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E-BOOK

41 Páginas

Constelações Sistêmicas Familiares

cristianosolution@gmail.com
E

E-Book Cartas
Sistêmicas
Lançamento

Muitas felicidades e realizações!


BERT

HELLINGER

O CRIADOR DA CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR


Hoje, quando se faz menção à terapia familiar sistêmica, pensa-se
em Bert
Hellinger e seu método das constelações familiares. Hellinger
nasceu na
Alemanha em 1925. Trabalhou como missionário na África do Sul
entre os
zulus durante dezesseis anos, período em que foi ao mesmo
tempo padre e
diretor de uma escola de tamanho considerável.
Na qualidade de sacerdote, viu-se diante dos costumes, dos rituais
e da
música zulus. Uma formação ecumênica somada a dinâmica de
grupo
fundada no diálogo, na fenomenologia e na experiência humana
marcou para
ele uma etapa decisiva. Depois de 25 anos como padre, deixou sua
congregação religiosa, voltou a Alemanha e partiu para uma
formação em
psicanálise.
Hellinger estudou inúmeras abordagens terapêuticas, algumas
baseadas na
respiração e no corpo, na Gestalt, na análise transacional, na
terapia
familiar sistêmica, em constelações familiares, na programação
neurolinguística, em terapia provocativa e na terapia do abraço.
Ele qualifica seu método de fenomenológico. É um método
profundamente
empírico, cujo estudo experimental lhe permitiu descobrir
inúmeras leis
que governam nossa vida e nosso destino. Quando
Hellinger aborda a questão
dessas leis, ele se recusa a ser categórico, com
medo de alienar sua preciosa
liberdade para evoluir e aprender. Ele
incessantemente põe à prova essas leis,
como o fazem todos aqueles que praticam as
constelações. Elas são validadas,
adaptadas e até mesmo revogadas por seu método
fenomenológico.
O QUE SÃO LEIS SISTÊMICAS OU LEIS DO AMOR ?
As leis sistêmicas são estruturas que contribuem à
harmonia dentro de um sistema familiar se forem
respeitadas. Hellinger as nomeia como “ordens do amor”
para que assim fixemos a estrutura dele em nossa postura.
Elas são naturais e existem de modo instintivo e
automático a qualquer um de nós.
Por meio disso se fortalece a ideia de que pertencemos ao
vínculo de necessidade básica em nossa família. A
necessidade de se vincular a ela acaba sendo maior do que
sobreviver, já que, sem ela não existimos de forma plena.
Nisso, o sacrifício que muitos fazem serve de justificativa
para as entregas preferenciais ao sistema.
Por causa dessa ligação que podemos entrar em conflitos,
mesmo que a nossa intenção seja contrária. Isso porque a
energia faz com que a gente respeite nossos antepassados,
de modo a preservar as suas essências como pudermos.
Vivenciando essas dores, aceitando alguns pilares e
incluindo outras observações, fazemos nosso ciclo feliz com
a nós mesmos.

