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INTRODUÇÃO
Paulo assegura que fomos predestinados para sermos conforme a imagem do Filho de Deus.
Nós seriamos a imagem de Adão (Filho de Deus – Lc 3:38) se ele não tivesse caído.
Com a queda, Adão ficou uma imagem distorcida de Deus. Seus filhos nasceram à sua
imagem, não mais a de Deus.
Muitas centenas de anos se passaram, até que Deus gerou outro filho, a sua imagem e
semelhança – Um segundo Adão (I Co 15:45).
Toda a criação ficou sujeita a escravidão por causa do pecado.
A única maneira de a natureza ser liberta do seu cativeiro, seria a manifestação do Filho de
Deus (Rm 8:18-23).
Sem essa manifestação dos filhos de Deus, até as pedras clamam.
Jesus foi o inicio e a possibilidade de uma Nova Criação – Ele manifestou nossa realidade – A
Realidade da Nova Criação (II Co 5:17).
Tudo o que vemos Nele, é a nossa Realidade de vida.
Ele é a verdade ao nosso respeito, mas somente vivendo a vida Dele, tornamos isso em
realidade.
Estaremos, portanto, aprendendo de Jesus, que é a Nossa Realidade. Nossas Realidades estão
Nele – As Realidade da Nova Criação.
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COMENTANDO SOBRE A PRIMEIRA CRIAÇÃO
Nova Criação é aquilo que Deus revelou na vida de Jesus e realizou por meio Dele.
A Bíblia fala de Nova criação e, se há nova criação, é porque há uma velha criação.
Mas poder-se-ia perguntar: O que isso quer dizer? O que é exatamente Velha e Nova criação. Bem,
isso é o que precisamente vamos trabalhar por essas linhas.
A velha criação
A Velha Criação envolve tudo o que fora formado até a manifestação de Jesus em carne. É o que
Deus fez no princípio: “No Princípio criou Deus os céus e a Terra – Gn 1:1. Princípio aqui é como
entendemos em João 1:1 = Eternidade”. Sabemos, entretanto que a criação de Deus tornou-se sem
forma e vazia...(v. 2).
Há um possível espaço de tempo entre os vv. 1e2, embora não possamos ver isso de forma clara na
Bíblia, mas tomo emprestado as palavras de João que diz que nem tudo foi escrito.
A expressão: “Sem forma e vazia”, diz respeito a ser queimada – calcinada com fogo.
Ezequiel 28:18 – diz que Lúcifer foi tornado em cinzas sobre a Terra.
A idéia do texto é que um fogo saiu do meio dele; um fogo que o consumiu e foi feito em cinzas
sobre a Terra – a Terra foi calcinada.
Isto pode Ter causado a destruição do que era belo e formoso, tornando a Terra sem forma e vazia.
No Princípio a terra não era sem forma e vazia, mas a rebelião e conseqüente queda de Lúcifer
sobre a terra ocasionaram uma semidestruição no planeta, porém o Espírito do Senhor colocou
tudo em ordem novamente, e o que podemos ver a partir daí, e com clareza, é que Tudo que ele fez
é conceituado como muito bom.
O versículo um diz que a Terra foi criada em um princípio – e no princípio, com certeza, ela era bela.
Há uma separação entre os vv. 1 e 2.
Os vv. 10, 12, 18, 21e 25 nos diz que o que Deus fez era bom.
Como Deus criaria algo sem forma e vazio, já que tudo o que Ele criara era bom? – Mas, não é só
isso.
Tiago diz que tudo o que é bom procede de Deus (Tg 1:17).
Dele vem toda boa dádiva e todo dom perfeito.
Nele não há mudança ou variação.
Davi nos desafia a provar do Senhor e ver como Ele é bom – Salmo 34:8.
Deus deseja o melhor para nós – Jr 29:11.
Ele criou tudo de bom para que o homem usufruísse desse bem.
Nenhum pai, por melhor que seja, poderá ser igualado a Deus em bondade – Mt 7:9-11.
A Terra foi criada para o homem – Sl 115:16.
A vontade de Deus para o homem é sempre boa, agradável e perfeita (Rm 12:2).
Muitas pessoas não conhecem nem a boa vontade de Deus.
Outros que estão na boa estacionam aí, sem avançar para perfeita vontade Dele.
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Cristo – A Nossa Realidade
Precisamos entender que Deus não muda e atentar para o fato de que o que Ele queria para o
homem no início, é o mesmo que Ele quer para nós, agora. O Senhor não faz acepção de pessoas.
A única coisa com que Deus faz acepção é de fé, essa é a razão de vermos alguns desfrutando e
outros não, dos seus privilégios em Cristo.
Deus não criou o mal – o mal é uma distorção do bem que Deus criou. Tudo que Ele criou é bom
e, no mais, O conceito de bem e mal, só veio à existência após a queda.
Um Deus de Fé
“Ele chama à existência as coisas que não são, como se fossem”
Romanos 4:17.
É por meio da Primeira Criação que temos fundamentos para compreender melhor a Nova Criação.
Nessa fase da criação, quando Deus criou o lugar para a habitação do homem, é que vamos poder
entender a necessidade da nova criação.
Resumo das Causas Que Provocaram a Necessidade da Nova Criação Podem ser vista em:
A tentação.
O pecado: Como e por que houve o pecado.
A queda do homem.
A morte espiritual: como ela se instalou no coração do homem e passou para todos os homens.
Isso tudo são coisas que ocorreram na primeira criação e forçaram Deus a agir em favor de uma
Nova Criação.
Os fatos ocorridos na primeira criação foram os motivos da vinda de Jesus e a vinda do Senhor foi
substancial para a transformação do homem.
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Ele veio para que conhecêssemos quem somos.
Veio mostrar o caminho de volta a Deus.
Veio mostrar a verdade acerca de nós mesmos.
Veio revelar que tipo de vida era a nossa.
Uma revelação do Pai era, na verdade, uma revelação de nós mesmos.
A maior parte das vezes quando procuramos nos encontrar, não conseguimos porque estamos
procurando no lugar errado.
Precisamos entender que o homem jamais irá encontrar-se, senão em Deus; e que, quanto mais
conhecemos sobre Deus, mais conhecemos sobre nós mesmos.
Quanto mais sabemos como Deus faz as coisas, mais sabemos como devemos fazê-las também.
Quanto mais sabemos o que Ele pensa, mais sabemos o que pensar, pois “somos Sua imagem e
semelhança” – Gn 1:26.
A PALAVRA DE DEUS
“Sabemos que Deus criou tudo por meio da Sua Palavra (Hb 11:3), pois Ele é o Deus que chama à
existência o que não é como se fosse” (Gn 1:3; Rm 4:17).
A Integridade da Palavra
Definindo Os Termos:
O que é Integridade?
Possuir princípios inabaláveis e confiáveis.
É ter princípios ou fundamentos firmes e morais.
É ser um só o tempo todo, é ser santo.
A Palavra pode ser definida como:
A vontade de Deus revelada em plenitude – logos.
A Palavra de Deus personificada – Rhema.
Podemos entender Rhema como a Palavra de Deus falada.
Refere-se à construção de realidades de textos pessoais.
Mc 5:25-34 – Essa mulher se mantinha firme na Palavra para Ela.
Proeminência da Palavra
No princípio era a Palavra – João 1:1.
Tudo foi criado pela Palavra – Hebreus 11:3.
A Palavra de Deus e o Nome Dele foram engrandecidos acima de todas as coisas – Sl 138:2.
Ela é inalterável – Sl 89:34.
A Natureza da Palavra
É viva e poderosa – Hb 4:12.
É completa Nela mesma – Mc 16:15-20.
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Cristo – A Nossa Realidade
Nada falta a Ela.
Ela tem tudo o que é preciso.
É perfeita
A Palavra oferece garantias a quem Nela permanece.
Perfeição e preparação para toda boa obra – II Tm 3:16,17.
Libertação – João 8:31,32.
Resposta a qualquer pedido de oração – João 15:7.
Descanso para quem Nela habita – Salmos 91:1.
Ela é espírito – João 6:63 - Traz uma ministração ao espírito de quem a recebe.
Alimenta o nosso espírito com o que há na Vida de Deus.
I Co 15:46 – Fala de homem espiritual e natural, não homem animal. Ele foi feito à imagem e
semelhança de Deus – Gn 1:26.
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O Homem não está na mesma categoria dos demais seres e animais – Ele foi feito de forma
diferente.
Mateus 6:26 – Jesus pergunta de forma retórica se não temos maior valor que as aves (?).
Mateus 12:12 – Deus nos dar muito mais valor do que um homem dar a ovelha.
E em João 10:33-36 o Senhor deixa claro enfaticamente que Somos filhos de Deus.
Na criação antes do homem, Deus disse “Produza...”, mas, quanto ao homem Ele diz: “Façamos...”.
A idéia que temos no texto de Gênesis nas palavras Imagem e semelhança é a de duplicata da
mesma categoria e espécie.
Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança e isso o fez dominador.
Tudo Deus criou com um propósito:
Os céus foram feitos para servir a Terra dando chuvas, luz e calor.
A Terra foi feita para servir o homem, produzindo-lhe alimentos e provendo-lhe água e
ambiente.
O homem foi feito para Deus.
Deus planejou tudo na formação do Seu filho.
Não viemos a este mundo por acaso.
Nosso lar foi previamente planejado.
Fomos feitos por Deus, como Ele mesmo.
