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Igualdade formal: todos são iguais perante a lei. Marco da Revolução Francesa, que
proibiu a existência de castas separadas com ordenamento (e privilégios) próprio – clero
e nobreza.
9-Mas significa que lei não pode fazer nenhuma distinção entre os homens? (segundo
Kelsen não seria da essência da lei criar tratamentos e situações diferenciadas entre as
pessoas?).
R: Mais especificamente, direito a igualdade formal é o direito de todo o cidadão de não
ser desigualado senão por lei, e segundo critérios albergados ou não vedados pelo
ordenamento constitucional.
Entende-se que para ser constitucional, diferenciação dada pela lei deve ser razoável.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, discriminações da lei são possíveis (leia-se, são
constitucionais) quando há um vínculo de correlação lógica entre o discrímem
(elemento discriminador da lei) e a situação final criada pela lei.
Exemplos:
Discrímem
Finalidade da norma
Sexo feminino
Prover cargo de guarda de presídio feminino
Idade
Cargo de guarda ou estivador (há vinculo de razoabilidade)
Idade
Cargo burocrático (não há vínculo de razoabilidade)
Pessoa com deficiência
Cargo de salva-vidas
Observação 2: Há ponto de conexão entre igualdade formal (não ser descriminado pelo
legislador no momento de elaboração da lei) e a igualdade material (pessoas com igual
acesso aos bens da vida), pois ambas as espécies de igualdade fundam-se na crença de
que todos os homens devem ser iguais em direitos e deveres.
E lei em sentido estrito é aquela que seja a um só tempo formal (produzida pelo
Parlamento) e material (cujo conteúdo seja genérico e abstrato). É em sentido estrito
pelo fato da maioria dos atos normativos editados pelo Estado não reunirem,
simultaneamente, estas duas características (ou seja, só um número restrito de normas
podem ser consideradas lei em sentido estrito).
Todas as demais leis que não reúnam ambas os elementos simultaneamente são leis em
sentido lato.
Ex 1 de lei em sentido lato: MPs (pode ter conteúdo genérico, mas não é editada por
Parlamento).
Ex 2 de lei em sentido lato: Lei Orçamentária (é editada pelo Parlamento, mas não é
genérica e abstrata – vale só por um ano).
Saber distinção ente lei e regulamento (ambos são normas, mas regulamento – feito pelo
Poder Executivo - só existe para dar execução a uma lei já existente). Ordenamento
brasileiro não aceita regulamentos autônomos ou independentes.
Distinção entre legalidade (aspecto formal) e legitimidade (aspecto social, ideológico).
Observar que princípio da legalidade é mais uma garantia que um direito propriamente
dito, pois não tutela um bem da vida específico.
17-Fale-nos sobre tratamento constitucional da tortura – ver art. 5º, III e XLIII:
R: Norma constitucional de eficácia limitada, pois necessita de atuação do legislador
infraconstitucional para que sua eficácia se produza. Quanto à inafiançabilidade e
insuscetibilidade de graça e anistia foi editada a Lei dos Crimes Hediondos, quanto à
definição do crime de tortura, foi editada lei infraconstitucional: art. 1º da Lei 9.455, de
07/04/97: constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental.
Liberdade de pensamento enseja a escusa de consciência. Pode ser esta usada para
afastar o cumprimento de obrigação a todos imposta (ex: serviço militar, júri,
alistamento eleitoral), demandando, contudo o cumprimento de prestação de caráter
alternativo (sob pena de perda dos direitos políticos).
Prestação alternativa: no caso do exército, serviços de caráter administrativo,
assistencial filantrópico ou produtivo (Lei nº. 8.239/91).
Expressão da atividade intelectual – liberdade assegurada pelo art. 5º, IV. Alguns
limites impostos pelos arts. 220-221.
Curiosidade acerca do ensino religioso: art. 210, parágrafo 1º - matrícula facultada.
20-Fale-nos sobre indenização por dano material, moral ou à imagem – Art. 5º, V.
R:A norma constitucional não deixa dúvidas quanto à obrigatoriedade da indenização
por dano moral, inclusive a cumulatividade dessa com a indenização por danos
materiais.
Como decidiu o STJ: “sobrevindo, em razão de ato ilícito, perturbação nas relações
psíquicas, na tranqüilidade, nos sentimentos e nos afetos de uma pessoa, configura-se o
dano moral, passível de indenização”, inclusive em relação aos danos estéticos.
23-Fale-nos sobre inviolabilidade à intimidade, vida privada, honra e imagem (art. 5º,
X)
R:Proteção constitucional à vida privada.
Refere-se a pessoas físicas e jurídicas.
A divulgação de fotos, imagens ou notícias apelativas, injuriosas, desnecessárias para a
informação objetiva e de interesse público (CF, art. 5º, XIV), que acarretem
injustificado dano à dignidade da pessoa humana autoriza a ocorrência de indenização
por danos morais e materiais, além do respectivo direito à resposta.
24-Fale-nos sobre inviolabilidade domiciliar (ver art. 5º XI).
