de download

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 110


I – Fluxograma e Projeto

Agora que já vimos os pontos a serem considerados para a elaboração do projeto de coordenação e seletividade,
vamos explicar de passo a passo, de uma forma simples, os procedimentos e a sequência para a elaboração dos cálculos.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 111


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 1

O projeto se inicia em se levantar os dados da


concessionária e da instalação.

Na instalação devemos realizar o levantamento de


carga para informar à concessionária e ela nos fornecer os
outros dados necessários para o nosso cálculo.

Esses dados seriam as correntes de Curto Circuito


Máximo, Tensão no Ponto de entrega, entre outros que
veremos a seguir.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 112


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 2

Depende da concessionária, mas as


concessionárias fornecem os dados do Relé do
Alimentador e o Elo fusível utilizado no ponto de
entrega.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 113


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 3

Quando a concessionária não especifica o “Fator de Potência” devemos considerar o que está especificado no
“PRODIST – módulo 8 - Qualidade da Energia Elétrica” da ANEEL, Item “3. Fator de Potência”:

“Para unidade consumidora ou conexão entre distribuidoras com tensão inferior a 230 kV, o fator de potência no ponto de conexão
deve estar compreendido entre 0,92 (noventa e dois centésimos) e 1,00 (um) indutivo ou 1,00 (um) e 0,92 (noventa e dois centésimos)
capacitivo, de acordo com regulamentação vigente.”

Sendo assim, consideramos: Fator de Potência = 0,92

Quanto a regulação de tensão depende da concessionária informar, mas normalmente é adotado 10%

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 114


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 4

Obter os dados do transformador que iremos


utilizar.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 115


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 1 ao 4 - Resumo

1 - Dados de Curto Circuito 3 - Fornecimento


Simétrico Assimétrico Demanda Contratada 400kW
Trifásico 4047 A 5826 A Tensão Nominal 13,8kV
Bifásico 3504 A 5045 A Variação 10%
Fase-Terra 2982 A 4189 A Fator de Potência 0,92
Fase-Terra mínimo 195 A 199 A
Máximo na barra da SE 10000 A
4 - Dados da Instalação
2 - Curva do relé da concessionária
Potência do
Fase Neutro 500kVA
Transformador
𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 480 A 60 A
Temporizado Impedância 5,00%
Curva – D.T. MI – 0,2 MI – 0,1
Fator de Inrush 10 x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
Instantâneo 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 3840 1320

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 116


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 5

Nesse passo serão calculadas:

• Corrente de demanda contratada;


• Corrente Nominal do Transformador;
• Ponto ANSI de Fase e Neutro;
• Corrente de Magnetização (Inrush).

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 117


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 5 Corrente Nominal do Transformador
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 × 3

Inrush do Transformador
𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 × 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ

Ponto ANSI do Transformador


100
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼 = 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 ×
𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
Corrente de demanda contratada
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼
𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑁𝐴𝑁𝑆𝐼 =
𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 2
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 × 3 × 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 118


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 5
Corrente de demanda contratada

𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑎
𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 × 3 × 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎

400
𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 =
13,8 × 1,73 × 0,92

𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 18,2 𝐴
3 - Fornecimento
Demanda Contratada 400kW
Tensão Nominal 13,8kV
Variação 10%
Fator de Potência 0,92

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 119


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 5
Corrente Nominal do Transformador

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 × 3

500
𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 =
13,8 × 1,73

4 - Dados da Instalação
𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = 20,9 𝐴
Potência do Transformador 500kVA
Impedância 5,00%
Fator de Inrush 10 x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
Tensão Nominal 13,8kV

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 120


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 5
Ponto ANSI do Transformador
100
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼 = 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 ×
𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟

100
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼 = 20,9 ×
5,00

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 = 418 𝐴

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 =
2

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 295,57 A

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 121


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 5
Ponto ANSI do Transformador

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 = 418 𝐴 − 3,0 𝑠

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 295,57 A − 3,0 𝑠

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 122


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 5
Inrush do Transformador

𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 × 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ

𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 20,9 × 10

𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 209 𝐴
4 - Dados da Instalação
Potência do Transformador 500kVA
Impedância 5,00% Transformador Fator de Inrush
Fator de Inrush 10 x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 à óleo 8 ou 10
Tensão Nominal 13,8kV
à seco 10 ou 12

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 123


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6

Nesse passo serão calculadas:

• TC de proteção a ser utilizado e comprovar se o mesmo atenderá as necessidade do projeto;


• Relação de TC;
• Verificação da Saturação do TC;
• Verificação a capacidade térmica do TC.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 124


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6
Corrente Primária Máxima

𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 20 > 𝐼𝑐𝑐𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜

𝐼𝑐𝑐𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜
𝐼𝑛 𝑇𝐶 =
20

Relação do TC
𝐼𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜
𝑅𝑇𝐶 =
𝐼𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜

Saturação térmica do TC
𝐼𝑡ℎ = 𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 80

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 125


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6
Corrente Primária Máxima

𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 20 > 𝐼𝑐𝑐𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜

5826
𝐼𝑛 𝑇𝐶 =
20

𝐼𝑛 𝑇𝐶 = 291 𝐴
1 - Dados de Curto Circuito
Simétrico Assimétrico
Logo o TC de Proteção a ser usado Trifásico 4047 A 5826 A
será 300 / 5, ou seja Bifásico 3504 A 5045 A
Fase-Terra 2982 A 4189 A
Quando houver 300 A no primária,
haverá 5 A no secundário Fase-Terra mínimo 195 A 199 A
Máximo na barra da SE 10000 A

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 126


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6
Relação do TC
𝐼𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜
𝑅𝑇𝐶 =
𝐼𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜

