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Capitulo I

1. Introdução

Este relatório visa fazer uma radiografia das actividades desenvolvidas durante o estágio
profissionalizante em farmácia, o mesmo é integrado no plano curricular do 4° ano, II
semestre do curso de licenciatura em farmácia da Universidade Católica de Moçambique, o
estágio teve a duração de quatro (4) meses tendo sido realizado de 30 de Novembro de 2020 á
19 de Março de 2021 respetivamente.

O estágio foi rotativo pois estagiei em cinco (5) sectores distintos, salientar que todo estágio
profissionalizante foi realizado na província de Sofala concretamente no distrito da Beira.
Estive no DDM (Deposito Distrital de Medicamentos) -Beira de 30 de Novembro a 25 de
Dezembro de 2020, sob tutela da drª Elsa Tomásia e Msc. Catarina Muchanga. De 28 de
Dezembro de 2020 a 8 de Janeiro de 2021 estive no HCB (Hospital Central da Beira) -
Repartição da Farmácia Hospitalar, estando a cargo dr. Arcano Mandlate. De 11 a 22 de
Janeiro de 2021 estive na Repartição Provincial de Farmácia sob orientação da drª Edna
Carlota Rambique e dr. João Horácio Mussoquia. De 25 de Janeiro a 19 de Fevereiro de 2021
estive no C.S Urbano de Ponta Gêa sob a tutela da drª Yara Dikha e por fim de 22 de
Fevereiro a 19 de Março de 2021 estive na CMAM (Central de Medicamentos e Artigos
Médicos) sob a tutela da drª Graça Mostola Fernando e drª Graziela Joaquim Mohilapa
respetivamente. O estágio decorria nos dias normas do expediente das 7h: 30min a 15h:
30min, perfazendo um total de 640 horas.

O estágio profissionalizante teve como finalidade a consolidação dos conhecimentos teóricos


adquiridos nas diversas cadeiras durante o curso bem como aquisição de novos
conhecimentos de natureza pratica que permitam adquirir competências para o exercício da
profissão farmacêutica junto aos profissionais experientes. Pretendo com este relatório
descrever de forma suscita e clara todas actividades que desenvolvi durante a realização do
estagio do mesmo. O relatório encontra-se dividido em quatro capítulos. O primeiro é
referente a introdução. O segundo capítulo versa a vertente da identificação do campo de
estágio. O terceiro capítulo diz respeito a vertente das actividades desenvolvidas e por fim o
quarto capítulo engloba as conclusões e sugestões bem como as referências bibliográficas.
Capitulo II

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO


2.1. Identificação do 1° local e sector de estágio

Nome: DDM

Bairro: Ponta Gêa

Enderenço: Av Eduardo Mondlane

Cidade/Província: Beira-Sofala

Data de início: 30 de Novembro de 2020

Data de término: 25 de Dezembro de 2020

Carga Horária Semanal: 40Horas

Carga Horária Total: 160Horas

Orientadores no Sector de Estágio: drª Elsa Tomásia e Msc. Catarina Muchanga

Supervisor de Estágio da UCM: dr. Simone Armando Chunguane

2.2. Identificação do 2° Local de Estagio

Nome: Hospital Central da Beira (HCB)

Bairro: Macuti

Enderenço: Av Mártires Revolução

Cidade/Província: Beira-Sofala

Telefone: +258 23 312 071

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2.2.1. Sector de Estagio

Nome do Sector de Estágio: Repartição da Farmácia Hospitalar (RFH)

Data de início: 28 de Dezembro de 2020

Data de término: 08 de Janeiro de 2021

Carga Horária Semanal: 40Horas

Carga Horária Total: 80Horas

Orientadores no Sector de Estágio: dr. Arcano Mandlate

Supervisor de Estágio da UCM: dr. Paulino Alberto Franque

2.3. Identificação do 3° Local e Sector de Estagio

Nome: Repartição Provincial de Farmácia (RPF)

Bairro: Macuti

Enderenço: Av Mártires Revolução

Cidade/Província: Beira-Sofala

Data de início: 11 de Janeiro de 2021

Data de término: 22 de Janeiro de 2021

Carga Horária Semanal: 40Horas

Carga Horária Total: 80Horas

Orientadores no Sector de Estágio: drª Edna Carlota Rambique e dr. João Horácio
Mussoquia

Supervisor de Estágio da UCM: dr. Simone Armando Chunguane


2.4. Identificação do 4° Local e Sector de Estagio

Nome: C.S Urbano de Ponta Gêa

Bairro: Ponta Gêa

Enderenço: Av Eduardo Mondlane

Cidade/Província: Beira-Sofala

Data de início: 25 de Janeiro de 2021

Data de término: 19 de Fevereiro de 2021

Carga Horária Semanal: 40Horas

Carga Horária Total: 160Horas

Orientadores no Sector de Estágio: drª Yara Dikha

Supervisor de Estágio da UCM: dr. Simone Armando Chunguane

2.5. Identificação do 5° Local e Sector de Estagio

Nome: CMAM

Bairro: Pioneiros

Enderenço: Av Rua General Viera no1936

Telefone: +23326003

Cidade/Província: Beira-Sofala

Data de início: 22 de Fevereiro de 2021

Data de término: 19 de Março de 2021

Carga Horária Semanal: 40Horas

Carga Horária Total: 160Horas

Orientadores no Sector de Estágio: drª Graça Mostola Fernando e drª Graziela Joaquim
Mohilapa

Supervisor de Estágio da UCM: dr. Paulino Alberto Franque


2.6. Apresentação dos Locais e Sectores de Estagio
2.6.1. Breve Histórico de DDM

De acordo com algumas fontes orais antigamente a Província de Sofala especificamente o


distrito da Beira não possuía de um DDM, no entanto, o DPM (Deposito Provincial de
Medicamentos) – Sofala era responsável por abastecimento de medicamentos e artigos
médicos para as diferentes unidades sanitárias dependentes.

Conforme as mesmas fontes o local onde cita as instalações atuías do DDM servia de
Farmácia de atendimento ao público do C.S de Ponta Gêa. A partir de 2005 a cidade da Beira
passou a ter o DDM para responder a demanda da população local, porém o depósito
funcionava somente como intermediário, uma vez que só era responsável por receber as
requisições, aprovar e elaborar a guia de remessa e em seguida encaminhava as unidades
sanitárias dependentes ao DPM para ir levantar os seus medicamentos e artigos médicos.
Importa referir que foi a partir de 2011 que o DDM- Beira passou a funcionar de uma forma
independente, isto é, as unidades sanitárias dependentes passaram a levantar os
medicamentos e artigos médicos directamente no DDM e não no DPM como acontecia
anteriormente.

