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Nesta capítulo iremos estudar a natureza do comportamento sexual humano, na sua

complexidade, os principais padrõers exuais e aa diferenças sexuais, atentos sobretudo às


alterções que estes sofream nas sociedades modernas e a forma como influenciam a nossa
vida emocional.

Diferenças de Género
SEXO: De uma forma geral os sociólogos utilizam o termo sexo referir as diferenças anatómicas
e fisiológicas que definem o corpo masculino e feminino.

GÉNERO: São as diferenças psicológicas socias e culturias existentes entre os indivíduos do


sexo masculino e os do sexo feminino

Existem três grandes abordagens:

1. As que defendem a existència de uma base biológica nas diferenças dos


comportamentos entre homens e mulheres.
2. As que dão maior importância à socialização e à aprendizagem nos papeis de género.
3. As que pensam que nem o género ne o sexotêm uma base biológica sendo totalment
construídos a nível social.

Género e biologia: diferença natural


A questão central é perceber até que ponto as diferenças no comp+ortamento dos homens e
das mulheres resultam do sexo e não dop género?

Para alguns autores a biologia humana- cromossomas, hormonas, tamanho do cérebro e a


genética- explicam as diferenças congénitas no compoiramento entre os homens a das
mulheres.. Estas diferenças são comuns a todas as culturas , o que garante que estes factores
naturais são responsáveis pelas dieferenças e desigualdades entre os géneros, na maior parte
das sociedades.

Para outros o nível de agressividade entre os géneros varia muito de ultura para cultura, o que
não sustente totalmente a base biológica da dieferença, que tem como suporte estudos do
comportamento animal , ignorando os indícios antropológicos e históricos do comportamento
humano. Por outro lado afirmam, a importâncias dos factores culturais generalizados, podem
sustentar a sua importância em relação ao resultado observado, ignorando o papel vital da
interacção social naformação do cmportamenrto humano.

Sociabilização do Género
Outro caminho a seguir na compreensão da origem das diferenças de género é a socialização
do género, em que os agentes sociais , família, escola, meios de comunicação, são
determinantes neste processo.

Segundo esta perspectiva, a acção dos agentes de socialização primérioos e secundários


impõem progressivamente normas e expectativas que correspondem ao seu sexo, acentuando
a importância do processo de socialização, na diferenciação dos papeis e identidade do
género.
Os funcionalistas têm optado pelas teorias da socialização na diferenciação dos
comportamentos do género, vendo nos rapaezes e raparigas “aprendizes dos papeis sexuais e
das identidades masculina e feminina”. Este processo de socialização é regulado por sanções,
positivas e negativas, que visam recompensra ou sancionar o seu comportamento.

Comportamento desviante: préticas que não correspondem ao papel e identidade do seu sexo
biológico.

Segundo esta perspectiva, os agentes de socialização ao supervisionar estas práicas


contribuem para a manutenção da ordem social.

Muitos autores defenbden qua a interpretação rígida dos papeis sexuais e da socialização do
género não é um processo harmonioso: diferentes agentes como a família, a escola, os grupos
de amigos, podem entrar em conflito entre si.

Por outro lado as doutrinas da socialização ignoram a acpacidade dos indivíduos de rejeitar ou
modificar as expectativa sociais que envolvem os seus papeis sexuais, quer pela rejeiçãop da
heterossexualidade, quer pela mistura de elementos masculinos e femininos, ou ainda com
recurso a processo de ruptura, explicita(afrontasmento das normas com recuros a
comportamento de provocação e afirmação ou implicita com recurso a processos de fantasia
em conflito com a sua prática actual .

Os seres humanos não são objectos passivos de uma programação social do género, as pessoas
são agentes activos que cria e modificam os papeis que lhes são atribuídos. As influências
sociais na identidade de género fluem por canais muito diversificados que definem padrões
muito dificeis de ultrapassar mesmo por aqueles que os contestam.

A socialização do género é muto forte e a sua contestação é incómoda e dificil.

A construção social do género e do sexo


Um número crescente de sociólogos considrema que tanto o sexo como género devem ser
considerados como produtos socialmente construídos. Não só o género é uma criação
puramente social ao qual falta uma essência dominante, mas o próprio corpo humano está
sujeito a forças sociais qu o moldam e alteram de várias maneiras, recorrendo ao exerc´cio
físico, à dieta, ao piercing, etc ou formas tecnológicas mais elaboradas como sejam a cirugias
plástica ou de mudança de sexo.

Tendo presentes estas manifestações os sociólogos pertenecntes a esta corrente defemdem


que não há qualquer fundamento biológico para as diferenças de género, ou seja as
identidades do género e as diferenças do sexo encomtram-se intimamente associadas em cada
corpo humano.

