Enf. Esp. em Urgência e Emergência Enf. Esp. em Bloco Cirúrgico, CME e Instrumentação Cirúrgica @enfclaudiamoreira@gmail.com Definição: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma necrose isquêmica de uma área de músculo cardíaco ocasionada pela obstrução parcial ou total de uma ou mais artérias coronárias (a obstrução pode ocorrer por trombo, hemorragia ou placas de gordura). A localização e a gravidade do infarto dependem da artéria atingida e extensão do miocárdio necrosado. Pode ser confundida com sintomas mais corriqueiros, tais como: flatulência, dor muscular, tensões, dentre outros. Vale lembrar que na angina o suprimento de sangue é reduzido temporariamente, provocando a dor, enquanto no IAM ocorre uma interrupção abrupta do fluxo de sangue para o miocárdio. Sintomas: Em geral, a aterosclerose não causa sintomas até haver produzido um estreitamento importante da artéria ou até provocar uma obstrução súbita. Os sintomas dependem do local de desenvolvimento da aterosclerose. Por essa razão, eles podem refletir problemas no coração, no cérebro, nos membros inferiores ou em praticamente qualquer região do corpo. Manifestações clínicas do IAM: • A dor torácica é o principal sintoma associado ao IAM. É descrita como uma dor súbita, subesternal, constante e constritiva, que pode ou não se irradiar para várias partes do corpo, como a mandíbula, costas, pescoço e membros superiores (especialmente a face interna do membro superior esquerdo). • Muitas vezes, a dor é acompanhada de taquipnéia, taquisfigmia, palidez, sudorese fria e pegajosa, tonteira, confusão mental, náusea e vômito. A qualidade, localização e intensidade da dor associada ao IAM pode ser semelhante à dor provocada pela angina. • As principais diferenças são: a dor do IAM é mais intensa; não é necessariamente produzida por esforço físico e não é aliviada por nitroglicerina e repouso. A dor decorrente do IAM quase sempre vem acompanhada da sensação de “morte iminente”. Diagnóstico: • História do paciente; • Eletrocardiograma: as alterações produzidas pelo infarto do miocárdio aparecem entre 2 a 12 horas. No ECG, pode-se observar a localização a avaliar a gravidade do infarto; • Exames de sangue – dosagem das enzimas: CK (creatinoquinase), CK- MB (creatinoquinase do músculo cardíaco), LDH1 (desidrogenase lática), TGO, no caso de infarto, aparecem elevadas.
O prognóstico depende da extensão da lesão miocárdica. O tratamento pode ser clínico ou
cirúrgico, dependendo da extensão e da área acometida.
Os profissionais de saúde precisam estar atentos para um diagnóstico precoce, tendo em
vista que esta é uma das maiores causas de mortalidade. O atendimento imediato, ao cliente infartado, garante a sua sobrevivência e/ou uma recuperação com um mínimo de seqüelas Tratamento O tratamento de emergência visa aliviar a dor, corrigir o choque cardiogênico e evitar complicações. Normalmente dura de 2 a 3 dias. • Analgésicos: para alívio da dor; geralmente são utilizados os narcóticos (sulfato de morfina e similares); • Oxigênio para aliviar a dispnéia e a dor; • Anticoagulantes (Heparina); • Agentes trombolíticos (Estreptoquinase, AP-t ativador do plasminogênio tecidual); • Vasodilatadores coronarianos; • Digitalização (Digoxina); • Repouso absoluto; • Sedativos e tranquilizantes. http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2015/02_TRATAMENTO%20DO%20IAM%20COM%20SU PRADESNIVEL%20DO%20SEGMENTO%20ST.pdf http://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/1348265411550579581pdfptINFARTO%20AGUDO% 20DO%20MIOC%C3%81RDIO%20COM%20SUPRA%20DE%20ST_REVISTA%20SOCESP%20V28%20N4.pdf • http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2994_15_12_2011.html#:~:text=doen%C3%A7a%20cardiovascula r%3B%20resolve%3A- ,Art.,S%C3%ADndromes%20Coronarianas%20Agudas%20(SCA).&text=06.03.05.004%2D2%20%2D%20ALTEPLASE,INJET%C 3%81VEL%20(POR%20FRASCO%20AMPOLA).&text=Consiste%20na%20terapia%20medicamentosa%20na,plasminog%C3% AAnio%20tecidual%20diretamente%20para%20plasmina. https://www.youtube.com/watch?v=azw4nDGJ27o Complicações As complicações mais sérias surgem logo após o infarto: • Choque cardiogênico; • Fibrilação ventricular, alteração no ritmo cardíaco; • Parada cardíaca e respiratória; • Insuficiência cardíaca congestiva, edema agudo de pulmão; • Embolia pulmonar. Assistência de enfermagem deve englobar os seguintes aspectos:
• Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;
• Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e ansiolíticos prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade; • Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência, alimentação adequada, eliminação urinária e intestinal e administração de trombolíticos prescritos; • Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, dosagem das enzimas no sangue, ecocardiograma, dentre outros; • Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa dar continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco, facilitando, assim, o ajuste interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades; • Repassar tais informações também à família. O edema agudo de pulmão (EAP) é um quadro clínico crítico, decorrente da incapacidade do ventrículo esquerdo em bombear o sangue pela válvula aórtica, causando um acúmulo de líquido nos pulmões. Numerosas patologias cardiovasculares predispõem o aparecimento do EAP, como a insuficiência coronariana aguda (angina e IAM), a crise hipertensiva, as arritmias cardíacas, as infecções, a anemia, a hiper-hidratação e a intoxicação digitálica. Os sinais e sintomas do edema agudo de pulmão incluem: dispnéia e tosse, produzindo um escarro espumoso e tingido muitas vezes de sangue, taquicardia, pele cianótica, fria, úmida, inquietação, ansiedade, medo, etc. É fundamental que a equipe de enfermagem mantenha-se ao lado do cliente, demonstrando segurança e monitorando os aspectos essenciais para que o mesmo saia da crise rapidamente. Esta ação garante a eficiência e eficácia da terapêutica que está baseada nos seguintes aspectos: • manutenção de seu conforto, colocando-o em posição elevada para diminuir o retorno venoso e propiciar uma máxima expansão pulmonar; • monitorização dos sinais vitais; • administração de oxigenoterapia e de medicações (opiáceos, diuréticos e digitálicos); • manutenção de via venosa pérvia com gotejamento mínimo, evitando sobrecarga volêmica; • monitorização do fluxo urinário. Doenças inflamatórias do coração Endocardite: É um processo infeccioso do endocárdio (membrana que envolve as cavidades e as válvulas cardíacas), causado por uma invasão direta de bactérias e de outros microorganismos provenientes de uma contaminação da corrente sangüínea.
A endocardite bacteriana pode ser decorrente de intervenções
odontológicas (extrações dentárias), no sistema geniturinário (colocação e retirada de sondas), no sistema gastrointestinal (endoscopia digestiva alta) e no sistema respiratório (entubação orotraqueal).
As pessoas mais susceptíveis são os idosos, com baixa imunidade, as
portadoras de cateteres e próteses valvares e as viciadas em drogas endovenosas. Miocardite:
É uma inflamação da parede miocárdica, resultante de um
processo infeccioso de origem viral (caxumba, gripe, rubéola), parasitária (Doença de Chagas), radiativa (radioterapia) ou por agentes tóxicos (chumbo) e outras drogas (lítio, cocaína).
As pessoas mais susceptíveis são as que apresentam infecções
sistêmicas agudas, as tratadas com medicamentos imunossupressores ou portadoras de endocardite infecciosa.
A miocardite pode apresentar-se de forma aguda ou crônica,
tendo como complicações a insuficiência cardíaca congestiva (ICC), hipertrofia do ventrículo e arritmias graves e letais. Doença reumática: É um processo inflamatório difuso que acomete as articulações, o tecido subcutâneo, o sistema nervoso central, a pele e o coração, podendo atingir todas as faixas etárias.
É de grande importância epidemiológica, pois está relacionada às condições de
vida da população. O grupo social mais afetado é o que tem problemas de moradia, vivendo em pequenos espaços, portanto, mais exposto às infecções por streptococcus.
O mecanismo fisiopatológico constitui-se de uma resposta auto-imune que
ocorre em nível celular. Os antígenos estreptocócicos combinam-se com células receptoras existentes nos tecidos e nas articulações, sendo a principal complicação as lesões cardíacas graves e permanentes, como a lesão da válvula mitral. Úlceras de Estase ou Varicosas Conceito: É uma úlcera que acomete a perna resultado de uma escavação da superfície cutânea produzida por descamação de tecido necrosado. A causa principal é a insuficiência venosa crônica. Cuidados de Enfermagem: • Manter MMII elevados; • Cuidados no manuseio da ferida, mantendo-a sempre limpa e seca e limpando-a com suavidade (de preferência usar chumaços de algodão); • Dieta adequada: hipossódica; • Aplicação de bandagens na perna para reduzir o edema e evitar traumatismos. VARIZES, FLEBITE E TROMBOSE Varizes são várias superfícies anormalmente dilatadas provocadas por incompetência da circulação venosa.
