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Sumário
PROCEDIMENTO DE MEDIDA A CAMPO UTILIZANDO ESTAÇÕES TOTAIS .................................... 3
2.1 Disposição dos equipamentos e como evitar alguns erros comuns ................................... 3
2.2 Instalação da estação total.................................................................................................. 7
2.3 Definição de obra, estação, ré e obtenção de dados ........................................................ 15
2.3.1 Troca de estação ........................................................................................................ 21
2.4 Focalização da Luneta e leitura ......................................................................................... 25
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PROCEDIMENTO DE MEDIDA A CAMPO


UTILIZANDO ESTAÇÕES TOTAIS

Querida pessoa. As etapas de instalação de uma estação total são as


mesmas, pouco importa a marca e o modelo de estação total que você utiliza.

Inclusive, as etapas de instalação no software da estação são muito


similares entre a maioria dos equipamentos. Inclusive a operacionalidade no
software é praticamente a mesma.

Penas em algumas marcas que

Que ao saber o procedimento de trabalho com a estação total de um


fabricante, você conseguirá facilmente trabalhar com equipamentos de outras
marcas.

Os procedimentos de utilização de uma estação total podem ser


resumidos em:

 Instalação do equipamento;
 Definição da obra;
 Definição da estação;
 Definição da orientação;
 Medições.

2.1 Disposição dos equipamentos e como evitar alguns


erros comuns

Evite deixar os equipamentos apoiados em pé, enquanto os mesmos não


estiverem sendo utilizados. Isso porque os mesmos podem cair e sofrer alguma
avaria.
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O ideal é deixar os mesmos sempre “deitados” no chão (figura 1.1) e não


escorados (figura 1.2).

Figura 1 - Disposição dos equipamentos topográficos.

Infelizmente muitos profissionais cometem este erro, costumam deixar o


bastão com o prisma escorado em árvores ou paredes. O mesmo cai, o prisma
se quebra e lá se foram 300 reais.

Perceba que o problema é que o profissional pensa que isso nunca irá
acontecer com o mesmo. Daí certo dia, distraído conversando ou em um
momento de bobeira, o mesmo deixa o bastão com o prisma mal escorado e...

Lá se vão 300 reais.

Olhe novamente para a primeira imagem da figura 1. Perceba que os


equipamentos estão todos organizados e que a estação total está dentro da
caixa.

Busque deixar os equipamentos sempre desta maneira, inclusive


enquanto trabalha. Pegue todos os objetos pequenos (canetas extras, trena,
etc.), coloque dentro da caixa da estação total e feche a mesma.

Com isso você não correrá o risco de perder os mesmos.

Também não correrá o risco de algum transeunte “pegar algo


emprestado”.
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Outro cuidado que você precisa tomar é de não deixar nenhum


equipamento perto demais da estação de trabalho. Das duas, uma, ou você
deixa embaixo do tripé, ou no mínimo 1,5 metro longe.

Isso porque se você deixar perto do tripé, corre o risco de enquanto opera
a estação total, pisar em algum equipamento e quebrar o mesmo.

Ou ainda, de se desequilibrar, acabar se escorando no tripé para não cair


e desnivelar o equipamento.

Enquanto trabalho, eu gosto de deixar os equipamentos organizados


conforme mostrei na figura 1. Todos pertos uns dos outros, com a caixa da
estação total fechada, os objetos pequenos dentro da mesma e a uma distância
de pelo menos 1,5 metros da estação de trabalho.

Outro cuidado que você precisa ter é ao realizar topografias urbanas. Digo
isso porque das vezes temos que trabalhar em locais perigosos.

Com isso, corremos o risco de sermos assaltados.

Uma prática simples para diminuir este risco, caso você não possua o
porte de arma de fogo, é ter com você um facão.

Isso mesmo, o simples fato de você ter um facão dependurado na cinta,


bem à vista, pode evitar que alguém chegue com um canivete ou faca e lhe
assalte.

Então dependendo do local no qual você for trabalhar, adote esta prática.

Além disso, não sei se você sabe, mas todos os profissionais que lidam
com pessoas podem ter porte de arma de fogo.

O simples fato de você possuir CREA já prova que você trabalha com
pessoas. Ou seja, caso ache interessante, você pode ter porte de arma de fogo.

