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OS 11 SUPREMOS | Gilmar Mendes

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OS 11 SUPREMOS | Gilmar Mendes

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Gilmar Ferreira Mendes nasceu na cidade de Diamanti-


no, no Mato Grosso, no dia 30 de dezembro de 1955. Sua
carreira acadêmica começou na Universidade de Brasília,
instituição em que se graduou pela Faculdade de Direito
em 1978, fez mestrado em 1987 e se tornou professor.
Gilmar ainda fez mais um mestrado e um doutorado pela
Universidade de Munster, na Alemanha, em 1989 e em
1990, respectivamente.

No final dos anos 1970 e início dos anos 1980, Gilmar pas-
sou no concurso e atuou como oficial de chancelaria do
Ministério das Relações Exteriores, primeiro, em Brasília
e, depois, em Bonn, na Alemanha. Entre suas publicações
acadêmicas, está a sua tese de doutorado escrita em

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alemão. Nos anos 1990, atuou em diversos cargos indica-


do pelo governo federal, até ser nomeado Advogado-Geral
da União pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Seu nome ganhou projeção nacional pelas contribui-


ções na reestruturação da Advocacia-Geral da União, ao
tornar a instituição o maior escritório do país, com 551
advogados da União, 2.385 procuradores federais nas
autarquias e fundações e 858 procuradores da Fazen-
da Nacional, além de 853 assistentes jurídicos. Suas
obras como constitucionalista transformaram alguns
setores importantes do ordenamento jurídico brasileiro
e ajudaram na elaboração de leis, medidas provisórias,
súmulas e emendas constitucionais, contribuindo para
formar sua reputação. Juntamente com o professor Ives

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Gandra Martins, criou um projeto de emenda constitu-


cional que instituiu a Ação Declaratória de Constitucio-
nalidade, uma ferramenta-chave dos processos julga-
dos pelo Supremo Tribunal Federal.

Em 2002, Gilmar Mendes foi indicado por Fernando Henri-


que Cardoso para ocupar o cargo de ministro do Supremo
Tribunal Federal. Em 2008, na véspera da sua posse como
presidente do STF, Gilmar determinou o arquivamento de
duas ações de improbidade administrativa contra Pe-
dro Malan e José Serra, dois ex-ministros da gestão de
Fernando Henrique.

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O ministro enfrentou diversas disputas judiciais com o


jornalista Paulo Henrique Amorim. Em uma série de pos-
tagens no seu blog, Amorim criticou a soltura do empre-
sário Daniel Dantas, que havia sido autorizada por Gilmar.
Em um dos posts, o jornalista publicou uma paródia de
uma campanha publicitária de cartão de crédito para
criticar a medida do ministro. Gilmar Mendes recorreu à
justiça e Paulo Henrique Amorim foi condenado a indeni-
zá-lo pela publicação ofensiva.

Em outro artigo, o jornalista fez denúncias sobre Gilmar


Mendes, chamando-o ironicamente de Gilmar Dantas
e questionando por que havia aceito favores de outro
advogado em viagens internacionais. Afirmou ainda que
Gilmar havia sido acusado pelo sócio de crimes fiscais e
inquiriu

“POR QUE SOLTOU DR. ROGER ABDELMASSIH?”.

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Paulo Amorim se referia ao habe-


as corpus concedido por Gilmar
Mendes em 2009, que revogou
a prisão preventiva do médico
Roger Abdelmassih, acusado
de cometer 56 crimes sexuais
contra pacientes de sua clínica,
número que viria a aumentar
com o passar do tempo. No ha-
beas corpus, Gilmar Mendes
argumentou que, pelo fato do
registro profissional de médico
estar suspenso, não haveria pos-
sibilidade de Roger Abdelmassih
praticar os abusos novamente e,
por isso, não seria necessária a
prisão provisória.

Roger Abdelmassih, um dos


maiores especialistas brasileiros
em reprodução assistida, defen-
deu-se dizendo que as mulheres
haviam sofrido alucinações de
conteúdo sexual por conta do
anestésico usado nos exames.

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Em novembro de 2010, Abdelmassih foi condenado a 278


anos de reclusão por estupro e atentado violento ao pu-
dor. Foi preso e ficou detido por 129 dias, até conseguir
um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal.

Durante a pandemia do coronavírus, o ex-médico rece-


beu o direito de cumprir prisão domiciliar. A advogada de
defesa, que também é sua mulher, alegou que, além da
idade de 76 anos, Abdelmassih tem problemas cardíacos
e respiratórios.

