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BAHIA
PPGEO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS
DOSCENTE: MARIO RUBEM SANTANA
DISCENTE: VICTOR ANDRADE SILVA LEAL
OS PERSONAGENS CONCEITUAIS
Os personagens conceituais são o devir de um pensamento filosófico. Diferente do
personagem de um diálogo filosófico, eles não apresentam o conceito através da
linguagem, mas são a representação do próprio conceito.
“O idiota é o pensador privado por oposição ao professor público (o escolástico):
o professor não cessa de remeter a conceitos ensinados (o homem-animal
racional), enquanto o pensador privado forma um conceito com forças inatas que
cada um possui de direito por sua conta (eu penso). Eis um tipo muito estranho de
personagem, aquele que quer pensar e que pensa por si mesmo, pela "luz natural".
O idiota é um personagem conceitual” (p. 83).
O “idiota” é o personagem do senso comum.
“A diferença entre os personagens conceituais e as figuras estéticas consiste
de início no seguinte: uns são potências de conceitos, os outros, potências de
afectos e de perceptos” (p, 87-88).
“A filosofia apresenta três elementos, cada um dos quais responde aos dois
outros, mas deve ser considerada em si mesma: o plano pré-filosófico que ela
deve traçar (imanência), o ou os personagens pró-filosóficos que ela deve
inventar e fazer viver (insistência), os conceitos filosóficos que ela deve criar
(consistência). Traçar, inventar, criar, esta é a trindade filosófica” (p. 101).
GEO-FILOSOFIA
A filosofia precisa, antes de tudo, de um território para se desenvolver. A pré-
filosofia, o plano de imanência puro, sem conceitos formados, se encontrou com a
geografia da Grécia, em um momento histórico no qual os ocidentais helênicos puderam
desenvolver a filosofia como os orientais não puderam. Da merma forma, a filosofia
moderna encontra na Inglaterra, França e Alemanha, em pleno desenvolvimento
capitalista, seu território de desenvolvimento. Para isso, a filosofia desses últimos
precisou de desterritorializar e se reterritorializar na Grécia de Sócrates e Platão.