2.6.1.1. Infra-estruturas do DDM

No que diz respeito a estruturação do DDM referir que esta dispõe de um armazém na Cave
(Reservados para grandes volumes) e um Armazém na parte superior da cave (reservado para
pequenos volumes), uma casa de banho, um laboratório e um Gabinete dos responsáveis do
DDM.

2.6.1.2. Equipe Técnica

A equipa técnica do DDM é constituída por total de nove funcionários nomeadamente: três
farmacêuticos, três técnicos de farmácia, uma administrativa e dois agentes de serviço.

2.6.2. Breve histórico do HCB

Desde o tempo colonial, até a década 50, a cidade da Beira estava dividida em duas partes
nomeadamente a zona de Elite e indígena. A Zona de elite compreendia os bairros da ponta-
gea, palmeiras e macuti, e os restantes bairros compreendia a zona dos indígenas. Os
portugueses habitavam nas zonas de Elite e devido a sua Hegemonia usava a igreja católica.
Os missionários e freiras de caridade foram enviados para habitarem em alguns bairros
nomeadamente Macuti Ponta-gea, Munhava e Manga onde lá criaram missões que dispunha
de serviços de internamento para crianças desfavorecido, além de que cada missão possuía
um posto de saúde, onde o actual Hospital Central da Beira (HCB) fazia parte. De salientar
que o HCB era apoiado e controlado pelas irmãs de caridade. Importa referir que o actual
HCB antigamente era designado por Hospital Rainha Dona Amélia, que não consistia para
além de uma residência das irmãs que é a actual direcção do hospital. O tempo foi passando,
e no ano de 1964 foi construído o edifício do bloco principal para responder a demanda
populacional que vinha aumentando exponencialmente.

Após a independência Nacional, o governo Moçambicano por meio de conselho de ministros


decretou a nacionalização das clinicas privadas de modo que os serviços de saúde
abrangessem a maioria, uma vez que os mesmos consideravam que a medicina privada servia
de doença como método de enriquecimento. Portanto, o dia 24 de Junho de 1975 tanto o dia
19 de Agosto de 1975 essas datas são consideradas como o dia das nacionalizações, uma vez
que foi nesses períodos onde as missões passaram a pertencer o estado. Onde a missão de
macuti, a parte de Hospital (Rainha Dona Amélia) passou a designar-se de Hospital Central
da Beira (HCB) tanto como outras missões que tinham a componente Hospital.

2.6.2.1. Equipe técnica do HCB/ Repartição da Farmácia Hospitalar

No HCB especificamente no sector da Farmácia Hospitalar tem um (1) responsável por


administrar, executar e administrar todas as actividades relativas a este sector.

2.6.3. Breve histórico da Repartição Provincial da Farmácia

De acordo com algumas fontes orais nas tuas instalações da Repartição Provincial da
Farmácia possuía uma empresa designada por Emofar, empresa esta centrada no fabrico de
SRO (Sais de Reidratação Oral). Importa referir que para além do exposto acima o mesmo
local já funcionou como DPM.

2.6.3.1. Repartição Provincial de Farmácia

No que concerne ao Fluxograma referir que a Repartição Provincial de Farmácia possui


quatro sectores nomeadamente o sector da inspeção farmacêutica que por sua vez contempla
a área do registo de medicamentos, sector da fármacovigilância bem como o sector de
controlo de qualidade de medicamento.
2.6.3.2. Infra-estruturas da Repartição Provincial da Farmácia

A Repartição Provincial de Farmácia dispõe de um gabinete do chefe da repartição que


funciona também com local designado para actividades relativas a inspeção farmacêutica,
uma secretaria, casa de banho (masculino e feminino) sala técnica para área de
fármacovigilância e por fim uma sala técnica reservada para área de controlo de qualidade
dos medicamentos.

2.6.3.3. Recursos humanos da Repartição Provincial da Farmácia

No que concerne a recursos humanos a Repartição Provincial de Farmácia dispõe de seis


profissionais de Farmácia dos quais dois estão alocados no sector da inspeção farmacêutica,
dois no sector da fármacovigilância e outros dois no sector de laboratório e controlo de
qualidade, a repartição também dispõe de uma administrativa que esta alocada na secretaria.

2.6.4. C. S. Urbano de Ponta Gêa


2.6.4.1. Infra-estruturas

No que concerne a infra-estruturas do C.S supracitado concretamente da Farmácia publica


referir que este dispõe de um Deposito Geral bem como de um depósito intermediário da
farmácia pública respectivamente, alem de que possui quatro balcões (guiché) de atendimento
ao público e por fim duas casas de banho (Feminino e Masculino).

2.6.4.2. Recursos Humanos

A Farmácia do C. S. Urbano de Ponta Gêa dispõe de uma equipa coesa e segura onde os
diversos profissionais se completam e lutam pelo mesmo objectivo: satisfazer as necessidades
dos utentes. Entretanto, a farmácia possui um total cinco (5) farmacêuticos; dois (2) técnicos
superiores N1; dois (2) Técnicos de Farmácia e por fim cinco (5) voluntários da Farmácia.

2.6.5. Breve histórico da CMAM-Beira

O AC-Beira é constituído por 4 sectores nomeadamente:


 Administrativo: responsável pelas actividades administrativas, isto é, onde são
passadas as credenciais e entregue os selos (que servem como uma confirmação da
integridade da carga a ser transportada);
 Entradas: responsável pela recepção dos produtos que podem entrar por diferentes
vias como: via portuária; via de transferência; devolução;
 Saídas: é de inteira responsabilidade sector aviar os produtos indicados na lista de
aviamento.
 Inventário e Aviamento: este sector responde pelas quantidades dos produtos
(stock) no armazém, controle do stock, de todas as entradas e saídas do stock, pelo
aviamento dos produtos.

2.6.5.1. Infra-estruturas da CMAM-Beira

Quanto a estruturação da CMAM – Beira referir que esta dispõe de dois armazéns
nomeadamente: um localizado na zona dos pioneiros, onde dentre os quais são armazenados,
psicotrópicos (que se encontram na sala de quatro portas) e o outro armazém localizada na
zona da Munhava (Wing). O AC dos pioneiros dispõe de um gabinete de chefe, sala de
reuniões, sala de administração, sala técnica, copa, duas casas de banhos (Feminina e
Masculina) além das seguintes repartições: armazém geral designado por letra M; armazém
climatizado 1 (C) e 2 (H); armazém gaiola, que é representado pela letra G; armazém de
psicotrópicos (P); armazém frio (não utilizado actualmente com os fins pelo qual foi
construído pois a CMAM-Beira já não recebe medicamentos que requerem baixas
temperaturas, uma vez que os sistema de frio encontra-se avariado, no entanto, esse espaço
esta sendo usado para colocar outros produtos); armazém lateral e novo edifício designado
por letra D (esse utilizado para se armazenar os produtos tóxicos, que são separados dos
outros para evitar que em casos de incêndios as chamas possam se alastrar para os demais
compartimentos).