300
𝑅𝑇𝐶 =
5

1 - Dados de Curto Circuito


𝑅𝑇𝐶 = 60
Simétrico Assimétrico
Trifásico 4047 A 5826 A
Portanto um TC de Proteção Bifásico 3504 A 5045 A
300 / 5,
Fase-Terra 2982 A 4189 A
terá a relação de 60
Fase-Terra mínimo 195 A 199 A
Máximo na barra da SE 10000 A

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 127


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6
Verificando a Saturação do TC

𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 20 > 𝐼𝑐𝑐𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜

300 × 20 > 5826

6000 > 5826


1 - Dados de Curto Circuito
Portanto a condição Simétrico Assimétrico
de saturação está OK Trifásico 4047 A 5826 A
Bifásico 3504 A 5045 A
Fase-Terra 2982 A 4189 A
Fase-Terra mínimo 195 A 199 A
Máximo na barra da SE 10000 A

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 128


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6
Verificando ICC Máximo (Ith)
1 - Dados de Curto Circuito
𝐼𝑡ℎ = 𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 80 Máximo na barra da SE 10000 A

𝐼𝑡ℎ = 300 × 80

𝐼𝑡ℎ = 24000 𝐴

𝐼𝑡ℎ > 𝐼𝑐𝑐𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜

24000 > 10000

É possível afirmar que para esta situação o TC de 300/5 poderá


ser utilizado sem problemas, pois o mesmo atende as questões
referente a Saturação e Curto-Circuito de curta duração.
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 129
I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6 Classe de exatidão
𝑐𝑜𝑚𝑝.
𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,02 ×
𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎

Resistência ôhmica aprox. por metro de fiação de seção nominal de 1mm²

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 𝑍𝑓𝑎𝑠𝑒 + 3 × 𝑍𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜

𝑍𝑓𝑎𝑠𝑒 e 𝑍𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 são dados das entradas de corrente do relés de proteção

𝑉𝑠𝑎𝑡 = 𝑍𝑇𝐶 + 𝑍𝑟𝑒𝑙é + 𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 × 20 × 5

Suportabilidade de saturação do TC e Corrente nominal de saída do TC


15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 130
I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6 Classe de exatidão

𝐼𝑚á𝑥 = 𝐼𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑇𝐶 × 20

𝐼𝑚á𝑥 = 5 × 20

𝐼𝑚á𝑥 = 100 𝐴

𝑉𝑠𝑎𝑡
𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 =
𝐼𝑚á𝑥

Suportabilidade de saturação do TC e Corrente nominal de saída do TC

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 131


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6 Classe de exatidão
𝑐𝑜𝑚𝑝.
𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,02 ×
𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎

Resistência ôhmica aprox. por metro de fiação de seção nominal de 1mm²

Considerando (exemplo):
Comprimento de fiação = 20 metros
Espessura (bitola) = 4,0mm² de cobre

20
𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,02 ×
4

𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,1Ω

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 132


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6 Classe de exatidão

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 𝑍𝑓𝑎𝑠𝑒 + 3 × 𝑍𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 133


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6 Classe de exatidão

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 𝑍𝑓𝑎𝑠𝑒 + 3 × 𝑍𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 0,007 + 3 × 0,007

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 0,007 + 3 × 0,007

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 0,028Ω

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 134


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6 Classe de exatidão

𝑍𝑇𝐶 = 𝐼𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 135


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6 Classe de exatidão

𝑍𝑇𝐶 = 𝐼𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶

Conforme capítulo “5 – Valores Nominais” da “ABNT NBR 6856:2015”

Como o consumo do relé é de 0,2VA, adotaremos 0,1Ω de impedância.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 136


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 6 Classe de exatidão

𝑉𝑠𝑎𝑡 = 𝑍𝑇𝐶 + 𝑍𝑟𝑒𝑙é + 𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 × 𝐼𝑚á𝑥

Suportabilidade de saturação do TC e Corrente nominal de saída do TC

𝑉𝑠𝑎𝑡 = 0,1 + 0,028 + 0,1 × 100

𝑉𝑠𝑎𝑡 = 0,228 × 100

𝑉𝑠𝑎𝑡 = 22,8 𝑉

Sendo assim, pode-se utilizar um TC de exatidão 10B50

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 137


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Classe de exatidão
Passo 6
𝑉𝑠𝑎𝑡
𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 =
𝐼𝑚á𝑥

50
𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 =
100

𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 = 0,5 Ω

Como a carga calculada total foi inferior ao burden, o TC especificado está


conforme.

𝑍𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑍𝑇𝐶 + 𝑍𝑟𝑒𝑙é + 𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,228 Ω

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 138


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 7

Nesse passo serão calculadas:

• Ajustes de partida e tempo da curva de tempo inverso de sobrecorrente de fase e neutro


• Ajustes da unidade instantânea de fase e neutro

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 139


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 7 Proteção Instantânea de Fase (ANSI 50)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ + 10%

Proteção Instantânea de Neutro (ANSI 50N)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁 =
3

Proteção Temporizada Curva Inversa de Fase (ANSI 51)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 𝐼𝑛 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 + 10%

Proteção Temporizada Curva Inversa de Neutro (ANSI 51N)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51
* Critério de cálculo geralmente sugerido pela concessionária. 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 =
3
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 140
I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 7 Proteção Instantânea de Fase (ANSI 50)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ + 10%

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 209 × 1,1

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 230 𝐴

Proteção Instantânea de Neutro (ANSI 50N)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁 =
3

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁 = 76,7 𝐴

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 141


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 7 Proteção Temporizada Curva Inversa de Fase (ANSI 51)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 𝐼𝑛 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 + 10%

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 18,2 × 1,1

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 20,0 𝐴

Proteção Temporizada Curva de Neutro (ANSI 51N)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 =
3

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 = 6,6 𝐴

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 142


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 7 Verificando Ponto ANSI do Transformador

Podemos fazer a verificação do ponto ANSI visualmente através do


Coordenograma ou por cálculo, então Se houver uma circulação de corrente de
fase de 418 A por um tempo superior a 3 segundos o transformador irá queimar.