A flebite é uma inflamação que ocorre na veia.
A trombose é quando se forma um coágulo de sangue no
interior do vaso sanguíneo. Quando as duas situações anteriores ocorrem simultaneamente, chamamos de tromboflebite. FATORES DE RISCO: As veias varicosas afetam as mulheres especialmente grávidas e pessoas cujas ocupações exijam ficar em pé ou sentados por períodos prolongados. Ocorre com mais frequência nos membros inferiores, porém possam acontecer em outras partes do organismo (Ex: varizes esofágicas). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Quando apenas as veias
superficiais são afetadas, a pessoa pode não apresentar sintomas, mas pode ser perturbada pela aparência das veias dilatadas. Os sintomas quando presentes podem tomar a forma de dor contínua, câimbras e fadiga muscular aumentada nas pernas, edema de tornozelo e sensação de peso. Quando ocorre obstrução venosa profunda os sinais e sintomas são: edema, dor, pigmentação e ulcerações, infecção. MEDIDAS PREVENTIVAS Evitar meias e cintos apertados; Evitar cruzar as pernas na altura das coxas ou sentar ou ficar em pé por longos períodos; Mudar freqüentemente de posição, especialmente os acamados; Elevar as pernas quando estiverem cansadas; Fazer caminhada ou outros exercícios físicos; Utilizar as meias elásticas de cano longo, especialmente mulheres grávidas; Avise seu médico se você tem um histórico de varizes, e faz uso de estrógenos; Evite fumar; Procurar evitar traumatismo no braço ou na perna ( causado por uma queda) ou lesões das veias ( causadas por injeções ou agulhas de aceso venoso); Se estiver confinado a uma cama ou cadeira, alongue-se com frequência; Estique os pés como se estivesse pisando em um acelerador e depois relaxe. Faça movimentos com um pé e depois com o outro. TRATAMENTO Farmacológico: anticoagulantes; Cirúrgico: fazendo a ligação de veias; Paliativo: que a escleroterapia, uma substância química é introduzida dentro da veia. Arteriosclerose Conceito: Arteriosclerose é a doença mais comum das artérias, que significa “endurecimento das artérias”. Doença Oclusiva Arterial Periférica Conceito: Doença que acomete as artérias das extremidades, geralmente encontrada em homens com mais de 50 anos de idade. A idade e a gravidade são influenciadas pelo tipo e número de fatores de risco ateroscleróticos presentes. ALGUNS EXAMES ESPECIFICOS.... • ECG • Ecocardiografia. • Teste ergométrico. • Monitorização ambulatorial de pressão arterial – MAPA. • Holter. • Cintilografia do Miocárdio...... TERMOS TÉCNICOS • Estase sanguínea: paralisação ou diminuição da circulação sanguínea. • Êmbolo: fragmento de corpo estranho presente na corrente sanguínea (coágulo, ar, gordura etc.). • Embolia: oclusão de uma artéria por um êmbolo. • Trombo: coágulo sanguíneo formado dentro do coração ou dos vasos sanguíneos, devido ao retardamento do fluxo de sangue ou de alterações do próprio sangue ou das paredes vasculares. • Cianose: coloração azulada da pele devido à falta de oxigênio. • Anóxia: ausência de oxigênio nos tecidos. • Hipoxia: diminuição de oxigênio nos tecidos. • Isquemia: redução ou deficiência do fluxo sanguíneo em determinada região do corpo. • Necrose: tecido morto devido à falta de circulação no local. • Hipotensão arterial: diminuição da pressão arterial. • Hipertensão arterial: aumento do valor da pressão arterial. • Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do normal. • Taquicardia: frequência cardíaca acima do normal. • Taquisfigmia: pulso rápido e fino • Arritmia: ritmo cardíaco descoordenado. • Assistolia: ausência de batimentos cardíacos – parada cardíaca. • Extrassístoles: batimento cardíaco acontecendo antes do seu momento normal no ritmo cardíaco. • Claudicação: andar mancando • Bigeminismo: 2 batimentos cardíacos seguidos.