Perspectivas sobre a desigualdade de género


Constatámos que o género confere aos homens e às mulheres papeis sociais e identidades,
que raramente são neutras, ou seja, em quase todas as sociedades o género é uma forma de
estratificação social, influenciando os papeis que os indivíduos desempenham na família, na
sociedade e no Estado.
De um modo geral os papeis dos homens são mais valorizados e recompensados que os das
mulheres, pelo que a investigação e explicação das desigualdades do género se tornou numa
preocupação central para os sociólogos.

Abordagens Funcionalistas
A abordagem funcionalista vê a sociedade com o um sistema de partes interligadas que,
quando em equilíbrio, funcionam de modo harmonioso para gerar solidariedade social.
Seundo erstas perspectivas as diferenças de género contribuem para a estabilidade e
integração sociais.

Os autores desta escola de pensamento afirmam que a divisão do trabalho entre os homens e
as mulherestem uma base biológica. Para George Murdock a divisão de tarefas entre os
homens e as mulheres, não sendo o resultado de uma “programação” biológica corresponde a
uma solução mais lógica para a organização da sociedade.

Talcott Parsons, defendeu que a família, elemento chave no processo de socialização de


sucesso, funciona de forma mais eficiente com a divisão sexual dop trabalho, na qual as
mulheres desempenham papeis mais expressivos , garantindo assistência e segurança às
crianças e apoio emiocional; aos homens compete um papel instrumental , nomeadamente
como sustento da família. A esta divisão do trabalho complementar que resulta da distinção
biológica corresponderia umas solidariedade familiar.

John Bowlby apresentou outra explicação funcionalista assente no pri,ado do papel da


mulher no processo de socialização das crianças. À ausência desta – privação maternal - a
criança corre o risco de ser socializada inadequadamente, com reprecursões sociais e
psicológicas graves. A substituição da mãe deverá obrigatoriamente ser preenchida por outra
mulher, estabelecendo uma relação de obrigatoriedade de desempenho do papel maternal
por um elemento do sexo feminino.

Avaliação: As femininistas contestam a existência de um fundamento biológico para a


divisão de trabalho entre os sexos, atribuindo a factores culturais a definição destes papeis.
Negaram a tese da privação maternal pelo desenvolvimento social e desempenho
pedagógico de crianças em que os dois progenitores trabalham fora de casa. Em relação à
importância da expressividade feminina, consideram que esta não será tão necessária e que
corresponde a um conveniência dos homens.

Abordagens Femininistas
A procura de explicações para as desigualdades de género constitui a preocupação central das
teorias femininistas, embora as auas autoras se preocupem com a posição desigual das
mulheres na totalidade da sociedade, apresentando argumentos divergentes em algins pontos.
Distinguiremos três escolas femininistas: liberal, radical e negro.

Femininismo Liberal: Esta escola procura as explicações para as desigualdades de género nos
comportamentos sociais e culturais. Assim, não concebem que estass desigualdades resultem
de um sistema ou estrutura maior. Concentrando-se no estudo de de diversos afctores que
para ela contribuem contribuem. Tendem a concentrar as suas energias na promoção da
igualdade de oportunidades no sistem existente, introduzindo-lhe reformas gradualmente. As
suas criticas defendem que este processo não atinge as origens da desigualdade e de nã
reconhecerem a natureza sistémica da opressão das mulheres na sociedade.

Femininismo Radical: Assenta na crença de que os homens são responsáveis pela exploração
das mulheres e que beneficiam deste facto. O sei objecto de reflexão principal é o patriarcado
- o domínio sistemático dos homens sobre as mulheres – um fenómeno universal que tem
existido ao longo do tempo em múltiplas culturas, e que se manifesta pela exploração das
mulheres no trabalho doméstico gratuito, negção de acessso à educação e cargos de poder.
Para Shulamith Firestone a capacidade das mulheres de dar à luz, tornou-as materialmente
dependentes dos homens, qie aporveitaram esta “desigualdade biológica” para estabelecer os
princípios da família nuclear o que implica que a emancipação da mulher só se fará pela
abolição da família e das realações de poder que a caracterizam.

Paar outras feministas a violência masculina sobre as mulheres é a razão fundamental para a
supremacia masculina. Assim a violência doméstica, a violação e o assédio sexual, são
expressões de uma opressão sistemática das mulheres, que envolvem até a comunicação não
verbal, padrões de audiçãoe interrupção e bem-estar em público. Segundo esta corrente as
normas sociais e culturais que realçam um corpo elegante e uma atitude carinhosa para com
os homens, contribuem para a «objectificação» das mulheres e para perpetuar a sua
subordinação aos homens.

A libertaçãoda mulher da opressão sexual não se poderá fazer através de reformas ou


mudanças progressivas, pois a igualdade do género só será possivel com a eliminação da
ordem patriarcal.

