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Conto Budista:

Após alcançar a iluminação, Budha passou a ensinar. Reuniu então pessoas dispostas a fazer o
mesmo caminho que ele, e os aceitou como discípulos. Buda então prega uma filosofia de
libertação radical, uma libertação final que livra a pessoa de tudo e todas as ilusões.

É tão radical e profunda que a maioria das pessoas se assusta, e a maior parte não aceita para
si mesmo(a) esse modo de vida. Buda fala sobre não sentir nenhum desejo, nem mesmo o
desejo de libertação... ele fala de renunciar a todas as posses materiais, as qualificando como
“correntes” que nos prendem as obrigações e deveres do plano material (maia, a grande
ilusão).

Essas obrigações e deveres nunca acaba! Hora encarnamos como ricos (e com a riqueza todas
as responsabilidades), hora encarnamos como pobres (e com a pobreza as decadências e
frustrações), hora encarnamos como pessoas saudáveis (e com a saúde a perda de tempo com
atividades fúteis e depois o lamento por perdê-la ao envelhecer), hora encarnamos como
doentes (com a doença a dor e miséria mais profunda).

Esse processo nunca termina, é como se estivéssemos num carrossel, ele gira, gira... e nunca
nos leva a lugar algum, sempre repetindo os mesmos dramas, ficamos então como prisioneiros
de um processo interminável, vida após vida. Se algo não for feito, então ficaremos pela
eternidade sempre repetindo os mesmos dramas, os mesmos condicionamentos Ad Infinitum!
Somos escravos mantidos dentro de um sistema prisional onde vivemos sob uma ilusão
perpétua que não nos permite ver a realidade além

Então lá no inicio, no começo de suas pregações, um dos candidatos a discípulo fez a seguinte
pergunta a Buda:

-'Senhor Buda, a final... a troco do que eu vou renunciar a tudo e a todos? - Não consigo
compreender o “por que” o apreciar a vida e todas as suas alegrias e tristezas é tão
prejudicial...'
O Buda então olhou para aquela pobre criatura a sua frente, e pensou: - “como posso me fazer
entender?”- por segundos meditou e então decidiu o que fazer, iria contar uma parábola.

Buda começou: Era uma vez um viajante feliz que atravessava sozinho os caminhos tortuosos
de uma floresta densa (típica da Índia), ele estava muito contente, tudo era motivo de
admiração, afinal a floresta é suntuosa, cheia de cores, pequenos e médios animais, aromas e
agradáveis sons...

Os raios de sol entre as folhagens faz um belo efeito, é agradável ouvir o canto dos pássaros,
respirar o ar puro de agradável fragrância. A temperatura agradável ajuda bastante, ele estava
feliz e saltitante, era um dia lindo e merecia ser apreciado. Ele então segue muito feliz o
caminho, mas a felicidade dele dura muito pouco... pois um tigre enorme pula logo atrás dele,
e faminto tenta devorá-lo!
O viajante então se desespera e sai correndo a toda velocidade, o tigre logo atrás o persegue.
Enquanto corre o viajante só pensa em uma coisa, fugir para bem longe, escapar desse grande
sofrimento que é ser devorado vivo.

Ele sua copiosamente, dos olhos esbugalhados sai até lacrimas de desespero (do viajante), o
tigre logo atrás chega a dar baforadas na nuca do viajante, de tão perto que ele está de
abocanha-no-lo.

Em um certo momento o tigre morde a mochila nas costas do viajante, e vários de seus
pertences começa a cair, o tigre se atrapalha um pouco com os objetos, e perde um pouco da
velocidade, ficando para atrás, mas ainda correndo para devorar o viajante.

O viajante corre, corre, desesperado tenta salvar sua vida, lamenta constatar que está
perdendo preciosos objetos, mas a vida é o maior bem de todos, por isso ele prossegue
correndo. Mas enquanto corre o viajante vê logo a frente um grande despenhadeiro!

O caminho é cortado por uma grande fenda de uns 7 metros de largura e 30 de profundidade,
impossível de pular! A frágil ponte de cordas antiga que tinha ali já se deteriorou há muito
tempo... agora só resta vestígios de pouca serventia.
Como escapar do tigre? Como pular uma largura tão grande? Morrer devorado vivo ou de uma
queda mortal? Que escolhas sinistras! Chegando mais perto o viajante dominado pelo terror
vê que ao que tudo indica tem uma saída!

