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1. Introdução
2. Legislação
3. Contestação
3.1 A indenização
É o próprio Decreto em pauta, no seu art. 20, que dispõe sobre o que
deve ser ressarcido através dessas indenizações: prejuízos decorrentes de
mudança, perda do lugar (ponto) e desvalorização do fundo de comércio.
O fundamento jurídico da indenização é dado através de várias teorias,
das quais se destacam a do abuso de direto, enriquecimento sem causa e a da
concorrência desleal.
Abuso de direito é o usufruto desse direito sem real interesse ou motivo
legítimo, como quando o locador se recusa à renovação da locação sem
justificar-se; segundo outros, o locador, ao despejar o locatário comerciante e
locar o mesmo imóvel por um preço que se tornou maior devido à atividade do
primeiro comerciante, enriquece a sua custa; outros, ainda, defendem que o
proprietário que passar a ocupar o prédio cuja locação recusou-se a renovar
fará concorrência desleal ao locador, desviando-lhe a clientela.
Separadamente, nenhuma dessas teorias justifica plenamente todas as
hipóteses possíveis de indenização, e não há legislação que adote integral e
exclusivamente apenas uma dessas teorias; neste ponto, destaca-se a teoria
do bem comum formulada por Alfredo Buzaid, segundo a qual, protegendo-se o
locatário comerciante sem deixar desprotegido, ao mesmo tempo, o
proprietário do prédio, o direito tem em vista que os interesses de ambos são
úteis à sociedade.
5. Considerações finais
A Lei de Luvas é instituto fundamental na proteção dos interesses do
locador comercial, protegendo o ponto – parte integrante do patrimônio
constituinte do estabelecimento. Faz-se mister ao ordenamento tal dispositivo,
protegendo os princípios da livre concorrência e evitando meios de
enriquecimento ilícito; daí conclui-se a importância de tal recurso ao ideal
desenvolvimento das funções sociais e dos princípios econômicos de um
Estado liberal como o que se proclama a República Federativa do Brasil.
6. Bibliografia