Temos capacidade criativa como o nosso Pai.
Temos habilidade administrativa e de governo.
Salmo 8:5, 6 – Feitos um pouco menores que Deus.
Coroados de glória e honra.
Domínio sobre a criação de Deus.
A expressão: “Tenha ele domínio”, justifica a natureza de Sua criação.
Deus fez uma duplicata da categoria e espécie Dele.
Deus é o Criador e Sustentador de todas as coisas (Hb 1:2,3) – Ele domina a tudo quanto criou.
O homem recebeu parte dessa capacidade criativa e de domínio – vemos isso na tecnologia, na
cibernética, etc.
Fomos feitos para reinar.
Feitos de forma diferentes – I Ts 5:23.
É preciso entender como fomos feitos, pois isso fará a maior diferença.
Já que fomos feitos de forma diferentes, precisamos saber como funcionamos.
Somos espírito, alma e corpo, mas não sabemos o que cada parte do nosso ser faz.
Nossos problemas não podem ser resolvidos por meio da teologia, ou de qualquer ciência
humana.
Temos um manual que traz instruções de nosso Criador sobre nós.
É desejo de Deus que nos conheçamos.
Paulo nos dá uma pista de compreensão de como funcionamos – II Co 4:16-18.
Há dois homens – um que se corrompe e outro que se renova.
II Co 5:1 – Paulo fala que temos um edifício da parte de Deus, quando o nosso homem exterior
(corpo) se deteriora.
Em II Co 4:18 e 5:1 Paulo fala do mesmo assunto. É uma continuidade.
Homem que se renova = espírito = homem interior = não visto.
Homem que se corrompe = corpo = homem exterior = visto.
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Cristo – A Nossa Realidade
V.18 – Somos exortados a atentar para o que não se vê (o espírito); e não para o que se vê (o
corpo).
Não devemos dar atenção para o que se corrompe – o espírito é mais importante.
O que se vê está passando, mas o espírito é eterno.
Deus é Eterno – a Palavra é Eterna – nós somos eternos.
Tudo passa, menos a Palavra – Mt 24:35.
O HOMEM
“Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança para representá-Lo e viver em
comunhão com Ele”.
O Espírito do Homem
Paulo diz: se a casa terrena se desfizer (o corpo), temos da parte de Deus um edifício (II Co 5:1).
A Alma do Homem
Adão foi criado para dominar (Gn 1:26), ou seja, para ser o deus deste mundo (Lc 4:6), mas satanás
lhe usurpou esse direito, e passou a ser o deus deste sistema de idéias que atua no mundo – II Co
4:4.
Com a queda do homem, seu entendimento ficou entenebrecido, ou embotado – II Co 3:14.
Culpa e condenação lhe pesava ao coração e não tinha mais como exercer o autodomínio, que lhe
assegurava a administração máxima de sua autoridade sobre si mesmo e sobre o mundo.
O pecado afetou a alma de toda humanidade, e as idéias ficaram distorcidas em nível global.
A Alma Afetada
Gn 3:10 revela os estágios de degradação que a alma humana sofreu:
Medo – ele ouviu Deus, viu que estava nu, e teve medo. A Palavra de Deus sempre traz luz à
nossa condição não importa como estejamos.
Desconfiança – medo é falta de confiança.
Fuga – Teve medo e se escondeu.
- Ele não tinha como se esconder de Deus, mas pensou que podia.
- Deus não estava fazendo o jogo de Adão quando perguntou: “Adão, onde estás?”.
- O Senhor o buscava na comunhão.
- Esta é a situação de muitos que estão “em fuga”.
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Cristo – A Nossa Realidade
A mente foi processando idéias, pensamentos, informações e conclusões, que geraram atitudes
contrárias à vida que está na Palavra de Deus e, definitivamente, a mente precisava ser mudada –
Rm 12:2.
Pedro diz que o pensamento é uma arma, por isso é necessário Ter cuidado com o que pensamos – I
Pe 4:1.
Paulo diz para pensarmos coisas do alto. Ele fala para levarmos todo pensamento cativo à
obediência de Cristo (II Co 10:5).
O pensamento é tão importante que Paulo dá uma lista de coisas em que devemos pensar – Fp 4:6-
8.
O Corpo do Homem
A Bíblia declara que nosso corpo é santuário do Deus vivo (II Co 6:16), foi precisamente para isso
que fomos criados – ser morada de Deus (Ef 2:22). Adão foi criado com um corpo não sujeito à
morte ou doença.
Seu corpo era forte e auto-regenerativo instantaneamente – embora que não se comparasse ao que
Deus tem para nós. Era um corpo que não poderia ser considerado mortal nem imortal –
dependeria do que ele fizesse da Palavra de Deus. Era um corpo muito forte, resistente a todo tipo
de mal.
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Deus, temporariamente, por água abaixo, mas a Palavra indicava uma esperança guardada. Uma
herança guardada no corpo de Jesus (I Pe 1:3,5). Um plano reservado por Deus para o corpo do
homem.
A Bíblia diz que esse corpo será redimido (Rm 8:23). Diz que ele será revestido de imortalidade (I Co
15:53). Será revestido da habitação celestial, ou seja, absolvido pela Vida (II Co 5:2-5).
Paulo diz que no momento gememos, desejando ser revestido pelo espiritual.
O corpo será revestido da Vida que está no espírito.
A morte que está no corpo será tragada pela Vida.
Nossa habitação que é do céu (o espírito) revestirá todo o nosso ser.
O corruptível (corpo) será revestido do incorruptível (espírito), e o mortal (corpo) será revestido
de imortal (espírito) ou da vida do espírito.
O corpo hoje é a habitação, mas amanhã será revestido do celestial – do eterno.
A morte perderá a sua força porque o corpo não existirá mais na mesma realidade que hoje. Será o
momento em que se dirá: “Onde está ó morte a tua vitória (I Co 15:55); onde está ó pecado o teu
aguilhão – onde está o teu poder penetrante?”
Esta é a razão de Paulo dizer em II Co 4:16 – não desanimamos – porque havia uma esperança.
Nosso corpo hoje tem uma realidade diferente daquela realidade em que Adão fora criado.
Nosso corpo é fraco comparado ao de Adão.
Hoje, é mortal por causa do pecado que habita na carne – Rm 8:10.
Mesmo que o pecado habite na carne e ele seja fraco comparado ao corpo de Adão, isso não
desfaz o que Deus pretendia para ele que é a glorificação. Nem de desfrutarmos as primícias da
ressurreição.
Houve um atraso, mas o processo continua.
O corpo que temos hoje está suscetível às doenças e dores, além de está se desfazendo –
caminhando para o pó – Gn 3:19.
Morte é o salário do pecado – Rm 6:23.
Morte física é simplesmente manifestação da morte mais séria que existe, que é a espiritual e, pelo
que me consta, Já fomos livres dessa morte (I Jo 3:14), mas o corpo continua morto por causa do
pecado – Rm 8:10
Antes da queda, todo o corpo do homem estava em perfeita ordem. Sua alma estava livre de tudo
que causa tristeza – não havia preocupações ou ansiedades.
Esse corpo, agora sob o pecado, foi considerado pó, e ao pó retornaria (retornará).
No A.T., o homem, fora da realidade para a qual fora criado recebe termos que fogem ao propósito
de Deus. Ele se conhece como pó, verme, cinza, mas na Nossa relação com Deus esse conceito é
substituído – ele passa a ser conhecido como santuário de Deus, morada do Espírito, Templo e
habitação do Deus vivo (I Co 6:16; Ef 2:22; I Co 12:27).
Nosso corpo deve ser apresentado a Deus em sacrifício vivo – Rm 12:1.
Ofereçamos nossos membros a Deus (Rm 6:19). Nossos corpos serão transformados, mas enquanto
isso, que eles sejam transfigurados à imagem do Senhor (II Co 3:18; Ver Rm 12:1, 2).
A vida que recebemos em nosso espírito opera em nossos corpos à saúde divina por meio de nossa
santificação. A comunhão com o Pai torna nosso corpo mais forte.
Apresentar nossos corpos em sacrifício vivo é mais que não pecar. Envolve louvor por meio da
obediência e também andar em saúde.
Deus é o salvador do nosso corpo, assim como o é do nosso espírito, por isso mesmo, podemos
desfrutar as primícias (primeiros resultados) da redenção antes que ela aconteça em plenitude.
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Cristo – A Nossa Realidade
Doença é maldição da Lei, mas Jesus se tornou maldição por nós – Gl 3:13 e Somos agora a Justiça
de Deus – II Co 5:21.
É nossa responsabilidade guardar os princípios que nos faculta andar em cura.
Sabemos de nossa responsabilidade quanto a manter uma atitude correta para com a Palavra de
Deus pois manter equilíbrio para com as leis naturais é indispensável a fim de mantermos nossos
corpos saudáveis. Uma alimentação balanceada é um respeito para com o Templo do Senhor.
Romanos 8:29 declara que fomos predestinados para sermos conforme à imagem de Seu Filho
(Jesus), a fim de que Ele seja o Primogênito dentre muitos irmãos. À imagem de Cristo é uma vida
de rei.
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Antes da plenitude dos tempos, ou seja, o tempo certo em que Deus previra apropriado para levar a
efeito o Seu propósito, quando Ele viria em carne, a fim de trazer Sua vida, mais uma vez, para
dentro da humanidade.