Silvya Walby: Entende que o patriarcado (sistema de estrturas e práticas sociais onde os
homens dominam, oprim em e exploram as mulheres) é uma ferramenta fundamental para a
a interpretação da desigualdade de género apesar de ter sofrido mudanças ao longo da
histgória e a possibilidade de haver diferenças ao nível das etnias e classes sociais. Para esta
autora o pratriarcado eo capitalismo são dois sistems distintos que interagem, umas vezes
harmoniosamente, outras sob tensão. Walby identiificou seis estruturas atrvés das quais ele
exerce a sua acção:

1. Relações de produção em casa: trabalho domésticonão remunerado expropriado pelos


homens,
2. Trabalho remunerado: exclusão de mulheres em determinados cargos, mal pagas e em
trabalhos menos qualificados;
3. Estado patriarcal: politicas e prioridades em favor dos interesses patriarcais;
4. Violência Masculina: Caracter padronizado e sistemático da violência masculina, com
tolerância do estado;
5. Relações patriarcais na sexulaidade: «heterossexualidade compulsiva» a padrões
sexuais distintos para homens e mulheres.
6. Instituições Culturais Patriarcais: Meios de Comunicação, Educação e Religião
produzem representações de mulheres que obedecem a um olhar patriarcal, que
influenciam as identidades e prescrevem modelos de comportamento e acção.
Pra Walby exitem duas formas distintas de patriarcado: o privado que consiste na dominação
das mulheres em casa às mãos de um patriarca, que as im pede de participar na vida pública; e
a público que se manifesta de uma forma mais colectiva, permitindo o acesso das mulheres a
áreas públicas, mercado de trabalho e política, mas afastando-as do poder e da riqueza.

Feminismo Negro: Como as duas versões descritas se palicam predominatemente para os


dilemas das mulheres brancas pertencentes à classe média nas sociedades industrialiozadas,
não contemplam as divisões étnicas entre as mulheres. Esta insatisfação levou à emergência
de um femininismo negro, concentrado nos problemmas que as mulheres negras enfrentam.
Bell Hooks salienta a importância do processso de afirmação racial no processo de libertação
feminina. Pra este autores dá-se enfâse a aspectos históricos. Assim na sua perspectiva as
mulheres negras norte americanas estavam sujeitas a uma dupla discriminação – a raça e o
sexo. Hooks salienta que as explicações das feministas brancas, como a família como alicerce
do patriarcado, não se aplicam à comunidade negra onde as famílias reopresentam um ponto
fulcral de solidariedade contra o racismo. A impotância desta corrente de femininismo reside
no facto de focar a interacção entre os interesses de raça, classe social e do género.

Feminilidades, Masculinidades e relações de género

As primeiras investigações de gènero concentraram-se quase exclusivamentye nas mulheres e


nas concepções de feminilidade, maas a partir dos anos 80 as análise sobre a masculinidade, a
experiência de ser homem e a identidade masculina, sobretudo face às mutações do papel das
mulheres, os padrões de família na sociedade industralizada. Esta preocupaçõpes criaram uma
nova enfâse no estudo dos homens no contexto das relações de género das ineracções
socialmente padronizadas entre homens e mulheres. Os sociólogos estão interessados em
compreender como se constroem as identidades masculinas e que impacto os papeis
socialmente prescritos causam no comportamento dos homens.

R. W Connell: a ordem do género


Nas obras Gender and Power(1987) e Masculinities (1995) integra concepções de patriarcado e
de masculinidade numa teoria geral sobre as relações de género, pois as masculinidades
constituem um elemeno critico na ordem de género e não poderão ser entendidas
isoladamente das feminilidades que as acompanham ou partindo destas.

As provas empíricas sobre a desigualdade de género revelam a base de «um campo organizado
de prática humana e de relações sociais» através do qual as mulheres têm sido mantidas em
posições subordinadas. Na sociedades capitalistas ocidentaisas relações de género continuam
a ser definidas pelo poder patriarcal tendo em visto o designio derradeiro. O domínio dos
homens sobre as mulheres.

As ordens de género – padrões de relações de poder entre masculinidade e


feminilidadedifundidas pela sociedade – resultam da interacção entre trabalho, poder e
cathexis (relações pessoais/sexuais), que se correlacionam, funcionando em conjunto e
alterando-se umas em função das outras. O trabalho consiste na divisão sexual do trabalho em
casa (responsabilidades domésticas e educação das crianças) e no mercado de trabalho
(segregação profissional e desigualdade salarial). O poder funciona atraves das relações sociais
como a autoridade, a violência e a ideologia nas instituições, no Estado, na vida militar e
doméstica.. A cathexis diz resoeito à dinâmica das relações intimas, emocionais e pessoais,
incluindo o casamento a sexualidade e a educação das crianças.