LEI DA ORDEM OU DA HIERARQUIA


A lei sistêmica da ordem faz alusão ao respeito natural que
devemos entregar a todas as pessoas que nasceram antes
de nós na família. Nisso, fica estabelecida uma hierarquia
natural em que os mais velhos sempre vão ficar em
prioridade. Não que isso nos faça pior que eles, nada disso,
mas o ciclo se cria da forma como é feito e devemos
respeitá-lo.
Enquanto quem veio primeiro tem preferência,
quem nasceu depois deve ser guiado a
protegido. Assim como um certo privilégio, cada
um de nós possui também responsabilidades e
deveres com o sistema. Desse modo, os mais
novos são guiados e protegidos por aqueles que
chegaram antes dele.
Quando a desconsideração e desrespeito
surgem, conflitos vêm à tona e dificultam os
relacionamentos familiares. No momento em
que um filho acaba renegando a importância
dos pais faz com que a sua própria existência
perca valor. Os pais, por sua vez, atribuindo
capacidades incompatíveis aos filhos
comprometem o desenvolvimento deles.
LEI DO EQUILÍBRIO OU LEI DO DAR E RECEBER
A segunda das leis sistêmicas é a lei do
equilíbrio, de modo a igualar corretamente as
trocas humanas. Com isso, o dar e receber
entre as pessoas precisam se equivaler para
que assim a paz possa existir. Bert Hellinger
ensina que viramos credores quando
entregamos algo ao outro e devedores quando
recebemos.
Os relacionamentos se pautam no equilíbrio
sobre crédito e débito em um contato
interpessoal. É como se uma ponte se
sustentasse aí, de modo que as trocas
igualitárias servissem de sustento a esse
contato. Contudo, quando isso fica desnivelado
a tendência é que as relações se direcionem ao
fracasso de forma gradativa.
Quando alguém dá demais ao outro numa
disponibilidade eterna, ela vai se cansar e se
esgotará, principalmente no lado emocional.
Por sua vez, quem apenas recebe não entende
o pacto ali construído e não sabe devolver a
energia entregue. Não se trata de valores
materiais, mas, sim, da energia depositada e
como isso reflete no relacionamento de ambos.
LEI DO PERTENCIMENTO
A terceira das leis sistêmicas é a lei do
pertencimento, fazendo com que nós tenhamos
posição irrevogável na família. Existe uma
necessidade natural em fazer parte da família e
pertencer a esse meio. Já que é um vínculo tão
profundo e que, segundo a Constelação, fica
acima até da nossa necessidade em sobreviver.
Isso porque, quando expulsamos alguém
existencialmente desse ciclo, trazemos
sofrimento a todos os envolvidos. Quando
arrancamos alguém de seu lugar entendemos da
pior maneira que isso é impossível de ser feito.
Por mais mal que tenha nos feito, é um direito de
nascença permanecer conectado e as claras na
nossa família.
Mesmo que seja este o caso, de alguém ter nos
machucado, não devemos sombrear a sua
existência sobre nós.

As leis
Sistêmicas não
foram
inventadas, e
sim observadas,
assim como a lei
da gravidade por
Isaac Newton
A FORÇA DOS PENSAMENTOS
(Aqui não me refiro diretamente a pensamentos positivos ou
negativos )

Em seu trabalho na Psicanálise, Sigmund Freud apontava


que os nossos pensamentos seriam a próxima etapa da vida.
Nisso, eles seriam uma continuidade de nossa existência,
protegendo a ideia de que acasos não existem no
inconsciente. Mesmo não sendo palpáveis, carregam força
suficiente para nos influenciar e fazer o mesmo pelas outras
pessoas.
Continuando, Freud indicava que a memória, sentimento,
ação ou evento mental possuem origens na intenção
inconsciente. Mas ainda assim essas movimentações
surgiram de fatos oriundos de nossa consciência. Com isso,
parece que os eventos mentais ocorrem espontaneamente,
mas isso não é uma verdade.
Esses trechos cobrem bem o que acontece quanto à
movimentação do círculo familiar sob as leis sistêmicas.
Tudo aquilo que fazemos agora recebe influência das
pessoas que viveram antes em nosso círculo familiar.
Lembre-se que a energia do campo faz com que honremos
essas pessoas e reproduzamos rotas parecidas para
seguirmos os seus passos no presente.
Tudo o que está no seu inconsciente gera
como se fosse uma “força de atração”,
que atrai o Tudo o que está no seu
inconsciente gera como se fosse uma
“força de atração”, que atrai o mesmo
tipo de energia na sua vida. Carl Jung
tipo de energia na sua vida.
Carl Jung
MAS O QUE É CONSTELACÃO FAMILIAR ?
Constelar é entrar em harmonia com as leis da
vida, é
tomar consciência de conteúdos reprimidos no
inconsciente coletivo familiar e grupal, acessando
memórias profundas que trazem à tona a origem
de
sintomas, impedimentos, bloqueios, hábitos,
pactos
invisíveis de lealdade e identificação, crenças
limitantes, comportamentos e padrões obsoletos
que
influenciam nas nossas dinâmicas pessoais e nas
demais esferas da vida. Desta forma quando
trazemos
a tona essas memórias e as ressignificamos, nos
liberamos também para assumirmos 100% a
responsabilidade da nossa vida e dos eventos que
nela acontecem.