A plenitude dos tempos seria o encontro de dois tempos, dividindo a história como aquilo que
conhecemos Antes e Depois de Cristo.
Antes da plenitude dos tempos, que na verdade, o nascimento de Jesus apenas marca o início desse
tempo assim chamado, até porque teríamos que considerar tudo o que veríamos em sua vida e
ministério nos dias de Sua carne. Sim, nesse período Deus se manifestou por meio da Sua Palavra
que foi dada aos antepassados pelos profetas.
A Palavra de Deus nos profetas fazia com que fossem tidos como deuses (João 10:34 –35).
Eles não alcançaram a Plenitude da Palavra de Deus para o homem, assim como Jesus. Somente
Jesus era a plenitude da vontade de Deus para a humanidade. Nele habitou corporalmente toda a
plenitude da divindade.
Mesmo Moisés não trouxe em si essa glória. A glória em Moisés era desvanecente e, ainda assim,
Deus o chamou de deus, e Arão seria seu profeta.
Cada profeta o santo do passado que recebia a Palavra de Deus, o seu Logos, podia ser considerado
como deus, pois era assim que o Senhor o reconhecia.
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Cristo – A Nossa Realidade
Agora, Jesus está à destra de Deus, ou seja, envolvido plenamente pelo poder de Deus. Estevão viu
isso. Ele viu a Jesus, verdadeiro Deus, sob uma manifestação poderosa do Seu poder, quando estava
sendo apedrejado.
Jesus foi a solução de Deus para o problema da humanidade. Nosso Senhor é Espírito vivificante e
seu poder de ressurreição é a realidade da vida da Sua igreja, na qual ele habita.
Veremos algumas outras verdades mais a frente sobre o fato da encarnação e os resultados desse
fato maravilhoso.
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Adão tinha a vida que reina
A vida que reina, que é a vida espiritual, estava em guardar a Palavra de Deus.
A vida do espírito estava em se alimentar da Palavra.
Deixar de ouvir a Palavra geraria morte espiritual – ausência da Vida de Deus – perca do domínio.
Jesus disse: De toda Palavra que sai da boca de Deus, o homem viverá (Dt 8:3).
Adão precisava somente atentar para a Palavra de Deus.
- Inclinar seus ouvidos às razões do Senhor.
- Não deixar as palavras se apartarem dos seus olhos (meditar) – Pv 4:20-22.
- Precisava entesourar – guardar no mais profundo do coração.
- As palavras do Senhor produziriam vida em seu corpo e lhe levaria a maiores níveis de
domínio.
- A Palavra é a verdadeira vida – Não vivê-la é a verdadeira morte.
Como aconteceu o pecado
Gn 3:1-5 – satanás consegue fazer com que a mulher deixe de crer em Deus.
Gn 3:6 – Vendo a mulher...
Jesus disse uma vez aos fariseus que se eles fossem cegos não teriam pecado.
“Ver”, determina estabelecer as suas próprias razões.
A árvore lhe pareceu boa para comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento.
Então tomou do seu fruto, comeu e também deu ao seu marido.
E ao comer, morreram (Gn 2:17).
Ela foi atraída para o que Deus disse que não deveriam.
É o que João chama de concupiscência dos olhos, concupiscência da carne e soberba da vida (I Jo
2:15-17).
São coisas do mundo, e ele aconselha: não as ameis.
O mundo passa, bem como suas paixões.
Adão amou as coisas do mundo. Amou o que é passageiro.
Adão deveria buscar Deus, enquanto estivesse aqui, dentro dos limites por Ele estabelecidos.
Ele buscou coisas da carne e não as de Deus.
Ele foi tentado e caiu.
Seu corpo era frágil e vulnerável, mas ele podia resistir à tentação de não ouvir Deus.
Ele foi tentado, mas toda vez que resistisse a tentação, estaria se fortalecendo cada vez mais.
- Cada vez que não pecasse, estaria solidificando o seu amor a Deus, e crescendo no
conhecimento de Deus e de si mesmo.
- Ele não sofreria a tentação para sempre, pois passaria para outra realidade.
Havia um tempo determinado para a sua vida aqui.
Ele buscaria Deus, na realidade em que se encontrava, até chegar o momento em que, segundo a
vontade de Deus, ele não seria mais tentado.
Ele chegaria a um nível que se tornaria desnecessário, passar por esse tipo de coisa.
Enquanto vivesse aqui, na realidade em que se encontrava, sofreria a tentação, mas, quanto
mais resistisse, mais fraca a tentação se tornaria.
O HOMEM FOI FEITO PARA REINAR E BUSCAR A DEUS, E NÃO FAZER ISSO, É ESTAR
FORA DE PROPÓSITO.
“Se bem que Ele não está longe de cada um de nós”.
14
Cristo – A Nossa Realidade
Atos 17:27
Paulo não se dirigia a um grupo de crentes ou judeus, quando afirmava que Deus não estava longe
de nenhum de nós, mas aos pagãos atenienses.
Às mesmas pessoas ele ainda disse: Nele nos movemos e existimos (V.28).
O que dizer das palavras: Dele também somos geração? (V.29) – Palavras estas apoiadas no que
disse um dos poetas pagãos!
Podemos compreender nisto, por meio de Paulo, o quanto Deus valoriza o homem.
Na compreensão da valorização do homem por Deus, poderíamos responder a pergunta de Jó:
Quem é o homem? (Jó 7:17), ou entender com Davi A EXPRESSÃO: “Deste-lhe domínio” (Sl 8:5-7).
A falta de conhecimento de quem somos, poderá nos causar um forte senso de insegurança.
Quem é o homem?
Quanto mais conhecemos a Deus, mais o amamos, mas precisamos nos lembrar que não podemos
amar a Deus se não amamos o irmão (I Jo 4:20). Quem ama o irmão não o julga (I Co 4:5).
Em nosso julgamento podemos acabar condenando o inocente.
Temos que Ter cuidado de não confundirmos o trigo, pensando que é joio.
Cada um deve julgar-se a si mesmo (I Co 11:28-31).
Devemos buscar conhecer mais de Deus, bem como de nós mesmos.
É necessário procurarmos saber de nossas responsabilidades perante Deus, bem como aquilo que
somos, temos e podemos Nele.
Houve um tempo em que as pessoas não podiam saber quem Deus era e o que Ele tinha para elas.
Havia coisas que lhes pertenciam, mas a ignorância ou incapacidade de conhecer lhes impedia de
desfrutá-las.
Elas conheciam Deus como que pelo tato (At 17:27). Eram tempos de ignorância. Podiam conhecê-
Lo bem limitadamente, porque os meios também eram limitados (Rm 1:19,20).
15
Atos 17:30:...Agora, porém notifica que todas as pessoas, em toda a parte se arrependam e o V. 31
diz que virá um dia de julgamento. O dia de julgamento ainda não chegou, porque Deus ainda não
trouxe as coisas à luz.
Os Tempos Mudaram
Estamos Em Uma dispensação Diferente. Há uma nova palavra para época em que vivemos. At 17:
29 nós dá uma idéia de como Deus é como nós, já que somos como Ele.
Precisamos estar conscientes do Seu plano para nós.
Nos tempos da ignorância ninguém iria responder, por não saber tanto.
Hoje, porém é possível, por isso precisamos saber o que Ele quer.
É preciso entender como fazer Sua vontade, e maximizar nosso potencial para abençoar os outros.
Saber o que Ele quer, ao conhecer os pensamentos Dele.
Saber o que ele pensa de nós, fará com que vejamos que somos mais do que pensamos que somos.
Fará-nos ver que nosso valor está na oferta oferecida, e em quem fez a oferta.
A Bíblia diz que fomos comprados por preço de Sangue (I Pe 1:18, 19). Sabemos que o sangue de
alguém tem o valor da vida dele (Lv 17:11).
Valemos aquilo que Deus pagou por nós. Quando Ele avaliou nosso preço, éramos pecadores,
mesmo assim Ele deu Jesus (Rm 5:8).
Mas Deus prova o Seu amor para conosco pelo fato de haver enviado Jesus para morrer por nós,
quando ainda éramos pecadores, inimigos Dele (Rm 5:8-10).
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Cristo – A Nossa Realidade
Não devemos pensar que Deus não é conosco por causa de dificuldades. – É preciso ficar firme na
fé. Em I Jo 5:4 podemos ler que é a nossa fé que nos leva à vitória por isso não se desespere por
causa das circunstâncias.
17
Naquela Realidade O Homem Deveria Buscar A Deus, Mas Não o Fez
Em vez de buscar Deus, deu ouvido ao diabo e caiu.
O homem foi tentado pelo diabo, mas podia resistir à tentação e continuar crescendo em Deus.
Atente para o fato de que ser tentado não nos faz pecador.
A realidade do corpo dele permitia que ele fosse tentado e com isso vemos que a tentação já existia
antes do homem pecar, na verdade ele só pecou porque sofreu tentação.
E por falar em tentação, Jesus também foi tentado como nós (Hb 4:15), mas Ele não cedeu.
Nos planos de Deus o homem cresceria em comunhão com Ele, à medida que o buscasse e resistisse
a tentação. Isso o faria mais forte e íntimo a Deus, Mas ele não resistiu (Gn 3:6). Pecou e perdeu a
comunhão com Deus. E morreu.
Buscar Deus é viver o que Ele diz, viver o que Ele diz é a verdadeira vida – o contrário é a verdadeira
morte.
