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Computação para Química 45

5. Planilha Eletrônica
O Microsoft Excel é um programa de planilha eletrônica, que permite ao usuário
realizar rapidamente cálculos que seriam demorados se feitos ao método tradicional.
Ass planilhas são usadas quando se necessita fazer cálculos, operações matemáticas,
projeções, análise de tendências, gráficos ou qualquer tipo de operação que envolva
números. Uma das maiores vantagens da planilha é que você pode tratar uma grande
quantidade de informações, de forma fácil e rápida.4
Vamos agora nos familiarizar
fam com a janela do Excel. Na parte superior da
janela encontramos a barra de ferramentas onde estão os botões e atalhos para os
recursos oferecidos. Ela pode variar de acordo com a versão do programa.

Figura 70 - Barra de tarefas Microsoft Excel 7.0

Figura 71 - Barra de tarefas Microsoft Excel 2005

Figura 72 - Barra de tarefas Microsof Excel 2007

Abaixo da barra de ferramentas encontramos


encontramos a área comum a todas as
versões.

Barra de Fórmula Planilha 1


Mostra Fórmula inserida na célula selecionada

Caixa de Nome
Mostra o endereço da célula selecionada

Cabeçalho de Linha
Referência a linha da célula selecionada

Cabeçalho de Coluna
Referência a coluna da célula selecionada

Célula Ativa (selecionada)


Espaço para adição de formulas ou valores

Guias de Planilha
Seleciona a planilha ativa da pasta de trabalho

4
Billo, 2001.
46 DQ/CCEN/UFPB

Para inserir valores nas células, basta clicar sobre a mesma digitar o número.

Para Fórmulas, seleciona-se a célula e insere-se o sinal de igual (=) seguido


da respectiva fórmula. O sinal de igual condicionará ao programa que em
seguida será digitado um mecanismo de cálculo (fórmula) e não um valor.

5.1 Digitando fórmulas

Cálculo de concentração.

Neste exemplo, pretende-se calcular a concentração (mol/L) de diversos


Planilha 2 compostos químicos. Crie uma
planilha, de acordo com a planilha 2
e siga o procedimento apresentado

Dados os elementos e suas


respectivas massas atômicas,
pretende-se calcular a massa
molecular (g/mol) dos compostos e a
concentração de uma solução
contendo 100g de soluto em 500 mL
de água.
Planilha 3

Como sabemos, para calcular a massa


molecular do Cloreto de sódio, basta somar
as massas atômicas do Na e do Cl.
Ao realizar a soma na planilha, inserimos o
endereço da célula contendo as massas
atômicas dos elementos Na e Cl.

A concentração em mol/L de uma solução tem a seguinte expressão:

C = n/V Planilha 4

n=número de mol  n=m/M


V=Volume da solução (L)

m=massa do soluto (g)


M=massa molar do soluto (g/mol)
Computação para Química 47

Responda: Qual a concentração de uma solução contendo 100g de cloreto de sódio


em 500 mL de água?
Como no nosso caso a massa é 100g e o volume é 500 mL (0,5 L), temos na célula
2E, a seguinte expressão:
=(100/D2)/0,5

m (g) M (g/mol) V (L)

 Agora, complete as células que faltam na planilha.


 Formate os números com duas casas decimais.

5.2 Construindo um gráfico

Na química os gráficos desempenham um importante papel na análise dos


resultados obtidos em um experimento. Raros são os casos de publicações na área
química que não possuam ao menos um gráfico. Desta forma a construção de gráficos
é algo importante a se aprender.
Vamos inicialmente aprender a criar um gráfico através do Assistente de
Gráfico oferecido pelo Microsoft Excel. Utilizaremos como exemplo a planilha 5.

Planilha 5
a. Construa a planilha 5.
b. Na Barra de ferramentas clique no botão
Inserir em seguida em Gráfico.
(O botão-atalho na barra de ferramentas leva
ao mesmo assistente)
Aparecerá a janela do assistente de gráfico.

Figura 73 - Assistente de Gráfico do Office – Etapa1

Na primeira etapa deve-se escolher o tipo e o subtipo de gráfico desejado.