DIRETO AO PONTO
É considerada uma prática terapêutica breve,
em razão de que sem muitos rodeios vamos
diretamente ao ponto, à matriz de um
problema/questão para analisarmos o que
sistemicamente está em desordem com o
fluxo natural da vida, com as ordens do amor
ou leis sistêmicas, e orientar-se à solução.
Você não é uma
folha em branco

Isso mesmo, quando nascemos não recebemos


uma folha em branco para escrevermos a nossa
vida do jeitinho que gostaríamos, como se já não
houvesse qualquer informação no "HD"...
MAS, POR QUE?
Desde a nossa concepção já acessamos uma série de
programações inconscientes do grupo o qual você
pertence
(a sua família de origem). É como se já houvesse um
"Script",
um roteiro, e que você está condicionado a executar esse
programa durante a sua vida.

Mas, isto é Ruin ?


Na verdade, é importante abandonarmos o julgamento
sobre
bom e mau, pois, isso é o significado que você atribui
para o
fato. Esse roteiro têm uma função muito importante:
AUTOPRESERVAÇÃO da VIDA!
Quando somos concebidos, nós herdamos informações
genéticas que correspondem a estrutura física: Cor dos
olhos, formato dos cabelos, tons da pele, entre outros...
MAS... além disso, herdamos também comportamentos
que
funcionam como uma espécie de estratégia de
sobrevivência, emoções, crenças, hábitos, traumas...
Então isto é
bom ?
Depende...

Essas heranças "invisíveis" atuam como


programações que orientam nossas vidas,
nossas relações e interações no mundo
(interno e externo)...
Esses roteiros permanecem "rodando" em nosso inconsciente,
interferindo diretamente no nosso momento presente e nas
escolhas que fazemos.

A grande questão é que muitos


desses roteiros já estão mais que
obsoletos e precisam ser superados.
Em uma linguagem bem informal...
Imagine quando alguns aplicativos do
seu celular vão diminuindo o
desempenho e você tenta usá-lo até
onde dá... Mas o que realmente se
requer é que você faça uma bela de
uma atualização!

Através da Constelação podemos compreender com um


olhar mais profundo, quais são esses programas e as
verdadeiras motivações que ainda mantém essas
programações "rodando", e que geralmente se manifestam
através de conflitos, bloqueios, sintomas e doenças.

"Aquele que não conhece a própria


história, tende a repeti-la".
Bert Hellinger.
Porque constelação ?
Nem sempre foi chamada assim... Inicialmente foi
chamada
de Familienstellen, em alemão, cuja tradução literal é
"Representação Familiar, ou, "Colocação Familiar".
Stellen - Verbo Alemão que significa "representar",
inserir
em uma determinada configuração.
Quando foi traduzido para o Inglês...
O verbo Stellen foi colocado como Constellate, sendo
então
o nome utilizado em inglês como "Family Constellation"
E posteriormente, em Alemão, "
FAMILIENSASUFSTELLUNG",
como consta no site oficial do Bert Hellinger.
Tradução para o Português...
A tradução para o português foi com base no nome em
inglês, tal qual o significado literal é Constelação
Familiar.
Apesar do ocorrido na tradução, se encaixa
perfeitamente
como uma metáfora, considerando que da mesma forma
que
em uma constelação de estrelas , cada elemento da
família
têm o seu devido lugar e que é único, intransferível e é o
espaço perfeito para brilhar.sendo você mesmo.
Ademais, não seria possível admirar o
conjunto da obra, o resultado o qual
vemos quando olhamos para o céu e
observamos cada estrela em seu
lugar, na sua configuração e em
equilíbrio.
Perceba o que aconteceria acima se alguma
estrela saísse do
seu lugar e fosse ao lugar de outra estrela.
Além de ficar um
buraco, um vazio na constelação, haveria um
conflito noutro
espaço, posto que, uma invadiria a outra e
não seria possível
enxergar cada uma com clareza.
Lembrando que: Quando uma estrela se
move, todas as
demais precisam se mover para restaurar o
equilíbrio e a
formatação.
E assim também é na nossa
grande constelação, a qual
pertencemos... A nossa família
de origem.
TÊM A VER COM RELIGIÃO?
NÃO! A constelação é considerada uma
terapia de passagem, um processo
terapêutico muito profundo. Aqui existem
anos e anos de estudos e pesquisa.
Muitas pessoas confundem por se tratar
de um processo muito profundo, que
realmente impacta camadas e camadas
do nosso ser.
Acessamos muitos recursos que vêm daqueles que
vieram
antes de nós, nos preenchemos de uma força vital
muito
poderosa, alcançamos uma clareza interna para
muitos
eventos e padrões repetitivos na nossa vida,
visitamos os
calabouços do nosso inconsciente. É como se
reconectássemos a nossa vida na "tomada".
Aqui não fazemos e não envolvemos
qualquer dogma religioso e não existe
nenhum julgamento moral sobre
qualquer religião. A constelação é para
todos.