Verificaremos se o relé protege o “Ponto ANSI” 𝐾 × 𝐷𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜


𝑡=
𝑀 𝛼−1
𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑀= 13,5 × 0,2
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑡=
20,9 1 − 1
Dados do relé Dados da curva 418
𝑀= 2,7
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 20 K 13,5 20 𝑡=
19,9
Curva MI α MI
𝑀 = 20,9
Dial te Tempo 0,2 𝑡 ≅ 0,136

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 143


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 7 Verificando Ponto ANSI do Transformador

Podemos fazer a verificação do ponto ANSI visualmente através do


Coordenograma ou por cálculo, então Se houver uma circulação de corrente de
fase de 418 A por um tempo superior a 3 segundos o transformador irá queimar.

Verificaremos se o relé protege o “Ponto ANSI”

Conclusão:
A programação atual do relé, esta protegendo o transformador, pois o relé
Dados do relé Dados da curva esta programado para que ao identificar uma corrente de 418 A, ocorreria
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 20 K 13,5 um comando de desarme (TRIP) em aproximadamente 0,136 s.
Curva MI α MI
Dial te Tempo 0,2

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 144


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

Nesse passo faremos:

• Elaboração do Coordenograma.

Que é a comparação gráfica das curvas de atuação dos elementos que compõe a instalação.

Iremos plotar em gráfico dilog, as curvas de cada elemento e estudar a interação entre elas.

Para fazer o coordenograma, iremos definir alguns pontos de plotagem da curva inversa, corrente
instantânea, ponto ANSI e Inrush.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 145


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

Para as Curvas inversas iremos definir os Múltiplos 2, 4, 6 e 8

Fase Neutro
Ipartida 51 Múltiplo Ipartida Ipartida 51N Multiplo Ipartida
2x 40 2x 13,32
4x 80 4x 26,64
20 6,66
6x 120 6x 39,96
8x 160 8x 53,28

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 146


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8
FASE - Dial de Tempo = 0,2 - Curva = MI - K = 13,5 - α = 1,0

𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝐾×𝐷𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜


𝑀= 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎
𝑡= 𝑀 𝛼 −1
---------------------------------------------------------------------------------------------------
13,5×0,2 2,70 2,70
𝑡𝑀=2 = 1 −1  𝑡 = 2−1  𝑡=  𝑡 ≅ 2,70 𝑠
2 1

Fase
13,5×0,2 2,70 2,70
Ipartida 51 Múltiplo Ipartida Tempo 𝑡𝑀=4 = 1 −1  𝑡 = 4−1  𝑡=  𝑡 ≅ 0,90 𝑠
4 3
2x 40A 2,70s
4x 80A 0,90s
20 13,5×0,2 2,70 2,70
6x 120A 0,54s 𝑡𝑀=6 =  𝑡=  𝑡=  𝑡 ≅ 0,54 𝑠
6 1 −1 6−1 5
8x 160A 0,38s

13,5×0,2 2,70 2,70


𝑡𝑀=8 = 1 −1  𝑡 = 8−1  𝑡=  𝑡 ≅ 0,38 𝑠
8 7

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 147


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8
Neutro - Dial de Tempo = 0,1 - Curva = MI - K = 13,5 - α = 1,0

𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝐾×𝐷𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜


𝑀= 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎
𝑡= 𝑀 𝛼 −1
----------------------------------------------------------------------------------------------------
13,5×0,1 1,35 1,35
𝑡𝑀=2 = 1 −1  𝑡 = 2−1  𝑡=  𝑡 ≅ 1,35 𝑠
2 1

Neutro
13,5×0,1 1,35 1,35
Ipartida 51N Multiplo Ipartida Tempo 𝑡𝑀=4 = 1 −1  𝑡 = 4−1  𝑡=  𝑡 ≅ 0,45 𝑠
4 3
2x 13,32A 1,35s
4x 26,64A 0,45s
6,66 13,5×0,1 1,35 1,35
6x 39,96A 0,22s 𝑡𝑀=6 =  𝑡=  𝑡=  𝑡 ≅ 0,22 𝑠
6 1 −1 6−1 5
8x 53,28A 0,19s

13,5×0,1 1,35 1,35


𝑡𝑀=8 = 1 −1  𝑡 = 8−1  𝑡=  𝑡 ≅ 0,19 𝑠
8 7

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 148


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

O Ponto ANSI já sabemos pelos cálculos anteriormente efetuados.

Ponto ANSI Fase Ponto ANSI Neutro


Corrente Tempo Corrente Tempo
418A 3,00s 295,57A 3,00s

Também já temos os valores das proteções Instantâneas.