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No texto, Henrique Amorim ainda perguntou por que o


ministro soltou Daniel Dantas duas vezes. No processo
de corrupção ativa em que Daniel Dantas foi condenado
como mandante da extorsão, estão todos os detalhes da
negociação em que Humberto Braz e Hugo Chicaroni ten-
tam corromper um delegado da Polícia Federal. Os dois
ofereceram $1 milhão ao policial para excluir o banqueiro
das investigações da Operação Satiagraha, que apurava
crime de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Gilmar Mendes ingressou com duas ações de danos mo-


rais contra essas postagens, alegando que Paulo Amorim
feriu sua honra e induziu o leitor a concluir que era corrup-
to e comparsa de Daniel Dantas. Paulo Henrique Amorim

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foi condenado reiteradamente a indenizar Gil-


mar Mendes. Em uma terceira ação, o jornalista
foi condenado a indenizar o ministro por, em 2014,
ter postado em seu blog uma imagem em que o
associava ao nazismo.

Em 2016, Gilmar Mendes e Paulo Amorim discutiram no-


vamente na justiça uma postagem deste na internet. No
quarto processo, Gilmar queria a quantia de R$500 mil
por ter se sentido ofendido por o jornalista ter postado
em seu site um desenho dele vestido de cangaceiro. En-
tretanto, desta vez, os juízes não constataram ofensa. O
jornalista ganhou a causa e mais R$50 mil do ministro.

Gilmar Mendes também levou à justiça diversas denún-


cias e publicações que uma revista fez contra ele. A re-
ferida matéria trazia uma série de acusações, como a de
sonegação fiscal e de intervir em julgamentos em favor
de José Serra. O conteúdo foi considerado ofensivo pelo
ministro, que iniciou uma cruzada jurídica contra a revis-
ta.

Outra reportagem apontou ainda supostas relações do


ministro com o ex-senador Demóstenes Torres e o bi-
cheiro Carlinhos Cachoeira. Em conversa gravada pela

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Polícia Federal, o senador afirma ter recebido favores


junto a Gilmar Mendes para levar ao STF uma ação que
envolvia os réus. Segundo outra reportagem do Estadão,
Demóstenes disse a Cachoeira que Gilmar Mendes con-
seguiria abater cerca de metade do valor com uma de-
cisão judicial, tendo “trabalhado ao lado do ministro para
consegui-lo”.

Por achar que as reportagens denegriam sua imagem


com acusações falsas, o ministro entrou com uma ação
indenizatória. Gilmar Mendes venceu o processo, o que
custou mais de R$500 mil à Carta Capital.
Em 2012, Gilmar Mendes pediu à Polícia Federal abertura
de investigação contra o Wikipédia no Brasil por citar
a matéria da Carta Capital como fonte em sua página.

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Gilmar sustentou que, por ser uma enciclopédia, o site


deveria exibir apenas informações biográficas, sem
inserir avaliações de terceiros e denúncias jornalísticas.

Em 2015, ao ser questionado sobre a ameaça do Partido


dos Trabalhadores processá-lo por causa das críticas
feitas ao partido durante o julgamento da doação de
empresas para campanhas, Gilmar afirmou que o PT ins-
talou um modelo de governança corrupta, definido pelo
próprio ministro como cleptocracia, que significa estado
governado por ladrões.

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O ministro argumentou que:

“A Lava Jato estragou tudo. Evidente que a Lava Jato não


estava nos planos. Por isso o que eu disse não tem mais
relevância nenhuma. O plano era perfeito, mas não com-
binaram com os russos. Isso é que ficou tumultuado. A
Lava Jato revelou o quê? Eu disse isso, pelas contas do
novo orçamento da Petrobrás, R$6,8 bilhões destinaram-
-se a propina. Se um terço disto foi para o partido, o par-
tido tem algo em torno de R$2 bilhões de reais de caixa.
Não é fácil disputar a eleição com isso. A campanha da
presidente Dilma custou R$350 milhões. Por isso que eu
disse, eles têm dinheiro para disputar eleição até 2038 e
deixariam os cargos minguados para os demais partidos.
Era uma forma fácil de se eternizar no poder. Na verdade,
o que se instalou no país nesses últimos anos está sendo
revelado na Lava Jato. É um modelo de governança cor-
rupta. Algo que merece o nome claro de cleptocracia.”