Insigth
TÊM A VER COM
ESPIRITISMO OU DOUTRINA
REENCARNACIONISTA ?

Também NÃO! Conforme explicação anterior,


não se
vincula constelação com religião. Acessar
memórias e
registros ancestrais não significa seguir um
dogma ou
prática religiosa.
Por meio de um inconsciente coletivo,
podemos
compreender memórias, registros, dinâmicas
pessoais e
grupais, que envolve famílias, lugares, etc.
2.TÊM A VER COM
ESPIRITISMO?
Este fenômeno do "campo informacional" ,
estudado
pela filosofia, também é explicado pela física
quântica e pela teoria dos campos
mórficos/morfogenético. Você pode
aprofundar esse
estudo lendo artigos sobre as pesquisas do
cientista
Rupert Sheldrake.
PRECISO ACREDITAR NO PROCESSO DE
CONSTELAÇÃO PARA OBTER RESULTADO?
- NÃO! DEFINITIVAMENTE NÃO!

Não precisa acreditar, não precisa ter


conhecimento sobre constelação.
Agora, o que sempre recomendamos é
se colocar em uma postura receptiva,
sem estar na defensiva, sem uma
postura reativa. Pois, não será
confortável para ninguém.
PRECISO SEMPRE ENTENDER TUDO O
QUE ACONTECE EM UMA CONSTELAÇÃO?
NÃO, não precisa e nem deve. A constelação trabalha
com
imagens e conteúdos que estão no mais profundo do
nosso
inconsciente. Quando buscamos racionalizar demais,
ela
perde a força e possivelmente não alcançaremos
tanto
resultado, quanto se deixássemos aquele conteúdo
atuar
internamente de forma livre, sem trazer para a lógica.
Têm uma frase que eu gosto muito de dizer para os
perfis
mais lógicos e racionais: "Se o seu Consciente
soubesse
resolver tudo, assim ele já teria feito". Não é mesmo?
PARTE
2
Na visão da
espiritualidade
Dinheiro é a representação de uma energia
vital que gera movimento no tempo.

Voltando um pouco na história da nossa


sociedade, antes de existir o dinheiro, a gente
tinha que fazer tudo para si, ou seja, a vida
consumia todo o tempo disponível. Quer
comer uma cenoura? Planta. Quer comer
carne? Vai caçar!
Depois, vieram as trocas. Se eu planto cenoura
e você caça, quantos quilos de cenoura valem
cinco quilos de carne, por exemplo. Troca de
energia que gerou movimento no tempo. Mas
como faz para equalizar o tempo de vida? Daí
surge a ideia do dinheiro, primeiro em
moedas, depois papel.