Acontece que existe uma árvore bodhi do outro lado do despenhadeiro, as árvores bodhi
possuem galhos longos, de uns 4 metros em média, e no caso dessa árvore esses galhos tem
cipós que descem até abaixo do nível do caminho, quase que tocando no fundo da fenda.
Árvore Bodhi, como vêem ela tem galhos muito longos que se projetam para todos os lados

O viajante sem pensar muito então pula com toda força e segura um dos cipós. Está salvo! Ou
pelo menos momentaneamente salvo... O tigre fica na beirada do despenhadeiro e tenta com
suas garras pegar o infortunado viajante.

Este (o viajante) tenta se balançar para tentar chegar ao outro lado, mas o próprio movimento
de “vai e vem” o coloca a cada tentativa mais próximo tanto do outro lado do caminho, como
também da boca e das garras do tigre!
Ele logo percebe que não vai dar certo, então para de se balançar e olha para baixo, ele pensa -
“Bem vou descer até o fundo do despenhadeiro e escapar” - mas eis que verifica que no fundo
da fenda tem mais dois tigres! Estes esperam que o viajante dessa ou caia para poder devorá-
lo! Se escapar de um já era difícil imagine dois!

O viajante não acredita na sua má sorte, ele então pensa – “Nesse caso vou subir, usarei os
galhos da árvore para chegar do outro lado” – mas ele olha para cima e vê que tem dois ratos,
um preto e outro branco roendo o cipó onde se segura! Percebe então que seus minutos estão
contados! Precisa subir o mais depressa possível pelo cipó, senão vai ser devorado vivo!
Então começa a subir, mas por estar suado suas mãos escorregam, o cipó é vegetal e por isso
ao ser espremido pelas mãos desesperadas do viajante começa a soltar seiva, essa seiva ajuda
mais ainda na lubrificação maldita, e o viajante tem grandes dificuldades de subir.

Ele então olha para baixo, os dois tigres rugem e tentam pular para alcançá-lo, ele olha para o
caminho que atravessou, o primeiro tigre ainda tenta agarrá-lo, ele olha para cima os dois
ratos estão a roer o único objeto de sua salvação. Medo! Medo! Suor copioso escorre por
todos os poros, ele precisa subir ou vai morrer violentamente!
Budha sendo tentado pelos demônios pouco antes de alcançar a iluminação

Enquanto tenta subir, os movimentos faz sacudir os ganhos da árvore, em um dos galhos mais
acima tem uma colméia de abelhas, e por causa dos sacudimentos uma gota de mel cai, o
viajante por estar com a boca aberta olhando para cima (por conta de estar ofegante) acaba
por acidente recebendo em sua boca uma pequena gota de mel.

Ao sentir o sabor doce do mel, o viajante então esquece tudo... esquece o tigre do caminho da
floresta, esquece os dois tigres que estão só esperando que ele caia, esquece os dois ratos que
estão roendo o cipó onde se encontra, esquece como é escorregadio o cipó em que se
segura... Ele por alguns instantes, que não soube precisar, só tem atenção para o prazer que
aquela minúscula gota de mel li proporciona...
Prazeres efêmeros...

Depois desse breve momento de prazer, ele volta à realidade, não sabe dizer quanto tempo
ele ficou distraído com a ínfima gota de mel. Quando olha para cima percebe que deve ter sido
muito tempo, pois os dois ratos já estavam terminando de roer o cipó, ele então (o viajante)
amaldiçoa sua falta de sensatez, e mal termina de se auto-amaldiçoar, pois o cipó arrebenta...
ele cai nas garras dos dois tigres do fundo do abismo e sofre uma morte violenta, é
esquartejado e devorado...

Buda então olha para o discípulo em potencial a sua frente e pergunta:


'O que achou?' - O potencial discípulo responde - 'Nossa mestre! Que história trágica! Não
desejo esse destino nem para o meu pior inimigo... o viajante estava tão esperançoso no
começo da caminhada... - Budha então sorri e diz - 'certo, vamos a explicação da parábola' -
Essa parábola é um conto que tem a ver com a vida humana e suas efemeridades.

