Relatório

Alinhar o trabalho e o tempo circadiano nos trabalhadores em

turnos melhora o sono e reduz as perturbações circadianas
luzes Autores
d Cronótipos extremos dormiam até 0,5 hora a mais nos dias de trabalho Céline Vetter, Dorothee Fischer, Joana
L. Matera, Till Roenneberg
dA qualidade do sono auto-relatada em cronotipos extremos melhorou
nos dias de trabalho
Correspondência
till.roenneberg@med.uni-muenchen.de
dO jetlag social geral foi reduzido em z1 hora

d Turnos noturnos freqüentes são melhor tolerados muito tarde em resumo

cronotipos Os déficits de saúde associados ao trabalho por

turnos têm sido associados ao estresse circadiano
e sono interrompido. Vetter et al.
realizaram o primeiro estudo de intervenção em
um ambiente industrial da vida real que ajustou
os turnos para o cronótipo individual e mostrou
que os trabalhadores dormem mais e melhor e
sofrem menos jetlag social.

Vetter et al., 2015, Current Biology 25, 907–911 30 de março de

2015 ª2015 Elsevier Ltd Todos os direitos reservados
http://dx.doi.org/10.1016/j.cub.2015.01.064
Biologia Atual
Relatório
Alinhar o trabalho e o tempo circadiano nos
trabalhadores em turnos melhora o sono e
reduz as perturbações circadianas
Céline Vetter,1,2 Dorothee Fischer,1 Joana L. Matera,1 e Till Roenneberg1,*
1Instituto de Psicologia Médica, Ludwig-Maximilian-University, 80336 Munique, Alemanha
2Endereço atual: ChanningDivision of NetworkMedicine, BrighamandWomen's Hospital, HarvardMedical School, 181 LongwoodAvenue,
Boston, MA 02115, EUA
* Correspondência: till.roenneberg@med.uni-muenchen.de http://
dx.doi.org/10.1016/j.cub.2015.01.064
RESUMO
A perda de sono e a interrupção circadiana - um estado de
desalinhamento entre as funções fisiológicas e o
comportamento de sono / vigília imposto - supostamente
desempenham papéis centrais na etiologia das patologias
relacionadas ao trabalho por turnos [1-4] O arrastamento
circadiano é, no entanto, altamente individual [5], resultando
em diferentes cronótipos [6, 7] O cronótipo, por sua vez,
modula os efeitos dos horários de trabalho: em comparação
com os cronotipos tardios, os anteriores dormem pior e mais
rapidamente e mostram níveis mais elevados de
desalinhamento circadiano durante os turnos noturnos,
enquanto os tipos tardios experimentam mais sono e
interrupção circadiana do que os primeiros quando trabalham
nos turnos matinais [8] Para promover o sono e reduzir o
descompasso entre o horário circadiano e o horário de
trabalho, implementamos uma escala de turnos ajustada pelo
cronótipo (CTA) em uma fábrica. Abolimos as mudanças mais
árduas para cronotipos extremos (ou seja, manhãs para
cronotipos tardios, noites para os primeiros) e examinamos se
a duração e a qualidade do sono, o jetlag social [9, 10], bem-
estar, percepção subjetiva de estresse e satisfação com o lazer
melhoraram neste horário. Cronótipos intermediários (quartis
2 e 3) serviram como grupo de controle, ainda trabalhando em
turnos matinais (6h00-14h00), noturnos (14h00-22h00) e
noturnos (22h00-6h00) , com dois turnos extenuantes (de doze
por mês) substituídos por turnos noturnos. Observamos um
aumento significativo da duração e qualidade do sono
autorreferidas, junto com o aumento das avaliações de bem-
estar nos dias de trabalho entre os cronotipos extremos. O