A má notícia é que você vai ter que desembolsar dinheiro para isso. Isso
porque você terá que fazer um curso especifico e, além disso, a arma terá que
ter registro.
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Resumindo a história, você terá que desembolsar no mínimo R$ 5.000,00


reais e ainda terá que comprar a arma propriamente dita.

Caso deseje se informar melhor sobre o assunto é só procurar a polícia


civil.

Outra dica importante é sempre que colocar a estação total na caixa,


fechar imediatamente a mesma.

Digo isso porque certa vez um amigo me contou que terminou o


levantamento dos dados, organizou todos os equipamentos, guardou os
mesmos e ficou conversando com o dono da propriedade.

Conversa vai, conversa vem, ele se distraiu totalmente do que estava


fazendo, deu adeus para o dono da propriedade, embarcou no carro, deu a
partida e fez a volta com o mesmo para ir embora.

Acontece que o mesmo costuma carregar a caixa com a estação total no


espaço entre o banco da frente e o banco de trás do carro. O mesmo não havia
guardado a mesma, saiu de carro e ao fazer a volta passou com o carro por cima
da caixa com a estação total.

A sorte do mesmo é que a caixa estava fechada. Com isso, a caixa teve
sérias avarias. Porém a estação total ficou praticamente intacta.

Perceba que se o mesmo tivesse deixado a caixa aberta, provavelmente


teria destruído a estação total.

Além disso, existe uma série de procedimentos que você pode adotar a
campo, ao obter dados e que trazem mais segurança ao se operar estações
totais.

Infelizmente os mesmos são um pouco complexos, sendo complicado de


explica-los em um livro.

Caso você deseje saber mais sobre o assunto, no treinamento estação


total na prática eu mostro os mesmos.
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O treinamento estação total na prática pode ser comprado de maneira


isolada ou no combo Topografia Cadastral na Prática.

Seguem os links para você conhecer os referidos cursos.

Treinamento estação total na Prática:

http://adenilsongiovanini.com.br/estacao-total/

Combo Topografia Cadastral na Prática:

http://adenilsongiovanini.com.br/top-cadastral/

2.2 Instalação da estação total


A instalação da estação total consiste em nivelar e estacionar a mesma
sobre um ponto topográfico.

É comum a existência de várias formas de estacionar o equipamento entre


os profissionais, porém existem algumas regras que se seguidas possibilitam um
estacionamento rápido e preciso.

A seguir está a demonstração dos procedimentos para operar uma


estação total TC 407L da Leica.

- Instalação do tripé

Para estacionar o equipamento sobre um determinado ponto topográfico,


o primeiro passo é instalar o tripé sobre este. Um ponto topográfico pode ser
materializado de diversas maneiras, como por piquetes, pregos ou chapas
metálicas, entre outros (Veiga, L. A. Koenig Et al., 2012).
A figura 2 ilustra um exemplo de ponto materializado através de uma
chapa metálica engastada em um marco de concreto de forma tronco de
pirâmide.
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Figura 2 – Marco Geodésico.

Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.108).

No centro da chapa metálica será encontrada uma marca (figura 3), que
representa o ponto topográfico. Uma vês que o equipamento esteja devidamente
calado e centrado sobre o ponto, o prolongamento do eixo principal do mesmo
passará por esta marcação sobre a chapa.

Figura 3 - Chapa metálica com a indicação do ponto topográfico.


Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.109).

O tripé possui parafusos ou travas que permitem o ajuste das alturas das
pernas (figura 4). Os mesmos podem mudar de posição no equipamento o que
acarreta na mudança da metodologia de instalação do mesmo.
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Figura 4 - Movimento de extensão das pernas do tripé.


Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.109).

Existem vários procedimentos de instalação do tripé, desde métodos,


onde primeiro abre-se as pernas e fixa-se sobre o ponto (indicado quando a trava
está presa a parte inferior da perna que se estende), até métodos em que
primeiro se coloca o tripé aberto na posição desejada e depois estende-se as
pernas (indicado quando a trava está presa a perna que fica calada no solo).
O objetivo final é deixar o equipamento nivelado, sobre o ponto e em uma
posição confortável de trabalho. Abaixo segue a descrição de um dos métodos
de instalação do equipamento.