2.6.5.2. Recursos humanos CMAM-Beira

A CMAM é composta por um total de 24 funcionários dois quais: cinco (5) farmacêuticos;
cinco (5) técnicos superiores N1 da administração pública; quatro (4) técnicos médios de
farmácia; sete (7) agentes de serviço; (3) três Motoristas.

Estrutura administrativa da Central de medicamentos e Artigos Médicos-Beira


 Gestor do armazém: Dr. Nelson Mbota
 Gestor adjunto: dr. João Fortuna

2.6.6. Principais actividades desenvolvidas no DDM, HCB/RFH; RPF; C.S


Urbano de Ponta Gêa e CMAM.

DDM

 Assepsia do Local;
 Abastecimento de Medicamentos e Artigos Médicos para os Sectores dependentes;
 Lançamentos de Requisição/Externa Balancete no SIMAM;
 Elaboração de Guia de Remessa dos Espirados;
 Preenchimento de Ficha de Stock;
 Recepção de Medicamentos do depósito Fornecedor;
 Preenchimento do Livro de Registo de Movimento de Psicotrópicos e
Estupefacientes;
 Inventario;
 Abertura de Novas Fichas de Stock;

HCB/RFH

 Análises de Receitas Médicas;


 Análise da Folha terapêutica do Doente (Cardex)
 Lançamento de dados de Fichas de análises de Cardex na base de dados 2020;
 Lançamento de dados de análises de Receitas Médicas na base de dados;
 Alocação de Fichas de análises de Cardex no arquivo 2020.

RPF

 Assepsia do Local;
 Recolha de dados de Farmacovigilância (vancinas) para a elaboração do relatório;
 Análise de Mapa de Psicotrópicos e Estupefacientes;
 Elaboração de expediente para o envio de pedido de caderneta;
 Atualização de base de dados dos profissionais de Farmácia em Farmácia;
 Elaboração de relatório de Controlo de Qualidade de Medicamento;
 Avaliação de qualidades das Fichas de Notificação de RAMs;

C.S Urbano de Ponta Gêa

 Assepsia do Local;
 Inventario;
 Elaboração da Requisição Balancete/ Interna;
 Abastecimento de Medicamentos e Artigos Médicos a Farmácia Publica;
 Pré-empacotamentos de Medicamentos;
 Preenchimento de Fichas de Stock;
 Dispensa de Medicamentos na Farmácia Publica;
 Lançamentos de Receitas de TARV no Livro-Diário de Registo de ARVs;
 Fechamento de Caixa (Guiché);
 Abastecimentos de Medicamentos e Artigos Médicos aos Sectores dependentes;
 Recepção de Medicamentos e Artigos Médicos do Deposito Fornecedor;

CMAM-Beira

 Recepção de Medicamentos e Artigos Médicos;


 Abastecimentos Trimestral de Medicamentos e Artigos Médicos aos sectores
Dependentes;
 Conferência de Medicamentos em Transito;
 Inventario;
 Mudanças e alocação de Medicamentos e Artigos Médicos;
 Preenchimento do Livro de Registo de Psicotrópicos e Estupefacientes;
 Cintagem de Paletes.
Capitulo III

3. Descrição das actividades Desenvolvidas

Nesta etapa importa referir que devido a uniformidade de certas actividades em alguns
campos de estágio supracitados, serão apresentados apenas uma vez as actividades
considerem, para evitar ser muito repetitivo. Entretanto, as actividades que foram realizados
somente num sector e no outro não bem como as que diferirem nos procedimentos da sua
realização estas sim irei especificar o respectivo sector e fazer a sua descrição
respectivamente.

3.1. Assepsia

Compreende-se como sendo um conjunto de técnicas ou praticas que tem por finalidade
evitar a penetração de microrganismo num local ou objectos isento dos mesmos (Moriya,
Luiz, Modena, 2008).

Antes de iniciar com as minhas actividades rotineiras, nos sectores onde estive alocado, a
primeira actividade que eu realizava era assepsia especificamente a desinfecção do meu local
de trabalho. Esta actividade por me efectuada tinha por finalidade remover ou reduzir os
possíveis microrganismos presentes no meu local de trabalho. Realizei esta actividade
mediante o uso de álcool a 70% e uma gaze hidrófila.

Com esta actividade aprendi que sempre deve-se efectuar a higienização do local de trabalho
mesmo que o local aparente estar limpo. Salientar que a assepsia minimiza a ocorrência
contaminação cruzada.

3.2. Abastecimentos de Medicamentos e Artigos Médicos para os Sectores


dependentes/DDM

Abastecimentos de Medicamentos compreende-se como sendo uma actividade que tem por
finalidade fazer a reposição de stock nos diferentes níveis de atenção de Saúde assegurando
assim a disponibilidade contínua de medicamentos e artigos médicos (Marques, 2016).

Efetuei esta actividade com a finalidade de responder a requisição Balacente/ Externa enviada
pela Unidade Sanitária dependente bem como fazer a reposição do stock. Para o efeito,
primeiramente apos a recepção da Requisição/ Balancete Externa da Unidade Dependente
verifiquei se o modelo estava devidamente preenchida e em seguida fiz o lançamento das
requisições no SIMAM, depois avaliei as necessidades (pedidos) das U.S dependentes em
função do Stock Existente a nível do depósito distrital, feito isso, em seguida elaborei a Guia
de remessa no SIMAM (Sistema de Informação e Artigos Médicos) e por fim para cada
produto que aviei registei imediatamente na Ficha de Stock correspondente, indicando a data
da remessa, o destino da encomenda, o documento de suporte com o seu N°, as quantidades
aviadas (saída) e actualizar o stock existente.

Com esta actividade aprendi que o abastecimento de medicamentos e artigos médicos para as
unidades dependentes requer uma grande responsabilidade pois uma falha durante este
processo pode prejudicar a muita gente, não mas também, aprendi que o abastecimento a
partir do depósito fornecedor permite com que haja a disponibilidade de medicamentos nas
diferentes níveis de atenção a saúde permitindo assim que o doente tenha ao seu dispor a
medicação que vem na sua folha terapêutica, contribuindo assim no uso racional dos
medicamentos.

3.2.1. Lançamentos de Requisição/Externa Balancete no SIMAM /DDM


Requisição de Medicamentos: é o processo de solicitação dos medicamentos ou outros
artigos médicos, com a finalidade de reconstituir o stock das unidades sanitárias dependentes
(Fernandes, Elyas, Soma, Namburete, Gasuguru, Chunguane, 2008).