cronograma de CTA reduziu o jetlag social geral em 1 hora, não
alterou os níveis de estresse e aumentou a satisfação com o
tempo de lazer (apenas os primeiros tipos). Os esquemas
baseados em cronótipos, portanto, podem reduzir a
interrupção circadiana e melhorar o sono; os efeitos potenciais
de longo prazo sobre os indicadores econômicos e de saúde
precisam ser elucidados em estudos futuros.
Biologia Atual 25, 907–911, 30 de março de 2015 ª2015 Elsevier Ltd Todos os direitos reservados 907
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Projetamos a programação ajustada ao cronótipo (CTA) tendo em vista
os cronotipos dos funcionários (n = 114, figura 1A), conforme avaliado
no meio do sono em dias livres após os turnos noturnos, corrigido para
débito de sono durante a semana de trabalho (MSFE sc) com o chro de Munique
questionário notype para trabalhadores de turno (MCTQMudança) [11], e
requisitos de produção (por exemplo, grupos de turnos com equipes
iguais). Os funcionários foram classificados e atribuídos por quartis de
cronotipo ao cronograma CTA (Early1 = 2: 26–3: 34, Early2 = 3: 36–4: 08,
Late1 = 4: 11–4: 52 e Late2 = 4: 55– 7:34). O comitê de ética local aprovou
o estudo e os participantes assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido.
Em geral, a distribuição cronotípica assemelhava-se à da população
em geral (figura 1UMA; Teste de Kolmogorov-Smirnov: D = 0,45, p =
0,21), mas faltou tempos extremos no meio do sono, ou seja, medidas
de% 1: 00 ouR9h00 [5] Examinamos a correspondência entre o log do
sono (n = 47) e os homólogos derivados da actimetria (n = 19)
com o cronótipo baseado em questionário proxy MSFE sc, e
ambos corresponderam bem ao MCTQMudança medida do cronótipo
(intervalo, coeficiente de correlação intraclasse [ICC] = 0,74–0,78, p <
0,001; figura 1B; para mais informações, vejaProcedimentos
Experimentais Suplementares, 3.2.).
Os participantes preencheram os registros diários do sono, relatando o
início e o deslocamento do sono, qualidade e bem-estar (mínimo: 0, máximo:
10, respectivamente) dentro de 4 semanas de medidas de linha de base em
um cronograma rotativo de avanço rápido (Figura 2A, '' 2-2-2 ''), diretamente
após a transição para o cronograma de CTA (CTA1) e nas últimas 4 semanas
(CTA2) do período de intervenção de 5 meses. Da mesma forma, os níveis de
estresse percebidos baseados em questionários [12] e satisfação com a
quantidade de tempo livre [13] foram avaliados durante a consulta inicial e
duas vezes dentro do cronograma de CTA.
No geral, 58 funcionários (51%) preencheram um registro do sono; as
taxas de abandono foram baixas (3,5%). Nas análises, incluímos todos os
funcionários (1) cujo cronótipo era congruente com seu grupo
atribuição (MSF específico do grupoE sc intervalo ± 0:15) e (2) quem
registros completos do sono no início do estudo, CTA1 e CTA2 (para obter
informações sobre os procedimentos de recrutamento e exclusão, consulte
Procedimentos Experimentais Suplementares, 3.1.). Late1 não era elegível para
análise, pois dois participantes preencheram apenas esses critérios. A amostra final
do registro do sono (n = 28) incluiu indivíduos que eram principalmente do sexo
masculino (96%), 40,4 ± 10,6 anos (média ± DP), sobrepeso
UMA B Figura 1. Distribuições do cronótipo e a validade
8 das medidas do cronótipo