Para facilitar, o programa mostra um modelo do tipo de gráfico selecionado. No caso,
escolha o tipo “Dispersão” e o subtipo “Dispersão com pontos de pontos conectados
por linhas”. Clique em Avançar.
Na segunda etapa selecionam-se os dados que formarão o gráfico. Nessa,
existem duas guias de opção: A de Intervalo de Dados e a de Serie.
48 DQ/CCEN/UFPB

Na guia Intervalo de dados, Clique no botão de


inserção de dados e selecione as duas colunas de dados
que formarão o gráfico. No caso, os valores de tempo e
temperatura e clique novamente no botão de inserção de
dados para concluir.

O assistente atribuirá automaticamente cada coluna


a seu respectivo eixo.
Figura 74 - Etapa 2

ATENÇÃO: Essa opção apesar de muito prática pode apresentar erros


principalmente quanto a escolha dos eixos, portanto verifique se os dados estão nos
eixos corretos ao utilizá-la.

A guia Série é mais recomendável pelo fato de se


escolher os dados que formarão cada eixo manualmente.
Clique em Adicionar, daí basta clicar no botão de inserção de
dados de cada eixo e selecionar ao invés das duas colunas,
uma de cada vez em seu respectivo eixo.
Essa guia também oferece uma opção para adicionar o
nome do gráfico tornando mais prática sua posterior
formatação. >Avançar Figura 75 - Etapa 3

Na terceira etapa adicionam-se as


legendas e titulo do gráfico. Além disso, temos
uma visão antecipada de como o gráfico ficará
quando concluído.
As demais guias desta etapa oferecem
opções como adição de linhas de grade e
posição das legendas do gráfico. > Avançar

Figura 76 - Etapa 4

A última etapa seleciona-se se onde o gráfico


será adicionado. Se em uma nova planilha ou se como
um objeto na planilha atual. Neste caso (e quase
sempre) adicione como objeto na planilha e clique em
Concluir.
Figura 77 - Etapa 5
Computação para Química 49

Vamos seguir avançando nossos conhecimentos no Excel, resolvendo o


exercício a seguir:

Planilha 6
Variação do estado de agregação de Exercício
uma solução (100 mL) de NaCl A planilha 6 mostra o comportamento do
(100g/L) durante aquecimento estado de agregação de uma solução de
Tempo Temperatura Estado de cloreto de sódio durante o aquecimento.
(min.) (°C) Agregação
0 -5,5 Sólido a) Construa a planilha,
1 -1,0 Sol. e Líquido acrescentando duas colunas com as
2 7,0 Líquido temperaturas em Kelvin e Fahrenheit ( T
3 18,0 Líquido
K e T ºF).
4 27,5 Líquido
5 35,0 Líquido
6 42,0 Líquido
b) Faça uma transformação de
7 49,5 Líquido temperatura para as unidades de medida
8 56,0 Líquido Kelvin e Fahrenheit, sabendo que:
9 64,0 Líquido
T°C = T°F - 32 = TK - 273
10 69,0 Líquido 5 9 5
11 76,0 Líquido
12 80,0 Líquido c) Construa o gráfico de
13 84,0 Líquido Temperatura (°C) x Tempo (minuto).
14 88,0 Líquido
Formate o gráfico, coloque título do
15 91,0 Líquido
gráfico, título dos eixos.
16 93,0 Líquido
17 94,5 Líquido
18 95,5 Líquido d) Analise os gráficos do
19 97,0 Líquido e Gás aquecimento da água destilada (feito
20 98,0 Líquido e Gás anteriormente – Planilha 03) e da solução
21 98,0 Líquido e Gás de cloreto de sódio. Qual a principal
diferença entre as duas curvas (água
destilada e solução de NaCl) e como essa diferença pode ser explicada?
50 DQ/CCEN/UFPB

