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1. Varizes de membros inferiores………………………………………………………………………………………….1
.
2. Úlceras………………………………………………………………………………………………………………………………..6
.
3. Linfedema………………………………………………………………………………………………………………………….11 .
4. Tromboembolismo venoso……………………………………………………………………………………………...16
.
5. Pé diabético………………………………………………………………………………………………………………………28
.
6. Trauma vascular.……………………………………………………………………………………………………………..34
.
Elise Oliveira – 2017.2
Conceito de varizes: alongamento, tortuosidade e aumento do diâmetro permanente das veias dos
membros inferiores.
Dados epidemiológicos: Ocorre em 30% dos homens e 45% das mulheres (pelo fator hormonal).
○ No entanto, h
ereditariedade é o fator principal.
○ Veias têm v
álvulas, diferente das artérias → impedem o refluxo do sangue.
○ A contração da panturrilha faz um bombeamento do fluxo venoso (bomba muscular) →
possibilita um retorno mais eficaz.
○ Qualquer fator que altere essa fisiologia ou a estrutura vai gerar consequências para a
circulação.
○ Incompetência valvar.
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• Varizes secundárias:
○ Síndrome pós-flebítica.
○ FAV traumática.
• Veias perfurantes: se comunicam entre o fluxo superficial e o profundo, fazendo inversão do fluxo.
Fatores predisponentes
• Obesidade → quanto maior a sobrecarga de peso, maior é a dificuldade de fazer o retorno venoso.
• Calor → quanto mais quente, mais o vaso se dilata (o que é pior se tiver alteração).
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Diagnóstico
→ Se já fez diagnóstico clínico de problema circulatório, pode pedir doppler para confirmar.
Sinais e sintomas
• Dor, s
ensação de peso, queimor nas pernas.
○ Lipodermatoesclerose: atrofia da pele e da gordura, pode ocorrer por uma quadro de
insuficiência venosa avançado.
○ Hiperpigmentação: com o acúmulo de líquido mais distal, pode ser que se rompam esses
capilares e hemossiderina vai aderir na pele e ficar mais escuro.
• Úlceras venosas.
• Presença de sopro contínuo com reforço sistólico nas FAV (fístula arterio-venosas).
• Provas antigas que caíram em desuso: prova de Brody – Trendelemburg, prova do tamborilar de
Schwartz.
Classificação clínica
Classe 3 Edema.
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• A classe 0 tem toda sintomatologia mas não tem nenhuma alteração nem no exame físico nem no
complementar (En, An, Pn).
• Lipodermatoesclerose ou atrofia branca (há uma despigmentação da pele, ficando esbranquiçado no
local).
Outras classificações
• Patológica: Pr (refluxo é quando não tem obstrução, mas tem alteração de válvulas e na parede), Po
(obstrução é por alteração secundária, como trombose), Pr, Pn (Classe 0).
Ecodoppler colorido
• O fator mais importante do doppler é que avalia perviedade, compressibilidade veia, fluxo físico,
semioclusão, oclusão, recanalização, refluxo venoso, fluxo reverso, mapeamento de veias perfurantes.
• Doppler é uma US que avalia o fluxo e a anatomia do vaso → vê qual é a alteração e confirma o
diagnóstico.
• É um exame examinador dependente e muitas vezes tem avaliação distinta entre médicos → por isso o
diagnóstico clínico é importante.
Flebografia
• Consegue ver tortuosidade, direção, mas muitas vezes varizes então dilatadas mas não tem
tortuosidade, ficando mais difícil de ver. Em geral, só vê alteração na flebografia se for muito grande.
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Indicações de intervenção
• Estética, dor, peso nas pernas, cansaço, tromboflebite superficial, sangramento, hiperpigmentação,
lipodermatoesclerose, atrofia branca, úlcera venosa.
Tratamento clínico
• Flebotônicos → maioria são fitoterápicos, atuam no tônus vascular, na elasticidade e melhorando o
retorno venoso.
• Meias elásticas → indicadas para muito tempo em pé ou sentado → quanto maior é a pressão externa,
mais eficaz é o bombeamento.
• Exercício físico → mas se faz exercício com carga, a musculatura hipertrofia e o vaso também → se já
tem alteração nesse vaso, pode ser que piore.
Tratamento cirúrgico
Escleroterapia
Radiofrequência e laser
• É a mesma coisa.