de MCTQMudança)
50
(A) Distribuição do cronótipo na Alemanha (2012, banco de
dados MCTQ, n = 72.469) e entre os trabalhadores por
40 Amostra Alemã turnos na siderúrgica (n = 114).
6
Amostra de turno (B) Correlação entre o MCTQMudança-variável cronotípica

Cronótipo
sc derivado
30 derivada (meio do sono em dias livres, corrigido para déficit
dentro %

de sono acumulado durante a semana de trabalho) com

20 homólogos médios (av.) extraídos de registros de sono
4

(hh: min, MSFE

(círculos abertos e linha pontilhada, n = 47) e actimetria
10 (círculos pretos e sólidos linha, n = 19).
Registros do sono

Actimetria
0 2
0:00 2:00 4:00 6:00 8:00 10:00 2 4 6 8
Cronótipo
Cronótipo (MSFE sc, hh: min)
(av., hh: min, MSFE sc derivado de registros de sono ou atividade)

(IMC de 28,2 ± 5,6 kg / m2), em um relacionamento (68%), tinha pelo
menos um filho (54%), e tinha cronótipo 03:58 ± 01:01. Essas
características foram semelhantes entre subgrupos e amostras
específicas do instrumento (Tabela S1), com exceção dos participantes
mais jovens do Late2 (29,3 ± 7,4 anos). Usamos ANOVAs de medidas
repetidas para avaliar os efeitos do cronograma de CTA (ver também
Procedimentos Experimentais Suplementares, 3.2.).
A programação do CTA aumenta a duração e a qualidade do sono nos dias
de trabalho
Nosso objetivo inicial foi usar a actimetria para avaliação objetiva do tempo e
da duração do sono. No entanto, a taxa de recrutamento (n = 26,
22,4%) foi baixo, e após exclusões (ver Procedimentos Experimentais
Suplementares, 3.1.), Apenas 19 participantes eram elegíveis para
análise. Portanto, usamos todos os dados disponíveis no início do
estudo e comparamos o log do sono (n = 47) e a duração e o tempo do
sono derivado da actimetria (n = 19) (verProcedimentos Experimentais
Suplementares, 3,3. e 3.4 .; sobreposição entre as amostras: n = 17). De
fato, a duração do sono autorrelatada e objetiva e os parâmetros do
meio do sono (início do sono + 0,53 duração do sono) corresponderam
bem entre si (variação, ICC = 0,65-0,94, valores de p <0,007, corrigido de
Bonferroni), sugerindo que os autorrelatos eram indicativos do
comportamento real.
A duração do sono durante o dia de trabalho diferiu significativamente
entre os grupos (F (2,25) = 7,40, p = 0,003, parcial h2 = 0,37) com o Early1
dormindo menos (6 h 23 min ± 29 min) do que o Late2 (7 h 11 min ± 56 min,
teste post hoc corrigido de Bonferroni: p = 0,003; Tabela S2 resume
médias específicas do grupo ± DP). Ambos dormiram mais no CTA2 do
que na linha de base (Early1: +28 min; Late2: +24 min; F (2,50) = 3,84, p =
0,03, parcial h2 = 0,13), enquanto Early2 dormia 14 min a menos (Figura 3UMA).
A duração do sono no dia livre mostrou uma diminuição não significativa da
linha de base para CTA2 no início 1 (24 min), início 2 (13 min) e final 2 (58 min) (
Figura 3B).
A qualidade do sono derivada do registro do sono (escala de 0 a 10: '' muito
bem '') melhorou nos dias úteis no início 1 (+1,17) e no final 2 (+0,60), mas
permaneceu semelhante no início 2 (+0,01; F (2,50) = 3,48, p = 0,04, parcial
h2 = 0,12; Figura 3C). A qualidade do sono em dia livre não foi afetada pela
mudança de turno (p = 0,65). Nossos resultados sugerem que a redução da
exposição aos turnos mais extenuantes em cronotipos extremos pode
melhorar a privação crônica de sono, um grande risco à saúde e segurança
dos trabalhadores em turnos [1, 14], e melhorar a qualidade do sono nos dias
de trabalho. Early2, que experimentou principalmente mudanças sociais e
ergonômicas, mas nenhuma redução significativa de mudanças extenuantes,
mostrou medidas relativamente estáveis de duração e qualidade do sono ao
longo do estudo. Apesar da falta de uma verdadeira condição de controle,
isso é sugestivo do benefício potencial dos esquemas de CTA na duração e
qualidade do sono autorreferida.
A programação do CTA pode reduzir o desalinhamento circadiano
Jetlag social [9, 10], nossa medida central de desalinhamento circadiano,
foi derivada de registros de sono e calculada pela diferença absoluta
entre o ponto médio do sono em dias de trabalho e dias livres. Em
trabalhadores por turnos, o jetlag social total é a média ponderada do
jetlag social específico do turno, respondendo assim para o

Figura 2. Horários de turno

(A) A programação 2-2-2 inicial. Os funcionários trabalham na mesma sequência de turnos. O turno da manhã (MS) é indicado pela caixa listrada; o turno da noite (ES) é indicado pela caixa
cinza; o turno noturno (NS) é indicado pela caixa preta; e o dia livre é indicado pela caixa branca com borda preta.
(B) O cronograma ajustado pelo cronótipo (CTA). Abolimos as mudanças teoricamente mais árduas para grupos de cronotipos extremos (NS para Early1, MS para Late2). Os grupos
intermediários, Early2 e Late1, experimentaram mudanças menos dramáticas em relação à sequência de deslocamento (Early2: dois NS menos, dois ESmais; Late1: dois MS menos, dois ES
mais).

