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Vitimilogia No Ambito Virtual 2 Parte Segundo Capítulo
Vitimilogia No Ambito Virtual 2 Parte Segundo Capítulo
crimes praticados através da internet, e como eles são cada vez mais diversificados.
Atendo-nos ao nosso foco, referente aos crimes contra a imagem, percebemos que a
cultura do anonimato gerou na sociedade um sentimento de impunidade, por acreditar-
se que o que se pratica via rede nunca será descoberto. Com isso temos duas situações:
primeiro os praticantes estão seguros de que podem praticar quaisquer atos sem risco de
serem descobertos ou punidos, e por outro lado, as vítimas não procuram reparação ou
amparo por esse mesmo motivo.
Há algum tempo, no início da era da informática, ou digital, no
Brasil, em meados da década de 90, sendo tudo novidade e não tão divulgado, surgiu
uma cultura onde as pessoas acreditavam que o que se fazia pelo computador não
poderia ser descoberto ou rastreado, e com isso se sentiam à vontade para praticar
qualquer ato. Com o passar do tempo, a modernização da informática, a abrangência do
uso da internet, praticamente todas as pessoas passaram a ter acesso a esses recursos de
comunicação. Porém, a crença da proteção do anonimato gerou um sentimento de
liberdade, onde muitas vezes aqueles que não tinham coragem de se expor abertamente,
utilizavam-se desse recurso para externar sentimentos e opiniões.
Com isso, surgiu um grande problema, porquanto em diversas
ocasiões essa liberdade ultrapassa o limite da liberdade de expressão, saindo do campo
do direito de manifestar-se e invadindo o direito de imagem do outro. Isso nos leva ao
tema do presente estudo: a linha tênue que separa esses dois direitos, dentro do contexto
virtual, e se o comportamento da vítima possibilita, ou até mesmo facilita ou sugere a
prática de crimes virtuais.
Vejamos uma publicação do site TecMundo, de agosto de 2015,
onde a manifestação do Deputado Claudio Cajado, no sentido de instituir medidas
protetivas no âmbito da internet, sofreu duras críticas, devido sua intenção:
Essa não é a primeira vez que Cajado cria polêmica após propor
medidas de censura na internet. Em 2013, o procurador quis fechar um
acordo com a Google para facilitar a retirada de vídeos do YouTube e
postagens no Blogger que, em sua avaliação, representassem
mensagens de calúnia, injúria ou difamação aos seus colegas
congressistas. Talvez para evitar a propagação das acusações de
corrupção, quem sabe?