Quando você não utiliza seu dinheiro em algo,


em geral, precisa investir seu tempo nessa
atividade que você terceirizaria se tivesse
dinheiro sobrando. E aqui uso como exemplo
coisas do dia a dia como pintar a casa, fazer
faxina, montar um móvel etc…
Dinheiro x Tempo
Quando falam que tempo é dinheiro, deveríamos
interpretar como dinheiro é uma representação de
tempo de vida. Em uma das cartas de Paulo, o
Apóstolo, ele fala que todo missionário deve ser
evangelizador, mas nem todo evangelizador é um
missionário. Ou seja, ou você põe seu tempo, ou seu
dinheiro.
Isso é muito importante para ressignificar a relação
com o dinheiro a partir do ponto de vista espiritual.
Se a gente não observa o dinheiro assim, a gente
começa com pirações como:
Dinheiro não traz felicidade…
Dinheiro é coisa do diabo…
É mais fácil um camelo passar pelo buraco da
fechadura do que um rico entrar no reino dos céus.
Tudo isso é uma abstração da realidade do dinheiro.
Se você ficar preso à ideia de que dinheiro é
negativo, significa que você pensa que a vida é
negativa, que gerar movimento no tempo é
negativo.
E daí começa a criar mecanismos, mesmo que
inconscientes, para se autossabotar no fluxo do
dinheiro. Acredito que o problema não começa em
pensar em adquirir dinheiro. Claro que o dinheiro
em si não traz felicidade, mas também é prejudicial
ir para o lado de apologia à pobreza.
Não é ruim desejar adquirir
dinheiro :
Mas como energia vital que gera
movimento no tempo, existe uma
contradição. Porque entendemos
que precisávamos de um
mecanismo que desse vasão às
trocas e criamos o dinheiro. E, de
repente, isso começa a ser
acumulado. Ter a energia de mais e
mais homens nas mãos dá poder. E
então, tudo começa a girar em
torno de “quanto mais dinheiro,
mais poder”.
E é claro que dinheiro é poder,mas
se olharmos com outro sentido _ é
poder ,dar condições digna para
nossos familiares, poder ter um
bom plano de saúde,poder ter mais
tempo disponível,poder adquirir
mais conhecimento etc...
ENERGIA DO CORPO QUE GERA
MOVIMENTO NO TEMPO

Pensa comigo, o que dentro do


seu corpo é energia que se
movimenta para que você gere
movimento no tempo?
Sangue! O sangue transporta
oxigênio para as células, que vai
gerar calor e energia e seu corpo
se movimenta. O que acontece se
uma parte do seu corpo quiser
todo o sangue pra ela? Gangrena,
apodrece, morre… Você precisa de
uma quantidade ideal de sangue.
Onde está a saúde do corpo? Na
suficiência, quando o recurso
energético circula com equilíbrio.
Nosso desafio é encontrar um jeito de reduzir o
acúmulo do capital e fazer o dinheiro circular.
Na minha visão, empresas privadas de expressão
espiritual são empresas que tem meios lucrativos
para fins transformadores. O fim delas não é o
somar cada vez mais recursos. Mas ter o
necessário para mobilizar o recurso e gerar
impacto. É uma questão de reequilíbrio da noção
do que é suficiente. Dinheiro é bom. A treta
começa com o acúmulo desorientado e a não
circulação.

Outro ponto para ressignificar é entender que


dinheiro é responsabilidade.
Quando Jesus fala que é mais fácil que um camelo
passar pelo buraco de uma agulha, do que um
rico entrar no reino dos céus, ele não está
dizendo que dinheiro é ruim, mas que é
responsabilidade, porque é energia que gera
movimento no tempo.

Como você usa seu dinheiro ? Que energia no


tempo você movimenta ?
O dinheiro, assim como toda energia, tem duas
polaridades, positiva e negativa, mas não é bom
nem mal em si, é neutro. Se você der uma
aplicação digna, ele vai ser um instrumento de
transformação.
O dinheiro pelo olhar da Constelação
Familiar:
Energia à serviço da vida

Dê um tempo neste momento a você


mesmo.
Perceba agora quais são as suas crenças em
relação ao dinheiro e ao fruto do seu
trabalho.
Muitos de nós percebemos o dinheiro como
algo sujo, imoral. Somos expostos todos os
dias nos jornais, nas notícias, no nossos
círculo familiar, histórias de como o
“dinheiro” corrompeu alguém.
Damos ao dinheiro um personalidade. O
chamamos de corruptor.