3 - Abra as pernas do tripé e coloque-o sobre o ponto. Tome o cuidado de


deixar aberto numa posição intermediaria, nem muito fechado, nem muito aberto
(figura 5).

Figura 5 – Abertura correta do tripé.


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4 – Uma vês que o tripé esteja aberto, o mesmo deve ser colocado sobre
o piquete e levantado até que fique com a mesa na altura do peito (figura 6).
É importante tomar o cuidado de deixar bem sobre o piquete e a mesa
bem nivelada (figura 7), pois a velocidade e facilidade dos procedimentos
seguintes dependem deste procedimento.

Figura 6 – Altura ideal do tripé.

Figura 7 – Tripé nivelado e sobre o ponto materializado.


Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.110).

5 – Coloca-se a estação total sobre o tripé e coloca-se a mesma sobre o


ponto. Dê uma espiadinha a figura 8 (abaixo), volte aqui e continue a leitura que
você entenderá melhor.
No caso da TC 407L, a mesma possui prumo lazer, que facilita os
trabalhos.
Para colocar sobre o piquete é necessário posicionar-se no lado oposto a
uma das pernas e levantar o tripé pelas outras duas, pegando-se o mesmo em
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uma altura intermediaria nas pernas e movendo-se em direção a marca no centro


do piquete, sentando o tripé quando o prumo lazer tiver sobre o ponto.
Tome o cuidado para levantar e mover o tripé em um movimento
sincronizado das mãos, não levantando mais uma que a outra, desta maneira
você não corre o risco de deixar o equipamento muito desnivelado quando for
sentar novamente o mesmo.
Olhe novamente para a figura 8 (abaixo) e cuide atentamente os detalhes.
Perceba, por exemplo, a posição na qual estou assegurando o tripé e a posição
dos cotovelos. Que os mesmos estão pertos do corpo, de certa forma que os
antebraços fiquem abertos.
Como que ambas as mãos estão na mesma altura e que o movimento é
sincronizado.
Que eu parei entre 2 pernas do tripé, com a terceira perna na minha frente.
Ao agir desta maneira, pegando o tripé em uma posição intermediária tenho total
controle do mesmo.
Com isso consigo levantar o equipamento por 2 pernas, deixando a da
minha frente no chão, movimentar o equipamento em um movimento
sincronizado de ambas as mãos, de certa maneira que o prumo lazer fique na
marca do piquete.
E uma vez feito isso, simplesmente sentar o tripé, de certa maneira que o
equipamento fique sobre o ponto e praticamente nivelado.

Figura 8 – colocando o equipamento sobre o ponto materializado.


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6 – Cale bem as pernas do tripé no chão. Este procedimento vai tornar


mais difícil um acidental desnivelamento da estação (figura 9).

Figura 9 – Cravando as pernas do tripé.


Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.110).

7 - Faça o nivelamento grosseiro pelas pernas do tripé, pois este ainda


está muito desnivelado.
Perceba que não adianta mexer apenas nos parafusos calantes. Isso
porque os mesmos são curtos. A ideia é deixar o equipamento praticamente
nivelado (figura 10).

Figura 10 – Posição correta dos dedos no nivelamento grosseiro.


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Olhe novamente para a posição das mãos e dos dedos. Perceba que com a mão
direita eu assegurei uma das partes de cima da perna do tripé.
Com a outra mão, ambas as partes.
Cuide a função de cada um dos dedos. Com o dedo mínimo eu destravo o tripé.
Com o segundo, terceiro e quarto dedos asseguro a perna de fora do tripé.
E com o quinto dedo a perna de baixo do tripé.
Ao posicionar as mãos desta maneira possuo controle total da perna. Posso
destravar a mesma com o dedo mínimo e travar com o pulso a hora que quiser.
Também posso movimentar as seções da perna conforme quiser deixando a
perna exatamente na altura que quero.

8 – Uma vês que o nivelamento grosseiro tenha sido feito, você deve ligar
a estação. A mesma em alguns segundos vai ir para a tela da figura 11 (direita).
Caso a estação não mude de tela, você deve clicar no botão FNC e em F1
nível/prumo lazer conforme mostro na figura 11 (esquerda).

Figura 11 – Tela funções e tela nível interno.