As relações de género encontram-se estrutradas a nível social numa ordem de género


específica. Connell define o desempenho das relações de género em cenários mais pequenos,
como uma instituição específica como sendo regimes de género.

Hierarquia de Género
Connell acredita que existem muitas expressões diferentes da masculinidade e da feminilidade
que se oprganizam nas sociedades de numa hierarquia orientada `volta de uma premissa
definida: o domínio dos homens sobre as mulheres. Para definir esta hierarquia utiliza «tipos
ideais» estilizados de masulinidade e feminilidade. No topo está a masculinidade hegemónica
que domina todas as outras masculinidades e feminilidades na sociedade. Esta hegemonia não
resulat da força brutra mas de uma dinâmica cultural que se estende ao campo da vida
provada e social, que se afirma através de canais como a educação e os meios de
comunicação, que esta´associada à heterossexualidade e ao casamento, mas também à
autoridade, ao salário, à força e à resistência física. No nível seguinte encontramos a
masculinidade que tirando proveito da ordem patriarcal não conseguindo um posição
hegemónica tiram partido da sua posição dominante, sendo portanto classificados como
masculinidade cúmplice.

Há um certo número de masculinidades e feminilidades que se encmtram em relações


subordinandas à masculinidade hegemónica, sendo a mais importante a masculinidade
homossexual, assumindo por vezes características de «rejeitadas», sendo um estigma e
ocupando o lugar derradeiro na hierarquia do género masculino.

Segundo Connell todas as feminilidades estão subordinadas à masculinidade hegemónica. A


feminilidade enfatizadas é o complemento da masculinidade hegemónica que procura conciliar
os interesses e os desjos dos homens e ceracteriza-se pela «complacência, educação e
empatia», sendo o seu arquétipo Marylin Monroe. Por último teremos as feminilidades
subordinadas. Entre as mulheres que desenvolvem modos de vida não subordinados
encontram-se as feministas, lésbicas, celibatárias, parteiras, bruxas, prostitutas e operárias.
Contudo as experiências destas feminilidades resistentes forma «omitidas da história».

A mudança na ordem de géenero: tendências da crise


Embora Connell apresente hierarquia do género bem definida, rejeita a ideia de relaçõse de
género fixas e estáticas. Acredita que esta são o resultado de um ptorcesso contínuo, sendo
por isso vulneráveis às mudanças e aos desafios. Acredita que o sexo e o génro se constroem
socialmente e afirma que as pessoas podem mudar as suas orientações em relação ao género.
A possibilidade permanente de mudança torna os padrões de relação de género vulneráveis à
ruptura e ao poder da acção humana.

Para Connell há tendências de crise de género muito fortes, que assumen três formas:
1. Crise da institucionalização: a legitimidade da dominação masculina está a enfraquecer
devido à legislação relativa ao divórcio, à violência doméstica e à violação e devido a
questões económicas, como os iompostos e as pensões.
2. Crise da Sexualidade: a heterossexulaidade hegemónica é menos dominanrte por
pressão cada vez maior da sexulaidade das mulheres e dos homossexuais.
3. Crise da Formação de Interesses: emergência de novos fundamentos dos interesses
sociais que contradizem a ordem do género existente – os direitos das mulheres
casadas, os movimentos gay e o cresimento das atitudes anti-sexistas entre os
homens.

Masculinidades em transformação

Para além de Connell muitos outros autores consideram que as mudanças profundas que se
estão a observar nas sociedades modernas, quer económicas que sociais estã a provocar uma
crise demasculinidade. A perda da segurança que o homem comum gozava proporcionada
pelos colegasd e trabalho, pela família e pela sociedae como um tododeixam-no inseguro em
relação a si e ao seu papel na sociedade.

Desemprego
Sara Willot e Christine Griffin estuadaram a «crise da masculinidade» num grupo de homens
desempregados, proveniemtes de uma área com uma taxa de desemprego elevado, e com
restrições económicas e sociais, com pouca esperança e reencontrar um emprego estável. Para
estes homens todos eles provenientes da classe trabalhadora a concepção de masculinidade
estava asssociada a ideia de «sair de casa» e voltar com o dinheiro suficiente para qua a família
não dependesse do Estado. Pesar destes factos as ivestigadoras verificaram que este handicap
não afectou as relações de poder entre homens e mulheres, por outras palavras não havia
«crise de masculinidade» mas apenas a um enfraquecimento de certos elementos inerentes à
amscilinidade tradicional.