Olhamos para o dinheiro e o julgamos como


fonte de nossos problema – ainda mais
visível na nossa situação atual enquanto
país.
É uma situação difícil. Ficamos todos presos
na confusão.
Ao mesmo tempo, percebemos e é inegável o
papel do dinheiro na manutenção da vida.
Ele proporciona crescimento, possibilidades,
segurança e liberdade. Ele nos sustenta.
O dinheiro em si é um pedaço de papel. Todo o
poder, valor e energia que emana dele é uma
convenção da nossa sociedade para tornar as
trocas entre os indivíduos mais igualitárias.

Antigamente, o escambo era a prática usual.


Mas quantos pães valiam uma galinha? Ou a
maçã valia mais ou menos que uma laranja?
Dessa dúvida surgiu a necessidade de padronizar
um meio sem oscilação de valor para realizar as
trocas. Desse movimento, o dinheiro foi criado.
O dinheiro pelo olhar da constelação familiar,
ainda que tenha fisicamente sua representação
bem simples (papel e metais), é uma
manifestação de uma energia que está à serviço
da vida, e não somente isso, mas é essencial a
ela.
Bert Hellinger fala que o “dinheiro é algo
espiritual! O dinheiro é vida. Sem dinheiro ,
ninguém pode sobreviver em nossa sociedade. O
dinheiro nos permite continuar vivos.” (Livro
“Histórias de sucesso na empresa e no trabalho”
– Editora Atman)
Numa troca, estipulamos um valor e a
outra pessoa concorda ou não com o que
estipulamos. Podemos negociar ou
encerrar uma negociação com base nos
argumentos apresentados entre os lados.

Aqui, somos apresentados à lei que exerce


maior influência sobre o fluxo de dinheiro:
o equilíbrio. O dinheiro, para permanecer
com quem o recebe, exige que a troca seja
justa, para ambos. Quando há um
desequilíbrio, acontece uma disfunção na
gestão do valor.
Os rendimentos param, os negócios
travam e às vezes não sabemos o porque.
Mas uma boa dica é olhar para o equilíbrio
entre o dar e o tomar em todos os âmbitos
do negócio.
Quem recebe o dinheiro também deve
merecer, oferecer na sua troca algo
compatível com o que está cobrando pelo
serviço. Compatível aqui quer dizer, nem
exigir a mais do seu valor e nem a menos.
Cobrar o que é justo.
Uma pessoa que cobra menos do que
o justo pelo seu trabalho, em algum
tempo se tornará um prestador de
serviço que parará de servir seu
cliente. Como vemos na situação em
desequilíbrio, um dos dois lados se
sente pressionado e sai da relação
comercial.

O Olhar de Bert Hellinger


O psicoterapeuta alemão aborda
bastante a influência do sistema na
nossa forma de lidar com o dinheiro e
o sucesso, e como por vezes nossos
comportamentos seguem um
emaranhamento familiar neste
mesmo assunto.
Em seu livro “Leis Sistêmicas da
Assessoria Empresarial” ele propõe a
seguinte metáfora:
“O dinheiro possui uma dimensão
espiritual. Ele reage como se tivesse
uma alma e um faro fino para a
justiça e a injustiça.
Quer ficar com aqueles que o
ganharam honestamente, com o suor
do seu trabalho. Quer voltar para
aqueles que trabalharam duro para
obtê-los ou para aqueles que o
receberam de outros com a condição
de administrá-lo e multiplicá-lo
honestamente, a serviço da vida.
O dinheiro que outros ganharam para
nós quer ficar conosco quando os
recompensamos corretamente.
Acima de tudo, uma vez que pertence
à vida, o dinheiro quer ser gasto e
transmitido a serviço da vida. O
dinheiro se alegra quando é gasto.
Ele retorna ainda mais rico para nós.”
Hellinger reconhece que esta é só uma
metafora, e que na verdade o dinheiro e
seus movimentos são apenas uma
manifestação do que está em nosso
centro, que ele chama de alma.
O dinheiro deseja servir nosso interesse
pela vida. Por isso, se coloca à disposição
naquilo que contribui para o avanço dela.
Em outro livro, chamado “Êxito na vida,
exito na profissão”, Bert Hellinger
discorre sobre as causas da nossa relação
com dinheiro ser tão conflitante. Ele fala
de uma razão religiosa para isso:
Na bíblia se transmite um dito de Jesus: “É mais
fácil um camelo passar pelo buraco de uma
agulha do que um rico entrar nos reinos dos
céus”(…) Na consciência do Ocidente, esta
emoção contra a riqueza e o efeito desastroso
para a salvação de nossas almas continua
atuando , tanto na vida pessoal, quanto na vida
pública.