908 Biologia Atual 25, 907–911, 30 de março de 2015 ª2015 Elsevier Ltd Todos os direitos reservados
 UMA Duração do sono nos dias de trabalho
8 10
7 9
Média (h ± SEM)
Média (h ± SEM)
Cedo 1
2 cedo
6 Tarde 2
5 7
2
1
2
2-
A
2-
CT
CT
C Qualidade do sono nos dias de trabalho
8 5
Média (escala 0-10, au ± SEM)
7 ideal com o grupo de intervenção, ou seja,
Média (h ± SEM)
Cedo 1
2 cedo
6 Tarde 2
5 0
-2
2
A
2-
CT
CT
frequência de determinados turnos dentro de um cronograma ([11]; para detalhes
de computação, vejaProcedimentos Experimentais Suplementares)
O cronograma de CTA reduziu o jetlag social dos participantes
(cronograma 2-2-2: 3 h 17 min ± 20 min versus CTA2: 1 h 52 min ± 1 h 10
min; F (2,50) = 8,86, p <0,001, parcial h2 = 0,29; Figura 3D). Em
comparação com a linha de base, Early1 e Early2, mas não Late2,
mostraram menos jetlag social no CTA2 (1 hora 55 minutos e 1 hora 28
minutos, respectivamente, F (4,50) = 2,85, p = 0,035, parcialh2 = 0,21). No
CTA2, Early1 mostrou níveis comparáveis à população trabalhadora
diurna [10] Curiosamente, os SDs no Late2 aumentaram de 15 minutos
no início do estudo para 1 hora e 55 minutos no CTA2, sugerindo que o
jetlag social aumentou para alguns participantes, mas diminuiu para
outros. Análises posteriores neste grupo - independente da congruência
(ou seja, se seu cronótipo estava dentro da faixa de cronótipo ideal para
Late2) - mostraram que os cronotipos anteriores de fato tinham níveis
significativamente mais altos de jetlag social em CTA1 (r = 0,64, p <0,05,
n = 11). Essa associação foi atenuada no CTA2, potencialmente devido
ao tamanho reduzido da amostra (r = 0,44, p = 0,19, n = 6). A duração e a
qualidade do sono também foram associadas ao cronótipo no Late2
(valores de r = 0,67-0,83, p <0,05, n = 10-12), enquanto o bem-estar
mostrou uma correlação significativa apenas para CTA2 (rCTA1 = 0,54,
p = 0,08, n = 11; rCTA2 = 0,86, p = 0,003, n = 9; VejoFiguras S1A – S1D).
Ao todo, essas descobertas sugerem que trabalhar
até 14 turnos noturnos por mês podem ser benéficos, mas apenas para
cronótipos muito atrasados. Por último, usamos uma abordagem de
análise de intenção de tratar [15] - incluindo todos os participantes,
independentemente da congruência entre o grupo CTA e o cronótipo
individual - e observaram uma diminuição total do jetlag social em 1
hora e 2 minutos (F (1,37,47,32) = 8,86, p = 0,002, parcial h2 = 0,21,
GreenhouseGeisser [GHG] corrigido).
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B Duração do sono em dias livres Figura 3. Efeitos da programação CTA no sono e
no desalinhamento circadiano
(A) A duração do sono auto-relatada nos dias de trabalho
aumenta significativamente para Early1 e Late2 no
cronograma de CTA, em comparação com as avaliações
iniciais.
(B) A duração do sono no dia livre diminuiu no esquema de
CTA, especialmente em cronotipos extremos, mas essa
mudança não foi significativa. A duração do sono no Early2
8
era estável em todos os pontos de tempo.
(C) A qualidade do sono melhorou significativamente nos dias de
trabalho, novamente apenas em cronotipos extremos, enquanto
o grupo de controle Early2 não mostrou mudanças significativas
entre os horários (valores mais altos representam melhor
2
2-
A
2-
CT
CT
qualidade do sono).
(D) O jetlag social diminuiu mais nos cronotipos anteriores
(Early1, D); No início2, houve uma ligeira diminuição do
D Jetlag social jetlag social ao comparar a linha de base com a CTA2.
Late2, no entanto, em média, não mostrou alterações no
desalinhamento circadiano. Uma análise de intenção de
tratar compreendendo todos os participantes -
4
independentemente de seu cronótipo ser uma combinação
3
independentemente da congruência - mostrou que o
cronograma de CTA poderia reduzir o desalinhamento
2
circadiano em 1 hora (dados não mostrados), o que
representa mudança significativa, como relatamos
1
anteriormente que 1 hora de jetlag social pode aumentar
as chances de estar acima do peso [10]
-2
2
A
2-
CT
CT