R: Direito fundamental enraizado mundialmente, a partir de tradições inglesas,
conforme verificamos no discurso de Lord Chatham no Parlamento britânico (no livro
de Alexandre de Moraes, p. 49): O homem mais pobre desafia em sua casa todas as
forças da Coroa, sua cabana pode ser muito frágil, seu teto pode tremer, o vento pode
soprar entre as portas mal ajustadas, a tormenta pode nela penetrar, mas o Rei da
Inglaterra não pode nela entrar.
Protege-se não só casa para fins de habitação, também onde se exerce profissão, desde
que fechado ou de acesso restrito (consultório).
27-Domicílio não é entendido pela CF segundo o Direito Civil (residência com ânimo
definitivo), mas sim segundo o art. 150 do Código Penal (crime de violação de
domicílio), e que abrange:
34-Fale-nos sobre direito de associação – ART. 5º, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI.
35-Fale-nos sobre apreciação de lesão ou ameaça de direito pelo poder judiciário (ART.
5º, XXXV).
Princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário.
Um direito subjetivo à sentença, ainda que esta considere improcedente o pedido
(Direito da parte, obrigação do juiz – vide art. 4º da Lei de Introdução ao Código Civil –
LICC).Vide inexistência de necessidade de esgotamento da jurisdição administrativa
para poder acionar Poder Judiciário (EXCEÇÃO: ART. 217, § 1º DA CF).
OBS.: Em regra o PJ é estruturado em 2 instâncias: a 1ª, singular, que aprecia matéria
de fato, e uma 2ª que aprecia matéria de direito.Inexistência da obrigatoriedade do duplo
grau de jurisdição – competências originárias. (EXEMPLOS: ARTS. 52, I, e 102, I,
“a”).
36-Fale-nos sobre direito adquirido – ato jurídico perfeito – coisa julgada (ART 5º,
XXXVI).
Direito adquirido: conceituação difícil. Pode ser entendido como o direito que foi
adquirido no regime de uma lei e que pode ser exercido mesmo que esta lei conheça
modificação/supressão em data posterior.
Vide art. 6º, § 2º, da LICC.
Ato jurídico perfeito: que se aperfeiçoou sob regime de lei antiga e que por lei nova não
pode ser alterado.
Vide art. 6º, § 1º, da LICC.
Coisa julgada: decisão judicial com trânsito em julgado (da qual não cabe mais recurso).
Vide art. 467 do CPC.
Vide diferença entre coisa julgada material (extingue processo com julgamento do
mérito) e coisa julgada formal (extingue processo sem julgamento do mérito).
Plenitude da defesa;
Sigilo das votações (liberdade de convicção e opinião dos jurados);
Soberania dos veredictos e,
Possibilidade de apelação (possibilidade de recurso não vai contra soberania do júri,
pois nova decisão também será dada por este);
CF dá apenas competência mínima do Júri (julgamento de crimes dolosos contra a
vida), que pode ser ampliada pelo legislador infraconstitucional.
Mesmo competência mínima é relativizada pela CF (casos de prerrogativa de função:
VIDE ARTS. 29, X; 96, III;; 102, I, “b” e “c”; 105, I; 108, I
39-Fale-nos sobre extradição (Art. 5º, LI e LII).
Conceito: entrega de um indivíduo acusado de um delito ou já condenado para a Justiça
de outro Estado que o reclame.
Espécies: ativa (requerida pelo Brasil a outro Estado) e passiva (que outro Estado requer
ao Brasil).
Hipóteses:
Obs. 1: Cabimento em caso de excesso de prazo (réu preso preventivamente, mas seu
prazo se posterga além dos prazos previstos no CPP para essa modalidade de prisão –
encerramento da instrução processual penal);
Obs. 3: não cabimento em caso de prisões disciplinares militares, art. 142, § 2º (salvo
em caso de prisão ser decretada por autoridade sem competência legal para tanto).
Natureza Jurídica: ação constitucional de caráter civil, conteúdo e rito sumário, que tem
por objeto a proteção do direito líquido e certo do impetrante em conhecer todas as
informações e registros relativos à sua pessoa e constante de repartições públicas ou
particulares acessíveis ao público, para eventual retificação de seus dados pessoais.
(MORAES, p. 126).
Finalidade: Dupla finalidade: conhecer e/o retificar informações que o público tenha
conhecimento.
OBS 1: Segundo a lei e o STF, só se usa HD se houver negativa na via administrativa de
fornecer ou retificar as informações pretendidas (relativizado princípio da
inafastabilidade do Poder Judiciário? Discussão. Para STF não há afronta ao referido
princípio e a exigência da lei não é inconstitucional).
OBS 2: HD e dados sigilosos: discussão, vide ressalva do art. 5º, XXXIII (necessidade
de serviço de inteligência, razões de segurança nacional).
Natureza Jurídica: ação constitucional de natureza cível, que não se altera nem
tampouco, impede o ajuizamento de mandado de segurança em matéria criminal,
inclusive contra ato de juiz criminal, praticado no processo penal.