A Palavra já não fluía, e o homem ficou sem saber o que fazer. Ele passou a andar em trevas.
As trevas invadiram o mundo, e todos os que nascessem nesse ambiente de trevas não teriam mais
o conhecimento de Deus adquirido por revelação.
Nem mesmo as crianças nasceriam com a Vida de Deus – a vida ZOE – mas com a simples vida que
Deus dava (a vida BIOS).
O mundo foi invadido por satanás e as gerações futuras foram cada vez mais se distanciando de
Deus.
A Luz da Vida foi perdida, A Palavra deixou de ser sua luz.
18
Cristo – A Nossa Realidade
A despeito dos homens terem perdido à vida que está na Palavra, as trevas nunca prevalecem
contra a luz.
Ainda que o homem se distancie da Palavra, Sua luz continua viva.
João 1:6, 7 – Diz que houve um homem de Deus que veio dar testemunho dessa luz que fora
perdida. Ele não era a Luz, mas veio testemunhar sobre ela. Veio falar dessa Luz que voltou a ter
contato com os homens a fim de iluminá-los (v. 9).
João veio falar da verdadeira Luz (v.8). A verdadeira Luz que é a verdadeira Vida (V.4).
Ele veio nos dar a condição de ouvirmos Deus mais uma vez dentro de nós. Possibilitar-nos termos
Sua Palavra fluindo. Iluminar todo homem. Ele trouxe essa Luz em si.
Ele Teve Que Se Fazer Homem Para Que Isso se tornasse possível. Precisamos entender porque isso
teve que ser assim.
O testemunho da verdade
João veio testemunhar da Luz – Jesus. Testemunhar sobre a verdade.
Jesus que é verdade veio dar testemunho do homem em Sua própria Vida.
Quando Jesus testemunhava sobre o Homem em Si, estava testemunhando de Deus, de quem o
homem era imagem e semelhança. Na verdade ao dar testemunho sobre Deus estava dizendo como
os homens deveriam ser.
Quando nos unimos a Vida de Jesus, simplesmente aceitamos o testemunho que Ele trouxe de Deus
e do homem em si. Hoje, ao guardar o testemunho de Jesus, damos testemunho de Deus em nós.
Jesus era a exata expressão de Deus, e enquanto expressava Deus, revelava quem éramos nós, ou
melhor, a imagem Daquilo (de Deus) que Ele expressava.
O QUE É SALVAÇÃO?
Salvação é mais que ser livre do inferno. É receber o Dom de Deus em forma de cura, libertação,
proteção, preservação e perfeição.
Salvação não era o plano perfeito de Deus
Se salvação fosse o Seu plano, o homem teria sido criado para pecar, ou criado pecador.
Salomão diz que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias (Ec 7:29).
A salvação se tornou necessária por causa do pecado, assim como cura não fazia parte do plano de
Deus no princípio, porque não queria que ninguém adoecesse.
O desejo de Deus para o homem era a comunhão. Ele desejava que o homem avançasse para uma
plenitude Nele.
O amor de Deus é sem distinção
O que Ele quis para o homem no início, Ele sempre quis e o quererá para todos. Deus não faz
acepção de pessoas.
Mesmo após a queda Ele continuou amando o homem.
Mesmo após haver levantado o povo hebreu, continuou amando muito a todos (Jo 3:16).
Rm 3:23 – Revela que todos pecaram e todos careciam de salvação, Judeus e Gentios.
Não é por pertencer a uma cultura ou a um povo que alguém se torna mais amado por Ele. Toda
raça humana foi criada para Ele, para buscá-Lo e ter comunhão com Ele.
Não temos mais que continuar conhecendo a Jesus segundo a carne. Nem mesmo uns aos outros
devemos conhecer-nos desse modo.
Nossos relacionamentos, acima de tudo, são no espírito. A razão disso é que também não somos
mais os mesmos (II Co 5:17).
É necessário conhecer o lado sobrenatural da vida de Jesus, pois isto fala do lado sobrenatural de
nossa vida. Viver como Ele nos fará realizar o que Ele realizou.
Se pudermos entender a vida Dele, voltaremos para a vida de Deus dentro de nós, e viveremos
como Ele viveu.
João 14:20 Fala de um dia em que entenderíamos o que significa Ele estar no Pai, Ele em nós, e nós
Nele.
Esses dias que Ele falava referia-se a ressurreição do espírito humano, que aconteceu quando ele
próprio ressuscitou.
O que Ele diz em João 14:20 é simplesmente que entenderíamos quem é o homem.
Ele dizia que o que víssemos Nele estava em nós.
Ele era o verdadeiro homem criado por Deus, a sua imagem e semelhança.
O pecado impediu o homem de entender sua verdadeira realidade.
Tudo de Deus perdeu o sentido para o homem, porque este passou a viver sob o domínio do
pecado.
Quando Jesus veio, Ele possibilitou mais uma vez a comunhão com o Pai. Ele veio trazendo a
possibilidade de conhecermos a Deus em profundidade.
No passado muitos homens buscavam Deus, mas não podiam conhecê-Lo profundamente
22
Cristo – A Nossa Realidade
Quanto mais O buscavam, mais se inquietavam sobre a grandeza do homem. Não sabiam quem era
o homem, porque não sabiam quem era Deus. Não conheciam o coração de Deus.
Jesus veio em carne e não o reconheceram.
Diziam que eram de Deus, mas quando O viram não acreditaram Nele.
Era vontade de Deus que o homem conhecesse sobre o que ele tinha, era e fazia.
Provérbio 25:2 se refere sobre a Glória de Deus e a glória do homem.
Temos aqui um caso singular em todo o Antigo Testamento.
O pregador fala de uma glória que pode ser vista em Deus em Sua capacidade de ocultar as coisas,
ao mesmo tempo em que ele se refere a uma glória tributada ao homem quando descobre essas
coisas que Deus ocultou.
Ora, Paulo foi quem primeiro elucidou esse caso importante para o curso da revelação na vida do
filho de Deus, quando diz que tais coisas (ocultas) já estavam destinadas para o nosso
conhecimento (I Co 2:7).
Não é só porque Jesus veio que elas tomaram uma posição acessível ao coração do homem. Era pra
ser assim no princípio, mas o pecado impediu e Jesus teve que vir para nos possibilitar conhecer
Deus e o que ele tinha para nós desde o princípio.
Jesus veio possibilitar a concretização do plano de Deus para nós. Veio destruir as obras do diabo
que entraram em cena impedindo o nosso conhecimento do Pai.
Quando Jesus veio em carne foi difícil saber quem Ele era, pois ninguém jamais falou ou fez como
Ele – e jamais viram a Deus.
Os soldados que foram prendê-Lo desistiram porque jamais ouviram alguém falar como Ele (Jo
7:46).
Os discípulos o olhavam e diziam: Quem é este homem? (Lc 8:25).
Quem era Ele para que as coisas que Deus fez Lhe obedecessem? O mar aquietou-se e o vento se
calou.
Precisamos abrir um parêntese para observar o que Davi perguntou.
Ele disse: Quem é o homem para que Deus dele se lembre e lhe dê domínio de tudo? (Sl 8). Ainda
temos o caso de Jó. Ele perguntou: Quem é o homem para que tanto o estimes? (Jó 7:17).
E você, o que pergunta?
Deixa-me lhe ajudar. A resposta para todas essas perguntas e questionamentos está no que se
podia ver em Jesus, porque Aquele homem que os discípulos viram em Jesus é a resposta dos
profetas, é a resposta para Jó e Davi. É o verdadeiro homem criado à imagem e semelhança de
Deus. Ele é eu e você (I Jo 4:17). É a resposta para a pergunta: Quem é o homem? É o homem a
quem Deus ama (Jo 17:23).
23
Não devemos confundir o fato Dele não haver nascido como todos nascem com não ter vindo em
carne pecaminosa e com a mesma relação que nossa carne tem para com o pecado.
Era preciso que sua vinda fosse em carne, mas também sobrenatural, para que pudesse ser como
Rei que era, a fim de destruir o poder daquele que tinha o poder sobre a morte.
As crianças nascem puras, mas não com a vida ZOE
As crianças que vêm ao mundo morrem, ainda que não pequem, pois a vida que têm é a vida que
Deus dá – a simples vida bios, vida humana natural.
As crianças precisam da Vida que Jesus trouxe: A vida abundante – A vida ZOE – que destrói o poder
da morte espiritual.
Os espíritos e almas das crianças são puros, mas por estarem no mundo influenciado por satanás,
sofrerão essa influência à medida que vão crescendo nesse ambiente de trevas.
É bem verdade que as crianças, por serem puras, quando morrem na inocência têm direito ao Reino
dos céus, mas elas não ficam pra sempre inocentes.
Como foi dito, o nascimento de Jesus foi uma operação sobrenatural.
A semente que Deus colocou no ventre de Maria traria Seu filho (o homem) de volta, por isso é que
o ente querido que dela nasceu foi chamado de Filho de Deus (Lc 1:35).
Mesmo que todas as crianças nasçam puras, elas já nascem com sua natureza decaída. Não gozam
da posição integral de Deus para o homem, em virtude da herança que receberam pela queda de
Adão - suas faculdades gerais já estão debilitadas.
Identificação – Um Compromisso de Alto Risco
A queda do homem foi tamanha, ao ponto de Deus comprometer Sua própria vida no resgate, vindo
ao mundo como Filho do Homem, se identificando com ele em sua natureza decaída.