Efeitos no bem-estar, satisfação com o tempo de lazer e
estresse percebido
Em comparação com a linha de base, as avaliações de bem-estar derivadas do
registro do sono em dias de trabalho aumentaram no início1 (+1,3 pontos,
escala de 0-10) e no final2 (+0,76), mas diminuíram ligeiramente no início2
(0,36) no CTA2 (Figura 4UMA; F (4,50) = 3,52, p = 0,013, parcialh2 = 0,22). As
avaliações de bem-estar no dia livre não mudaram significativamente (p> 0,1).
Quarenta e cinco participantes responderam à subseção '' Sua situação
social e doméstica '' do índice padrão de trabalho em turnos (SSI; tradução
alemã, [13]) avaliando a satisfação com a quantidade de tempo de lazer
(escala: 1, '' nem um pouco '' a 5, '' muito ''). Em geral, as classificações de
satisfação diminuíram no cronograma CTA (CTA2 versus linha de base, 0,24,
Figura 4B; F (3,41) = 8,24, p <0,001, parcialh2 = 0,38); no entanto, os padrões
diferiram significativamente entre os grupos: as classificações aumentaram
no início1 (+0,48, escala de 0 a 5, 2-2-2 versus CTA2), mas diminuíram no
início2 (0,41), final1 (0,44) e final2 (0,59) (F (5,05,68,95) = 2,95, p = 0,012, parcial
h2 = 0,17, GHG corrigido). O aumento observado no Early1 potencialmente
reflete um ganho de tempo socialmente valioso. Apesar de apenas pequenas
mudanças no horário de trabalho, os dois grupos de "controle" ficaram
menos satisfeitos, sugerindo que outros fatores, como a mudança na
sequência de turnos (por exemplo, quatro turnos noturnos consecutivos),
podem ter interferido no tempo de lazer. No Late2, os índices de satisfação
caíram mais; parece plausível que, especialmente para funcionários mais
jovens, trabalhar à noite em três a cada quatro fins de semana por mês pode
ter interferido significativamente no tempo socialmente valioso. Além disso,
um aumento nas demandas de produção durante, mas não relacionado a, a
programação do CTA levou a um aumento das horas de trabalho semanais
em alguns fins de semana e pode ter afetado ainda mais as classificações [16]
Por último, os funcionários podem não ter totalmente
 UMA B Figura 4. Mudanças no Bem-Estar Auto-relatado e
adaptou a vida familiar e social ao esquema do CTA, uma vez que foi introduzido por
um período apenas de 5 meses, potencialmente acarretando ainda mais
descontentamento.
A escala de estresse percebido (tradução alemã, [12]) mede a avaliação
subjetiva de estresse em situações de exemplo (escala: 0, '' nunca, '' a 4, ''
muito frequentemente ''), com pontuações de soma mais altas indicando
níveis de estresse mais altos (máximo = 35). Em comparação com a linha de
base, observamos uma diminuição não significativa nos escores de estresse
em todos os grupos no CTA2 (total n = 33; Inicial1 = 4,58, Inicial2 = 0,22, Final1
= 3,0, Final2 = 4,59; todos os valores de p> 0,14).
Limitações, implicações e conclusões
Várias limitações de nosso estudo são dignas de nota: nossa amostra é
pequena e quase inteiramente masculina. Junto com baixo poder
estatístico e confusão residual inerente aos estudos de campo, isso
ameaça a generalização dos resultados. No entanto, tendo em vista a
consistência entre os autorrelatos e as medidas objetivas, os registros
de longo prazo e a concordância com as previsões derivadas de estudos
transversais, acreditamos que nossos resultados constituam uma prova
de princípio. Estudos com amostras maiores são necessários para
entender até que ponto nossos resultados podem ser extrapolados para
a população em geral.
Além disso, este estudo se beneficiou de uma estrutura financeira única,
uma vez que os funcionários não experimentaram nenhuma perda financeira
(por exemplo, devido a menos bônus noturnos), o que pode ter distorcido seu
julgamento. Além disso, não pudemos avaliar as medidas fisiológicas
diretamente relacionadas à saúde neste estudo; variáveis mais facilmente
acessíveis, como absenteísmo ou faltas por doença, não foram úteis no
contexto de um estudo de intervenção de 6 meses.
