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Seminário I - Sustentabilidade e desenvolvimento

Sessão 2

Luísa Bravo Lamas

Nome do estudante: Paulo Costa António Massamba

Resumo sobre a sessão 1 e 2 do Seminário

Globalização, Educação e Cidadania

Título: Educação um recurso para atingir a Cidadania mediante aos desafios impostos pela
globalização.

Palavras chave: Globalização, Educação, Cidadania, Sociedade, Valore, Bem-estar e Cidadania


planetária.

Introdução

Começarei neste trabalho procurar identificar aquilo que direccionou a globalização, educação e
cidadania, uma vez serem temas com um grande impacto na economia de uma determinada nação.
Assim sendo, iremos perceber as novas exigências de um mundo globalizado, onde os problemas
sociais tornam se complexos.

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Desenvolvimento

A globalização – que é um processo de desenvolvimento Desigual que fragmenta à medida que


coordena – introduz novas formas de interdependência mundial, nas quais, mais uma vez, não
existem ‘’outros’’.
A sociedade é submetida a novas ameaças, a que tem de dar respostas como a poluição, o
aquecimento global e o aquecimento desenfreado das regiões urbanas.
O relatório do Desenvolvimento Humano realizado pelo PNUD em 2015, no vigésimo quinto ano
da sua publicação, tem como tema central o trabalho como motor do desenvolvimento humano,
considera que a globalização traz vantagens para uns e desvantagens para outros.

O exercício pleno da cidadania implica alteração de comportamentos, não só em relação ao meio


ambiente, mas também e principalmente em relação ao outro.

O direito à cidadania deve ser um direito de todos, como refere a Declaração Universal dos Direitos
Humanos no artigo 1º.
Os Direitos Humanos são constantemente desrespeitados e é por isso mesmo que consideramos
importante continuar a tarefa pedagógica e de divulgação.
Segundo Carvalhais (2004, p. 118) Apud De Almeida & Lamas (2019, p. 98) afirma que ‘’a
cidadania tem sido, tanto na prática como na teoria democráticas, um instrumento de construção e
preservação da lógica proteccionista do Estado-Nação exercida sobre o seu território e população’.
A concretização dos direitos que até aqui vimos salientando só faz sentido se considerarmos que há
valores que têm de ser tramitados e salvaguardados.
Como temos vindo referir, o exercício da cidadania implica direitos e obrigações e é por isso
mesmo que, tal como Gimeno (2003) nos diz, devemos estar vigilantes para as diferentes
transformações que podem concorrer com o exercício da cidadania e para os distintos problemas
que podem pôr em causa o bem-estar comum, tais como as guerras, os desastres naturais e as
violações dos Direitos Humanos.
A cidadania planetária que aqui apresentamos, contempla:
- Exigir o bem-estar social e a protecção do meio ambiente acima do crescimento económico;
- Conceber a realidade planetária como uma comunidade da qual todos fazemos parte.

Entendemos, assim, que a educação deve contribuir para a formação de cidadãos implicados e,
consequentemente, activos, com um sentido planetário, promovendo o desenvolvimento