O viajante da história é todo homem e mulher que nasce nesse mundo, e vive desde a sua
infância até a velhice. A Floresta suntuosa é o mundo material e suas maravilhas (o planeta), o
caminho na floresta é as possibilidades e limitações que temos, não há liberdade total, apenas
aparente, pois desde o nascimento temos que construir nossa vida dentro das possibilidades
que nossos pais e ancestrais nos forneceram, assim se nascermos numa cidade rica teremos
uma porção de possibilidades a nossa frente, a maioria delas positivas, se nascemos numa
cidade pobre, então será o contrário...

O viajante não pode adentrar na floresta fora da trilha, pois terá de criar uma nova trilha, o
que demandaria muito mais dificuldades a viagem, outras pessoas no passado fez a trilha aos
poucos, sendo que a primeira teve de abri-la a machadadas.
Bem.. no inicio o viajante está contente, ele se maravilha com cada folha, pedra, pequeno
animal que vê. Essa é a fase da infância, onde todas as pessoas, homens e mulheres, são
ingênuos e abobalhados, acham graça de tudo.

Estão completamente despreocupados, tanto que dependem dos pais para sustentá-los, caso
contrario morrerão de fome. Mas as crianças logo crescem, viram adolescentes e ai vão
percebendo aos poucos em como a vida na realidade é dura, cinzenta e sem futuro. É caro
ficar vivo, uma luta diária pela sobrevivência (pelo menos para a grande maioria é assim).

Esse é o momento que o tigre pula logo atrás do viajante e começa a persegui-lo, o tigre é a
representação da morte, é a morte inevitável que chega, mais cedo ou mais tarde, para todos,
homens e mulheres, ricos ou pobres, saldáveis ou deficientes.

O tigre começa a perseguição, e no inicio está tão próximo que o viajante sente as fungadas do
animal na nuca.

Essa é uma representação da fragilidade que as pessoas estão durante a infância e o inicio da
adolescência, onde os corpos pouco desenvolvidos são um fator de desvantagem diante de
adultos plenamente formados. Doenças de pouca gravidade, tais como gripe, diarréia,
envenenamento por alimento mal conservado, etc... são geralmente mortais para crianças, e
num adolescente pode se agravar também (Obs. nesse caso devesse levar em conta a época
em que se passa a história, e os poucos recursos médicos que possuíam).

A mortalidade infantil sempre foi muito alta na antiguidade, só a partir da revolução industrial
é que a medicina se desenvolveu a ponto de melhorar muito esse quadro
Então para crianças e adolescentes, a morte sempre está muito próxima... O tigre então morde
a mochila do viajante fazendo um rasgo, e os objetos vão caindo pelo caminho, muitos na
cabeça do animal que então desacelera a perseguição.

Essa é uma representação das primeiras desilusões que as pessoas vão tendo, ao passar dos
anos, os adolescentes vão aprendendo que toda aquela visão de mundo que tinham quando
crianças é ilusório, as fantasias de infância vão sendo uma a uma abandonadas, mesmo as
ilusões da adolescência vai sendo também abandonadas.

Na medida que as pessoas vão alcançando a fase adulta esse abandonar das fantasias
insensatas dá mais chance para a pessoa sobreviver, as pessoas que insistem na realização de
fantasias tolas, (da infância e adolescência), acabam por ser “abatidas” mais rápido pela
dureza da existência.

A bem da verdade, é que a vida humana nesse nosso mundo é terrivelmente dura, triste e sem
perspectivas. Mesmo os ricos(as) e belos(as) também passam por diversos perigos, e tem de
lidar com responsabilidades ainda maiores.
O viajante lamenta a perda de suas coisas, isso é a representação de que as pessoas
logicamente lamentam pelo mundo não ser aquele “paraíso” que fantasiavam, realmente é
triste encarar a realidade nua e crua... A viajante se distancia um pouco do tigre, isso é a
representação de que na fase adulta, se a pessoa for sensata, ela consegue se afastar
razoavelmente bem da morte, suas expectativas não são tão ruins como no inicio.