Além disso, alguns movimentos de filósofos antes


e depois do cristianismo também abordavam a
questão da riqueza X pobreza como algo ligado ao
mal x bem. Mesmo que alguns destes grupos
tenham sido perseguidos pelo cristianismo, muito
de suas posturas e idéias influenciaram a
doutrina cristã nos séculos seguintes.
O dinheiro pelo olhar da Constelação Familiar e a
nossa postura
A relação com o dinheiro é algo desafiador a
todos nós. Geralmente nos queixamos da sua
falta e dizemos: “- Não farei algo pois não tenho
dinheiro.”
Sim, é verdade. A falta de dinheiro é um limitador.
Mas talvez haja uma dinâmica agindo de forma
oculta neste argumento.
É possível perceber que o dinheiro tem uma
força direcionada à vida, ao crescimento. Seu
trabalho é de sustentar nosso caminhar na
vida, e ele nos serve com alegria e motivação.
Por isso, ter dinheiro é uma responsabilidade.
A partir do momento que você o possui, cabe a
você movimentar sua vida, tomar a
responsabilidade do seu caminhar na sua
mão. É preciso assumir as suas decisões.
Por mais que seja desconfortável, muitas
vezes a falta de dinheiro pode estar prestando
um serviço àquele que não o tem. Quando não
se tem dinheiro é mais fácil terceirizar a
responsabilidade por não fazer algo. A frase
sai quase automática: – Queria muito fazer,
mas não tenho dinheiro…
O caminho opcional é desafiador: Eu
tenho dinheiro, mas tenho medo de
tomar tal decisão. O que devo fazer?
Para todas estas perguntas, somente
um adulto pode ter a resposta, pois
para se caminhar na vida é
necessário aceitar alguns riscos.
Se não somos capazes de decidir,
ficamos como a criança que espera
que alguém a cuide ou tome as
decisões por ela (talvez, sim, dentro
de nós exista ainda uma criança que
em algum momento se sentiu
abandonada e que ainda aguarda por
seus pais). A “criança” aguarda que os
pais – ou alguém que assuma o papel
deles – venham à sua salvação.
E assim permanece inocente,
culpando a tudo e a todos por sua
infelicidade. Nesse lugar, é impossível
crescer.
Nestes casos, é preciso perceber
que aquilo que não recebemos
quando criança, podemos agora
como adultos, conquistar e criar
para nós mesmos: seja um
relação de afeto, seja o resgate
de nosso vínculo com nossos
pais para além de nossas
reivindicações, seja a conquista
de algo material de que
precisamos.
Também há o movimento de
aceitarmos a riqueza quando
outros no nosso sistema não
tiveram a mesma sorte. Neste
caso, aquele que se sobressai
sente peso e culpa pela sua
situação. Como superar isso?
Hellinger fala que:
Somente com a má consciência,
com a coragem de ter uma má
consciência. Conseguimos isso
quando obtemos, em outro lugar,
a força e a segurança para nos
tornamos ricos e continuarmos
sendo ricos. Isto é, se entrarmos
em sintonia com um movimento
do espírito que permanece
igualmente voltado a tudo tal
como é, um movimento além da
diferenciação entre o bom e o
mau, porque tudo tem
igualmente sua origem em seu
pensamento e por isso só pode
ser tal como é.
BOA CONSCIÊNCIA e MÁ CONSCIÊNCIA.
( Consequências dos padrões repetitivos)