As crianças vêem ao mundo, puras, mas ao serem influenciadas e pecarem, morrem
espiritualmente. Ora, o salário do pecado é a morte (Rm 6:23).
Essa morte é a espiritual (não esquecer que a morte física é somente uma conseqüência da morte
mais séria que existe: a morte espiritual).
Precisamos observar que a identificação forçava a encarnação e Jesus teve que nascer e viver sob a
jurisdição da Lei, como um homem que transgrediu a Lei embora ele mesmo não tivesse pecado. Ele
precisava experimentar da carne e do sangue.
24
Cristo – A Nossa Realidade
A idéia de Deus para Adão era que ele crescesse ao ponto que Cristo alcançou.
A plenitude que Jesus chegou serve de referência para quem deseja ser como Ele.
Sua vida humana era diferente, mas não esqueçamos que aquela era a verdadeira vida humana que
nunca deveria ter sido perdida.
Ele fez tudo o que deveria ser feito para que possamos ser como Ele, e teve que morrer.
Sim, o Filho de Deus morreu, mas o Filho de Deus não morreu, necessariamente, quando Jesus foi
crucificado. O Filho de Deus morreu quando Adão pecou. Então, Jesus morreu para que o Filho de
Deus (o homem) voltasse à Vida.
Temos ali, as margens do Jordão, um marcante acontecimento que é digno de total notoriedade:
Jesus procura João para ser batizado por ele e, na ocasião, Deus dá testemunho de Jesus, dizendo:
Esse é o Meu filho amado...
O caso é sublime porque isso nunca havia acontecido antes Ele. Mas convenhamos, Jesus era o
único referencial (como homem) de Filho de Deus que se podia ter até aquele momento. Ele era de
fato homem sofrendo em sua pele as experiências humanas.
É bem verdade que antes de vir ao mundo como veio, Ele não sabia o que era ser homem, mas, ao
encarnar, pôde conhecer a experiência de ser tentado, e como homem resistir, e assim crescer no
conhecimento de Deus e de si mesmo.
Ele conhecia o Pai - João 17:25
Foi obedecendo a Deus, e aprendendo mais sobre Deus, que Ele recebeu revelação de Deus e de
quem Ele mesmo era.
Não se trata de quando estava no princípio com Deus (Jo 1:2). Isso diz respeito à vida que Ele teve
aqui entre os homens cumprindo o propósito de Deus (At 17:26,27). E, para cumprir esse propósito
era necessário passar pelas mesmas coisas que o homem tinha que passar, principalmente se esse
homem quisesse um reencontro com Deus, e isso envolvia o batismo nas águas que, no dizer de
Jesus, era uma questão de cumprir a justiça de Deus
25
João não tinha toda revelação sobre a obra de Jesus. Só conhecia em parte.
Sabia que Ele era o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29), mas não conhecia todo
o plano, nem o processo a se descortinar.
Ele dizia que deveria ser o contrário: Eu devo ir a Ti... Mas ele deveria se lembrar da voz de Deus
que lhe dissera: Aquele que vires o Espírito vir sobre ele, este é o salvador.
João sabia o tipo de batismo que Jesus batizava (Mt 3:11): no Espírito Santo. Na realidade, um
batismo mais poderoso que o batismo seu, e ele queria esse batismo na vida dele.
Não se tratava de batismo em águas, visto ser ele o batizador neste tipo de batismo.
Seu Batismo Era Para Pecadores
Como Batizar Alguém Que Não Tem Pecados?
Mas Jesus disse: Deixa por agora (v.15), e isso revela a necessidade que João tinha de mais luz sobre
a obra de Jesus, a Justiça de Deus (Rm 10:3).
Convinha que Ele cumprisse toda a justiça. Uma justiça que seria vista na vida Dele. A Justiça da
qual, todos os que tivessem sede seriam saciados (Mt 5:6).
Tratava-se de um tipo de justiça que capacita o homem a viver a vida que Deus tem para ele.
Uma justiça que exigia um preço a ser pago por ela, e foi ali, no batismo, que Jesus, após encarnar,
primeiramente se identificou com os pecadores, num batismo de arrependimento do qual todos os
homens se tornaram carentes, por haverem perdido a Glória de Deus.
O batismo pregava a justiça e a possibilidade da comunhão com o Pai, por causa do arrependimento
que a sua mensagem encerra.
O início do Evangelho de Jesus (Mc 1:1-3) se deu com a pregação de João Batista. Aqui começa o
início da mensagem de Deus para o homem, a respeito do homem.
É o início das Boas Notícias. O Evangelho é a pregação de uma novidade de vida.
É quando os céus se abrem para o homem ao aceitar para si essa Boa Notícia.
O batismo traz a mensagem de que o homem deve viver a mesma vida que viram em Jesus após o
Seu batismo.
Jesus deu um testemunho aos homens da vida que deveriam viver após se batizarem, mas, antes
disso, Ele é conduzido ao deserto para ser tentado (Mt 4:1).
26
Cristo – A Nossa Realidade
Levado ao deserto para ser tentado pelo diabo
Deus não estava em parceria com o diabo. Não foi Ele que criou o mal, ou o diabo.
A despeito de ele haver criado lúcifer – portador de luz, nada teve a ver com o que esse anjo veio a
se tornar.
Precisamos entender que o mal é uma distorção do bem e não uma criação.
Deus criou o que é bom
Quando o homem foi criado o mal já existia, só não estava manifesto.
Aqui vemos Jesus sendo levado ao deserto para ser tentado. É claro que não podemos pensar que
Deus estava querendo ver se Jesus pecaria ou não.
O plano de Deus era mostrar que o tipo de vida de Jesus era o caminho para não pecar.
Não se referia a ver se Ele não pecaria, mas mostrar como não pecar e isso nos revela como não
pecar também.
Jesus se tornou poderoso para socorrer
Em Hb 2:18 lemos que Ele é poderoso para socorrer os que são tentados, mas isso é assim porque
Ele também sofreu a tentação.
Ele sofria enquanto tentado – todos sofrem. Trata-se de um sofrimento que produz
amadurecimento.
Tiago diz: Bem aventurado o homem que sofre a tentação (provação) – Tiago 1:12.
A idéia é sofrer porque resiste.
Jesus sofreu porque não cedeu.
É porque Ele sofreu, que é poderoso para socorrer aqueles que com Ele ou como Ele, são tentados.
Era vontade de Deus que Jesus fosse o exemplo para todos os Seus outros filhos, por isso Deus
aperfeiçoou Jesus por meio do sofrimento. Jesus mostraria o caminho. Ele mostraria como se devia
viver. Veríamos Nele a verdade sobre a vida humana.
Hb 5:8, 9 diz que Ele foi aperfeiçoado por meio do sofrimento.
Pedro diz que Jesus sofreu na carne, e acrescenta que devemos nos armar do mesmo sentimento
de Jesus (I Pe 4:1).
Há os sofrimentos que são exemplos para nós, como tentações e até perseguições, pois produzem
amadurecimento. Foram esses os sofrimentos de Jesus quando em vida, porem há sofrimentos
desnecessários, pois Jesus já nos substituiu neles: pecados, misérias, doenças..., Quando se
entregou por nós (Jo 18:8).
É preciso entender que não sofrer a tentação, é ceder pra ela.
Quando resistimos a tentação estamos ganhando nossa alma,e o que há de mais importante que
ganhar sua própria alma?
Nada substitui o valor da vida que Deus nos deu. É muito melhor continuar com a vida que Deus nos
deu, que ter coisas que queremos.
Muitos acreditam que Jesus não veio em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado,
e se assim afirmarmos, como Paulo o fez (Rm 8:3), vão nos desprezar e julgar-nos como hereges
nesse assunto, mas se Ele não tivesse vindo dessa forma, como que Ele poderia condenar o pecado
na carne, uma vez que a tentação dele não se constituía uma tentação verdadeira?
Em Hb 4:15 lemos que ele foi tentado como nós somos e Tiago declara como somos tentados (Tg
1:21) e Ele foi tentado na carne como nós somos.
Deus condenou o pecado na carne de Jesus. Ele revelou a vitória sobre o pecado em sua vida e o
destruiu na cruz. Por isso não há mais desculpas para se viver pecando.
Deus fez um corpo para Jesus (Hb 10:5).
A Lei não tinha a imagem exata daquilo que deveria ser purificado (Hb 10: 1), mas o corpo de Jesus
teria a imagem exata, e isto daria poder aos que fossem purificados.
Podemos verificar na Bíblia que todos os anos eram oferecidos sacrifícios que nada adiantavam (Hb
10:6-11).
Eles faziam uma ação figurada, mas o pecado não era tirado. Nós, porém, fomos santificados
mediante o sacrifício de Jesus (Hb 10:10).
Quando Ele se ofereceu, estávamos Nele, pois Sua vida era na verdade a nossa vida em substituição.
Ele estava em um corpo igual ao nosso, tendente para a morte (Rm 8:6), por isso Ele teve que
renunciar Sua vontade na carne.
Quando nos unimos a Ele pelo batismo, somos unidos com Ele em Sua morte, para que sejamos
unidos com Ele em Sua ressurreição (Rm 6:3-14).
28
Cristo – A Nossa Realidade
Romanos 8:7-10
29
O Primeiro Momento de Sua Humanidade
O primeiro Foi o período do Seu nascimento à Sua entrega no Getsêmane. Quando Ele viveu a
verdadeira vida de Filho de Deus. Reinou em vida. Revelou a nossa verdadeira vida.