Então a viajante consegue avistar logo a frente que existe um precipício, essa é a
representação do inevitável, o inevitável é as dificuldades inerentes a vida, só por estar vivo a
pessoa tem de enfrentar diversas dificuldades e limitações que a carne (corpo) e o mundo
natural impõe, além da política e economia de seu país.

A pessoa então adulta, se preocupa já com o que fará até a velhice, e começa a pensar o que
fazer e como agir, escolhe uma profissão e logo depois de formada passa a exercê-la.
Chegando mais perto, o viajante percebe a gravidade da situação, o precipício é muito largo,
não há como pular, ele é muito fundo, uma queda mortal...

Mas não tem jeito, ele tem de encarar, o tigre está logo atrás... essa é a representação de
quando a pessoa tem de se virar para se auto-sustentar, não pode mais contar com os pais
para obter comida, moradia, gastos com roupas. É a fase em que a pessoa começa a trabalhar.

O viajante então pula e agarra como pode o cipó que pende de uma árvore, o cipó é a
representação da tênue fio da vida, a árvore é a representação da divindade, da real
personalidade do ser, de Deus que possui a imortalidade e bem aventurança eterna.
Esse ser divino é tudo o que precisamos alcançar para escapar das misérias, decadência e
sofrimentos físicos e emocionais. O cipó é uma pequena e subalterna parte que sai de Deus,
nem é diretamente, pois o cipó é uma planta que se aproveita da árvore para viver, como um
parasita, podemos dizer então que somos uma criação de um ser (ou seres) mais avançado,
que não é Deus, mas tem um contato mais próximo com ele do que nós.

Mas ao agarrar o cipó, o viajante logo percebe que está numa encrenca, pois ele é
escorregadio, é difícil segurar. A própria força exercida pela mão no cipó, faz esse soltar seiva,
pois está sendo exprimido. Essa é a representação de como a vida é difícil, de como é
dificultoso mantê-la e tocá-la para frente, tendo de enfrentar diversos problemas o tempo
todo.

Desesperado o viajante olha para baixo, na esperança de descer e escapar do tigre, mas ai vê
que lá embaixo tem mais dois tigres esperando... Essa é a representação da fatalidade
intransponível da vida, ela sempre vai acabar em morte... a pessoa corre, corre a vida toda,
junta dinheiro, faz universidade, estuda, busca em todas as partes uma saída (isso claro
falando dos mais inteligentes, por que os alienados não fazem absolutamente nada, vivem sem
pensar no amanhã).
Mas não importa o quanto lutem para escapar, a morte chegara mais cedo ou mais tarde...
Mas a esperança do viajante ainda não acabou, ele olha para cima e pensa em escalar o cipó
para chegar ao galho da árvore, fazendo isso ele poderá usar a própria árvore para chegar ao
outro lado.

Mas ao prestar mais atenção, nota que há um rato branco e outro preto roendo o cipó. Essa é
a representação do tempo, o rato branco é o dia, o preto a noite, os anos vão passando, com a
noite e o dia se revezando e levando embora a saúde, a sanidade e as forças das pessoas.

Não há tempo a perder, a cada dia você fica mais velho, a morte está cada dia mais próxima, se
faz necessário agir o mais rápido possível, se quiser ter a esperança de alcançar a divindade, o
galho salvador, o objeto que te levará a salvo para o outro lado onde será um Deus, acima das
limitações humanas, então tem de agir sem demora.

Mas no meio de toda essa loucura que é a vida, uma ínfima gota de mel cai na boca do
viajante, o deixando extasiado, nesse êxtase ele esquece todo o perigo, toda a urgência, todo o
esforço que tem que fazer, ele não lembra mais do tigre da trilha, nem dos dois tigres que
estão esperando ele cair, nem dos dois ratos roendo a única esperança de salvação que tem,
não, ele apenas tem atenção agora para o doce da gota de mel, para o prazer que o sabor
provoca.