Criminalidade
Num estudo de Beatrix Campbell sobre o comportamentos violentos dos jovens nalgumas
cidades sugeriu que estes estava relacionados com a mudança do papel dos homens nas
sociedades modernas. No passado os jovens tinha um conjunto de objectivos bem definidos na
vida: conseguir um emprego fidedigni e ser o sustento da família; que nas actuais
circunstâncias será muitio dificil de alcançar. Por outro lado as mulheres tornam-se mais
independentes do que era habitual e não precisam de um homem para conseguir determinado
estatuto na sociedade. Toda estas circunstâncias conduzem a uma deterioração social em
espiral.

Uma crise de sentido?


Segundo Susan Faludi o homem contemporâneo foi traído pela sociedade, pois o aumento do
desemprego, a reduição dos salários, a ampliação do hortário de trabalho e o eterno receio da
redundância debilitam o papel seguro do homem como sustento. Como resultado o
casamento e as relações entre as pessoas já não são tão estáveis, o seu papel na comunidade
(igreja, politica e associações locais) também se diluiu. Face a estas transformações os homens
estão a viver uma crise de dúvida em relação ao seu valor e utilidade, num tempo em que a
lealdade os compromissos e os papeis tradicionais estaão a ser desgastados por uma cultura
do consumidor e um nível de consumo exacerbados.

Representação nos meios de comunicação


A mudança nas representações de masculinidade na cultura popular, na imprensa, na
publicidade e na moda foram alvo de um estudo de Jonathan Rutherford, que identiificou duas
imagens idealizadas que reflectem reacções contrárias aos desafios do feminismoa à mudança
do papel das mulheres. O «homem punitivo», que corrseponde à masculinidade tradicional,
que defende a sua masculinidade e honra atacando violentamente aqueles que representam
os traidores (delicados e/ou efemeninados). Epítome: Rambo.

Como alternativa teremos o «homem novo», quie começoa a aparecer com maior frequência
na publicidade dos anos 80, que demonstra a sua masculinidade através da sensibilidade nas
suas atitudes para com as mulheres e as crianças, pondo em evidência uma paternidade que
se manifesta através da educação e afectividade. Pode ser representado como ojecto sexual
como as mulheres.

Sexualidade humana

Ao mesmo tempo que as concepções sobre o géero se transformam, também as concepções


de sexualidade estão a sofrer mudanças, soibretudo nas sociedades insutriais ocidentais. Nas
sociedades tradicionais a sexualidade estava ligada ao processo de reprodução, sendo por
consequência uma função da heterossexualidade, e, actualmente, estas estão separadas uma
da outra, conferindo à sexualidade uma maior diversidade de orientações e comportamentis
sexuais.

Biologia e comportamento sexual


A sexualidade é considerarda desde há muito como um tema pessoal, sendo objecto de estudo
para biólogos médicos e sexólogos. Existe claramente uma base biológica na sexualidade.
Alguns biólogos afirmam haver um explicação evolucionária para o facto de os homens serem
mais promíscuos que as mulheres (os homens estão dispostos a fecundar o maior número
possível de mulheres, enquanto as mulheres procuram parceiros estáveis para proteger a
herança biológica investida nos filhos, por analogia do que acontece no comportamento sexual
dos animais). No entanto, estudos mais recentes porvaram que a imnfidelidade feminina é
mais frequente do que se supunha e que as actividades sexuais nos animais mais complexas do
que se pensava.

Há no entanto uma coisa que distingue claramente os seres humanos dos animais: o seu
comportamento sexual é significativo, sendo que a sua actividade sexual é mais do que um
acto biológico: é um acto simbólico que reflecte quem somos e as emoções que vivemos, pelo
que deve ser entendida de acordo com os significados sociais que os seres humanos lhe
atribuem.
Influências Sociais no C omportamento sexual
Em qualquer sociedade a heterossexualidade é a abse do casamento e da família, no entanto
existem igualmente inclinaçõse sexuais minoritárias, Judith Lorber distingue até dez
identidades sexuais diferentes: homem hetero, mulher hetero, mulher lésbica, homem
homossexual,mulher bissexual, homem bissexual, mulher travesti, homem travesti, mulher
transexual, homem transexual.

As práticas sexuais são ainda mais diversificadas oque levou Feud a classificar os seres
humanos como«polimorficamente preversos». Que correspondem a com portamentios
sexuais que ser seguidos mesmo quando são imorias ou ilegais. Consideremos algumas
possíveis: com pessoas do mersmo género e co pessoas de géneros diversos, com uma ou
mais pessoas simultâneamente, consigo mesma, com travestis, com transexuais, com recurso a
pornografia oui outros dispositivos sexuais, etc...

Em todas as sociedades existem normas sexuais que aprovam algumas práticas ao mesmo
tempo que desaconselham e condenam outras.

A sexualidade na cultura ocidental


As atitudes ocidentais em relação ao comportamento sexual forma moldadas pelo
Cristianismo, emboa as suas diferentes seitas e denominações tenham opiniões divergentes da
visão da Igreja Cristã para quem todos sos comportamentos sexuais são suspeitos excepto em
caso de reprodução.