Dominou sobre as circunstâncias.
O Segundo Momento
O segundo momento de sua vida se deu do Getsêmane à crucificação.
Ele se entregou por nós. Substituiu-nos em pobreza, doença, morte... – nos possibilitou viver Sua
vida.
Ele estava devolvendo ao homem a autoridade que um dia ele recebera de Deus sobre a Terra.
AUTORIDADE DELEGADA
Em Seu primeiro momento (identificação em nossa humanidade) Ele tinha autoridade na Terra (até
para perdoar pecados – Mt 9:6).
Em Seu segundo momento (Sua identificação em nossos pecados), substituição por nós, Ele estava
possibilitando o retorno de cada um à autoridade Dele na terra (Mc 16:15-17).
Mateus registra que toda autoridade Lhe foi dada no céu e na Terra após a ressurreição (Mt 28:18)
e delegou autoridade aos crentes quando os enviou (Mc 16:15-20).
O poder da ressurreição Dele se estendeu a nós (Ef 1:19), a Igreja, que é o Seu corpo (Ef 1:22-23).
O fato de nos conformamos com Ele em Seus sofrimentos, faculta-nos conhecer o Poder da Sua
ressurreição (Fp 3:10).
Jesus foi ao céu e do céu Ele cuida com Sua autoridade, mas a Terra Ele no-la entregou.
Temos a autoridade Dele aqui na Terra. Temos o Evangelho – o poder e a salvação.
As prerrogativas são, portanto, fortíssimas. Sua ordem: Ide por todo o mundo (toda a Terra) não
podem deixar de ser cumprida.
É um IDE que envolve expulsar os demônios, curar os enfermos... Ele estava dizendo: “Tomem
conta da Terra – Guarde-a e preserve-a. Levem esse poder a todos os homens por meio da Boa
notícia – Evangelho”.
Cristo revelado em nós.
Estava acontecendo algo novo: O Filho de Deus manifestou em carne – em nós. E Cristo em nós é a
esperança da glória (Cl 1:26, 27).
João 14:20 Cumpriu-se literalmente. Realmente Ele está em nós. Temos Sua mesma realidade (I Jo
4:17).
As Palavras de Paulo em Gl 1:15, 16 tomam sentido real, quando diz que foi agradável a Deus
revelar Seu Filho em mim e a expressão quem vê a mim, vê o Pai passa a ser atribuída a todos os
filhos de Deus.
Jesus está em mim e eu Nele – somos um mesmo espírito. Aleluia!!!
A lei do pecado e da morte ainda existe, mas fomos livres de seu poder (Rm 8:2).
Quanto ao corpo, ele continua morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da Justiça
(Rm 8:10), por causa da Vida de Deus em nós.
Nossa carne tende para o pecado porque ela ainda não foi transformada, mas podemos nos inclinar
para o espírito, ou seja, colocar nossa mente no espírito e viveremos.
30
Cristo – A Nossa Realidade
O corpo está morto por causa do pecado, mas Paulo nos diz para fazermos morrer a natureza
terrena (Cl 3:5), que são, na verdade obras da carne que ele chama-as de natureza terrena (ou
carnal).
Quando ele manda fazer morrer as obras da carne, ele ensina como fazer isso: pelo espírito (Rm
8:13).
O espírito está sempre pronto (Mc 14:38c). Andando no espírito, não haverá provisão para a carne.
A natureza terrena é a mesma coisa de obras da carne (Gl 5:16).
Romano 8:13 fala de carne e corpo. Colossenses 3:5 fala de natureza terrena e Gálata 5:19 de obras
da carne e feitos do corpo em Rm 8:13, mas tudo são a mesma coisa.
Precisamos guardar o fato de que se andarmos no espírito nunca satisfaremos a concupiscência da
carne (Gl 5:16).
Precisamos aprender a colocar a carne no lugar dela. O lugar da carne é a cruz.
Não temos que sofrer o dilema de morrer todos os dias, somente crer que já fomos crucificados
com Cristo, e sacrificar área de nossa vida, em fé, que descobrimos pela Palavra, necessitando ser
negada. Nossos corpos devem ser oferecidos a Deus em sacrifício vivo... (Rm 12:1).
Precisamos ter o cuidado para não dar uma interpretação errada às palavras de Paulo quando disse:
dia após dia morro.
O duplo sentido de considerar-se maldito foi visto na Sua encarnação e na Sua crucificação.
Foi devido ao fato Dele ter em si, aquilo que para nada se aproveita – que é a carne, que Ele se
considerou maldito. Isto porque a carne, após a queda, trazia em si a natureza pecaminosa e como
em Sua humanidade se identificou conosco, considerou sua carne sem proveito.
Na cruz Ele cumpriu em si a plenitude da maldição. Maldito todo aquele que for pendurado no
madeiro (Dt 21:23b).
Em um momento Ele estava sob a mira da maldição, por se identificar com a humanidade. Esse
aspecto não o separava da Vida de Deus.
Em um segundo momento – na cruz – Ele se tornou maldito de Deus. Isso o separava de Deus (Dt
21:23).
João 12:31 - Estava tendo seu cumprimento.
João 12:32 – Ele revela o que acontecerá quando for crucificado: Atrairei todos a Mim.
Ele atrairia as pessoas que cressem Nele ao Seu nível de vida (V.24).
João 14:19 – Ele fala de recebermos o nível da vida Dele.
Em João 12:32, Ele está revelando que o mundo todo seria identificado com Ele e atraído a Ele.
Identificado em Sua morte, julgado Nele, crucificado com Ele.
Jesus disse a Nicodemos que Ele seria levantado, como a serpente no deserto (Jo 3:14).
Ele se faria pecado e curaria o pecado da humanidade (II Co 5:21), porque quando Ele ressuscitasse
também estaríamos Nele (Ver Números 21).
A vida Dele destruiria o poder da morte espiritual em nós.
31
A cruz é vida para nós hoje (Gl 5:24).
Ele podia pedir anjos e impedir a crucificação (Mt 26:53), mas se deixou colocar no lugar em que
Deus disse que seriam malditos todos que pra lá fossem. Ao ir à cruz se fez maldição e morreu (Ez
18:4). Ao ser crucificado tornou-se maldito – perdeu a Vida de Deus – por isso clamou: Pai, por que
me desamparaste? (Mt 27:46).
Ele estava como maldito por nós. Tinha que morrer fisicamente e deixar o corpo. Foi ao inferno em
nosso lugar.
Ele não pecou, por isso confiou que o Pai O ressuscitaria: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu
espírito. (Lc 23:46)”.
Atos 2:23; 5:30; 10:39 – São três referenciais à morte de Jesus, em virtude Dele haver sido
crucificado. Ele morreu espiritualmente. É isso o que os textos citados implicam.
Ele morreria nossa morte para que vivêssemos Sua vida.
A Bíblia diz que a alma que pecar essa morrerá (Ez 18:4).
Como Ele morreria, se não pecou? Colocando-Se na cruz. Foi por isso que morreu.
Só conseguiram matá-lo, porque Ele se deixou crucificar. Quando Se deixou crucificar, Se fez
maldito. Quando Se fez maldito estava assumindo nosso pecado. Ao Se fazer culpado morreu
espiritualmente.
Sua morte espiritual ocasionou Sua morte física. Ele foi ao inferno como cumprimento da pena que
era devida ao homem.
Ele perdeu a vida de Deus no momento em que Se fez maldição.
Ele Foi O Primeiro Que Foi Ao Céu, Mas Também Foi O Primeiro A Ir Ao Inferno
(Ef 4:8, 10; Rm 10:6, 7)
32
Cristo – A Nossa Realidade
Nós ficamos redimidos pelo Sangue, mas Ele ainda tinha um percurso, por haver sido feito
pecado.
Na cruz obtivemos completa redenção, por Ele haver Se feito pecado e maldição por nós, Se
deixando ir para lá.
Era necessário que Ele sofresse a penalidade de sua nova condição – pecado por nós. Ele sofreria o
castigo em meu lugar.
Nossa morte espiritual merecia, antes de tudo, um castigo espiritual.
O castigo era evidente, já que morreríamos fisicamente de qualquer maneira.
Nosso corpo já debilitado o bastante por não ter dentro de si a Vida de Deus, voltaria ao pó, e o
espírito iria para o castigo eterno.
Havia um castigo, mas Ele foi colocado sobre Jesus.
Ele morreu a morte espiritual. Perdeu a Vida de Deus. Foi para o inferno sofrer penalidade.
Não sabemos, em níveis eternos, o tempo que o Senhor passou, já que nessa esfera o tempo não é
cronometrado.
Ele passou o tempo necessário que a Justiça divina exigia, Daquele que não cometeu pecado.
Deus O ressuscitou, trazendo-O de volta à vida.
O Seu corpo estava na sepultura. Seu espírito estava na região dos mortos. O Seu Sangue ao pé da
cruz, clamando por Ele e por nós.
Ele não ressuscitou a Si mesmo, na região dos mortos. Não podia se auto-ressuscitar.
Quando Ele aceitou sofrer nossa morte, foi grande o risco ao qual se submeteu.
Podemos ver nisso a grandiosidade do Seu amor, já que Se submeteu a um preço tão alto por nós.
Porque ele não podia se auto-ressuscitar é que em todas as passagens que falam de Sua
ressurreição, diz que foi Deus quem o fez.