Balancete: é um instrumento de análise que permite-nos saber os movimentos (Entradas e


saídas) em um determinado período (Fernandes, Elyas, Soma, Namburete, Gasuguru,
Chunguane, 2008).

SIMAM: Sistema de Informação e Artigos Médicos


Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de sustentar o Sistema de Informação
de Medicamentos e Artigos Médico, pois a Gestão e Controlo de Stock ao nível dos
Depósitos é feito mediante a este sistema informático. Efectuei esta actividade com auxílio da
Requisição/ Balancete Externa da Unidade Sanitária dependente e um computador que tem
instalado SIMAM, onde fiz o lançamento dos dados da requisição.

Com esta actividade supracitada aprendi que nos depósitos fornecedores Medicamentos e
Artigos Médicos contem um Sistema Informático designado por SIMAM que deve ser
actualizado constantemente para garantir uma boa gestão. Importa referir que não basta só
fazer as movimentações dos produtos fisicamente sem antes alimentar o sistema, pois isso
pode aumentar ocorrências de discrepâncias.
3.3. Elaboração de Guia de Remessa dos Expirados/DDM

Guia de Remessa: é um documento que acompanha uma remessa de mercadorias, e fornece


uma lista dos produtos e da quantidade das mercadorias incluídas na entrega (Debitoor.
2020).

Efectuei a actividade supracitada com a finalidade de ter um suporte de saída dos produtos
expirados para a quarentena. Para o efeito, primeiramente recebi os medicamentos e artigos
médicos expirados provenientes das unidades sanitárias dependentes acompanhados com uma
Guia de Remessa/devolução, visto que, os mesmos não tem autonomia de inutilizar os
medicamentos e artigos médicos, em seguida apos a recepção dos produtos expirados dei
entrada e imediatamente descarreguei (saída) com destino a quarentena nas fichas de Stock
respetivamente, por fim elaborei uma Guia de Remessa manual dos produtos em causa como
suporte de saída dos produtos para a quarentena. Importa referir que apos a elaboração da
Guia de Remessa levei os produtos para a quarentena que é um lugar separado e fechado,
onde são mantidos os produtos expirados até o momento da sua destruição.

Com esta actividade aprendi que sempre em que as unidades sanitárias enviar produtos
expirados para o depósito fornecedor, apos a recepção e conferências dos produtos pelo
depósito fornecedor este deve emitir uma Guia de Remessa dos expirados como suporte de
saída dos produtos para a quarentena.

3.4. Preenchimento de Ficha de Stock


Ficha de Stock: é o instrumento ou documento utilizado para o controlo de movimento dos
medicamentos, isto é, entradas, saídas, ajustes negativos, ajustes positivos e mais (Fernandes,
Elyas, Soma, Namburete, Gasuguru, Chunguane, 2008).

Realizei esta actividade com a finalidade de registar as movimentações que vinham sido
feitas, isto é, as saídas bem como as entradas dos medicamentos e artigos médicos nas suas
respectivas fichas de stock. Depois de efectuar o abastecimento para as unidades sanitárias
dependentes, procedia imediatamente o descarregamento nas fichas de stock as quantidades
aviadas (saídas) com o nome da unidade sanitária dependente na coluna (Origem/destino do
movimento). O mesmo procedimento fazia quando recebia medicamentos e artigos médicos
provenientes do depósito fornecedor, que neste caso registava na coluna das entradas as
quantidades recebidas e nome da entidade fornecedora na coluna (origem). Aprendi que é
imprescindível fazer o preenchimento das fichas de stock após realizar qualquer movimento
do medicamento ou artigo medico pois facilita no controlo e gestão dos mesmos.

3.5. Recepção de Medicamentos do depósito Fornecedor


Recepção de Medicamentos: é uma etapa onde se verifica se os medicamentos solicitados e
recebidos estão em conformidade com os requisitos estabelecidos na Guia de remessa, quanto
a especificação, quantidade e qualidade (Fernandes, Elyas, Soma, Namburete, Gasuguru,
Chunguane, 2008).

Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de receber e conferir os medicamentos
que haviam sido solicitados mediante o envio da requisição Externa/ Balancete. Durante o
acto da recepção verifiquei juntamente com os tutores se as embalagens ou caixas dos
produtos recebidos se não haviam sido violadas bem como o prazo de validade, n° de lote de
cada item e se o N° de volumes correspondia a quantidade indicada na Guia de remessa /
Entrada, e não tendo sido detectado qualquer anormalidade dos produtos recebidos, assinei o
duplicado da Guia de remessa/ Entrada e recebi os produtos, após feito isso dei entrada na
respectivas fichas de stock todos os medicamentos e artigos médicos provenientes do
deposito fornecedor e por fim arrumei todos produtos nos seus respectivos locais utilizando a
regra PEPSI (primeiro a expirar, primeiro a sair). Importa referir que normalmente o DDM
recebe os medicamentos e artigos médicos do depósito fornecedor mensalmente.

Aprendi que todo produto durante a sua recepção deve sempre ser acompanhado de uma Guia
de Remessa/Entrada. Além disso, também aprendi a ter muita atenção no momento da
recepção para evitar receber produtos que não foram solicitados devido a uma falha do
depósito fornecedor ou mesmo receber produtos expirados.

3.6. Preenchimento do Livro de Registo de Movimento de Psicotrópicos e


Estupefacientes
Livro de Registo de Movimento de Psicotrópicos e Estupefacientes: é um instrumento
utilizado para o registo de dados referentes a todos movimentos de Psicotrópicos e
Estupefacientes, isto é, entradas, saídas, ajustes negativos, ajustes positivos e mais (Infarmed,
2020).

Realizei esta actividade com intuito de registar os movimentos de psicotrópicos e


estupefacientes que foram efectuados para o melhor controlo e gestão desses medicamentos.
Como auxílio da Guia de remessa registei no livro as saídas bem como a entradas dos
psicotrópicos e estupefacientes.

Aprendi que não basta somente registar o movimento dos medicamentos supracitado na ficha
de stock, mas porem há necessidade do preenchimento de alguns modelos que auxiliam na
gestão desses medicamentos, dentre os quais destaca-se o Livro de Registo de Movimento de
Psicotrópicos e Estupefacientes.

3.7. Inventário/ DDM

O Inventário é o stock existente num determinado momento, ou seja, o inventário é a


contagem física de todos os produtos existentes discriminados por N° de lote e prazo de
validade (Fernandes, Elyas, Soma, Namburete, Gasuguru, Chunguane, 2008).

Fiz o inventário normal no sector supracitado com a finalidade de saber se as quantidades


existentes no teórico (Ficha de stock) estavam em conformidade com as quantidades no
Físico, bem como verificar o prazo de validade.