Recomendava-se a castidade e eram apoiados por pareceres de uma medicina incipiente


contagiada pelos valores morais da Igreja, não obstanet a evidência dos factos que a
contrariavam: adultério e prostituição. Era maifesta a tolerância em relação aos desvios
masculinos e severidade e punição exemplar aos desvios femininos.

Nos nosso dias as atitudes tradicionais em relçação à sexualidade coexistem com atitudes mais
liberais que se desenvolveream especialmente na década de sessenta. Para alguma pessoas o
sexo pré-conjuga é um erro e desaprovam todas as formas de comportamentoexcepto as
práticas heterossexuais no casamento, emboar passando a aceitar a ideia de que o prazer
sexual é desejável e importante. Outras em contrapartida toleram ou aprovam activamente o
sexo pré-conjugal e mantem uma atitude tolerante em relação às restantes práticas sexuais, As
atitudes sexuais tronaram-se indubitavelmente mais permissivas na maioria dos países
ocidentais.

Comportamento sexual: estudo de Kinsey


Alfred Kinsey realizou nos estados Unidos, nas décadas de 40 e 50, o primeiro grande
estudo/investigação sobre o comportamento sexual concreto, enfrentando a condenação das
organizações religiosas e seu trabalho foi denunciado à imprensa e ao Congresso como imoral,
tendo no entanto persistido e conseguido analisar a hist´ria da vida sexual de 18000 pessoas,
uma razoável amostra população branca americana.

As suas conclusões foram surpreendentes.. Descobriu que 70% dos homens tinaham ido a
uma prostituta e que 84% tinham tido relações pré-conjugais. Todavia 40% dos homens
esperavamque as sua esposas fossem virgens para o casamento. 90% tinham praticado
masturbação e quase 60% experimentado sexo oral.
Quanto às mulheres cerca de 50% viveram experiências sexuais pré conjugais, emboar a
maioroa com os respctivos conjuges. Cerca de 60% haviam-se masturbado e a mesma
percentagem tivera contactos orais-genitais.

A distância entre as atitudes publicamente aceites e o verdadeiro comportamento das +essoas


que este estudo revelou eram muito grande naquele período imediatamente após a II Guerra
Mundial. As pessoas que aprticipavam em actividades sexuais fortemente condenadas peal
sociedade ocultavam-nas, sem perceber que muitos outros se envolviam me práticas
semelhantes. A época mais permissiva dos anos sessenta aproximou as atitudes declaradas e a
realidade do comportamento.

O comportamento sexual após Kinsey


Na década de 60 oos movimentos soc iais desafiaram a ordem existente, associados aos estilos
de vida hippy ou da contracultura romperam com as normas sexuais existentes: propounham a
liberdade sexual. A invenção da pílula permitiu fazer a separação clara entre o prazer sexual e
a reprodução. As mulheres pressionaram a favor de uma maior independência em relação aos
valores sexuais, da rejeição do padrão duplo e da necessidade das mulheres atingirem maior
satisfação sexual nas suas relações.

Só com a realização de um novo estudo por LILIAN Rubin, que entrevistou 1000 americanos,
com idades entre os 13 e os 48 anos, a fim de perceber as mudanças que se tinham verificado
nas atitudes sexuais nos ultimos trinta anos. Constatou-se que se tinha registado uma evolução
significativa: a iniação sexual estava a veriificar-se numa idade mais precoce do que nas
gerações anteriores; as práticas sexuais dos adolescentes tendiam a ser tão variadas e
completas quanto as dos adultos- Continuava a existir o padrão duplo, mas não era tão forte
como anteriormente. As muilheres esperam prazer sexual nas suas relações e procuram-no
activamente. Estas alterações implicaram que muitos homens sintam novos problemas: receio
de se sentirem inadequados e incapazes de satisfazer os desejos das mulheres de hoje.

Apesar de tudo os homens continuam a dominar a maioria das esferas na sociedade moderna
e são na generalidade mais violentos em relação às mulheres , usando esta violência para
controlo e subordinação das mulheres, Para alguns autores a msculinidade é tanto um fardo
como uma fonte de recompensa, sendo a sua sexualidade mais compulsiva do que satisfatória.

Uma Nova Fidelidade?