Instantâneo Fase Instantâneo Neutro


Ipartida 50 Tempo Ipartida 50N Tempo
230A 0,05s 76,7A 0,05s

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 149


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

Ponto ANSI Fase


Corrente Tempo
418A 3,00s

Ponto ANSI Neutro


Corrente Tempo
295,57A 3,00s

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 150


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

Curva de Fase
Ipartida 51 Ipartida Tempo
40A 2,70s
80A 0,90s
20
120A 0,54s
160A 0,38s
Instantâneo Fase
Ipartida 50 Tempo
230A 0,05s

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 151


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

Curva de Fase
Ipartida 51 Ipartida Tempo
40A 2,70s
80A 0,90s
20
120A 0,54s
160A 0,38s
Instantâneo Fase
Ipartida 50 Tempo
230A 0,05s

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 152


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

Neutro
Ipartida 51N Ipartida Tempo
13,32A 1,35s
26,64A 0,45s
6,66
39,96A 0,22s
53,28A 0,19s
Instantâneo Neutro
Ipartida 50N Tempo
76,7A 0,05s

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 153


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

Neutro
Ipartida 51N Ipartida Tempo
13,32A 1,35s
26,64A 0,45s
6,66
39,96A 0,22s
53,28A 0,19s
Instantâneo Neutro
Ipartida 50N Tempo
76,7A 0,05s

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 154


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 8

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 155


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 9

Nesse passo faremos:

• Verificação da Corrente de magnetização (deve estar abaixo da curva de fase)

Caso fique acima, ao energizar a cabine poderá ocorrer o desligamento do Disjuntor.

• Para acertar isso, devemos aumentar o D.T. (Dial de Tempo)

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 156


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 9

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 157


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 10

Nesse passo faremos:

• Verificação do Ponto ANSI (deve estar acima da curva de fase)

Caso fique abaixo, corre o risco de danificar o transformador por Sobrecorrente.

• Devemos fazer o uso da Unidade de Tempo Definido.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 158


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 10

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 159


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 11

Nesse passo faremos:

• Verificação se não há cruzamentos entre as curvas dos elementos comparados (Concessionária e Cabine
Primária)

• Verificação se a seletividade entre os elementos está ocorrendo


Seletividade amperimétrica – Maior que a soma dos erros dos
Relés da Concessionária e o da Cabine Primária.
Seletividade Cronológica – No mínimo 300ms de diferença de
atuação para a mesma corrente nos relés da Concessionária e
o da Cabine Primária
Caso algum desse parâmetros não sejam garantidos, recalcular os
elementos que compõem a curva de atuação de fase e neutro do relé da cabine
primária no BOX 8
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 160
I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 11

Seletividade amperimétrica

Maior que a soma dos erros dos Relés


da Concessionária e o da Cabine Primária.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 161


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 11

Seletividade Cronológica

No mínimo 300ms de diferença de


atuação para a mesma corrente nos relés da
Concessionária e o da Cabine Primária

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 162


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 12

Nesse passo faremos:

• Caso seja utilizada a função 51GS, definição da Unidade de Tempo Definido de Neutro

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 163


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 13

Nesse passo:

• Após ter feito todos os cálculos, deverá gerar o Memorial Descritivo, entregar à concessionária e
aguardar a “Aprovação” ou “Rejeição” do projeto.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 164


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 13 Memorial Descritivo

É comum acrescentar no Memorial Descritivo uma tabela resumindo os valores a serem


inseridos no relé de proteção, para que fique mais fácil e seguro para quem for realizar
esse trabalho
Parâmetro Valor Fase Valor Neutro
RTC 60
𝐈𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝟓𝟏 20 6,6
Curva MI MI
Dial de Tempo 0,2 0,1
𝐈𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 X X
𝐓𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 X X
𝐈𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭â𝐧𝐞𝐨 𝟓𝟎 230 76,7

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 165


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 13 Concessionaria

Quando o projeto for aprovado, basta seguir a diante.

Caso seja reprovado, a concessionária deverá informar o motivo e se constatarem que os


valores obtidos nos cálculos não esta de acordo com a rede, deverá voltar ao “passo 1”
com as novas informações da concessionária e realizar todos os passos seguintes.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 166


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 14

Nesse passo faremos:

• Parametrização e Comissionamento do relé de Proteção.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 167


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 14 Parametrização

Os relés de proteção são parametrizados através de seu painel

Cada fabricante e cada modelo possuem formas diferentes de parametrizar,


mas de uma forma geral todos são semelhantes, pois usam nomes e
definições universais.

Umas das diferenças que podem ter que alguns relés são parametrizados com
os valores de Corrente em Amperes. Já outros relés são Parametrizados em
relação aos valores nominais dos relés (x In).

Estes procedimentos veremos logo mais a frente com um exemplo de Relé


Pextron

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 168


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 14 Comissionamento

Algumas concessionárias exigem que seja realizado o comissionamento dos


componentes da cabine primária, ou seja, realizar testes de atuação em caso
de sobrecorrente ou demais proteção utilizadas.

Aqui só iremos realizar o comissionamento do relé de proteção, verificando as


correntes com os tempos de atuamento do relé (desligamento da cabine
primária)

Estes procedimentos veremos logo mais a frente com um exemplo de Relé


Pextron

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 169


I – Fluxograma e Projeto

Passo a Passo
Passo 15

Nesse passo:

• Chamar a concessionária para realizar o procedimento de energização da Subestação (Cabine Primária).

• Alguma concessionárias lacram o relé para que não haja alteração nos parâmetros configurados.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 170


II – Exercício
 Dados
 Resolução
 Resultado final
 Coordenograma

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 171


II – Exercício

Dados TC
Com base no exemplo, faça o seguinte projeto: Distância TC-Relé 10 metros
Dados de Curto Circuito
Bitola 4,0 mm²
Simétrico Assimétrico
Curva do relé da concessionária
Trifásico - 8100 A
Fase Neutro
Bifásico - 7000 A
𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 2400 A 480 A
Fase-Terra - 5100 A Temporizado
Curva – D.T. NI – 0,2 NI – 0,1
Fase-Terra mínimo - 200 A Instantâneo 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 14400 2880
Máximo na barra da SE 10000 A Fornecimento
Dados da Instalação Demanda Contratada 1000kW
Potência do Transformador 1300 kVA Tensão Nominal 13,8kV
Impedância 4,50% Variação 10%
Fator de Inrush (x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 ) 10 Fator de Potência 0,92