Para o efeito, antes realizar o inventário propriamente dito tive que informar aos sectores
dependentes que estava prestes a começar processo de inventário, e que após de eu ter dado
inicio o processo de inventário não receberia mais nenhuma requisição Externa/Balecete em
seguida actualizei as Fichas de Stock, registando todos os movimentos de entrada e de saída
dos produtos cujas suas remessas estavam pendentes ou que não tinham sido registadas ainda,
após feito isso, elaborei uma lista de contagem física dos produtos e por fim arranquei com o
processo de inventario propriamente dito, isto é, comecei a contagem física, verificação de
prazo de validade, numero de lote bem como a integridade do produto. Importa referir que no
DDM a periodicidade da realização do inventário é mensal, e este é feito antes da elaboração
da requisição Externa/Balancete mensal.

Aprendi que a realização do inventário é extremamente fundamental para uma melhor gestão
e controlo dos medicamentos e artigos medicamentos.

3.8. Abertura de Novas Fichas de Stock/DDM


Efectuei a actividade supracitada com o objectivo garantir um melhor controlo e gestão dos
medicamentos e artigos médicos, pois no fim de cada ano é imprescindível abrir novas fichas
de stock. Realizei esta actividade com auxílio de fichas antigas e novas fichas de stock, onde
procedi o preenchimento usando neste caso o ultimo stock do existente da ficha antiga.

Aprendi que para garantir uma boa gestão e controlo dos medicamentos e artigos médicos é
fundamental abrir novas fichas de Stock no fim de cada ano.

3.9. Análises de Receitas Médicas/ HCB (RFH)


A Receita Médica: compreende-se como sendo um o meio de comunicação entre o pessoal
clínico, o pessoal da farmácia bem como o próprio doente, por isso é fundamental que a
mensagem transmitida pelo clínico e pelo pessoal da farmácia ao doente seja coerente
(Fernandes, Elyas, Soma, Namburete, Gasuguru, Chunguane, 2008).
Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de verificar se a receita médica era
legível e se estava devidamente preenchida, garantindo assim a qualidade da mesma. Neste
sentido, primeiramente após a recepção da receita médica pelo doente analisava se estava
devidamente preenchida no que concerne ao Nr° do FNM, Nome genérico dos medicamentos
(não mais que três medicamentos na mesma receita), Dosagem, Forma farmacêutica,
Posologia, Duração do tratamento, Nome do doente, NID, Nome da unidade sanitária, Nr° de
ordem do médico, Carimbo da secretaria e Carimbo do médico ou assinatura do prescritor, e
em caso de constatar alguma anormalidade colocava uma observação e informava ao
profissional da farmácia do guiché para devolver a receita médica de modo a se fazer as
respectivas retificações, mas se após a verificação da receita não constata-se nenhuma
anormalidade informava o profissional do Guiché para efectuar a dispensa.

Através desta actividade aprendi que é imprescindível analisar a receita medica antes da sua
dispensa de modo a minimizar os erros da medicação bem como a outras possíveis falhas que
possam vir a ocorrer.
3.10. Análise da Folha terapêutica do Doente (Cardex)/ HCB (RFH)

Folha terapêutica (Cardex): é um instrumento/receita de internamento utilizado para o


registo da medicação do doente em regimento de internamento (Filho, Frezza, Matsuno,
Alcântara, Cassiolato, Bitar & Perreira, 2013).

Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de avaliar se a medicação feita pelo
doente estava em conformidade com diagnóstico clinico, não só mas também, avaliar se
havia alguma incompatibilidades no que concerne a dose, frequência da administração, forma
farmacêutica, via de administração dos medicamentos administrados bem como as possíveis
interacções medicamentos, reacções alérgicas e contra-indicações. Efectuei esta actividade
com auxílio do processo clinico (Diário clinico, Diário da Enfermagem, Cardex) do doente,
onde foi possível recolher os dados concernentes ao diagnóstico clinico e a medicação feita
pelo doente, e por fim procedi com o preenchimento da Ficha de análise de Cardex.

Através desta actividade aprendi que a realização da mesma é essencial para a optimização
terapêutica e para o alcance de resultados terapêuticos satisfatórios.

3.11. Lançamento de dados de Fichas de análises de Cardex na base de dados


2020/ HCB (RFH)
Efectuei a actividade supracitada com a finalidade de sustentar a base de dados bem como a
manter a mesma actualizada contribuindo assim para a melhoria e optimização dos
resultados. Realizei esta actividade com auxílio das Fichas de análise de cardex e um
computador que continha a base de dados, onde fiz o lançamento dos dados das Fichas.
Importa referir que durante o lançamento de dados respondia as questões com (0) SIM e (1)
NÃO, isto é, na base dados tem questões que são iguais a da ficha de análise de Cardex que
devem ser respondidas com sim ou não.

Através desta actividade aprendi que a realização da mesma é extremamente fundamental


para o controlo dos cardex.

3.12. Lançamento de dados de análises de Receitas Médicas na base de dados/


HCB (RFH)
Esta actividade foi por me realizada com o intuito de abastecer a base de dados assim como a
manter a mesma actualizada contribuindo deste modo na melhoria dos resultados. Para o
efeito, primeiramente recolhi as receitas médicas do dia anterior dos diversos sectores, em
seguida separei aleatoriamente 10% das receitas médicas recolhidas nos diversos sectores e
por fim precedi com o lançamento das receitas médicas no computador que continha a base
de dados respondendo as questões com (1) SIM e (0) NÃO. Aprendi que a realização desta
actividade é relevante pois ajuda no melhor controlo da qualidade das receitas médicas.

3.13. Alocação de Fichas de análises de Cardex no arquivo 2020/ HCB (RFH)


Efectuei esta actividade com a finalidade organizar melhor os dados, pois os mesmos são
organizados consoante o mês. Para o efeito, primeiramente separei as fichas de análise de
cardex consoante o sector e mês e por fim aloquei-as no arquivo do seu respectivo mês.
Através desta actividade aprendi a sempre manter os dados organizados.

3.14. Recolha de dados de Farmacovigilância (vancinas) para a elaboração do


relatório/ RPF

Farmacovigilância: compreende-se como sendo a ciência e as atividades relacionadas com


detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas
relacionados a medicamentos (Duarte, 2014, cit. em Bolzan, 2015).

Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de recolher os dados de ficha de
notificação de reações adversas aos medicamentos e vacinas das diversas unidades sanitárias
para a posterior reportar para as instancias superiores. Para a concretização da actividade
supracitada, primeiramente separei as fichas de notificação de reações adversas aos
medicamentos e vacinas especificamente a das vacinas consoante o mês e a unidade sanitária
que reportou e por fim aloquei no arquivo para facilitar no momento da elaboração do
relatório. Através desta actividade aprendi a importância de reportar/notificar as RAMs para
as instâncias competentes, pois essa informação permite conhecer o comportamento
dos medicamentos, uma vez no mercado.