The social organization of sexuality: Sexual Practices in the United States (1994) foi estudo
sobre o comportamento sexual efectuado desde Kinsey. Para espanto de todos revelou um
conservadorismo sexual dos amercanos. 83% só com um parceiro e 96% no grupo dos casados;
maior fidelidade conjugal, só 25% dos homens tiveram caso extra-conjugal e 10% das
mulheres. O estudo revelou que em média cada americano tem três parceiros durante toda a
sua vida. No entanto o mesm estudo revela que se registou um crescimento significativo das
ecperiências pré-conjugais, especialmente entre as mulheres.
Os resultados deste estudfo revela que oa americanos são hoje menos aventureiros que nos
tempos de Kinsey, talvez por medo da SIDA, ou porque algum motivo ainda não descortinado
as pessoas se sintam mais inclinadas a ocultar aspectos da sua vida sexual.

Este e outroa aaspectos leavam a questionar a validade e fiabilidade destes estudos.

Homossexualidade
A homossexualidade, a orientação sexual ou os sentimentos afectivos entre pessoas do mesmo
sexo, existe em todas as culturas. Nalguma culturas não ocidentais são aceites e até
incentivadas em determinados grupos.

O termo homossexual foi utilizado pela primeira vez na década de sessenta do Sec. XIX e desde
então os homossexuais foram considerados como um tipo de pessoas distintas com uma
aberração sexual peculiar,e eram tidos como sujeitosd que sofriam de uma patologia biológica
que ameaçava a salubridade da sociedade comum.

Da intolerância total que justificava a pena de morte por actos «contr-natura» até aos dias
houve um longo percurso dos quia destacaremos algins momentos chave: a publicação do
estudo de Kinsey que alertava para a sua dimensão; em 1969 em Stonewall um episódio de
violência entre a comunidade gay e a polícia de Nova Iorque; por fim a parecimento da
epidemia de SIDA, devido ao elevado núimero de elementos da comunidade gay infectados.
Todos estes aspectos tornaram a homossexualidfade uma questão pública e debatida
abertamente.

Homossexualidade e a cultura ocidental


Keneth Plummer distingui quatro tipos de homossexualidade ocidental moderna.

 Homossexualidade casual: encontro homossexual passageiro que nã estrtura de forma


substancial a vida sexual de uma pessoa. As paixõse enter estudantes a a
masturbaçãop mútua.
 Actividades situadas: actos homossexuais que ocorrem regularmente mas não se
tornam a principal preferência de um indivíduo: prisões, campos militares.
 Homossexualidade personalizada: caso de indivíduos que têm preferência
homossexuais mas que se encontram isolados dos grupos onde estas são aceites:
furtiva e ocultadad dos colegas e amigos
 Homossexulaidade como modo de vida.indivíduos que se assumiram e fazem
associação com indivíduos com preferências semelhantes e que pertencem
habitualmente a subculturas gay

A dimensão provável da homossexualidade nas culturas ocidentais tornou-se conhecidas com


a publicação da investigação de Alfred Kinsey, na qual constatou que só metade dos homens
americanos são completamente heterossexuais. Mais constatou que 8% dos inquiridos são
exclusivamente homossexuais num período de três ou mais anos, 10% partiparam de modo
mais ou menos equitativo em práticas homossexuais e heterossexuais e facto mais
surpreendente foi o fact de 37% dos homens terem tido pelo menos uma experiência
homossexual e 13% já haviam sentido desejos homossexuais sem os concretizarem.
Em relação á homossexualidade feminina a investigação registou um taxa mais baixa 2% das
mulheres eramexclusivamente homossexuais, 13% relataram experiências homossexuais e
15% admiitia ter sentido desejos homossexuais semo os ter concretizado. Estes resulatdos
surpreenderam os investigadores que necessitaram de os confirmar.

Por outro lado os resultados obtidops nos The Social Organization of Sexuality põem em
questão as descobertas do estudo de Kinsey sobre a prevalência da homossexualidade.
Contrastando com os 37% de Kinsey, apenas 95 relataram ter tido um encontro homossexual
onde atingiram o orgasmo, e apenas 8% afirmaram ter desejos homossexuais e só 3%
declarou ter tido um encontro homossexual no ano anterior. Estes resultados resultam da
persistência de um estigma associado à homossexualidade, e a amostra não teve em conta a
distribuição dos homosssexuais nas grandes cidades.

Lesbianismo
A homossexualidade masculina é geralmente alvo de maior atenção que o lesbianismo. Os
grupos de lésbicas tenden a ser menios organizados do que as subculturas masculinas gay e
incluem um número menor de relações casuais. Embora haja uma cooperação estreita entre
homossexuais e lésbicas existem diferenças, especialmente quando as lésbicas se envolvem no
feminismo. Assim surgiu um grupo distinto de de feminiostas lésbicas que pormoveu a difusão
de valores femininos e desafiou a ortodoxia sexual masculina instituída. Muitas mulheres gay
consideram o lesbianismo não tanto como uma orientação sexual mas mais como um
compromisso e uma forma de solidariedade com outras mulheres – a n´vel políticoa , social e
pessoal.