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 172


II – Exercício

Resultados

𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 45,53 𝐴 𝐼𝑛 𝑇𝐶 𝒁𝑻𝑪


𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = 54,46 𝐴 RTC 𝒁𝒇𝒊𝒂çã𝒐
𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 544,62 𝐴 𝐼𝑡ℎ 𝒁𝒓𝒆𝒍é
𝑽𝒔𝒂𝒕
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 173


II – Exercício

Corrente Nominal da Demanda


𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑎
𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 × 3 × 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
Fornecimento
1000 Demanda Contratada 1000kW
𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 =
13,8 × 1,73 × 0,92 Tensão Nominal 13,8kV
Variação 10%
Fator de Potência 0,92
1000
𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 =
21,96

𝑰𝒏 𝒅𝒆𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂 = 𝟒𝟓, 𝟓𝟑 𝑨

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 174


II – Exercício

Corrente Nominal do Transformador


𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 × 3
Dados da Instalação
1300
𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = Potência do Transformador 1300 kVA
13,8 × 1,73
Impedância 4,50%
Fator de Inrush 10 x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
1300
𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = Tensão Nominal 13,8kV
23,87

𝑰𝒏 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂𝒅𝒐𝒓 = 𝟓𝟒, 𝟒𝟔 𝑨

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 175


II – Exercício

Corrente de Magnetização do Transformador

𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 × 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ


Dados da Instalação
Potência do Transformador 1300 kVA
Impedância 4,50%
𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 54,46 × 10 Fator de Inrush 10 x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
Tensão Nominal 13,8kV

𝑰𝒏𝒓𝒖𝒔𝒉 = 𝟓𝟒𝟒, 𝟔𝟐 𝑨

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 176


II – Exercício

Resultados

𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 45,53 𝐴 𝐼𝑛 𝑇𝐶 𝒁𝑻𝑪


𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = 54,46 𝐴 RTC 𝒁𝒇𝒊𝒂çã𝒐
𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 544,62 𝐴 𝐼𝑡ℎ 𝒁𝒓𝒆𝒍é
𝑽𝒔𝒂𝒕
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 = 1210,10 𝐴 − 2,0 𝑠 𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 855,60 A − 2,0 s

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 177


II – Exercício

Ponto ANSI do Transformador


100
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼 = 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 ×
𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟

100 Dados da Instalação


𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼 = 54,46 ×
4,50
Potência do Transformador 1300 kVA
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼 = 54,46 × 22,22 Impedância 4,50%
Fator de Inrush 10 x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
𝑷𝒐𝒏𝒕𝒐 𝑨𝑵𝑺𝑰𝒇𝒂𝒔𝒆 = 𝟏𝟐𝟏𝟎, 𝟏𝟎 𝑨 Tensão Nominal 13,8kV

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 1210,10


𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 =
3 2
𝑷𝒐𝒏𝒕𝒐 𝑨𝑵𝑺𝑰𝒏𝒆𝒖𝒕𝒓𝒐 = 𝟖𝟓𝟓, 𝟔𝟎𝐀
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 178
II – Exercício

Ponto ANSI do Transformador

Dados da Instalação
Potência do Transformador 1300 kVA
Impedância 4,50%
Fator de Inrush 10 x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼 = 2 𝑠
Tensão Nominal 13,8kV

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 = 1210,10 𝐴 − 2,00 𝑠


𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 855,60 A − 2,00 s
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 179
II – Exercício

Resultados

𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 45,53 𝐴 𝐼𝑛 𝑇𝐶 ≅ 405 𝒁𝑻𝑪


𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = 54,46 𝐴 RTC = 90 (450/5) 𝒁𝒇𝒊𝒂çã𝒐
𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 544,62 𝐴 𝐼𝑡ℎ = 36000 𝐴 𝒁𝒓𝒆𝒍é
𝑽𝒔𝒂𝒕
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 = 1210,10 𝐴 − 2,0 𝑠 𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 403,37 A − 2,0 s

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 180


II – Exercício

TC de Proteção

𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 20 > 𝐼𝑐𝑐𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜

𝐼𝑐𝑐𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 Dados de Curto Circuito


𝐼𝑛 𝑇𝐶 =
20 Simétrico Assimétrico

8100 Trifásico - 8100 A


𝐼𝑛 𝑇𝐶 = Bifásico - 7000 A
20
Fase-Terra - 5100 A
𝑰𝒏 𝑻𝑪 ≅ 𝟒𝟎𝟓 Fase-Terra mínimo - 200 A
Máximo na barra da SE 10000 A

Logo o TC de Proteção a ser usado será 450 / 5,ou seja, RTC de 90


15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 181
II – Exercício

TC de Proteção
Verificando a saturação do TC

𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 20 > 𝐼𝑐𝑐𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜


Dados de Curto Circuito
Simétrico Assimétrico
450 × 20 > 8100 Trifásico - 8100 A
Bifásico - 7000 A
9000 > 8100
Fase-Terra - 5100 A
Fase-Terra mínimo - 200 A
Máximo na barra da SE 10000 A

Portanto a condição de saturação esta OK


15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 182
II – Exercício

TC de Proteção
Verificando Icc Máximo (Ith)
𝐼𝑡ℎ = 𝐼𝑛 𝑇𝐶 × 80
Dados de Curto Circuito
𝐼𝑡ℎ = 450 × 80 Máximo na barra da SE 10000 A

𝐼𝑡ℎ = 36000 𝐴
𝐼𝑡ℎ > 𝐼𝑐𝑐𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
36000 > 10000

É possível afirmar que para esta situação o TC de


450/5 poderá ser utilizado sem problemas, pois o
mesmo atende as questões referente a Saturação
e Curto-Circuito de curta duração.
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 183
II – Exercício