5.3 Aplicação em Cinética Química

Dada a reação A → P, é possível que a velocidade de reação seja proporcional


a concentração dos reagentes. 5

Velocidade de Reação = k [A]n

Sendo, coeficiente k=constante de velocidade, [A] é a concentração molar de A e n é a


ordem da reação.
Uma equação desse tipo, determinada experimentalmente, é chamada de “lei
de velocidade”. Algumas equações são deduzidas para caracterizar a ordem das
reações, e podem nos auxiliar na manipulação dos dados experimentais. As
velocidades de reação de reações de 1a e 2a ordem podem ser ajustadas as seguintes
equações:
1a ordem → ln[A] = ln[A0] + k t (1)

2a ordem → 1/[A] = 1/[A0] + k t (2)

Estas equações podem ser relacionadas à equação da reta:


y = a + bx
Comparativamente tem-se y(t), k o coeficiente angular, e o termo independente
é ln[A0] para eq.1 ou 1/[A0] para eq.2.
Exercício
A planilha 7 contém dados referentes a reação de
decomposição a decomposição do iodeto de hidrogênio, a 508 °C.

Planilha 7
2HI(g) →H2(g) + I2(g)
Concentração de Tempo Considerando os dados fornecidos, faça uma
HI (mol/L) (s) planilha no Excel para encontrar as curvas
0,1000 0 correspondentes às equações 1 e 2.
0,0716 50
0,0558 Dica: Crie duas colunas ln[A] e 1/[A].
100
0,0457 150
0,0387 200 Agora faça os gráficos, ln[A] x t e 1/[A] x t
0,0336 250 (ATENÇÃO: tempo no eixo x).
0,0296 300 Utilize o tipo “Dispersão” e o subtipo
0,0265 350 “Dispersão com pontos de dados conectados
por linhas suaves”.

Adicione a linha de tendência aos gráficos. É só clicar com a tecla da direita do


mouse sobre a curva e escolha adicionar linha de tendência – linear. Marcar as
opções exibir equação no gráfico, exibir valor de R-quadrado no gráfico.
5
Atkins, P., 2001.
Computação para Química 51

0
40
-1 30
ln [HI]

1/[HI]
y = -0.003x - 2.446
-2 20
R² = 0.965 y = 0.079x + 9.998
-3 10 R² = 1
-4 0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 0 100 200 300 400
tempo (s) tempo (s)
Figura 78 - Linha de Tendência 1 Figura 79 - Linha de Tendência 2

Com os gráficoss correspondentes aos ajustes da velocidade da reação para


cinética de 1ª e 2ª ordem,, realizou-se a linearização dos pontos do gráfico a fim de
obter a reta que melhor se ajusta
ajust aos dados experimentais.. No Excel isto se faz
adicionando uma linha de tendência e através do coeficiente de determinação (R2)
podemos avaliar a qualidade do ajuste.
ajuste Quanto melhor for o ajuste, ou seja, quanto
mais os pontos se aproximarem da reta de tendência, mais o R2 se aproximará
apro de 1. A
2
curva que apresentar o melhor R corresponderá a ordem dessa reação. Neste
exemplo, temos uma reação de 2ª ordem.

Exercícios:

1. A planilha 8 apresenta os dados experimentais da reação de


decomposição de N2O5.

Planilha 8
2 N2O5 (g) → 4 NO2 (g) + O2 (g) a) Determine a ordem da reação.
N2O5 (mol/L) Tempo (s)
0,10000 0 b) Determine o valor da constante
constant de
0,07070 50 velocidade “k”, coloque a unidade.
0,050000 100
0,02500 200
0,01250 300
0,00625 400

Planilha 9
C3H6 (mol/L) Tempo
(min
(min) 2. Quando o ciclopropano (C3H6) é aquecido a
500°C, ele se transforma em um isômero
1,5x10-3 0
(propeno).
). A reação foi acompanhada a partir da
1,24x10-3 5
concentração de ciclopropano, planilha 9.
1,00x10-3 10
a) Determine a ordem da reação e valor da
0,83x10-3 15
constante de velocidade “k”, coloque a
unidade.
52 DQ/CCEN/UFPB