3.15. Análise de Mapa de Psicotrópicos e Estupefacientes/ RPF

Mapa de Psicotrópicos e Estupefacientes: é um instrumento utilizado para o registo de


dados referentes a todos movimentos de Psicotrópicos e Estupefacientes ocorridos durantes
um trimestre, isto é, existência actual, entradas, saídas bem como a sua explanação
respectivamente (Magalhães, 2016).

Efectuei a actividade supracitada com a finalidade de averiguar se o Mapa de Psicotrópicos e


Estupefacientes estava preenchida adequadamente. Para o efeito, primeiramente após a
recepção do mapa proveniente das unidades sanitárias verificava desde a primeira pagina até
ultima se estava devidamente preenchida ou não, em caso de houver alguma anormalidade
colocava uma observação e devolvia o mapa para se proceder as respectivas retificações, mas
se após a verificação do mapa não constata-se nenhuma anormalidade arquivava o mapa.
Através desta actividade aprendi a prestar muita atenção durante a avaliação do Mapa de
Psicotrópicos e Estupefacientes pois uma pequena falha influencia que todo o mapa esteja
errado.

3.16. Elaboração de expediente para o envio de pedido de caderneta de práticas


farmacêuticas/ RPF

Esta actividade foi por me realizada com intuito de ter uma nota, ou seja, uma comprovação
de que toda documentação necessária para a obtenção da caderneta de Praticas farmacêuticas
entregues pelo requerente a Repartição Provincial de Farmácia foram encaminhados para a
Direcção Provincial de Farmácia. Para o efeito, em primeiro lugar recebi toda documentação
fundamental para a obtenção de caderneta de práticas farmacêuticas pelo requerente, e
seguida com auxílio de um computador procedi com a elaboração do expediente.

Através desta actividade adquiri um conhecimento no que tange a elaboração de um


expediente e de todos os documentos que são necessários para a elaboração da caderneta de
práticas farmacêuticas.

3.17. Atualização de base dados dos profissionais de Farmácia em activos na


província de Sofala-2021 / RPF
Realizei esta actividade com a finalidade de actualizar a base de dados dos profissionais de
farmácia em activos na província de Sofala. Para a materialização da mesma, primeiramente
recebi todas as listas dos sectores de saúde concretamente os sectores onde esta alocado o
farmacêutico, isto é, Depósitos Distritais, Armazém Central, Unidades Sanitárias e etc, e por
fim precedi com o lançamento dos dados no computador que continha a base de dados dos
profissionais de Farmácia da Província. Importa referir que esta actividade é feita no início de
cada ano. Através desta actividade aprendi a importância da actualização de base de dados
dos profissionais em activo, pois pode-se dar o caso de estar a considerar alguém que já
faleceu ou que já não esteja a trabalhar caso esta actividade não for realizada.

3.18. Elaboração de relatório de Controlo de Qualidade de Medicamento/ RPF


Controlo de qualidade de medicamentos compreende-se como sendo um conjunto de
operações (programação, coordenação e execução) que visa garantir e assegurar que os
produtos estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos, e portanto cumprem a finalidade
a que se propõe (Mendes, 2000, cit. em Rocha, Galende, 2014).

Esta actividade foi por me realizada com o objectivo de reportar sobre as conclusões tiradas
após a realização dos testes de controlo de qualidade dos medicamentos. Neste sentido, após
a realização dos testes de controlo de qualidade de medicamentos no laboratório e tendo sido
apurado a qualidade ou não do produto testado, segui com a elaboração do relatório com
intuito de reportar os resultados do teste, salientar que o relatório foi elaborado com auxílio
de um computador e uma ficha que tinha todos os resultados dos testes realizados. Através da
realização desta actividade aprendi todos os procedimentos necessários para reportar os
resultados do controlo de qualidade de medicamentos e vacinas.

3.19. Avaliação de qualidades das Fichas de Notificação de RAMs e Vacinas/


RPF
Reacção adversa aos medicamentos (RAM): compreende-se como sendo a resposta a um
medicamento, nociva e não intencional, que ocorre normalmente nas doses utilizadas em
seres humanos para, diagnóstico, profilaxia e tratamento (OMS, 2002, cit. em Lieber,
Ribeiro, 2012).

Entretanto, uma Ficha de notificação das RAMs e Vacinas é um instrumento ou documento


utilizado para reportar a ocorrência das reações adversas ou quaisquer problemas relacionado
ao medicamento. Efectuei a actividade supracitada com a finalidade de averiguar se a Ficha
de notificação das RAMs e Vacinas estava preenchida adequadamente. Neste sentido,
primeiramente após a recepção das Ficha provenientes das unidades sanitárias verificava se a
mesma estava devidamente preenchida ou não, em caso de houver alguma anormalidade
colocava uma observação e solicitava a entidade competente para se proceder as respectivas
retificações, mas se após a verificação da Ficha não constata-se nenhuma anormalidade
arquivava a Ficha.

3.20. Inventário/ C.S Urbano de Ponta Gêa

Esta actividade foi por me realizada com finalidade de saber se as quantidades existentes no
teórico (Ficha de stock) estavam em conformidade com as quantidades no Físico, bem como
verificar o prazo de validade.

Neste sentido, antes realizar o inventário propriamente dito tive que informar aos sectores
dependentes que estava prestes a começar processo de inventário, e que após de eu ter dado
inicio o processo de inventário não receberia mais nenhuma requisição Interna/Balecete em
seguida actualizei as Fichas de Stock, registando todos os movimentos de entrada e de saída
dos produtos cujas suas remessas estavam pendentes ou que não tinham sido registadas ainda,
após feito isso, arranquei com o processo de inventario propriamente dito, isto é, comecei a
contagem física, verificação de prazo de validade, numero de lote bem como a integridade do
produto. Ressaltar que na Farmácia de atendimento ao Publico diariamente é feito um
inventário extraordinário com intuito de averiguar a uniformidade das quantidades do teórico
e o físico, porém referir que o período normal da realização do inventário ordinário no C. S
Urbano de Ponta Gêa é mensal, e este é feito antes da elaboração da requisição
Externa/Balancete mensal. Através desta actividade aprendi que a realização do inventário é
extremamente fundamental para uma melhor gestão e controlo dos medicamentos e artigos
medicamentos.

3.21. Elaboração da Requisição Balancete/ Interna/ C.S Urbano de Ponta Gêa

Efectuei a actividade supracitada com a finalidade de fazer a solicitação e reposição de stock


dos produtos que estavam em ruptura de stock do depósito intermediário da Farmácia do C.S
Urbano de Ponta Gêa.