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Na questão da prisão em caso de condenação em se-


gunda instância, Gilmar Mendes votou a favor da medida
duas vezes em 2016. Considerada importante contra a
impunidade, a medida mantinha os condenados na ope-
ração Lava Jato presos por mais tempo. Em seu voto
Gilmar frisou:

“UMA COISA É TERMOS ALGUÉM COMO INVESTI-


GADO. OUTRA COISA É TERMOS ALGUÉM COMO
DENUNCIADO. OUTRA COISA É TER ALGUÉM COM
CONDENAÇÃO. E AGORA COM CONDENAÇÃO EM
SEGUNDO GRAU. O SISTEMA ESTABELECE UMA
PROGRESSIVA DESTRUIÇÃO DA IDEIA DE PRE-
SUNÇÃO DE INOCÊNCIA”.

Com o passar do tempo, o ministro inverteria suas posi-


ções e se tornaria um crítico voraz à operação Lava Jato.

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Em 2017, quando os processos contra a JBS chegaram


ao Supremo, a suposta relação entre Gilmar e a empresa
preocupou os juristas. Suspeitava-se que Joesley havia
usado o setor público para fazer sua empresa crescer,
por meio de empréstimos do BNDES, fraudes em fundos
de pensão, esquemas para liberar o dinheiro do fundo
de garantia para empresas privadas e suborno de agen-
tes do Ministério da Agricultura. Neste mesmo ano, uma
reportagem do jornal Folha de São Paulo apontou que
Gilmar Mendes teria recebido um patrocínio de R$2,1
milhões do grupo J&F Investimentos, controlador da JBS,
empresa dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista,
investigados na Operação Lava Jato.

Em 2017, um relatório da Polícia Federal entregue ao Su-


premo revelou que Aécio Neves e um número registrado
como sendo do ministro Gilmar Mendes tinham feito 46
ligações via Whatsapp entre fevereiro e maio deste ano,
período em que o tucano já estava sendo investigado sob
suspeita de receber propina da JBS.

Ainda em 2017, nas investigações de Eike Batista


na Lava Jato, foi constatado que a mulher do ministro
Gilmar Mendes era membro do escritório de advoca-
cia que defendeu o empresário nos seus processos.

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A polêmica veio à tona quando o ministro concedeu um


habeas corpus para o empresário Eike Batista, que esta-
va preso em Bangu. Apesar da relação da sua mulher com
o réu, Gilmar Mendes não se declarou impedido para jul-
gar o caso. Janot pediu o impedimento de Gilmar Mendes
para julgar liberdade de Eike Batista, mas Gilmar Men-
des o negou. Na época, Gilmar entrou em embate com o
ministro Marco Aurélio Mello, que se declarou impedido
de julgar ações defendidas pelo escritório de advocacia
em que sua sobrinha atuava.

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Em junho de 2018, o ministro mandou arquivar investiga-


ções sobre dois senadores: Aécio Neves do PSDB e Jorge
Viana do PT. Na mesma época, Gilmar foi responsável por
conceder os habeas corpus que soltaram, em vinte dias
úteis, vinte condenados da Operação Lava Jato.

Em fevereiro de 2018, a Receita Federal abriu


investigação para apurar crimes fiscais praticados por
ele. Entre as suspeitas, consta a de que ele e a mulher,
Guiomar Mendes, estariam envolvidos num esquema de
lavagem de dinheiro. O ministro Dias Toffoli, Presidente
do STF, pediu que a Receita Federal e a Procuradoria-Ge-
ral da República apurassem se houve irregularidades na
abertura da investigação, atendendo a uma solicitação
do próprio Gilmar, que havia cobrado uma explicação
sobre a abertura da investigação.

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Em participação no programa “Roda Viva” em 2019, Gilmar


Mendes atacou conluio entre imprensa e a operação:

“VOCÊS CRIARAM FALSOS HERÓIS”.

O ministro criticou a atuação da imprensa para encobrir


o procedimento ilegal do ex-juiz Sérgio Moro e procura-
dores da Lava Jato. No mesmo ano, em entrevista ao ve-
ículo El País, sobre a Lava Jato, Gilmar afirmou que

“DEU-SE PODER PARA GENTE MUITO CHINFRIM,


MEQUETREFE”

e fez críticas ao que chamou de abusos do Ministério Pú-


blico, questionando se a operação que nasceu em Curiti-
ba ainda era necessária. Em outra oportunidade, afirmou
que integrantes da Lava Jato foram crápulas, comete-
ram crimes e deviam sair de cena.

