Você está na página 1de 1

A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA E O DIÁLOGO COM A

FAMÍLIA. Kivia Santos Nunes (PICVOL – Fonoaudiologia/UFS); Rosana Carla do


Nascimento Givigi (Orientadora – NUFO/UFS).

O presente trabalho é um recorte do projeto de pesquisa “Comunicação Alternativa e


Ampliada como instrumento de Inclusão Social”, que vem sendo realizado no curso de
Fonoaudiologia da UFS. O plano de trabalho, “Produzindo novos sentidos no diálogo da
família e sujeito não falante”, tem por objetivo acompanhar as famílias que fazem parte
do grupo, dando suporte para que possam se comunicar com seus filhos através do
sistema de CAA. O foco é o processo de interlocução com essa família, para juntos
construirmos novos sentidos, para deficiência e comunicação. A intervenção com esses
pais iniciou-se com uma entrevista inicial, onde falaram sobre seu filho, logo após
foram marcados encontros para conhecermos as crianças e em seguida essas famílias
foram reunidas em um grupo de pais, onde são discutidos temas propostos por eles e
pelos pesquisadores. Guiando-nos sob a teoria do Interacionismo Brasileiro onde a
linguagem é vista como algo fundante do sujeito, e o outro como parte essencial no
processo de subjetivação, o estudo veio sendo desenvolvido. Por nosso olhar estar
direcionado para as redes interacionais em que nossas crianças estão inseridas,
percebemos que a contribuição e participação das famílias no cotidiano das nossas
atividades e no processo de investigação sobre as formas de comunicação que as
crianças podem utilizar, estiveram presentes durante todo o trabalho. Os pais
participaram dando suporte para a implementação da CAA, fornecendo informações
sobre as preferências das crianças e sobre todo o contexto no qual elas estão inseridas.
Acrescentamos a isto o fato deles terem se percebido como interlocutores, passando a
atuar de forma efetiva no desenvolvimento e construção do material da CAA. Apesar
disso nem todas as famílias percebem que sua participação precisa ultrapassar o
fornecimento de informações para construção do instrumento, pois eles também
precisam aprender a utilizar os recursos para se comunicar com seus filhos e integrá-los
no ambiente familiar, escolar e qualquer outro que seja parte do universo deles. Por isso
a importância de encontros individuais com cada pai, para que particularidades, natural
do sujeito real que trabalhamos, possa se sentir mais a vontade em conversar sobre suas
dúvidas, medos, anseios, entre outros, dando a eles também a atenção singular que
precisam para conseguirem perceber as mudanças que seus filhos vem trazendo ao
longo do uso da CAA.
Apoio: PIBIC/CNPq e FAPITEC

Você também pode gostar