9 - Ao fazer o nivelamento grosseiro a estação foi retirada do ponto (no


meio do piquete). Você deve soltar cerca de meia volta o parafuso que prende a
mesma ao tripé e movimentar a estação até que o nível lazer esteja sobre o
ponto.
Uma vês que a estação esteja sobre o ponto, realiza-se o nivelamento
fino, pelos parafusos calantes.
Para este procedimento você deve tomar o cuidado de posicionar o visor
alinhado com dois parafusos calantes, com o terceiro em um ângulo de 90 graus.
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Gire primeiro, ao mesmo tempo os dois parafusos calantes que estão de


acordo com a mesa, conforme mostro na figura 12.

Figura 12 – Nivelamento fino dos parafusos calantes de acordo com a mesa.


Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.115).

Quando a bolha de nível que aparece na figura 12 (anterior) estiver


nivelada, deve-se mexer no parafuso calante que está na posição inversa (figura
13). Porém antes aconselho verificar se o prumo lazer está sobre o ponto no
piquete, pois provavelmente se deslocou.
Na realidade, estamos fazendo com que o equipamento tenda a ficar
nivelado e sobre o ponto. O problema é que quando mexemos numa coisa,
acabamos tirando a outra. Perceba a importância de a mesa ter sido inicialmente
bem nivelada. Isso porque se a mesma estiver muito desnivelada, será
necessário repetir várias vezes esse procedimento: nivelar, colocar no ponto,
nivelar, até que a estação esteja nivelada e sobre o ponto.

Figura 13 – Nivelamento fino do terceiro parafuso calante.


Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.116).
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2.3 Definição de obra, estação, ré e obtenção de dados

Uma vês que a parte mais difícil tenha sido realizada, é preciso fazer-se
algumas definições antes de começar os trabalhos.
A estação total adota como base o sistema euclidiano, mais conhecido
como plano cartesiano. Sendo que a posição ocupada pela mesma normalmente
é atribuída as coordenadas 0,0 para os eixos x e y e 10, 100 ou 1000 para o eixo
z.
A adoção de 10, 100 ou 1000 para o eixo z possui como intuito evitar-se
a obtenção de cotas negativas.

A primeira das definições realizadas na memória interna da estação é a


definição da obra. Para isso, deve-se seguir o seguinte procedimento:
1 - Clicar na tecla menu:
2 - Selecionar a opção prog (F1) (figura 14).

Figura 14 – Tela menu.

3 – Selecionar a opção topografia (F1) (figura 15)


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Figura 15 – Tela programa.

4 – Selecionar a opção definição de obra (F1) (figura 16)

Figura 16 – Tela topografia.

5 – Selecione a opção nova e digite o nome da obra. Caso a mesma já


exista, busque-a na memória (figura 17).

Figura 17– Definição da obra.


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Uma vês que a obra tenha sido definida, o equipamento voltará para a
tela topografia. Agora iremos definir a estação ocupada (figura 18).

6 - Escolhe-se a opção def. estação, escolhendo-se a opção F2.

Figura 18 – Tela menu.

7- Digite o nome da estação e depois pressione a tecla f4, ENH (figura


19).

Figura 19 – Tela menu.

8 – Digite as coordenadas do ponto ocupado e aperte a tecla “enter”


(figura 20).
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Figura 20 – Tela ENH.

9 - Digite a atura do instrumento (figura 21).

Figura 21 – Tela de definição da estação.

Uma vês que a estação esteja definida é hora de definir-se a orientação.

10 – Escolha a opção F3 def. orientação (figura 22).

Figura 22 – Tela topografia.


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11 – Existem duas formas de escolher-se a orientação, sendo que a “por


azimute’ deve ser selecionada sempre que estamos iniciando uma nova obra.
A opção “por coordenadas” deve ser selecionada em trocas de estações.
Isso porque nestes casos vamos buscar as coordenadas de um ponto na
memória interna (figura 23).

Figura 23 – Tela orientação.

12 – Faz-se a pontaria no ponto de ré em posição direta da luneta.


O valor do azimute deve ser fixado como zero, clicando-se em Hz=0.
Deve-se indicar também a altura do prisma e finalmente clicar em “ALL” (figura
24).

Figura 24 – Tela tipo de orientação.