Resultados

𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 45,53 𝐴 𝐼𝑛 𝑇𝐶 ≅ 405 𝒁𝑻𝑪 = 𝟎, 1Ω


𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = 54,46 𝐴 RTC = 90 (450/5) 𝒁𝒇𝒊𝒂çã𝒐 = 𝟎, 𝟎𝟓Ω
𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 544,62 𝐴 𝐼𝑡ℎ = 36000 𝐴 𝒁𝒓𝒆𝒍é = 𝟎, 𝟎𝟐𝟖 Ω
𝑽𝒔𝒂𝒕 = 𝟏𝟕, 𝟖𝑽
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 = 1210,10 𝐴 − 2,0 𝑠 𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 = 0,5 Ω
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 855,60 A − 2,0 s

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 184


II – Exercício

TC de Proteção
Classe de Exatidão:

Como o consumo do relé é de 0,2VA,


adotaremos 0,1 Ω de impedância.
*Conforme NBR 6856

𝒁𝑻𝑪 = 𝟎, 1Ω

Impedância das entradas do relé é de


0,007 Ω.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 185


II – Exercício

TC de Proteção
Classe de Exatidão:

𝑐𝑜𝑚𝑝.
𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,02 ×
𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎

10 TC
𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,02 ×
4 Distância TC-Relé 10 metros
Bitola 4,0 mm²
𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 = 0,02 × 2,5

𝒁𝒇𝒊𝒂çã𝒐 = 𝟎, 05Ω

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 186


II – Exercício

TC de Proteção
Classe de Exatidão:

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 𝑍𝑓𝑎𝑠𝑒 + 3 × 𝑍𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜

𝑍𝑟𝑒𝑙é = 0,007 + 3 × 0,007


TC
𝑍𝑟𝑒𝑙é = 0,007 + 0,021 Distância TC-Relé 10 metros
Bitola 4,0 mm²
𝒁𝒓𝒆𝒍é = 𝟎, 𝟎𝟐𝟖 Ω

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 187


II – Exercício

TC de Proteção
Classe de Exatidão:

𝑉𝑠𝑎𝑡 = 𝑍𝑇𝐶 + 𝑍𝑟𝑒𝑙é + 𝑍𝑓𝑖𝑎çã𝑜 × 20 × 5

𝑉𝑠𝑎𝑡 = 0,1 + 0,028 + 0,05 × 20 × 5


TC
Distância TC-Relé 10 metros
𝑉𝑠𝑎𝑡 = 0,178 × 100 Bitola 4,0 mm²

𝑽𝒔𝒂𝒕 = 𝟏𝟕, 𝟖𝑽

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 188


II – Exercício

TC de Proteção
Burden do TC:

É a carga máxima que o TC poderá alimentar sem sofrer efeito de saturação.

𝑉𝑠𝑎𝑡
𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 =
𝐼𝑚á𝑥 = 5 × 20 𝐼𝑚á𝑥

𝐼𝑚á𝑥 = 100 𝐴 50
𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 =
100

𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 = 0,5 Ω

Carga calculada anteriormente foi de 0,178 Ω e o Burden calculado foi de 0,5 Ω.


Portanto o TC de Classe 10B50 atende as especificações do projeto
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 189
II – Exercício

Resultados

𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 45,53 𝐴 𝐼𝑛 𝑇𝐶 ≅ 405 𝒁𝑻𝑪 = 𝟎, 1Ω


𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = 54,46 𝐴 RTC = 90 (450/5) 𝒁𝒇𝒊𝒂çã𝒐 = 𝟎, 𝟎𝟓Ω
𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 544,62 𝐴 𝐼𝑡ℎ = 36000 𝐴 𝒁𝒓𝒆𝒍é = 𝟎, 𝟎𝟐𝟖 Ω
𝑽𝒔𝒂𝒕 = 𝟏𝟕, 𝟖𝑽
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 = 1210,10 𝐴 − 2,0 𝑠 𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 = 0,5 Ω
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 403,37 A − 2,0 s

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 50,08 𝐴 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 599,08 𝐴


𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 = 16,69 𝐴 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁 = 199,69 𝐴

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 190


II – Exercício

Proteções Temporizadas de Fase e Neutro (ANSI 51 e 51N)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 𝐼𝑛 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 + 10%

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 𝐼𝑛 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 × 1,1 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 =
3

50,08
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 45,53 × 1,1 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 =
3

𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 𝟓𝟏 = 𝟓𝟎, 𝟎𝟖 𝑨 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 𝟓𝟏𝑵 = 𝟏𝟔, 𝟔𝟗 𝑨

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 191


II – Exercício

Proteções Instantâneas de Fase e Neutro (ANSI 50 e 50N)

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ + 10%

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ × 1,1 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁 =
3

599,08
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 544,62 × 1,1 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁 =
3

𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 𝟓𝟎 = 𝟓𝟗𝟗, 𝟎𝟖 𝑨 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 𝟓𝟎𝑵 = 𝟏𝟗𝟗, 𝟔𝟗 𝑨

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 192


II – Exercício

Resultado final

𝐼𝑛 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 = 45,53 𝐴 𝐼𝑛 𝑇𝐶 ≅ 405 𝒁𝑻𝑪 = 𝟎, 1Ω


𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟 = 54,46 𝐴 RTC = 90 (450/5) 𝒁𝒇𝒊𝒂çã𝒐 = 𝟎, 𝟎𝟓Ω
𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 544,62 𝐴 𝐼𝑡ℎ = 36000 𝐴 𝒁𝒓𝒆𝒍é = 𝟎, 𝟎𝟐𝟖 Ω
𝑽𝒔𝒂𝒕 = 𝟏𝟕, 𝟖𝑽
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑓𝑎𝑠𝑒 = 1210,10 𝐴 − 2,0 𝑠 𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 = 0,5 Ω
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑁𝑆𝐼𝑛𝑒𝑢𝑡𝑟𝑜 = 403,37 A − 2,0 s

𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 = 50,08 𝐴 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 = 599,08 𝐴


𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51𝑁 = 16,69 𝐴 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50𝑁 = 199,69 𝐴

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 193


II – Exercício

Verificando Ponto ANSI do Transformador


Se houver uma circulação de corrente de fase de 1210,10 A por um tempo superior a
2 segundos o transformador irá queimar.