5.4 Assistente de Função

Pode-se adicionar uma função a uma determinada célula é utilizando o


assistente de função. Ele faz uso de um banco de dados que contém inúmeras
funções que podem fazer os mais diversos tipos de calculo. As funções estão
agrupadas de acordo com sua área de uso financeira, matemática e trigonométrica,
estatística e etc.
Para inserir uma função através do assistente, selecione uma célula vazia e
clique sobre o “fx” que está entre a barra de fórmula e a caixa de nome (ou vá em
Inserir> Função...).
Caso não saiba ao certo qual função utilizar, faça uma busca geral sobre o
banco de dados e o assistente lhe dará algumas opções de função para que julgue a
que mais se encaixa.
Por exemplo caso queira calcular o Seno de um valor (ângulo) para saber qual
a referência correta a digitar na caixa de fórmula digite “Seno” na caixa de busca e o
assitente lhe trará varias opções das quais neste caso, provavelmente a ultima delas é
a desejada (SEN).

Exemplo: Construa e complete a planilha 10 utilizando o assistente de fórmula.


Planilha 10

Seno de θ Coseno de θ Tangente de θ


Graus Radianos
(radianos) (radianos) (radianos)
0
30
60
... ... ... ... ...
330
360
Exercícios:

Construa a planilha 11, considerando as seguintes informações:

 Para calcular as médias dos alunos utilize o assistente para encontrar a


função “Média”.
A Média Final pode ser calculada como a média das medias semestrais.
Considere a situação do aluno como “Aprovado” ou “Reprovado”. Para tal, utilize a
função “SE”. Pode se utilizar, por exemplo, como teste lógico se o aluno obteve
média final menor que 7,0 ele esta reprovado logo:
TESTE LÓGICO “MEDIA FINAL”< 7,0
VALOR SE VERDADEIRO Reprovado
VALOR SE FALSO Aprovado
Computação para Química 53

Faça um gráfico de Pizza do número de alunos que foram aprovados e


reprovados. Para isso, use a função “CONT.SE” ela pode contar por exemplo da
turma quantos alunos apareceu o termo “Aprovado”. No intervalo selecione a
coluna onde deseja contar e como critério pode utilizar “Aprovado” ou “Reprovado”
(NO SINGULAR – DA MESMA FORMA COMO APARECE NA CELULA, CASO
CONTRÁRIO NÃO SERÁ CONTADO)
Planilha 11

1ª Série do Ensino Médio da Escola Rutherford


1º Semestre 2 º Semestre

Situação
1ª Média

2ª Média
1º Nota

2º Nota

3º Nota

1º Nota

2º Nota

3º Nota

Média
Aluno (a)

Final
Adaiton Francisco 7,0 7,0 7,0 2,0 4,0 7,0
Adriano Inacio 10,0 10,0 8,0 8,0 9,0 8,0
Aline Alves 8,0 7,0 8,0 7,5 8,0 8,0
Alisson Fernando 8,0 8,0 7,0 8,0 7,0 8,0
Ana Lucia da Silva 9,0 9,0 8,0 3,0 3,0 8,5
Ana Rodrigues 9,5 8,5 8,0 8,0 7,5 7,5
Benevaldo Pereira 10,0 8,0 7,0 9,5 9,0 9,0
Chales de Araújo 8,0 10,0 8,0 9,9 9,0 9,0
Danielle de Araujo 9,0 9,0 10,0 9,0 8,5 9,0
Diêgo Juvencio 7,0 7,0 5,0 5,0 5,0 4,0
Edson de Oliveira 4,0 6,0 7,0 6,0 7,5 6,0
Eduardo Barbosa 8,0 7,5 10,0 8,0 7,0 8,0
Erenilda Pontes 8,0 9,5 8,0 5,0 8,0 7,0
Eliano Nascimento 7,0 5,0 5,5 5,0 5,5 8,0
Jefferson Melo 5,0 3,0 5,0 5,0 7,0 6,0
José Pereira 8,0 7,0 9,0 8,0 8,0 7,5
Joseiton Silva 9,0 9,0 8,0 8,5 7,5 8,0
Josenilda Batista 8,0 8,5 7,0 8,0 7,5 7,5
Josilene Silva 8,5 8,0 8,0 7,0 7,5 7,5
MÉDIA DA
TURMA
N° DE ALUNOS N° DE ALUNOS
APROVADOS REPROVADOS
54 DQ/CCEN/UFPB