Uma vês que esta etapa tenha terminada, deve-se clicar em “F4” para se
iniciar o levantamento de dados.
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A obtenção dos dados, por sua vez, ocorre clicando-se na tecla “ALL”
(figura 25).

Figura 25 – Tela topografia.

Durante o levantamento deve-se estar atento ao fato de que a baliza


possibilita a mudança da altura do prisma, mas que toda vês que isso ocorrer a
nova altura deve ser informada para a estação.
No início das atividades, juntamente com a altura do prisma, você deve
informar o nome do ponto. Normalmente define-se o primeiro ponto como o ponto
“1”, isso porque a estação total está configurada para informar os demais pontos
automaticamente.
Com isso, a estação total automaticamente definirá o próximo ponto como
o ponto 2.
Lembrando que sempre que você for a campo, é aconselhável que leve
uma prancheta, algumas cadernetas de campo e algumas folhas extras para
anotações.
No bônus “Planilhas topográficas” disponibilizado juntamente com este
livro, você recebeu modelos de cadernetas de campo. Fique à vontade para
adicionar a logo de sua empresa e customizá-las conforme você achar melhor.
Outra característica interessante da estação total é que a mesma permite
a informação de códigos.
Ou seja, você pode ir informando o código certo de acordo com o tipo de
ponto mapeado.
Confesso que prefiro somente anotar o tipo de ponto na caderneta de
campo e deixar para configurar e atribuir os tipos de pontos ao layer certo no
escritório.
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Isso porque o cara normalmente já está trabalhando em uma situação


climática adversa, logo quanto mais rápido fizer o levantamento, melhor será.
Uma vês que todos os pontos visíveis tenham sido ocupados, é possível
que a existência de obstáculos impossibilite a obtenção de outros pontos de
interesse, sendo necessário fazer-se uma ou mais trocas de estação.

2.3.1 Troca de estação

Segue o passo a passa para a realização da troca de estação.

1 – Materializa-se com piquetes e pega-se um ponto em local previamente


estudado, de onde estejam visíveis todos ou o máximo possível de pontos que
faltam ser obtidos para terminar o levantamento.
Se o ponto estiver muito longe da estação, materializa-se e pega-se outro
ponto perto do mesmo (a uns 10 metros), assim não será preciso se deslocar até
o ponto em que a estação está instalada para fazer-se a orientação da próxima
estação.
Porém, tome o cuidado de não deixar um ângulo muito fechado entre este
ponto, a estação e o outro ponto pego.
Na figura 26 é possível visualizar-se tal situação. Na mesma:
 O número 1 representa pontos de interesse que não podem ser
visualizados da estação atual;
 O ponto 2 representa o melhor lugar para se fazer uma troca de
estação;
 O ponto 3 representa um ponto materializado para a orientação
da próxima estação e;
 O ponto 4 representa a estação atual.
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Figura 26 – Ângulo ideal 324 para troca de estação.

Uma vez que os pontos tenham sido pegos, desliga-se a estação, fecha-
se o tripé e monta-se a mesma no ponto 2.
Neste novo ponto não será necessário realizar-se o procedimento de
definição de obra, pois a obra é a mesma. Será necessário apenas a definição
de estação e a orientação do equipamento.
Porém, na troca de estação estes procedimentos são levemente
diferentes do que quando se inicia uma nova obra.
Segue o passo a passo mostrando como proceder-se no software da
estação.
2 – Perceba que ao navegar para a tela topografia, a opção 1, definição
da obra já aparece marcada.
A opção 2, definição da estação, também aparece marcada, porém iremos
acessar esta opção para informar a nova posição que a estação total deve
assumir. Para isso, aperte o botão “F2” (figura 27).
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Figura 27 – Tela topografia.

3 - Clique na opção lista e busque do ponto 2 que é o ponto no qual você


está instalando a estação total (o mesmo foi pego anteriormente e agora você
está ocupando) (figura 28).

Figura 28 – Tela definir estação.

Perceba que na prática, o que você fez, foi informar para a estação total que a
mesma está sobre este ponto.

4 - Digite a atura do instrumento (figura 29). É a distância entre o ponto no


piquete ou marco geodésico e o centro de fase da estação (marca existente na
lateral do equipamento, na altura da luneta). Tal distância é obtida com o uso de
uma trena.

Figura 29 – Tela definir estação.