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sustentável.
O que se designa por crise da cidadania traduz-se pois na ineficiência da sua faceta formal em
mediar as novas exigências da relação entre o cidadão e o Estado e assim restabelecer a sua
sustentabilidade, entretanto minada pelo capitalismo global e pelos imperativos excludentes e
antidemocráticos do contratualismo neoliberal (Carvalhais, p. 16).
As transformações produzidas com a globalização, nomeadamente as migrações e as mudanças na
família e no trabalho, alteram, do mesmo modo, as formas de conceber a desigualdade económica.
Nesta perspectiva, a cidadania realiza-se com o comprometimento de todos na construção de uma
sociedade mais inclusiva e mais consciente da sua intervenção no ambiente, permitindo que este se
torne sustentável para as geresões futuras.
Os impactos da globalização dão uma nova forma de orientação ao Estado e aos interesses dos
grupos dominantes, deixando o ‘’o nacional’’ de ser o centro, passando a ser ocupado pelo interesse
transnacional (Vieira, 2001) Apud De Almeida & Lamas (2019, p. 102).
Giddens (2004) Apud De Almeida & Lamas (2019, p. 104) mostra como o ser humano altera a sua
forma de encarar o meio ambiente, ao tomar consciência que a partir de uma determinada altura não
pode mais olhar para os riscos originados pelos fenómenos naturais (como as colheitas, inundações
e pragas), devendo olhar mais para o que ele próprio faz a natureza. O comportamento humano
coloca a natureza em perigo.
O exercício da cidadania tem de ser realizado tendo como referência os valores e a ética, tal como
refere Cortina (2011, p. 97) Apud De Almeida & Lamas (2019, p. 104).
O apelo para os valores que deve existir no exercício da cidadania é feito por vários autores.
Gimeno (2003) Apud De Almeida & Lamas (2019, p. 105) realça a importância que estes têm para
a vida em comum, renunciando a alguma liberdade, para que os outros a possam ter.
Esta proposta de Gimeno, direccionada para os valores, contempla a igualdade de género, batalha
que continua a ser travada nos dias de hoje. Os movimentos feministas trabalham no sentido de
atribuírem à mulher o direito a fazer parte da construção da sociedade, movimentando-se nesse
sentido para alcançar, com um esforço acrescido, a possibilidade de exercer cargos de chefia ou
políticos (Lamas, 2006) Apud . De Almeida & Lamas (2019, p. 106)
Reforçamos a ideia de que a educação para os valores é fundamental para que todos rejeitemos
esses comportamentos perniciosos que estão ligados ao desrespeito pelos direitos e ao
incumprimento dos deveres. Consequentemente deve haver mais respeito pela obrigação de pagar
impostos, pelo cumprimento das regras rodoviárias, por exercer o direito de voto quando chamados
para o fazer, Mais respeito pelo meio ambiente e pela comunidade, procurando, no exercício de
cargos públicos, dar prioridade ao interesse colectivo, Visando mais solidariedade, em suma,
melhor convivência.
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Entendemos, assim, que a educação deve contribuir para a formação de cidadãos implicados e,
consequentemente, activos, com um sentido planetário, promovendo o desenvolvimento
sustentável. É nesse sentido que nos propomos desenvolver este trabalho, tendo em
consideração as particularidades de cada realidade. Tal como propõem Morin, Motta & Ciurana
(2003, p. 10) Apud De Almeida & Lamas (2019, p. 111): “daí a urgência vital de educar para a era
planetária”, o que pressupõe uma reforma do modo de conhecimento, uma reforma do pensamento,
uma reforma do ensino, Sendo estas três reformas interdependentes’’.

Conclusão

Para concluir é de referir que, a missão entre os estados e a sociedade, deve ser a de encontrar um
meio-termo, de modo a trazer a consciência no que diz respeito a educação virada para cidadania,
uma vez ser uma ponte importantíssima para atingir o bem-estar comum.

Assim sendo, como diz Vieira (2001), Apud De Almeida e Lamas (2019) que A maioria da
população dos diferentes Estados, que sofre as consequências da globalização e se encontra social e
economicamente marginalizada, deixa de ter interesse e energia para se mobilizar e participar nas
lutas políticas internas que entendem ser secundárias, alienando-se e tornando-se passiva. E eu
intendo que isso vai fragmentar a própria educação também.

Como diz Martins (1992, p.41), Apud Vasconcelos (2007), a escola é um locus fundamental de
educação para a cidadania, de uma importância cívica fundamental, não como uma «antecâmara
para a vida em sociedade» mas constituindo o primeiro degrau de uma caminhada que a família e a
comunidade enquadram . Deve proporcionar a cultura do outro como necessidade de compreensão
de singularidades e diferenças (Ibidem.), a responsabilidade pessoal e comunitária, o conhecimento
rigoroso e metódico da vida e das coisas e a compreensão de culturas, de nações, do mundo

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Bibliografia

De Almeida, M. L. A. B. & Lamas, S. (2019). A EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA


EM PORTUGAL: Incidência das políticas educativas nas práticas escolares do concelho
de Vila Nova de Gaia. Santiago de Compostela. Portugal
Vasconcelos, T. (2007). A Importância da Educação na Construção da Cidadania. Saber (e) Educar
12 (1), pp. 109-117

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