5.5 Desafios

5.5.1 Ajuste de funções

Abra uma planilha e entre com seguintes dados:


Planilha 12

1. Formate a coluna A para 2 casas decimais, formate as colunas B e C para 4


casas decimais.
2. N célula D1,digite Temp °C. Entre com a fórmula para converter temperatura
em Fahrenheit para Temp °C. °C=(°F-32)*5/9. Formate a coluna D para 4
casas decimais.
3. Na célula E1, escreva densidade. Entre com uma função na célula E2 para
calcular a densidade.
4. Crie um gráfico densidade x Temp °C só pontos, coloque a legenda dos eixos e
o titulo do gráfico.
5. Exclua a linha referente ao ponto que está fora da linha principal. (copie a linha
5 para linha 10 e depois delete a linha 5)
6. Na célula G1, escreva “Inclinação”. Entre com uma função na célula G2 para
calcular a inclinação da linha que melhor se ajustou aos dados. Função-
estatística - inclinação
7. Na célula H1, escreva Interseção. Entre com um a função na célula H2 para
calcular a interseção da linha que melhor ajusta aos dados. Função-estatística
– interseção ou Intercepção.
8. Na célula I1, escreva Valores preditos para y. Entre com uma função na célula
I2 para calcular todos os valores Y dos pontos ao longo da linha de melhor
ajuste.
9. Lembre você necessita da inclinação (coeficiente angular a) e da interseção
com Y (coeficiente linear b), para obter o valor predito de y (y=ax+b).
10. Faça o gráfico densidade x valor predito de y x temp °C. Gráfico usando 3
colunas de dados. Compare os gráficos.
Computação para Química 55

5.5.2 Construção de Orbitais Atômicos

A compreensão dos orbitais atômicos é crucial para a química moderna, pois a


característica dos elementos depende intimamente de como os elétrons estão
distribuídos nos orbitais. A química de um elemento e de seus compostos é
determinada principalmente pelos elétrons que têm o maior valor de n, frequentemente
denominados de elétrons de valência.
A representação gráfica das probabilidades de se encontrar um elétron em
função da posição num átomo é definida como um orbital. Para tornar o conceito de
orbital mais significativo, é útil examinarmos as funções de onda que são as soluções
da equação de Schrödinger de um átomo monoeletrônico. As funções de onda podem
ser expressas como o produto de duas funções, uma das quais depende dos ângulos
θ e φ (“parte angular” χ), enquanto a outra é uma função apenas da distância eletro-
núcleo r (“parte radial” R). Então, temos que

Ψ (r, θ, φ) = R(r) χ(θ, φ)

De um ponto de vista matemático, cada solução da Equação de Schroedinger


(ou função de onda) corresponde a um orbital eletrônico, que define as energias
permitidas (níveis e sub-níveis) de um elétron em um orbital.

Neste exercício vamos construir a parte angular das funções de onda (orbitais)
s, px e dx2-y2 no plano x,y. Para isso precisaremos das coordenadas polares.

z
y
r
x=p cosφ
y=p senφ
θ
p

y φ
φ x

A componente angular das funções de onda no plano x,y são:

dx2-y2 => χ = (15/16π)1/2 Cos(2φ)

px => χ = |(3/4π)1/2 Cos(φ)|

s => χ = (1/4π)1/2
56 DQ/CCEN/UFPB

Para a transformação das coordenadas cartesianas em polares utilizaremos


p=χ e θ varia de 0° a 360°.

Atividades:

a. Construir uma tabela de acordo com modelo a seguir

Modelo de planilha para função angular do orbital px.


Planilha 13

A B C D E
1
2
3 Ângulo (°) Ângulo (rad.) χ x (coord.) y (coord.)
4 0 =RADIANOS(A4) =ABS(RAIZ(3/(4*PI()))*COS(B4)) =C4*COS(B4) =C4*SEN(B4)
5 2 0,03491 0,4883 0,4880 0,0170
* Modo de exibição das fórmulas

b. Em uma planilha eletrônica coloque uma sequência de números de 0 a 360


(variando de 2 em 2);
c. Numa coluna ao lado faça a transformação de graus (°) para radianos (rad.).
d. Na coluna seguinte calcule os valores de r = χ utilizando as fórmulas acima.
e. Em seguida, construa os valores das coordenadas x e y em polares, utilizando
as equações de transformação.
f. e por fim plote as coordenadas x e y nos programas Origin ou Qtiplot.
g. Repita o procedimento para as demais funções de onda angular.