• US dependente.
• Se o paciente tem tortuosidade muito grande, às vezes não consegue tratar com radiofrequência ou
laser, uma vez que é necessário introduzir uma fibra.
OBS: estase venosa = um dos componentes da tríade de Virchow (estase sanguínea,
hipercoagulabilidade e lesão endotelial) → v
arizes é fator de risco para trombose.
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Úlceras
• Grau de contaminação:
○ Limpas.
○ Contaminadas (+ 6 horas).
○ Infectadas.
• Etiologia:
○ Acidental ou traumática.
○ Intencional ou cirúrgica
• Tempo de evolução:
○ Agudas.
○ Crônicas.
• Feridas crônicas:
○ Úlceras por pressão: paciente acamado muito tempo, pode gerar escaras.
○ Pé diabético.
Úlceras venosas
Incidência
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• 30% das úlceras cicatrizadas recorrem após 1 ano e 78% após 2 anos → grande porcentagem,
mostrando impacto socioeconômico → o melhor tratamento é a profilaxia.
○ Estudo com pacientes com úlcera venosa na quinta década de vida: 35% aposentados, 16%
afastados do trabalho, 1,5% auxílio-doença e 4,2% desempregados.
• Importante ônus ao serviço de saúde e previdenciário (paciente com úlcera em atividade, por
exemplo, não pode ficar muito tempo de pé, afetando o trabalho).
• Interferem na qualidade de vida dos pacientes: altos custos com tratamento, faltas ao trabalho e
perda de emprego.
Fisiopatologia
• Fístulas arterio-venosas.
○ Com essa alteração nos vasos, há adesão dos leucócitos e migração para os capilares, com
ativação de leucócitos, isquemia e necrose da parede → pode iniciar um quadro venoso crônico.
Fatores de risco
• Obesidade (sobrecarga).
• Doenças neuromusculares.
• Válvulas insuficientes.
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Diagnóstico
• Anamnese (hereditariedade, sinais e sintomas, história, fatores de risco, se teve algum trauma, qual o
trabalho, obeso, se usa hormônio, se tem trombofilia, se tem alguém na família que teve trombose...).
• Exame físico (inspeção, localização, tamanho, aspecto, causas subjacentes → micose interdigital,
higiene satisfatória dos pés, hidratação…).
○ Doppler.
○ Flebografia.
Características gerais
• Forma (irregular).
• Exsudativas.
Tratamento
OBS: se o paciente tem quadro circulatório de varizes, insuficiência → tratar isso concomitante.
• Terapia compressiva → bota de Una: enfaixa por cima da úlcera aberta, diminuindo o acúmulo de
líquido e tendo impregnação de substâncias que melhoram a cicatrização.
• Profilaxia.
Úlceras arteriais
Fisiopatologia
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• Artéria com aterosclerose → se não chega sangue, tem diminuição do aporte sanguíneo e dificuldade
de nutrir a pele → isquemia do tecido, que pode ser agravada por trauma.
• Diferente das venosas, as úlceras arteriais não são muito exsudativas,
mas são muito dolorosas.
Fatores de risco
• Arteriosclerose.
• Tabagismo.
• Sedentarismo.
• Obesidade.
• Hipertensão arterial.
• Dislipidemias.
• Diabetes Mellitus.
OBS: deve-se eliminar sempre os fatores de risco para tratar uma patologia.
Diagnóstico
• Anamnese (sinais e sintomas, história, fatores de risco) → ideal para diferenciar a venosa da arterial
(mas pode-se ter as duas concomitantes).
• Exame físico (inspeção, palpação, localização, aspecto) → o paciente tem pulso? Se não tiver, é por
conta de uma aterosclerose? Precisa de doppler para avaliar melhor?
• Controle da patologia de base (controlar DM, HAS, obesidade, tabagismo = controle dos fatores de
risco).
Características gerais
• Forma (arredondada).
• Claudicação intermitente → quando não consegue andar mais de uma distância determinada.
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• Dor no repouso → DAOP tão severa que mesmo parado sente dor (pela grande isquemia e pela
diminuição do aporte circulatório).
• Palidez ao elevar as pernas → se tem déficit circulatória a nível arterial, ao elevar o membro, diminui
ainda mais o aporte sanguíneo (diferente do venoso).
• Frialdade ( pés).
• Ausência de pelos.