Ele sabia que não podia fazer isso, por isso disse: Pai, em Tuas mãos entrego o Meu espírito.
Ele sabia que só o Pai podia, por isso confiou a Ele a responsabilidade de trazê-Lo de volta.
É Necessário Que Não Haja Nenhuma Dúvida Sobre A Morte Espiritual do Senhor
Em Atos2: 25-28 Pedro menciona as palavras de Davi no Salmo 16:8-11, onde o salmista trata
da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo, profeticamente.
Davi diz que Deus não o deixaria na morte (Hades). Seu corpo não experimentaria corrupção.
Isso diz respeito à morte física e espiritual, e também ressurreição.
Em Atos 2:29 Pedro esclareceu que Davi não falava de si mesmo, e acrescenta que Seu túmulo é a
prova disso.
Pedro diz que Davi, sendo profeta (V.30), referia-se a Jesus Cristo, a quem Deus, nem deixaria na
morte, nem Seu corpo se deterioraria.
No v.32, ele conclui: A Este Jesus, Deus ressuscitou dos mortos, do qual somos testemunhas.
33
Paulo Refere-Se À Morte E Ressurreição Espiritual do Senhor (Atos 26:22, 23).
Ele diz que sua mensagem consistia apenas do que os profetas já haviam falado: Que Cristo havia
de padecer.
O v. 23 deixa claro que tipo de ressurreição se tratava: ... Sendo o primeiro da ressurreição dos
mortos, anunciaria luz ao povo e aos gentios.
Os profetas falavam da morte e ressurreição de Jesus, mas como saber que se tratava do aspecto
espiritual?
Paulo nos dar uma pista quando diz: O Primeiro a ressuscitar dos mortos (V.23). Veja Atos 13:35-37.
Um tipo de ressurreição da qual Jesus foi O Primeiro a experimentar.
Não podia ser física, pois no A.T. vários foram ressuscitados.
No próprio ministério de Jesus, muitos foram ressuscitados.
Não se refere ao nível da glorificação Dele, pois como Justificaria o fato de havermos sido
ressuscitados com Ele, já que não fomos ainda glorificados, e mesmo assim sustentar que Ele é o
primogênito dentre os mortos.
Ele não foi O Primeiro a ressuscitar fisicamente. Ele foi O Primeiro a ressuscitar espiritualmente, isso
justifica Sua morte espiritual.
Era isso o que Paulo dizia sobre o que os profetas diziam: Cristo devia morrer espiritualmente.
Sendo O Primeiro a ressuscitar dentre os mortos Jesus anunciaria a Luz – a verdadeira vida (Jo 1:4),
ao povo e aos gentios.
Vejamos o que Pedro fala sobre isso em Atos 3:26: Tendo Deus ressuscitado a Jesus Cristo (Seu
servo), enviou-O primeiramente a vós outros para vos abençoar, no sentido de que cada um se
aparte das suas perversidades.
O texto está nos dizendo que há uma bênção a qual Deus só pôde dar após Cristo ressuscitar? – É
isso o que lemos?
Estamos tratando de uma bênção que não podia ser dispensada antes de Sua morte.
Tratava-se de uma bênção que capacita o homem a afastar-se do pecado.
Paulo concorda com isso ao dizer que, sendo Ele o primeiro a ressuscitar, anunciaria a Luz.
Ato 1:3 diz que Jesus, após ressuscitar, passou 40 dias entre os discípulos, falando coisas
concernentes ao Reino de Deus.
Em Lc 24:22-27, Jesus expõe a alguns discípulos tudo que estava escrito a respeito Dele, pelos
profetas, pelos salmos e Moisés.
Então o entendimento dos discípulos foi aberto para compreenderem as Escrituras.
É isso que cremos que Ele fez quando passou os 40 dias aqui, após a ressurreição: Anunciar que
temos de volta a Luz (Vida) que perdemos no Éden. Recebemos de volta a Vida que reina – a Vida
de Deus. Voltamos à família – somos Filhos de Deus como Jesus de Nazaré.
Em Atos 26:22, 23 os profetas falaram sobre isso. Mas o cumprimento só se deu nos dias de Paulo.
A promessa da ressurreição foi cumprida, mas o interessante é que Paulo associa o ato de Deus
haver ressuscitado a Jesus, ao fato Dele ter se tornado, a partir daí, o Seu Filho.
Como está escrito no Salmo segundo, foi o que Paulo disse (At 13:33): Tu és Meu Filho, eu hoje te
gerei (Sl 2:7).
O que o Espírito Santo está nos ensinando é que a ressurreição de Jesus foi o nascimento do Filho
de Deus que estava morto – na verdade, nosso nascimento Nele.
Jesus foi apenas O Primeiro a ressuscitar dos mortos espirituais (At 26:23).
Em Rm 8:29 lemos que nós fomos predestinados a ser conforme a Sua imagem.
O Senhor revelou em Si a glória de Filho de Deus (Jo 1:14). Essa é a nossa imagem.
Em Jesus Deus criou o novo homem.
Ele é primogênito dentre muitos irmãos (Rm 8:29).
Tanto Jesus como os que por Ele são santificados vêm de Deus, essa é a razão Dele não se
envergonhar de nos chamar de irmãos (Hb 2:11).
Quando Jesus ressuscitou, Ele foi O Primeiro a nascer de novo. Quando Ele nasceu de novo,
nascemos Nele, ou em união com Ele.
João 3:7 declara que para ver o Reino de Deus é necessário nascer de novo – O Reino não é de
aparência exterior, mas invisível. Somente nascendo no Reino ou “de novo” é possível vê-Lo.
Nascer do Espírito é fruto de uma pregação.
O Batismo de João Era Um Batismo de Arrependimento, Essa é a principal mensagem do N.T.:
Arrependimento.
O batismo é a figura do novo nascimento. Jesus passou pelo batismo dando a entender que
devíamos seguir a mensagem de João: Arrependimento.
Nicodemos não entendeu sobre nascer do Espírito (Jo 3:6).
1. Nascer da água (que fala de batismo de arrependimento) é nascer da Palavra.
2. Arrependimento que é fruto de uma pregação.
3. As pessoas nascem da força da Palavra e do Espírito Santo.
4. Paulo diz que fomos unidos a Cristo em Sua morte pelo batismo (Rm 6:4)
5. Na cruz Jesus cumpriu as exigências da Lei, para que unidos a Ele recebêssemos o Dom da
vida.
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6. Jesus consumou a obra de expiação, por isso disse: Tudo consumado.
7. Tudo consumado refere-se a cumprir as exigências da Lei, resta, ainda, algo a ser feito.
8. Ele teria que apresentar o Sangue no Santo dos Santos (Hb 9:11, 12).
No dia da ressurreição Jesus apareceu a Maria e disse que ia ao Pai (Jo 20:17). Ele ainda não tinha
ido porque descera à região dos mortos (Hades).
Quando disse ao ladrão na cruz: Hoje estarás comigo, referia-se ao seio de Abraão, aonde iam todos
os justos que morriam na Antiga Aliança.
Jesus desceu as regiões mais baixas da Terra (inferno) – Ef 4:9, e estava lá cumprindo nossa
penalidade até que a Glória de Deus invadisse o inferno (Rm 6:4). E Ele recebeu a vida no espírito (I
Tm 3:16; I Pe 3:18), tomou as chaves da morte e do inferno das mãos de satanás (Ap 1:18) e
libertou as pessoas do Seio de Abraão e arrebatou-as ao terceiro céu (Ef 4:8).
Quando Ele subiu, levou aqueles que Ele libertou da região da morte consigo, ao lugar que
conhecemos como Paraíso.
Na Sua morte, muitos corpos de santos ressuscitaram (Mt 27:52), e após a ressurreição do Senhor
saíram dos sepulcros e apareceram a muitos – estes também foram ao Paraíso – são as primícias da
ressurreição.
Antes de encarnar Ele estava lá (no céu), não por nós. Depois de Sua morte e ressurreição voltou ao
lugar onde estava, mas agora está lá por nós (Hb 9:24).
Como verdadeiro Sacerdote e verdadeiro Cordeiro ofereceu Seu próprio Sangue em favor da vida
do homem (Hb 9:25, 26).
Com um corpo igual ao nosso, pôde aniquilar o pecado pelo sacrifício de Si mesmo.
Rm 8:3 declara que o que era impossível a Lei, isto fez Deus enviando o Seu filho em semelhança de
carne pecaminosa.
Quando Ele tomou um corpo de carne, ou de pecado, ou corpo dessa morte, pôde aniquilar o
pecado pelo sacrifício de Si mesmo.
Após consumar toda a obra de Redenção, voltou ao céu, de onde o aguardamos uma Segunda vez.
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Cristo – A Nossa Realidade
CRISTO É A REALIDADE DA NOVA CRIAÇÃO
Adão foi o primeiro homem criado na realidade de Deus, Jesus foi o segundo homem nessa imagem,
nós somos o segundo homem em Jesus, dentro da realidade de Deus.
A Salvação É Tríplice
UMA HERANÇA QUE ESTÁ GUARDADA PARA NÓS QUE SOMOS GUARDADOS PELO
PODER DE DEUS
O Poder de Deus é o Espírito Santo.
Uma das razões pela qual o Espírito Santo nos foi dado, é nos guardar para a redenção do nosso
corpo a se revelar no último tempo.