Neste sentido, primeiramente recorri a Ficha de Stock para obter os dados de saídas, entradas,
stock existente e inventário anterior, em seguida elaborei a requisição interna/ Balancete para
reportar as saídas, stock existentes no final do período bem como as quantidades
requisitadas/pedida ao depósito geral da Farmácia pública, de modo a restituir o stock dos
produtos que estavam na iminência de ruptura de stock no depósito intermediário, tendo
terminado com o preenchimento do livro da requisição Interna/ Balancete levei-o para o
Director clinico do centro de saúde para que pudesse assinar e por fim procedi com o envio
do livro da requisição ao depósito fornecedor (deposito geral da farmácia publica). Importa
referir que salvo em situações de urgências justificadas, a periodicidade de elaboração de
requisição Interna/Balancete no depósito intermediário da farmácia é semanal ou quinzenal.
Através desta actividade aprendi que os medicamentos e artigos médicos só podem ser
solicitados através da elaboração da requisição balancete.

3.22. Abastecimento de Medicamentos e Artigos Médicos a Farmácia Publica/


C.S Urbano de Ponta Gêa
Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de fazer a reposição de stock dos
medicamentos que estavam na iminência de ruptura de stock. No início de cada dia, fazia o
inventário dos medicamentos armazenados nas diversas plateiras da farmácia de atendimento
ao público com intuito de verificar as quantidades existentes, em seguida elaborava uma lista
das necessidades prioritárias da farmácia e por fim dirigia-me até depósito intermediário da
farmácia pública a fim de entregar a lista ao responsável para a posterior sermos abastecidos.
Através da realização desta actividade aprendi a importância de efectuar-se constantemente a
reposição de stock nesses locais pois isto contribui para que o doente tenha sempre ao seu
dispor a medicação que vem na sua folha terapêutica assegurando deste modo o uso racional
dos medicamentos.

3.23. Pré-empacotamentos de Medicamentos/ C.S Urbano de Ponta Gêa

Pré-empacotamentos é uma actividade que é basicamente utilizada quando há necessidade de


fraccionar os Comprimidos/Capsulas ou quando a individualização da forma farmacêutica
não permite manter no blister a informação necessário referente a DCI, dosagem, lote, prazo
de validade. Este processo de pré-empacotamento visa assegurar a existência de medicamento
prescrito na dose prescrita com segurança e qualidade. (Machado, 2014).

Efectuei o pré-empacotamento dos comprimidos/capsulas com a finalidade de dispensar os


medicamentos que foram prescritos pelo clinico na quantidade certa, uma vez que os mesmos
vêm nos frascos de 20, 50, 100, 500 e 1000. Realizei esta actividade com auxílio de um
contador de medicamento pelo qual utilizei-o para contar os comprimidos e as cápsulas
usando espátula, em seguida coloquei os medicamentos prescritos nas embalagens
individuais devidamente rotuladas com prazo de validade, nome genérico do medicamento,
quantidade do medicamento, posologia, dosagem, duração do tratamento, nr° do FNM, forma
e posologia. Importa referir que antes de proceder com esta actividade averiguava a qualidade
dos medicamentos, e não tendo constatado nenhuma anormalidade procedia com o pré-
empacotamento. Aprendi que na ausência de medicamentos em carteiras pode-se improvisar
utilizando cartuchos feitos a papel.

3.24. Dispensa de Medicamentos na Farmácia Publica/ C.S Urbano de Ponta


Gêa

Dispensação: compreende-se como sendo o acto farmacêutico de distribuir um ou mais


medicamentos a um paciente, geralmente como resposta á apresentação de uma prescrição
elaborada por um profissional autorizado. Neste acto, o farmacêutico informa e orienta o
paciente sobre o uso adequado de medicamento (Marine et al 2003; Arias, 1999, cit. em
Angonesi & Renno, 2011).

Esta actividade foi por me realizada com finalidade de dispensar os medicamentos ao doente
como resposta a apresentação da prescrição médica. Neste sentido, após a recepção da receita
médica pelo doente averiguava se estava devidamente preenchida no que concerne ao Nr° do
FNM, Nome genérico dos medicamentos (não mais que três medicamentos na mesma
receita), Dosagem, Forma farmacêutica, Posologia, Duração do tratamento, Nome do doente,
NID, Nome da unidade sanitária, Carimbo da secretaria e Carimbo do médico ou assinatura
do prescritor, em caso de houver alguma anormalidade colocava uma observação e devolvia a
receita médica ao clinico de modo a fazer as respectivas retificações, mas se após a
interpretação da receita não constata-se nenhuma anormalidade cobrava a receita médica
respeitando as categorias de doentes com direito a desconto bem como os medicamentos
isentos de cobrança, em seguida verificava no stock a disponibilidade dos medicamentos
prescritos, em caso de existência marcava o produto como “aviado” e no caso de inexistência
marcava o produto como “não aviado, salientar que no acto da entrega dos medicamentos ao
doente instruía-lhe como tomar dizendo o nome e para que serve o medicamento, explicando-
lhe como deve ser tomado o medicamento, quando deve ser tomado o medicamento e por
quanto tempo deve tomá-lo.

Aprendi que o medicamento só pode ser dispensado da farmácia para o público mediante a
apresentação da receita medica obedecendo todos os princípios básicos supracitado.

3.25. Lançamentos de Receita de TARV no Livro-diário de Registo Anti-


retrovirais/C.S Urbano de Ponta Gêa
Livro-diário de Registo de Anti-retrovirais: é um instrumento/documento utilizado para o
registo de dados referentes aos aviamentos de ARVs, pacientes que iniciaram TARV pela 1ª
vez a partir das Farmácias na unidade sanitária (Isse, Cuco, Couto, Macome et al, 2015).

Efectuei o lançamento de receitas de TARV no livro-diário de registo de ARVs com a


finalidade de garantir o bom controlo dos doentes em TARV bem como a aderência ao
TARV. Realizei esta actividade com auxílio da receita médica e o livro supracitado, onde
registei o NID, a data, as quantidades do medicamento dispensadas, a linha terapêutica
conforme vem escrito no livro-diário de registo de ARVs. Aprendi que não basta somente
aviar uma receita de ARVs ao doente, mas porem há necessidade do preenchimento de alguns
modelos que auxiliam na gestão desses medicamentos, dentre os quais destaca-se o livro de
registo diário de ARVs.