" O que assegura nosso pertencimento, sentimos como bom." (Bert


Hellinger)
Desde que nascemos, somos guiados pelo desejo de sermos amados,
de sentirmos que pertencemos, em primeiro lugar ao nosso
primeiro laço de amor que é a mãe, e consequentemente ao pai, à
família.
Você já observou que algumas pessoas fazem escolhas equivocadas
e permanecem com sentimentos bons, de terem feito o correto, e
muitas vezes fazem escolhas certas, e sentem-se culpados? Por que
isso acontece?
Porque o sistema familiar possui suas regras, suas "leis", os seus
padrões, e quando alguém faz uma escolha e toma uma atitude,
mesmo errada, para manter esse padrão, para ficar dentro das leis
sistêmicas, sente que fez o certo, pois isso traz o sentimento de "eu
pertenço", "eu faço parte", "eu sou amado". Essa é a chamada BOA
CONSCIÊNCIA.
Por outro lado, quando alguém faz algo que destoa do padrão, vem a
sensação de que etá se afastando, de que não vai mais pertencer, de
que não vai ser amado. Essa é a chamada MÁ CONSCIÊNCIA.
A boa consiência é a zona de conforto, o conhecido, o que foi
aprendido, e transmitido pelas gerações, o automático, o
condicionamento, o que é aceito. A má consciência é a possibilidade
de fazer diferente, as incertezas, as novas experiências, o que é
criticado.
Quando nos deparamos com padrões familiares que aodoecem, que
causam sofrimento, precisamos sair da boa consciência e adotar a
má consciência para que o sistema possa se libertar do sofrimento,
desenvolver e aprender maneiras novas e mais saudáveis, de
pensamento, comportamento e relacionamento.
A Constelação sistêmica familiar nos faz enxergar os padrões
doentios do nosso sistema, nos despertando para melhores escolhas
e portanto melhores resultados.
O JOGO DO DINHEIRO
É UM JOGO PARA
ADULTOS
Dr.Fernando Freitas
"O dinheiro deve ser empregado a serviço da vida, pois o dinheiro é uma
imagem da vida e quem desrespeita o dinheiro desrespeita a vida. O
dinheiro é sempre representado nas Constelações por uma mulher - por
quê? Porque o dinheiro é fértil. Dinheiro é energia e está a serviço da
vida. O sucesso dos negócios e na profissão vem com a bênção da mãe.
Sem isso só há fracassos, pois o dinheiro tem a imagem da mãe; quem
rejeita a mãe permanece pobre. Mas não podemos esquecer do pai - ele
sustenta a mãe, ampara a mãe. A partir do respeito e do amor pela mãe,
o dinheiro vem abundante.

A Ordem de Riqueza é essa: o filho vai até a mãe e se curva
homenageando e aceitando a mãe, que é sustentada e amparada pelo
pai, que também deve ser reverenciado pelo filho. A maioria das pessoas
trabalha para ter dinheiro, trabalham se afastando da vida. Então, a
dinâmica do dinheiro jamais poderá se desdobrar em riqueza.

O dinheiro nãa pode ser o objetivo de vida. Para enriquecer, o único


trabalho a ser feito é mudar a postura interna. O dinheiro é adquirido
através de algo que fazemos; dinheiro vindo pelo nosso empenho nos faz
feliz e serve a vida, mas, como a vida, o dinheiro quer ser gasto a serviço
da vida. O dinheiro herdado não foi por empenho ou trabalho - por isso
acontecem falências. É mais fácil de gastar. Por isso, despedir-se do
campo da pobreza e movimentar-se em direção ao campo da riqueza é
uma conquista espiritual.

Como ganhar muito dinheiro: sentir a agitação e motivação que me
levam para uma ideia. Eu tenho uma ideia e ela toma conta de mim. A
paixão vem e toma conta de mim. Ali nasce a riqueza. Ninguém pode
procurar uma paixão. O dinheiro é resultado de um objetivo, de uma
paixão. Se o dinheiro é um meio para o meu objetivo, primeiro perderei o
dinheiro, depois a saúde e depois a família. Não podemos esquecer das
lealdades que nos empobrecem: se a família foi pobre, a filha tem que
permanecer pobre.

Necessitamos aceitar e reverenciar a pobreza dos antepassados, mas


trazer a prosperidade como um novo olhar e uma nova possibilidade a
todo sistema."

Bert Hellinger

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