• Infecções frequentes (+ fúngicas) → pele mais ressecada com fissuras, facilitando infecções.
Prevenção
• Evitar traumas (térmicos, mecânicos, químicos) → paciente já tem a sensibilidade reduzida, o que o
torna mais propício a traumas térmicos.
• Evitar ou recuperar atrofia muscular → comum nos pacientes diabéticos que, pela neuropatia a nível
motor, tendem a fazer atrofia muscular.
• Mede a pressão sistólica no braço, vai para tornozelo com o doppler (antes de auscultar) e percebe o
fluxo do vaso → insufla e mede a pressão sistólica no membro inferior → divide o índice no tornozelo
pelo índice de pressão encontrada no braço.
Tratamento
OBS: não pode usar as meias elásticas! → já apresenta um déficit
circulatório obstrutivo, podendo comprometer mais a nutrição.
○ Pode fazer uma angioplastia com colocação de stent para manter a
perviedade da artéria.
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Linfedema
Definição
Linfedema congênito
○ Doença de Milroy
• Congênita.
• Tratamento permanente.
Fisiopatologia
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○S
ecundário: obstrutivo (trauma, processo inflamatório).
○S
ecundário: pós TVP, pós infecção → lesão do capilar linfático.
Linfedema pós-trauma
• Provavelmente por acidente automobilístico ou PAF → perda muito grande da
parte músculo e do tecido subcutâneo → lesão de vasos linfáticos (perna viável
mas com uma “obstrução” da passagem da linfa por conta do trauma).
Linfoangiossarcoma
• É um quadro oncológico, que através de um câncer da parte linfática, gera
manchas em vinho de porto e edema grave.
• Geralmente esses pacientes podem ter metástase óssea e muitas vezes têm
indicação de amputação.
• Pessoa mais obesa que já apresenta infecções secundárias por alguma doença (erisipela, celulite), com
higiene não muito boa (micose interdigital).
• Erisipela e celulite geram destruição dos capilares e linfáticos superficiais → destruição progressiva
com as infecções de repetição → linfedema.
Verrucose linfoestática
Quadro clínico
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• Sinal de Stemmer.
Grau II Edema irreversível >24 a 48h, não depressível (está ficando crônico).
Sinais
Diagnóstico
1. Clínico.
2. Linfocintilografia.
3. Capilaroscopia linfática.
Diagnóstico clínico
• Exame físico:
Linfocintilografia
→ Exame muito doloroso e complicado de realizar (faz punção na base entre os pododáctilos,
injeta contraste com radiofármaco que passa pelo sistema linfático).
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○ 5 sinais (vasos linfático, refluxo dérmico, circulação
colateral linfonodo poplíteo presente e linfonodo poplíteo
ausente).
○ Quantificação de imagens em 2, 5, 20, 60 e 180 minutos
(epifascial ou subfascial) → avalia a progressão do
radiofármaco.
Tratamento
→ É um tratamento contínuo.
• Multidisciplinar:
○ Vascular: linfografia.
○ Dermatologia.
○ Terapia ocupacional.
○ Psicólogo.
• Tratamento clínico:
○ Terapia física complexa: inicial (4 a 6 semanas → terapia mais incisiva, tendo
acompanhamento de todos os especialistas acima) e tardia (6 a 12 meses → manutenção).
→D
renagem linfática manual.
→C
ompressão pneumática intermitente.
○ Exclusivo.
○ Complementar.
• Tratamento medicamentoso:
○D
iurético (fase inicial).
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○A
ntibióticos (infecções secundárias).
○A
ntimicóticos (pele com quadro fúngico entre as dobras).
○B
enzopirona → oral ou tópica (é um linfocinético).
○F
ilária (albedazol e ivermectina).
• Tratamento cirúrgico:
○ Linfedema no grande obeso (não aborda diretamente o linfático, mas tenta dar qualidade de
vida ao paciente).
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Tromboembolismo venoso
Introdução
• Trombofilia: alterações hereditárias ou adquiridas do sistema hemostático que resultam em risco
aumentando de trombose.
• Trombofilia hereditária:
○ Indivíduo jovens.
Fatores de risco
• Adquiridos:
○ Idade.
○ Neoplasias.
○ Anticorpos antifosfolipídeos.
• Transitórios:
○ Cirurgia recente.
○ Traumatismo.
○ Gravidez e puerpério.