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Ainda em 2019, quando o julgamento da prisão em se-


gunda instância foi retomado, Gilmar Mendes contrariou
sua posição anterior e votou contra a medida. O ministro
ainda concedeu habeas corpus ao ex-governadores do
Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho, soltando-os
da prisão. Ainda neste ano, o SBT Brasil teve acesso ao
documento enviado pela força-tarefa da operação Lava
Jato à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge,
com mensagens e contatos telefônicos que fundamen-
tavam o pedido de suspensão do ministro do Supremo
Tribunal Federal Gilmar Mendes nos processos contra o
ex-ministro Aloysio Nunes e o ex-diretor da Dersa, Pau-
lo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Gilmar
também arquivou inquérito contra Lindbergh Farias, que
estava sendo investigado por supostas irregularidades
em obras públicas no período em que o ex-senador era
prefeito de Nova Iguaçu. Gilmar Mendes tirou da Lava
Jato um processo contra Guido Mantega e mandou sol-
tar o prefeito de Mauá.

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Em abril de 2020, Gilmar manteve a prorrogação da CPMI


das fake news por mais 180 dias após a retomada dos
trabalhos no Congresso, rejeitando uma ação apresenta-
da pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, que ques-
tionou a imparcialidade da CPMI e disse que a Comissão
estava sendo usada para prejudicar membros do poder
legislativo que se colocam como aliados do atual governo.
De acordo com o ministro, os fatos apurados na Comis-
são assumem alta relevância para a preservação da
ordem constitucional.
Em maio de 2020, Gilmar Mendes acusou a Lava Jato de
ser pai e mãe do bolsonarismo.

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Em julho de 2020, afirmou que o inquérito das fake news


contribui para “mundo civilizado”. Em seminário, o mi-
nistro do STF falou que o país está “vencendo esse am-
biente sombrio” das redes sociais e voltando a “pata-
mares mais civilizados”.

No meio do mês, Gilmar Mendes afirmou:

“NÃO É ACEITÁVEL QUE SE TENHA ESSE VAZIO


NO MINISTÉRIO DA SAÚDE. ISTO É RUIM, É PÉS-
SIMO PARA A IMAGEM DAS FORÇAS ARMADAS. É
PRECISO DIZER ISSO DE MANEIRA MUITO CLARA.
O EXÉRCITO ESTÁ SE ASSOCIANDO A ESSE
GENOCÍDIO.”.

Em uma nota assinada pelos comandantes do Exército,


da Marinha e da Aeronáutica e pelo ministro da Defesa,
declarou-se que as acusações do ministro foram muito
graves, infundadas, irresponsáveis e levianas. Genocí-
dio, segundo os comandantes, é um crime gravíssimo.
Eles ressaltaram que as Forças Armadas hoje trabalham

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para salvar vidas. Ainda de acordo com o Ministério da


Defesa, o ataque gratuito às instituições de Estado não
fortalece a democracia brasileira.

Ação enviada à Procuradoria-Geral da República, o mi-


nistro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o coman-
dante do exército, Edson Pujol, consideraram que Gilmar
Mendes violou a lei de segurança nacional e atribuíram
ao magistrado crimes previstos nos códigos penal e
penal-militar. Na legislação militar, Azevedo e Silva e
Pujol utilizou o art. 219 para considerar que Gilmar Men-
des ofendeu as Forças Armadas. O dispositivo prevê pena
de seis meses a um ano de detenção para quem “Propalar
fatos que sabe inverídicos capazes de ofender a dignidade
ou abalar o crédito das forças armadas ou a confiança que
estas merecem do público”. Fernando Azevedo e Silva
considerou ainda que Gilmar Mendes violou a lei de Segu-
rança Nacional no art. 23, que prevê pena de 1 a 4 anos de
reclusão para quem incitar a animosidade entre as For-
ças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as
instituições civis. Também foram apontados os crimes
de calúnia e difamação nas legislações civil e militar.

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No final do mesmo mês, o ministro afirmou:


O pensador Immanuel Kant afirmava que a
dignidade consiste em toda a pessoa ser tra-
tada como um fim em si mesmo e não como
um meio para atingir um fim social. A mulher é
titular de seus direitos reprodutivos, portanto o
Estado não tem o direito de obrigá-la a manter
uma gestação enquanto e quando o feto não
seja viável. Isso é tolher a sua liberdade exis-
tencial e subordiná-la a um projeto de vida que
não é o dela.

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Em agosto de 2020, Gilmar Mendes mandou soltar


Alexandre Baldy, secretário licenciado de transporte de
São Paulo. A defesa do secretário afirmou que a soltura
corrigiu uma injustiça, pois inexiste indício de crime pra-
ticado por ele e o dinheiro apreendido em três imóveis
ligados ao secretário foi declarado no Imposto de Renda.

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A aposentadoria de Gilmar Mendes


acontece em

2030

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