Por último, é difícil atribuir os efeitos positivos do cronograma de CTA
à ausência dos turnos mais extenuantes, visto que a mudança do
cronograma alterou concomitantemente outras características do
cronograma, como velocidade de rotação e sequência de turnos; No
início 1 e no final 2, por exemplo, experimentaram menos mudanças de
turno em comparação com sua programação original, o que é
considerado vantajoso para o sono e segurança [17, 18] As abordagens
computacionais podem ser uma abordagem útil para separar a
contribuição desses fatores altamente aninhados.
Os efeitos positivos do cronograma de CTA nas medidas de sono sugerem
ainda que os cronotipos extremamente tardios toleram melhor o trabalho
noturno frequente do que os anteriores; no entanto, propomos que as horas
semanais dos trabalhadores noturnos frequentes ou permanentes sejam
minimizadas para evitar a ruptura social. Também recomendamos que
trabalhe em turnos noturnos com o mínimo de pessoal possível, garantindo
um desempenho adequado. Em nosso estudo, a produção pro-
910 Biologia Atual 25, 907–911, 30 de março de 2015 ª2015 Elsevier Ltd Todos os direitos reservados
na Satisfação com o Tempo de Lazer em Horários
de Turno
(A e B) O bem-estar nos dias de trabalho (A) mudou
significativamente, dependendo do grupo de turno: cronotipos
extremos (Início1 e Final2) pareciam melhor no cronograma de
CTA, em comparação com o início, enquanto os intermediários
mostraram uma ligeira diminuição nas avaliações de bem-estar.
A satisfação com o tempo para atividades sociais deixadas pela
programação aumentou apenas no início 1, enquanto diminuiu
em todos os outros três grupos
(B). Melhores índices de bem-estar e satisfação são
representados por valores mais altos do eixo y.
Cessos exigiram quatro grupos com equipe igual, mas observamos uma
distribuição cronotípica em forma de sino na população [5] e nesta amostra.
Se os turnos noturnos são obrigatórios, como em muitos ambientes
industriais e médicos, os arranjos de horário de trabalho devem examinar
criticamente a mão de obra necessária.
Foi demonstrado que horários de turnos reconhecendo os princípios
circadianos melhoram a satisfação e a saúde subjetiva há mais de três
décadas [19] Demos um passo adiante, personalizando os tempos de
trabalho de acordo com o cronótipo. Nossos resultados indicam que tais
intervenções podem reduzir a interrupção circadiana e melhorar os
resultados relacionados à saúde, como o sono [20] Mais estudos são
necessários para extrapolar os efeitos potenciais de longo prazo dos
cronogramas de CTA na saúde, vida social e indicadores econômicos.
Nossos resultados sublinham que a interrupção circadiana associada ao
deslocamento depende do tempo interno individual.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
As Informações Suplementares incluem Procedimentos Experimentais Suplementares, uma
figura e três tabelas e podem ser encontradas com este artigo online em
http://dx.doi.org/10.1016/j.cub.2015.01.064.
CONTRIBUIÇÕES DO AUTOR
CV e TR criaram o conceito e design do estudo. CV, DF e
JLM coletou dados. CV, DF, JLM e TR analisaram e interpretaram os dados. CV redigiu o
manuscrito. DF, JLM e TR foram responsáveis por revisões críticas e contribuições
intelectuais.
AGRADECIMENTOS
Esta pesquisa foi financiada pela ThyssenKrupp Electrical Steel Europe e uma bolsa da
Hanns-Seidel-Stiftung (DF). Em primeiro lugar, gostaríamos de agradecer aos participantes
deste estudo. Numerosas pessoas estiveram envolvidas na organização e implementação
deste estudo, em particular o Dr. Jörg Augustin, Jens Roßkothen, Frank Patschkowski, Dirk
Sievers, Simone Smaga, Thomas Schulte-Strathaus (ThyssenKrupp Electrical Steel) e Klaus
Rüttiger (ThyssenKrupp Steel). Agradecimentos especiais a Gabriele Konetzka e Dirk
Stahlschmidt, ThyssenKrupp Electrical Steel.
Recebido: 8 de outubro de 2014
Revisado: 19 de dezembro de 2014
Aceito: 27 de janeiro de 2015
Publicado: 12 de março de 2015
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