Verificaremos se o relé protege o “Ponto ANSI” A programação atual


Dados do relé 𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝐾 × 𝐷𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 do relé protege o
𝑀= 𝑡=
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 50,08 𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑀 𝛼−1 transformador, pois ao
Curva NI identificar uma
0,14 × 0,2
Dial te Tempo 0,2
𝑀=
1210,10 𝑡=
24,16 0,02 − 1
corrente de 1210,10 A
Dados da curva 50,08 ocorrerá um comando
K 0,14 0,028 de desarme (TRIP) em
𝑀 = 24,16 𝑡=
0,066
α 0,02 aproximadamente
𝑡 ≅ 0,42 𝑠 0,42 s.
15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 194
II – Exercício

Resumo dos parâmetros


Parâmetro Valor Fase Valor Neutro
RTC 90
𝐈𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝟓𝟏 50,08 16,69
Curva NI NI
Dial de Tempo 0,2 0,1
𝐈𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 MAX MAX
𝐓𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 MAX MAX
𝐈𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭â𝐧𝐞𝐨 𝟓𝟎 599,08 199,69

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 195


III – MemoDesc
 O que é;  Coordenograma;
 Dados da Instalação;  Resultados;
 Dados da Concessionária;  Relatório.
 Dados da Cabine Primária;

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 196


III – MemoDesc

O que é?

Ferramenta do Estudo de Proteção e Seletividade com geração do relatório (Memorial


Descritivo) pronto para entregar na concessionária.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 197


III – MemoDesc

Dados da Instalação

Dados da Instalação
Potência do Transformador 1300kVA
Impedância 4,50%
Fator de Inrush 10 x 𝐼𝑛 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜𝑟

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 198


III – MemoDesc

Dados da Concessionária (Fornecimento)

Fornecimento
Demanda Contratada 1000kW
Tensão Nominal 13,8kV
Variação 10%
Fator de Potência 0,92

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 199


III – MemoDesc

Dados da Concessionária (Curto Circuito)

Dados de Curto Circuito


Simétrico Assimétrico
Trifásico - 8100 A
Bifásico - 7000 A
Fase-Terra - 5100 A
Fase-Terra mínimo - 200 A
Máximo na barra da SE 10000 A

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 200


III – MemoDesc

Dados da Concessionária (Relé)

Curva do relé da concessionária


Fase Neutro
𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂
Temporizado
Curva – D.T. Curva – D.T.
Instantâneo 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 201


III – MemoDesc

Dados da Concessionária (Relé)

Curva do relé da concessionária


Fase Neutro
TAP
Temporizado 𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 2400 A 480 A
Curva – D.T. NI – 0,2 NI – 0,1
Instantâneo TAP
𝑰𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒅𝒂 14400 2880

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 202


III – MemoDesc

Dados da Cabine Primária (Especificação do Relé)

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 203


III – MemoDesc

Dados da Cabine Primária (Ajustes do Relé)

Parâmetro Valor Fase Valor Neutro


RTC 60
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 𝑓𝑎𝑠𝑒
𝐈𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝟓𝟏 𝐼𝑛 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 + 10%
3
Curva NI NI
Dial de Tempo 0,2 0,1
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 𝑓𝑎𝑠𝑒
𝐈𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭â𝐧𝐞𝐨 𝟓𝟎 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ + 10%
3

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 204


III – MemoDesc

Dados da Cabine Primária (Ajustes do Relé)

Parâmetro Valor Fase Valor Neutro


RTC 60
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 51 𝑓𝑎𝑠𝑒
𝐈𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝟓𝟏 𝐼𝑛 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 + 10%
3
Curva NI NI
Dial de Tempo 0,2 0,1
𝐼𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑑𝑎 50 𝑓𝑎𝑠𝑒
𝐈𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭â𝐧𝐞𝐨 𝟓𝟎 𝐼𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ + 10%
3

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 205


III – MemoDesc

Coordenograma

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 206


III – MemoDesc

Resultados

TC Relação Exatidão
450 / 5 90 10 B 50
Nominais Corrente Tempo
Demanda 45,53 A -
Transformador 54,46 A -
Magnetização 544,62 A 0,10 s
Ponto ANSI Corrente Tempo
Fase 1210,10 A 2,0 s
Neutro 403,37 A 2,0 s

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 207


III – MemoDesc

Resultados

Parâmetro Valor Fase Valor Neutro


RTC 90
𝐈𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝟓𝟏 50,08 16,69
Curva NI NI
Dial de Tempo 0,2 0,1
𝐈𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 MAX MAX
𝐓𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 MAX MAX
𝐈𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭â𝐧𝐞𝐨 𝟓𝟎 599,08 199,69

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 208


III – MemoDesc

Relatório (Visualização Interna)

Parâmetro Valor Fase Valor Neutro


RTC 90
𝐈𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝟓𝟏 50,08 16,69
Curva NI NI
Dial de Tempo 0,2 0,1
𝐈𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 MAX MAX
𝐓𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 MAX MAX
𝐈𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭â𝐧𝐞𝐨 𝟓𝟎 599,08 199,69

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 209


III – MemoDesc

Relatório (Visualização pré-impressão)

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 210


IV – Parametrização
 Relé;
 Interface Homem Máquina – IHM;
 URPE 7104 – Particularidade dos TCs.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 211


IV – Parametrização

Relé
Com a informação do relé a ser utilizado no painel, devemos ter em mãos o manual do mesmo.