Você deve gerar os seguintes gráficos:


Computação para Química 57

5.5.3 Cinética – Cálculo da velocidade média

Considerando a reação:

C4H9Cl (aq) + H2O (l)  C4H9OH (aq) + HCl (aq)

Planilha 14

Tempo (s) Concentração C4H9Cl


mol/L
0 0,1
50 0,0905
100 0,082
150 0,0741
200 0,0671
300 0,0549
400 0,0448
500 0,0368
800 0,02
1000 0,015

a) Construa o gráfico: Concentração x Tempo


b) Calcule a velocidade média da reação para o intervalo de tempo entre cada medida.
Usar notação científica para velocidade.
c) Considerando que seja uma reação de 1ª ordem, encontre a constante de
velocidade.

Dados:
[A] = concentração molar do reagente A

Velocidade média da reação = -∆[A]/∆t

Velocidade de Reação = - k [A]

1a ordem => ln[A] = ln[A0] - k t


58 DQ/CCEN/UFPB

5.5.4 Cálculo de absorbâncias e concentrações

Considerando o seguinte procedimento experimental realizado. Numere 12


balões volumétricos de 50 mL de 1 a 12 e coloque em cada um deles 15,00 mL de
NH4OH 4,0M. Adicione com aos doze balões exatamente os volumes de CuSO4
0,50M apresentados abaixo. Complete as soluções até a marca de 50 mL com água
destilada.

Planilha 15

Amostra CuSO4 mL Amostra CuSO4 mL


1 0,50 7 3,50
2 1,00 8 4,00
3 1,50 9 4,50
4 2,00 10 5,00
5 2,50 11 5,50
6 3,00 12 6,00

No comprimento de onda escolhido (580 nm) foi determinado sucessivamente


a transmitância das soluções, fazendo ao menos três leituras para cada amostra.
Também foi realizada a leitura da transmitância para uma solução com concentração
desconhecida (solução X).

1) Utilizando a relação A = log(I0/I) = εbC, explique qual é a forma do gráfico que


você espera ao representar A em função da concentração C. A partir deste
gráfico, como você poderia determinar o valor de ε se a espessura do caminho
óptico for 1 cm?
2) A transmitância de uma determinada solução é 85%. Qual é a sua
absorbância?
Transmitância: T=I/I0; Absorbância (A) = log (I0/I) = log (1/T).
3) Construa a planilha 16 no Excel e complete-a com os cálculos de absorbâncias
A1, A2 e A3; absorbância média e transmitância média.
4) Faça os cálculos para concentração.
5) Faça os gráficos:
a. Gráfico 1: Transmitância percentual média (T) em função da
concentração (C) da solução do complexo.
b. Gráfico 2: Absorbância (A) em função da concentração (C) da solução
do complexo.
6) Calcule o valor da concentração da solução X lido diretamente do gráfico e usando
o valor da tabela e do coeficiente angular (determinado no gráfico 2).
Computação para Química 59

-3 -1
Planilha 16 - Transmitâncias (em %), Absorbâncias e Concentrações (em 10 mol.L ) no
comprimento de onda de 580 nm

2a Transmitância Absorbância
1a Leitura 3a Leitura % média Média
mol/L
Solução Leitura
T1 A1 T2 A2 T3 A3
1 77,5 77,5 77,5
2 52,5 52,0 52,5
3 44,0 44,0 44,5
4 34,5 34,5 34,5
5 27,5 27,5 27,5
6 15,5 15,5 15,5
7 12,0 12,0 12,0
8 9,5 9,5 9,5
9 7,5 7,5 7,5
10 6,0 6,0 6,0
11 5,5 5,5 5,5
12 5,0 5,0 5,0
Solução 53,5 53,5 53,5
X

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