A Lei 1.533/51, em seu art. 5º, porém, exclui o cabimento do mandado de segurança em
três hipóteses:
· Quando houver recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de
caução;
· Contra decisão judicial ou despacho judicial para o qual haja recurso processual eficaz,
ou possa ser prontamente corrigido por via de correição;
· Contra ato disciplinar, a menos que praticado por autoridade incompetente ou com
inobservância da formalidade essencial.
· Contra decisão judicial com trânsito em julgado e contra lei ou ato normativo em tese.
53-Qual é o Conceito de direito líquido e certo?
R: comprovado de plano e por documentação inequívoca (é o direito cuja prova
prescinde de instrução processual – produção de prova no âmbito do processo, que não
existe na ação de mandado de segurança). A caracterização de imprecisão e incerteza
recai sobre os fatos, que necessitam de comprovação.
Legitimidade ativa: qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou estrangeira.
Legitimidade passiva: autoridade coatora que pratica ou ordena concreta e
especificamente a execução do ato.
Prazo: 120 dias, a contar da ciência oficial do ato a ser impugnado. O prazo é
decadencial do direito à impetração, e, como tal, não se suspende nem s interrompe
desde que iniciado (embora CF não faça referência a tal prazo, que é colocado apenas
por lei ordinária, STF o considera constitucional)
Posições:
Concretista
Geral ou Individual
Individual pode ser direta ou intermediária
Não-concretista
Apesar das variadas decisões, STF se inclina pela teoria não-concretista: decisão do MI
deve apenas comunicar ao poder competente que a ausência de uma norma
regulamentadora está comprometendo o gozo de direitos, prerrogativas ou liberdades
previstas na CF (crítica: iguala, na prática, MI à ação direta de inconstitucionalidade,
prevista no art. 103, § 2º, CF).
Quanto à posição concretista, entende que além da referida comunicação, deve o Poder
Judiciário garantir efetivamente o gozo do direito constitucional prejudicado pela
ausência da norma reguladora.
Posição geral pretende dar a tal decisão efeito erga omnes, enquanto a posição
individual pretende garantir a fruição do direito apenas a quem ajuizou o MI.
60-Fale sobre direitos Critérios de aquisição da nacionalidade primária: (CF, art. 12, I).
R: jus sanguinis: será nacional todo o descendente de nacionais, independente do local
de nascimento; A CF não adotou esse critério puro, exigindo alguns requisitos.
Jus soli: será nacional o nascido no território do Estado, independente da nacionalidade
de sua ascendência. A CF adotou-o em regra.
Obs: atentar para o sentido da expressão “a serviço do país”.
Nacionalidade adquirida pode se dar de forma ordinária (estrangeiros e demais
originários de países de língua portuguesa) ou extraordinária (15 anos de residência fixa
no Brasil).
Obs: não confundir aquisição de nacionalidade por originários de países de língua
portuguesa com simples equiparação aos brasileiros naturalizados, que é concedida
apenas aos portugueses residentes no Brasil independentemente de naturalização.
Diferenças entre natos e naturalizados (motivos de segurança nacional e evitar acesso de
estrangeiros na linha sucessório da Presidência):
Cargos
12, § 3º
Função
89, VII
Extradição
5º, LI
Direito de propriedade
222
- Partidos políticos: são pessoas jurídicas de direito privado – art. 17, § 2º, CF.
- Direitos políticos negativos: são regras que privam o cidadão, pela perda definitiva ou
temporária (suspensão) da totalidade dos direitos políticos de votar e ser votado e,
ainda, determinam restrições à elegibilidade do cidadão em certas circunstâncias. Só o
judiciário pode decidir sobre perda desses direitos.
74-II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
R: Principio da legalidade, o que não é proibido pela lei não tem limitações.
88-XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;
R:No ato jurídico perfeito só tem um que retroage=>volta atrás e esta no código penal e
o único que retroage e a favor do réu.
90-XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
R:A soberania dos veredictos =>não pode mudar o resultado do veredicto. mas pode
pedir outro júri=>novo júri se acaso for necessário.
O tribunal do júri só vai ser montado para julgar crimes dolosos ,contra a vida.tem 4
crimes
Dolosos contra a vida que são,
Homicídio=>tentado ou consumado
Aborto=>consumado
Infanticídio=>só a mãe mata e no estado puerperal=>recém nascido ate 4 meses.
Auxilio ou instigação ao suicídio.
91-XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
R:PRINCIPIO DA LEGALIDADE PENAL.
99-LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
R:PRINCIPIO DO JUIZ NATURAL
102-LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa
da intimidade ou o interesse social o exigirem;
R:sigilo de justiça
103-LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
R:a possibilidade de prisão .flagrante ou ordem do juiz durante ou no final do processo.
105-LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;
R:a liberdade provisória não é uma faculdade do juiz é um direito do cidadão.
105-LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
infiel;
R:Na alienação não pode prender.só depositário infiel com a assinatura do juiz(judicial)
111-LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência.
R:Qualquer cidadão pode entrar com ação popular,mais se for por atos ilícitos pagara as
custas do processo e o ônus da sucumbência que é pagar o advogado da outra parte