Para o nosso exemplo, iremos utilizar o relé “URPE 7104” da “Pextron Controles Eletrônicos”

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 212


IV – Parametrização

Interface Homem Máquina - IHM


• Tecla P
Acesso aos parâmetros e seleção do parâmetro a ser ajustado

• Tecla ▲
Incremento dos valores de parâmetros

• Tecla E
“Entra” – confirma o valor do parâmetro ajustado

• Tecla ▼
Decremento dos valores de parâmetros

• Tecla R
Reset da Bandeirolas
Usado para acessar “segundo nível” de parâmetros (serial, ANSI 86) Teclas

Os valores exibidos de corrente são multiplicados por RTC

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 213


IV – Parametrização

Interface Homem Máquina - IHM


Proteções de NEUTRO Proteções de FASE

Temporizada por “Curva Inversa”

Temporizada por “Tempo Definido”

Instantâneo

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 214


IV – Parametrização

URPE 7104 – Particularidade dos TCs


TC ABC: Relação de TC para as Fases ABC (entradas IA, IB e IC)

TC N: Relação de TC para Neutro (entrada ID)

TC ABC = TC N
Unidades de Neutro pela entrada ID

TC ABC ≠ TC N (unidade de GS)


Unidades de tempo definido de Neutro pela entrada ID (TC N)
Unidades de curva e instantâneo de Neutro por Neutro Calculado (TC ABC)

Neutro calculado é o resultado do desequilíbrio das fases IA, IB e IC

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 215


IV – Parametrização

Parâmetros
MemoDesc VALOR RELÉ VALOR
TC Relação 90 𝑻𝑪𝑨𝑩𝑪 90
𝑻𝑪𝑵 90
𝐈𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝟓𝟏 50,08 Ipartida 50.2


Curva NI Curva NI
Dial de Tempo 0,20 D.T. 0.199
𝐈𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 Máx. Idef. >599
𝐓𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏 Máx. Tdef. 240
𝐈𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭â𝐧𝐞𝐨 𝟓𝟎 599,08 Iinst. 599
𝐈𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝟓𝟏𝑵 16,69 Ipartida 16.5
Curva NI Curva NI
Dial de Tempo 0,10 D.T. 0.101
𝐈𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏𝑵 Máx. Idef. >199
𝐓𝐝𝐞𝐟𝐢𝐧𝐢𝐝𝐨 𝟓𝟏𝑵 Máx. Tdef. 240
𝐈𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭â𝐧𝐞𝐨 𝟓𝟎𝑵 199,69 Iinst. 199

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 216


IV – Parametrização

Parâmetros
RELÉ VALOR
𝑻𝑪𝑨𝑩𝑪 90
𝑻𝑪𝑵 90
Ipartida 50.2
Curva NI
D.T. 0.199
Idef. >599 Tela da câmera
Tdef. 240 ou
Iinst. 599 Simulador
Ipartida 16.5
Curva NI
D.T. 0.101
Idef. >199
Tdef. 240
Iinst. 199

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 217


V – Comissionamento
 Relé;
 Bornes do Relé;
 Bornes da “Mala de Teste”;
 Ligações;
 Exemplo prático.

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 218


V – Comissionamento

Relé
Com a informação do relé a ser utilizado no painel, devemos ter em mãos o manual do mesmo.

Continuando com o nosso exemplo, iremos utilizar o relé “URPE 7104” da “Pextron Controles Eletrônicos”

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 219


V – Comissionamento

Bornes do Relé

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 220


V – Comissionamento

Bornes da “Mala de Teste”

Deverá ser ligado as entradas de Corrente do relé de Proteção

Deverá ser ligado aos contatos de atuação do relé de proteção

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 221


V – Comissionamento

Ligações

Contato Função

1 e 14 Alimentação do Relé

2, 3 e 5 Comunicação Serial

4 Terra

6e7 Bloqueio da atuação por Proteções de Neutro/GS

6e8 Bloqueio da atuação por Proteção de Instantâneo

6 e 10 Retardo de tempo para Magnetização do Transformador

6 e 11 Acesso aos Registros de Máximas Correntes

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 222


V – Comissionamento

Ligações

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 223


V – Comissionamento

Ligações

Contato Função

15 e 16 Iniciação da contagem de tempo da Proteção Temporizada (Fase)


17 e 18
Proteção Instantânea
19 e 20
21 e 22
Proteção temporizada (Curva Inversa ou Tempo Definido)
23 e 24
15 e 27 Indicação de Funcionamento do Relé de Proteção

15 e 28 Iniciação da contagem de Tempo da Proteção Temporizada (Neutro)

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 224


V – Comissionamento

Exemplo Prático.
RELÉ VALOR
Pick-Up Drop-Out
𝑻𝑪𝑨𝑩𝑪 90
𝑻𝑪𝑵 90 101% 99%
Ipartida 50.2
Curva NI
D.T. 0.199
Idef. >599
Tdef. 240
Iinst. 599
Ipartida 16.5
Curva NI
D.T. 0.101
Idef. >199
Tdef. 240
Iinst. 199

15/06/2.019 Proteção e Seletividade em Projetos de Entrada de Média Tensão (1 a 36,2kV) 225


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Uriel Horta – CEO

Eng.º Henrique Florido Filho – CTO

Eng.º Guilherme Zanfelicce – Gestor Operacional

Eng.ª Priscila Arake – Suporte

suporte@treineinsite.com.br

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