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5 - Uma vês que a estação esteja definida é hora de definir-se a


orientação. Para isso aperte o botão “F3”, “def. Orientação” e em “F2” por
coordenadas (figura 30).

Figura 30 – Tela orientação.


Fonte: Zanetti, M. A. Z. e Veiga, L. A. K. (2008, P.6).

6 – Faz-se a pontaria no ponto de ré em posição direta da


luneta e clica-se em “ALL” para que o equipamento faça a leitura (figura
31).

Figura 31 – Tela tipo de orientação.

Após o termino desta etapa, deve-se clicar em F4 para se iniciar o


levantamento de campo. É só continuar com a obtenção de dados (figura 32).
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Figura 32– Tela topografia.

2.4 Focalização da Luneta e leitura


Esta etapa tem por objetivo fazer-se a coincidência do plano do retículo e
do plano da imagem do objeto visado com o plano focal comum a objetiva e à
ocular (ESPARTEL, 1987).
O procedimento de focalização inicia-se pela focalização dos retículos e
depois do objeto. Deve-se sempre checar se a luneta está perfeitamente
focalizada, para evitar a existência de paralaxe de observação, que acarretará
em visadas incorretas.
Para verificar se está ocorrendo este fenômeno, deve-se mover a cabeça
para cima e para baixo, para a direita e esquerda, sempre se observando pela
ocular.
Quando destes movimentos, verificando-se que os fios do retículo se
movem em relação à imagem, então existe uma paralaxe de observação e, neste
caso, a pontaria dependerá da posição do observador (Veiga, L. A. Koenig Et al.,
2012). Para evitar esse problema deve ser adotada a seguinte metodologia:

1 - Os retículos devem estar focalizados de forma que estejam sendo


vistos com nitidez e bem definidos. Para facilitar este procedimento, pode-se
observar uma superfície clara, como uma parede branca ou até mesmo o céu
(figura 33), tomando o cuidado de não apontar para o sol, para evitar danos
irreversíveis à visão.
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Figura 33– Retículos.


Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.118).

A focalização (1) e ajuste dos fios estadimétricos (2) é feita através dos
parafusos (figura 34).

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Figura 34 – Focalização e ajuste dos fios estadimétricos.

2 - Feita a focalização dos retículos, faz-se a pontaria ao objeto desejado


e realiza-se a focalização do mesmo, testando-se para evitar paralaxe. Caso seja
verificado a existência da mesma, deve-se realizar nova focalização do objeto.
Durante a pontaria, os fios do retículo devem estar posicionados
exatamente sobre o ponto onde se deseja realizar a pontaria (figura 35).
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Figura 35– Paralaxe.


Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.119).

Para efetuar a visada o operador deve inicialmente, utilizando o triangulo


(número 1), posicionar este na posição ocupada pelo prismeiro.
Isso é necessário porque se o operador quiser olhar diretamente pela
luneta, terá dificuldades, perdendo bastante tempo para encontrar o prisma.
Logo, o procedimento ideal, é utilizando-se o triangulo existente na parte
superior da luneta, posicionar-se a luneta mais ou menos no prisma.
Em seguida, o operador pode olhar através da luneta, direcionando a
estação total para o centro do prisma e, utilizando os parafusos de ajuste fino
horizontal (número 2) e vertical (número 3) fazer-se o ajuste fino (figura 36).
Adotado este procedimento é só fazer-se a leitura dos dados
pressionando-se o botão “ALL”.

Figura 36 – Parafusos de ajuste fino horizontal e vertical.


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...

Por mais que eu tenha me esforçado para ensinar os detalhes da operação de


estações totais através deste capítulo do livro, infelizmente este é um processo um
pouco oneroso haja vista a complexidade do assunto.
Por causa disso, caso você deseje aprender mais sobre a utilização de estações
totais, eu aconselho que você adquira o treinamento estação total na prática. Conforme
informei anteriormente, o mesmo pode ser adquirido de maneira separada ou no combo
Topografia Cadastral na Prática.

Seguem novamente os links para você conhecer os referidos cursos.

Treinamento estação total na Prática:

http://adenilsongiovanini.com.br/estacao-total/

Combo Topografia Cadastral na Prática:

http://adenilsongiovanini.com.br/top-cadastral/

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