Atitudes em relação à homossexualidade


As atitudes de intolerância em relação à homossexualidade forma tão fortes no passado que
só recentemente foram ultrapassados alguns mitos que a envolvem: a homossexualidade não
é uma doença e não está associada a qualquer disturbio psiquiátrico..

Heterossexismo: processo em que os indivíduos não heterossexuais são cvategorizados e


discriminados com base na orientação sexual.

Homofobia: o medo e o desprezo por indivíduos homossexuais.

Os gay tendem a rejeitar a imagem de efeminados que lhes está ssociada através de : o culto
de de uma efeminação extravagante; outra o esenvolvimento de uam imagem de macho com
exagero…

A Sida e a necessidade da sua compreensão trouxeram apar a ribalta a discussaõ de aspectos


relativos aos comportamentos sexuais, que eram normalmente rejeitados e obrigou a
sociedade a repensar e rever ao forma como os encarava.

A campanha de legalização e reconhecimento


Aos poucos a «normalização» tem incorporado os direitos dos homossexuais, uns na sua
Constituição como a Àfrica do Sul, outros pela aceitação do casamento de homossexuias,
Dinamarca; Noruega e Suécia, quer pelo reconhecimento das relações homossexuais e as suas
uniões de facto.
Prostituição
A prostituição pode definir-se como uma troca de favores sexuais em troca de dinheiro. Na
antiguidade a maioria das presatdoras destes erviços eram cortesão, concubinas (sustentadas
como amantes) ou escravas. As concubinas e as cortesãs tinahm um a posição elevada nas
sociedades tradicionais.

Uma aspecto chave da prostituição moderna é o facto de as mulheres e os seus clientes não se
conhecerem.

A prostituição está directamente associada à desintegração de pequenas comunidades, ao


desenvolvimento de grandes áreas urbanas e impessoais, e à comercialização das relações
sociais. Nas pequenas comunidades tradicionais, as relações sexuais eram controladas pela sua
visibilidade. Nas nova áreas urbanas, relações sociais an´nimas estabelecem-se com facilidade.

Prostituição na Actualidade
As prostiuttas vêm normalmente dos meios mais pobres mas a estas têm-se juntado um
número considerável de mulheres da classe média.

Paul G Goldstein classificou as prostitutas em termos de compromisso ocupacional e contexto


ocupacional.

Compromisso: frequência com que a mulher se envolve na prostituição. Temporárias, oc


asdionais e contínuas

Contexto: o tipo de ambiente de trabalhoe o processo de interacção em que estão inseridas.


Rua, acompanhante, casa, casa de massagens.

Uma decisão das Nações Unidas, ratificada em 1951, condena todos os indivíduos que
organizam ou vbenefiiciam da actividade da prostituição, mas não proíbe a prostituição.

A legislação relativa À prostuição varia de país para país, indo da proibição total, proibição
parcial (rua e infantil UK) outros kiecenciam oficialmente bordeis ou casa de sexo, Em Outubro
de 1999 o Parlamento Holandês a prostituição como profissão ofiicial.

A legislação que proíbe a prostituição raramente pune os clientes, pelo que estes não são
detidos nem acusados e as suas identidades omitidas nos processos em tribunal. Há muito
menos estudos sobre quem compra sexo do que sobre quem vende sexo e é raro alguém
sugerir que são indivíduos psicologicamente perturbados.

Prostituição Infantil e industria do sexo mundial


A prodtituição envolve frequentemente crianças que, na sua grande maioria fugiram de casa e
não têm dinheiro entrando na prostituição como meio de subsistência.

Há três grandes grupos de crianças que se prostituem:

1. Os fujitivos: que saem de casa e não são procurados pelos pais ou que estão sempre a
fugir;
2. Os andarilhos: que vivendo com os pais passam a maior parte do tempo fora de casa;
3. Os abandonados: cujos pais são indiferentes ao que fazem os filhos ou que os
rejeitam.

O turismo sexual integra um pacote de prostituição infantil, Rtailândia e Filipinas. Este turismo
teve como origem o fornecimento de rpostitutas Às trpoas americanas durante as guerras da
coreia e Vietname Construção de «centros de repouso e lazer» na Tailândia, Filipinas,
Vietname, Coreia e Formosa que continuam a servir expedições regulares de turistas bem
como a militares instalados na região.

A OIT, num relatório de 1998, constatou que a prostituiçõa e o turismo sexual no Sudeste
Asiático adquiriu a dimensão de um sector comercial completamente desenvolvido devido ao
seu rápido crescimento nas últimas décadas. Apesar da crise este continua a prosperar
beneficiando do efeito das diferenças cambiais, por um lado, e do aumento do desemp+rego e
oportunidades que geram dificuldades económicas que levam a considerar as muheres e
crianças como excedentes.

A prostituição tem consequ

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