3.26. Fechamento de Caixa (Guiché) / C.S Urbano de Ponta Gêa


Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de fechar o guiché bem como assegurar
a efectivação de recuperação de custos. Neste sentido, primeiramente contabilizava todas
receitas que foram cobradas a 100% (5MT) bem como todas receitas subsidiadas na
totalidade, isto é, gratuitas, em seguida contabilizava todas receitas cuja uma parte foi
cobrada e a outra parte foi subsidiada, depois disso adicionava as parte subsidiada de cada
receita juntamente com as receitas que foram subsidiadas a 100% (5MT) com o intuito de
calcular o Valor Subsidiado (VS), e as partes cobradas de cada receita adicionava juntamente
com as receitas que foram cobradas a 100% (5MT) com o objectivo de calcular Valor
Cobrado (VC), feito isso, enumerava todas receitas cobradas e subsidiadas, e por fim
registava no folha o Valor Cobrado (VC), Valor Subsidiado (VS), Valor Total (VT) calculado
pela adição do (VC+VS) e Numero Total de Receitas (calculado pela divisão do VT/5).

Através desta actividade aprendi o quanto é imprescindível a realização desta actividade pois
contribui auxilia no processo de recuperação de custo.

3.27. Abastecimentos de Medicamentos e Artigos Médicos aos Sectores


dependentes/ C.S Urbano de Ponta Gêa

Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de fazer a reposição de stock dos
medicamentos como resposta a requisição Balancete/Interna. Neste sentido, após a recepção
da requisição Balancete/ Interna dos sectores dependentes verificava se o mesmo estava
correctamente preenchido no que concerne a identificação do serviço, Stock Existente dos
produtos requisitados, a quantidade pedida; a assinatura do pessoal que elaborou a requisição
e o visto do responsável clínico do serviço, em seguida preparava a encomenda e toda
documentação completa e por fim conferia as quantidades a fornecer na presença do
representante do sector dependente. Através da realização desta actividade aprendi de como
funciona toda a cascata de abastecimento interno de medicamentos e artigos médicos.

3.28. Recepção de Medicamentos e Artigos Médicos/ CMAM-Beira

Esta actividade foi por me realizada com a finalidade de receber os medicamentos e artigos
médicos. Neste sentido, após a chegada dos produtos provenientes do porto através de uma
importadora (escolhida por meio de um concurso público), fiz a conferência de todos
documentos que acompanhavam os medicamento e artigos médicos, isto é, nota de entrega,
factura, credencial e etc, em seguida conferi as quantidades bem como averiguei o número de
lote e o prazo de validade, após feito isso, procedi com o cálculo do tempo de vida útil, pois
como regra geral os produtos com tempo de vida útil inferior a 85% não podem ser recebidos,
e não tendo constatado nenhuma anormalidade recebi os medicamentos, feito isso, com
auxílio do sistema Mac’s atribui localizações e dei entrada todos os produtos recebidos,
posteriormente levei o papel de palete ID e fui colocar os medicamento no seu respectivo
local, em seguida confirmei o armazenamento do produto colocando-o no estado 4 (que é
considerado estado de quarentena), pois como regra o produto fica nesse estado ate se levar
ao laboratório para se analisar a qualidade do produto, depois disso é que passa para o estado
1 (disponível para o consumo), portanto, por causa da demora dos resultados do laboratório,
após passar para o estado 4 se um cliente precisar passa-se imediatamente os produtos para o
estado 1, pois o armazém não pode ficar com os produtos enquanto os clientes estão a
precisar, e por fim elaborei o relatório da recepção e mandei os documentos para a CMAM
sede de Maputo.

Através da realização desta actividade aprendi todas necessárias para a recepção dos
medicamentos e artigos na CMAM.

3.29. Abastecimentos Trimestral de Medicamentos e Artigos Médicos aos


sectores Dependentes/ CMAM-Beira
Esta actividade foi realizada com a finalidade de aviar os medicamentos e artigos médicos
como resposta a ordem de fornecimento emitida pela sede da CMAM-Maputo. Neste sentido,
após a entrada ou recepção de ordem de fornecimento emitida pela CMAM-sede, usando o
número de ordem extraiu-se do sistema Macs a lista de aviamento (uma lista que consta todos
produtos a serem aviados para um determinado clientes

No processo de saída deve-se fazer a conferência do produto, selar as caixas abertas, verificar
os prazos de validade, número de lote, organizar os paletes e colocar o produto no transporte.

fez-se aviamento de produtos para o depósito provincial de Manica, para conhecer os


produtos que deviam ser aviados, primeiro extraiu-se uma ordem, “fornecida pela CMAM-
sede”).

salientar que o aviamento é realizado de acordo com as localizações emitidas nas ordens de
aviamento dada pela CMAM – Sede (esta que é responsável pela emissão de ordens normais

após o aviamento de produtos, novamente volta-se ao sistema Macs e extrai-se a lista de


embalagem, para conferir os produtos aviados, com o objectivo de evitar uma diferença entre
a quantidade que devia ser aviada e a quantidade aviada. Com a lista de embalagem fez-se a
conferência do produto sob a direcção do Dr. Nelo Bastos, selou-se as caixas abertas,
colocou-se o número de caixas, verificou-se o prazo de validade (em situações normais
produtos que possam expirar nos três meses seguintes nos podem ser aviados) e número de
lote, organizou-se os paletes e colocou-se todos os produtos no caminhão que iria transportar
o produto, feito isso confirmou-se o aviamento no sistema, tirou-se a guia de remessa, após
esse processo o caminhão foi fechado e selado, o responsável, o conferente e o motorista
assinaram os documentos

conferiu-se o produto a partir da lista de embalagem, enumerou-se as caixas (para facilitar a


identificação dos produtos no acto de entrega aos cliente), verificou-se o prazo de validade e
número de lote, selou-se as caixas abertas, organizou-se as paletes, após esse processo
confirmou-se o aviamento no sistema e retirou-se a guia de remessa. Os produtos foram
colocados no caminhão, fechou-se e selou-se, o motorista, o conferente e o responsável
assinaram os documentos para posterior fazer-se a entrega dos medicamentos.

Este sector responde pelas quantidades dos produtos (stock) no armazém, controle do stock,
de todas as entradas e saídas do stock, pelo aviamento dos produtos; No processo de
aviamento, estes são responsáveis pela entrada de produtos do armazém e em seguida são
entregues para o sector das saídas.

Existem dois tipos de inventários executados no AC-Beira:

 Inventário perpétuo “diário”


 Inventário Geral.

Em cada mês, o sistema elabora uma lista de produtos aleatoriamente para que sejam
inventariados. A cada mês devem ser feitos inventários perpétuos de um número de
medicamentos, para que assim até o final do ano sejam feitos controlo de todos os
medicamentos. Inventário geral é feito anualmente. No processo de inventário segue-se as
seguintes fases: o departamento de controlo interno enviam as localizações que devem se
inventaria, o responsável desse sector tira a ficha de contagem no sistema e vai confrontar
com o relatório de stock, contando o físico e registando, após feito isso deve-se actualizar a
ficha de contagem no sistema, tirar o relatório de comparação e cria-se a fiabilidade de
inventário. Depois é feito um relatório anexa-se com o indicador de fiabilidade e envia-se a
Maputo.

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