Essa é a representação dos efêmeros prazeres que as pessoas tem durante a vida, num oceano
de sofrimento, existe gotas de prazer... tais como Sexo, Comida, diversões diversas como
viagens, esportes, festas, e claro também o amor sensual (homem mulher) e os filhos... Tudo
isso é efêmero, tudo isso tem prazo de validade, tudo isso vai passar, vai estragar e no final vai
feder inclusive... é como diz o provérbio, tudo que é bom dura pouco!

Posses materiais, apesar de bom, são efêmeras, pois não pode livrar o ser humano da
escravidão do sistema da vida

A gota de mel é saborosa, mas logo passa, então o viajante volta a realidade e se arrepende
profundamente, pois perdeu muito tempo com a misera gota adocicada, aquele prazer doce
que ela proporcionou passou, e agora fica apenas o amargo do arrependimento.
Ele perdeu minutos preciosos, o rato branco e o preto já estão terminando de roer.
Lamentando a sua tolice o viajante vê a corda arrebentar, e ele cai na boca dos tigres e morre
esquartejado... essa é a representação de toda a insensatez humana, onde as pessoas se
entregam a efemeridades, sem perceber que estão perdendo preciosos anos, que poderiam
dedicar a coisas mais importantes, tais como alto-conhecimento, entendimento da natureza
real da vida, de Deus, de seu real papel no universo, etc...

Conhecimentos esses que poderiam levar ao ativamento de potencias ocultos, e superação das
limitações dessa realidade limitada da Terra. Tudo isso poderia ser a saída tão almejada desse
circulo vicioso da destruição, mas a grande maioria perde seus melhores dias correndo atrás
de fantasmas, tais como uma mítica “felicidade” que nunca é alcançada, uma felicidade
baseada em conceitos pueril, tais como casamento, riqueza material, beleza física, criação de
filhos, etc...

A existência humana é miserável e sem sentido...

Na velhice, uma parte dessas pessoas se arrepende, e então passam os últimos dias de suas
vidas lamentando, amargando os anos desperdiçados. E assim morrem em meio ao desgosto e
decadência moral e física.

Ao terminar a explicação o Buda nota que o futuro discípulo está atônito, ficou branco de
medo, paralisado de pavor - Olhando então os olhos esbugalhados do homem a sua frente, o
Buda continua - E se achou essa constatação terrível, saiba amigo que a estupidez humana é
ainda mais absurda, pois as muitas existências é um fato, então o mesmo cenário se repete
vida após vida, como se fosse um pesadelo de onde não se pode escapar.

Se não houver alguém que possa te acordar, então você repete o mesmo drama, não uma,
nem duas e nem três vezes, mas centenas e centenas de vezes. E se não fizer um esforço para
acordar desse pesadelo, vai continuar a repetir todo o trajeto, uma vez que venha a morrer
esquece tudo e repete a mesma história triste na vida seguinte, mas na sua alma todas as
impressões negativas vão sendo acumuladas, causando então diversos problemas psicológicos
e físicos. (Obs. é o que nós do “Salto” chamamos de Imprints Negativos).

E então, compreendeu os benefícios de renunciar a tudo e a todos para alcançar a libertação? -


"Perguntou buda"- O que fazemos aqui, nessa filosofia que venho a divulgar, é o convite de
abandonarmos tudo o que nos atrapalha na tarefa de alcançar a árvore da imortalidade, da
sabedoria, a nossa divindade.

Eu identifiquei tudo o que nos impede de chegar a divindade, trilhei o caminho e agora por
piedade venho ensinar os outros, para que não percam o tempo que perdi, para que tenham
mais chances de chegar a divindade e alcançar a imortalidade ainda nessa vida. Ali, onde a
morte não está a espreita, onde a vida é gloriosa, fácil e feliz.
Não uma felicidade efêmera, mas sim uma felicidade duradoura, que não se corrompe com o
tempo, e nem se estraga com as eras. E então, o que prefere, repetir o mesmo drama do
viajante da floresta cheia de perigos, ou começar hoje, nessa vida a concentrar esforços para o
despertar de sua divindade interna?

O candidato a discípulo, já com lagrimas nos olhos, faz o sinal de respeito, com as mãos juntas,
e se ajoelha diante do Sábio. Ele compreendeu, e agora se dispôs a começar a caminhada
rumo à libertação do Samsara.

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