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Cirurgia ambulatorial: conceito

e legislação

QU ÍRON (SAGITÁRI O ),
GRAND E CIRU RGIÃO NA
M ITOLOG IA GREGA.
Um pouco de História

 1800-1940
 Repouso essencial para recuperação P.O.
 Lembrar que a primeira anestesia com éter foi realizada em 1846, no
Hospital Geral de Massachusetts (Harvard).
 2° Guerra Mundial
 Aumentaram as observações apoiando a redução, não só do repouso
pós-operatório, mas também do período de internação
 Em 1940, no Canadá
 No Hospital de Shouldice, foi iniciado um programa para realização
de hernioplastias inguinais para adultos, sob anestesia local, com
curta permanência hospitalar.
 Década de 60
 A cirurgia ambulatorial ganha apoio da Anestesiologia e torna-se
desde então um procedimento cada vez mais seguro e com menos
riscos.
O que permitiu o avanço da Cirurgia
Ambulatorial?

 Vários fatores:
 Aperfeiçoamento dos conceitos e das práticas da cirurgia
ambulatorial, sobretudo em alguns países da Europa e
nos EUA;
 Desenvolvimento das técnicas anestésicas e cirúrgica;
 A incorporação de recursos para prevenção da dor, da
náusea e do vômito;
 A melhoria da qualidade dos estabelecimentos e do
sistema de saúde;
 Redução dos custos da internação.
O que é Cirurgia ambulatorial?

 São operações em regime ambulatorial as realizadas


sob qualquer tipo de anestesia, não demandam
internação hospitalar e a permanência do paciente
no serviço não deve exceder 24 horas.
 A depender do procedimento, das características do
serviço e das condições do paciente, as unidades
podem funcionar de três modos:
 Dispensação após o procedimento;
 Permanência por um curto tempo para recuperação;
 Pernoite.
Diferença entre cirurgias ambulatorias e
hospitalares

 Cirurgias Ambulatorias: todas aquelas realizadas em


ambulatórios ou até mesmo no CC do hospital, desde que não
gerem internação.

 Internação hospitalar: procedimentos que precisam de apoio


de estrutura hospitalar por período superior a 24 horas ou de
serviços como recuperação pós-anestésica, UTI, CTI e
similares.

 Anestesias que podem ser realizados em ambulatório:


anestesia local, sedação ou bloqueio.
Cirurgia Ambulatorial

 De pequeno porte:
 é realizada geralmente sob anestesia local com alta imediata do
paciente: incluem as operações feitas no consultório ou
ambulatório (retirada de lesões tumorais da pele e do
subcutâneo, postectomia, vasectomia, hemorroidectomia,
polipectomias endoscópicas em casos selecionados);
 De grande porte:
 é realizada sob qualquer modalidade de anestesia, sendo
necessário um período de monitorização ou recuperação
pós-operatória (herniorrafias inguinais, safenectomias,
papilotomia endoscópica, colecistectomia e hernioplastias
hiatais por videolaparoscopia).
Tipos de Unidades de Cirurgia Ambulatorial

 Tipo I
 Consultórios médicos
 Adaptado, possibilitando procedimentos sob anestesia local.
 Tipo II
 Ambulatórios isolados, centros de saúde e UBSs
 É possível a realização de procedimentos de porte médio, com anestesia local ou
loco - regional (com ou sem sedação). Além das salas com as devidas
especificações, a Unidade deve contar com sala de recuperação ou de observação do
paciente.
 Tipo III
 O estabelecimento de saúde que, anexo ou não a um hospital geral ou
especializado
 possibilita a realização de procedimentos em regime ambulatorial ou de
internação, em salas cirúrgicas próprias ou do centro cirúrgico do hospital,
mediante apoio da sua infraestrutura (Serviço de Nutrição e Dietética, Centro de
Esterilização de Material e Lavanderia, Central de Gases, Central de Vácuo, Central
de Ar Comprimido, Central de Ar Condicionado, Sistema de Coleta de Lixo, dentre
outros) .
Vantagens e Desvantagens

 Vantagens para os pacientes


 Alteração mínima na rotina do paciente e da família.
 Individualização do cuidado.
 Melhor avaliação da relação médico-paciente.
 Menor risco de infecção hospitalar.
 Redução da incapacidade física, retorno mais rápido para o
trabalho.
 Morbi-mortalidade menores.
Vantagens e Desvantagens

 Vantagens para o Sistema de Saúde


 Redução dos custos: a redução dos custos dos procedimentos
realizados em regime de cirurgia ambulatorial quando
comparada com o tratamento em regime de internação
hospitalar.

 Maior disponibilidade de leitos hospitalares. A introdução


prática da cirurgia ambulatorial aumenta a disponibilidade de
leitos hospitalares para a internação de pacientes com afecções
cirúrgicas mais complexas.
Vantagens e Desvantagens

 Desvantagens da cirurgia em regime


ambulatorial
 Não realização dos cuidados pré-operatórios: a inobservância
do tempo de jejum e da realização dos exames específicos e de rotina
pode contribuir para o adiamento ou a suspensão da cirurgia.
 Falta de transporte. Os familiares, os vizinhos ou o gestor de
saúde devem ser mobilizados com antecedência para garantir o
transporte.
 Falta de ajuda no domicílio. Os pacientes que moram sozinhos e
não dispõem de familiares e amigos para a ajuda no domicílio para
os cuidados gerais e específicos, e, principalmente, para garantir o
retorno pós-operatório devem ser tratados em regime de internação.
 Suspensão da cirurgia em regime ambulatorial em
detrimento de urgência, sobretudo nas unidades integradas ao
hospital.
 Necessidade de permanência hospitalar além do esperado.
Normatização

 Resolução 1886/2008 do CFM e Resolução SS


02/2006 da Secretaria da Saúde de São Paulo
 “Dispõe sobre normas mínimas para funcionamento de
consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para
procedimentos com internação de longa permanência”.
Condições da Unidade

 Condições estruturais e sanitárias do ambiente com


estrutura para esterilização e desinfecção dos
instrumentos de acordo com as normas vigentes;
 Registro de todos os procedimentos realizados;
 Condições mínimas para a prática da anestesia;
 Garantia de internação, caso haja necessidade;
 Garantia de assistência pós-alta durante 24 horas
por dia na unidade ou no sistema de saúde.
Seleção do paciente

 Pacienteshígidos ou com distúrbio sistêmico


moderado decorrente de doenças crônicas;

 Procedimentos cirúrgicos que não necessitam


cuidados especiais no pós-operatório;

 Garantia de acompanhante adulto, lúcido e


previamente identificado.
Condições de alta

 Orientação no tempo e no espaço;


 Estabilidade dos sinais vitais há pelo menos 60 minutos;
 Ausência de náusea e vômitos;
 Ausência de dificuldade respiratória;
 Capacidade de ingerir líquidos;
 Capacidade de locomoção, se não houver contraindicação;
 Sangramento mínimo ou ausente;
 Ausência de dor de grande intensidade;
 Ausência de retenção urinária;
 Conhecimento por parte do paciente e do acompanhante,
verbalmente e por escrito, da relação dos cuidados pós-
anestésicos e pós-operatórios, bem como a determinação da
Unidade para atendimento de eventuais intercorrências.
É O FIM!!!!!

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