Ele é o penhor que Deus nos deu. A garantia de que Deus cumprirá o que prometeu.
Não há condenação para os herdeiros dessa herança (Rm 8:1).
Não somos devedores à carne para viver segundo ela (Rm 8:12).
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Romanos 8:13-16 deixa claro que Se mortificarmos nosso corpo viveremos. Ora, Os filhos de Deus
são guiados por Seu Espírito e nós não recebemos espírito de escravidão, e sim o de adoção de
filhos, pelo qual chamamos Deus de Pai.
Entendendo o termo adoção de filhos.
Se entendermos o que significa adoção de filhos, entenderemos o papel do Espírito Santo ao Ter
sido enviado a nós.
Rm 8:23 fala da adoção de filhos referindo-se à redenção do nosso corpo. O Espírito de adoção é o
Espírito da redenção.
O Espírito Santo transformará o nosso corpo e Ele testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus (Rm 8:16).
O princípio básico para o novo nascimento e para o desenvolvimento da vida cristã é conhecer a
Verdade, ou seja, a Palavra.
A Verdade liberta (Jo 8:32).
A Verdade Santifica (Jo 17:17).
Não se refere a obter informações, mas a viver, conhecer, experimentalmente a Palavra.
Tg 1:18 – Deus nos gerou pela Palavra para que fôssemos as primícias de sua criação.
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Cristo – A Nossa Realidade
I Pe 1:23 – Fomos regenerados pela força da semente incorruptível – Palavra de Deus.
Nosso espírito foi recriado pela força da Palavra de Deus.
Foi Ele que nos fez ser o que somos hoje – filhos de Deus.
A Palavra é a semente – Ela trouxe a vida e a natureza Dele para dentro de nós (II Pe 1:4).
Devemos desejar ardentemente a Palavra, como crianças recém – nascidas desejam o leite materno
(I Pe 2:2).
O leite espiritual nos dá crescimento.
Nenhum de nós alcançou a plenitude. Ainda estamos em fase de crescimento.
A Palavra nos revelará o que somos, temos e podemos em Jesus.
Precisamos nos encher da Palavra, para que saibamos discernir cada situação em nossa vida.
Nossas experiências não podem substituir a veracidade da Palavra de Deus.
Quando estamos cheios da Palavra, nenhuma pressão nos vencerá.
Nada há nada mais importante que a Palavra, se a honrarmos Ela nos honrará. Foi a Palavra que nos
fez ser o que somos. Ele nos reconciliou com Deus e nos fez Seus embaixadores.
A Expressão Reino dos Céus (Mt 11:11) E Reino de Deus (Lc 7:28) São A Mesma Coisa.
Jesus disse que ninguém nascido de mulher é maior que João, mas o menor no Reino dos Céus era
maior que ele (Mt 11:11). Em Lc 7:28 Ele diz a mesma coisa, só que Lucas coloca Reino de Deus em
vez de Reino dos Céus.
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Cristo – A Nossa Realidade
Jesus falou sobre a vinda do Espírito Santo em João 14:16, 17 e 16:7-14, e o que Ele viria fazer com
relação aos pecadores e aos filhos de Deus.
Era necessário que Ele fosse a fim de que o Espírito Santo viesse.
Em Jo 7:37-39, Jesus fala sobre o Espírito ser dado aos que viessem a Ele.
Quem viesse a Ele, deveria vir e beber.
Em João 4 Jesus fala de uma água que se relaciona com a vida Eterna.
Ele dá a água que se torna fonte para a vida eterna, por meio da qual o crente pode receber o
Espírito Santo, que se torna em rios que fluem para abençoar outros.
Naquele momento o Espírito Santo ainda não havia sido dado, porque Jesus não havia sido
glorificado ainda.
Jesus queria que os discípulos se alegrassem com Sua partida, e não que ficassem tristes (Jo 16:6).
Eles deveriam se alegrar porque o Espírito Santo viria. Viria para levá-los a toda verdade (Jo 16:13).
Eles não estavam prontos para receber tais revelações de Jesus (Jo 16:12), mas naquele ponto da
história já sabiam muitas coisas. O Espírito Santo viria para ser Rios de Águas Vivas fluindo.
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Quando somos nascidos do Espírito, Ele vem habitar em nós, mas isso não quer dizer que tenhamos
sido cheios de Sua plenitude.
Receber sem a conversão é contrariar as Palavras do Senhor que diz: O mundo não pode receber (Jo
14:17).
Falar em línguas é conseqüência de se haver recebido o Espírito, de se crer em Jesus. Ele disse quem
crer em mim... Falarão novas línguas, e é claro que quem nasce de novo por crer em Jesus, recebe o
Espírito Dele.
João desejou esse batismo figurado nas águas do batismo que ele (João) ministrava.
A Segunda experiência que o homem tem com espírito de Cristo, é algo contínuo. Eu chamo-a de
Plenitude do Espírito. Essa experiência exige uma constante busca, e se chama ser cheio ou buscar
essa plenitude continuamente.
Paulo ensina, em Efésios 5:18, como fazer isso real em nossas vidas.
Em Atos 8:14-18 – Os crentes de Samaria haviam crido e sidos batizados em nome de Jesus (v.16).
Eles receberam a vida de Deus.
Nós temos aqui um caso singular sobre o recebimento do Espírito Santo. A Bíblia diz que o Espírito
Santo ainda não havia vindo sobre eles, então os apóstolos foram lá para que O recebessem (V.17).
O que percebemos nesse caso, é que parece haver uma necessidade de uma repetição de fatos a
exemplo do que aconteceu no dia de pentecostes aos discípulos.
A história nos conta que houve evidências desse recebimento (v.18).
Em Atos 10:39-47 temos o fato dos gentios na casa de Cornélio. Os versículos 45 a 47 dizem que
eles falaram em línguas.
Não temos aqui um ponto exato que revele que receberam a Jesus, mas é claro que o receberam no
momento em que falaram em outras línguas.
Ninguém pode dizer que eles não receberam o espírito, assim como ninguém pode receber o
Espírito sem se tornar uma nova criação.
Pedro pode comprovar que eles receberam o espírito, assim como eles, os discípulos haviam
recebido no início, e isso foi um fator fundamental para que ele os batizasse em águas em nome do
Senhor Jesus.
Atos 19:1-7 declara que doze homens falam em línguas em Éfeso, mas os fatos nos contam que eles
nem sabiam do Espírito Santo. Haviam sido batizados no batismo de João, então Paulo falou que
João havia dito para que todos cressem Naquele que viria depois dele, a saber, em Jesus (v.4). Os
efésios creram e receberam o batismo em nome de Jesus (v. 5).
O que constatamos nesse caso, é que eles ainda não haviam nascido de novo, já que necessitavam
de conhecer a Jesus e receber o Seu Espírito, e receberam o batismo com o Espírito Santo (v.6).
O Espírito Santo veio causando vida em todos eles, mas agora ele queria fluir por meio deles, e é
nesse ponto que entendemos João 7, quando Jesus disse que quem tivesse sede viesse a Ele e
bebesse.
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Cristo – A Nossa Realidade
As águas que se tornaram uma fonte que jorram para a vida eterna em João 4, e falavam de
salvação, é a mesma água que quem tivesse sede deveria vir para beber, pois falavam de salvação e
não de religião.
Religião os judeus tinham, mas não estavam satisfazendo ninguém.
Quem tivesse com sede deveria vir a Jesus. Aquilo que Ele dissera a uma mulher secretamente,
agora estava dizendo publicamente.
E Jesus acrescenta: quem crer em mim, como diz as Escrituras, do seu interior fluirão rios de água
viva.
E João detalha que Ele se referia ao Espírito Santo que seria dado aos que cressem Nele, quando
Jesus fosse glorificado (v 38).
Crer em Jesus é fundamental para se receber o Espírito - nascer de novo, mas se manter cheio,
como disse Paulo, exigia estar sempre bebendo de Jesus, o que pode ser contemplado em Ef 5:18.
Beber é representado em falar em salmos uns aos outros, entoar hinos espirituais...
O enchimento é algo continuo.
O Espírito Santo é recebido no ato da Salvação, mas o enchimento cabe a cada um de nós.
Quem Recebe?
Deus já fez a parte Dele doando; nós fazemos a nossa parte, recebendo.
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A MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO
As pessoas que mais são maltratadas por pensamentos errados, são as que mais precisam, e são as
quem mais Deus quer dar de Si e se manifestar nelas.
É o Espírito Santo que ajudará a pessoa a sair de suas dificuldades.
Ele restaura as estruturas de nossa alma.
Há poder restaurador e libertador disponível na pessoa do Espírito Santo.
Não pense que não pode falar em línguas.
Com o Espírito Santo você vencerá toda e qualquer dificuldade.
Quando orar em línguas faça-o por fé.
Não se sinta hipócrita – sinta-se como quem confia em Deus, e Dele depende.
Não é por obras, é pela pregação da fé.
Ouse fazer uso dos recursos que o Espírito Santo te favorece.
O que você não pode nas suas forças conseguirá na força Dele.
Ele é o teu ajudador.
Você é filho de Deus.
Há um Poder que já opera em tua vida, desde que você recebeu Jesus.
Você não sabia a pessoa maravilhosa que Deus te fez ser, mas agora sabe.
Você é a nova criação de Deus e Ele dispôs tudo Dele para a tua Vitória. Aleluia!
Creia e Viva!
amarildo_pastor@hotmail.com
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