○ Contracepção oral.
○ Substituição hormonal.
○ Imobilização prolongada.
Etiopatogenia
• Tríade de Virchow:
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○E
stase (imobilidade, repouso, varizes).
○L
esão endotelial (trauma, lesão tecidual, inflamação).
○H
ipercoagulabilidade ( trombofilias, neoplasias, gravidez, TRH).
Trombofilia hereditária
• Hereditários:
○ Idade jovem.
○ Caráter recorrente.
○ Localização atípica.
○ Deficiência da antitrombina.
○ Deficiência da proteína C
○F
ator V de Leiden (mais comum).
○ Hiperhomocisteinemia.
• Dor.
• Edema.
• Sensação de peso.
• Impotência funcional.
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• Hipersensibilidade local.
• Hipertermia local.
Diagnóstico da TVP
• Justifica-se sob suspeita de TVP iniciar empiricamente o tratamento até a realização de
ultrassonografia com doppler venoso de membro inferior.
• Rotura muscular com hematoma (síndrome de pedrada) → pode fazer hemorragia espontânea,
fazendo hematoma local por conta de ruptura de vasos musculares.
• TVS/IVC.
• Linfedema.
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Trombose venosa superficial (tromboflebite)
Definição
• Respiratório:
○ Oclusão vascular tromboembólica determina a ventilação pulmonar em área pouco ou nada
perfundida (espaço morto intrapulmonar).
○ Redução do fluxo sanguíneo determina lesão celular da área afetada e liberação de
mediadores químicos que levam à broncoconstrição local (sibilos e aumento do trabalho de
respirar).
• Hemodinâmico:
○ TEP leva ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo (obstrução física e vasoconstrição
reflexa) originando hipertensão pulmonar secundária.
○ Pode levar à insuficiência cardíaca direita, redução do débito cardíaco (direito e depois
esquerdo), diminuição da perfusão coronariana e choque cardiogênico.
• Dispneia.
• Taquipneia (FR>20).
• Ansiedade.
• Hemoptise.
• Síncope.
• Assintomático.
• TEP grave: IAM, pneumotórax, arritmias cardíacas, edema agudo de pulmão, choque séptico,
tamponamento cardíaco, dissecção de aorta, exacerbação de DPOC.
Diagnóstico de TEP
→ Como os achados clínicos de TEP são inespecíficos, torna-se necessária uma investigação
diagnóstica complementar, de maior ou menor complexidade, segundo as disponibilidades do
local.
• RX de tórax.
• Gasometria arterial.
• D-dímeros.
• ECG e ecocardiograma.
• Cintilografia ventilação/perfusão.
• TC helicoidal.
• Arteriografia pulmonar.
Raio X de tórax
• Pode haver:
○ Áreas de hipoperfusão.
○ Atelectasias.
○ Derrame pleural.
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○ Sinal de Westermark: atenuação da circulação de localização periférica, que é correspondente
à área de oligoemia por obstrução).
Gasometria arterial
• Hipoxemia.
D-dímero
• D-dímero está elevado na maioria dos pacientes com neoplasias ou no período pós-operatório.
○ Limitações: o ELISA quantitativo preciso leva várias horas para ser realizado e não é
amplamente disponível.
Cintilografia ventilação/perfusão
• Quando normal, exclui TEP, quando alterada segure a realização de outros exames complementares.
ECG
○ Onda P pulmonale.
Ecocardiograma
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• Desvio do septo interventricular da direita para esquerda.
• Insuficiência tricúspide.
TC helicoidal (angiotomografia)
• Sensibilidade e especificidade relativamente altas (principalmente se for para artérias principais,
lobares e segmentares).
Arteriografia pulmonar
Doppler
Flebografia
•Éoe
xame padrão ouro para o diagnóstico de
TVP.
• Os achados clínicos dependem do tamanho do êmbolo e do estado cardiopulmonar preexistente do
paciente.
• Nenhum sintoma isolado, sinal ou combinação de achados clínicos são específicos de embolismo
pulmonar.
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Tratamento
Objetivos do tratamento
• Limitar extensão.
• Evitar recorrência.
• Restaurar patência.
Métodos de profilaxia
• Medidas gerais.
• Métodos mecânicos.
• Medicamentosa.
Tratamento
→ A investigação disponível tem o objetivo principal de excluir outro diagnóstico, não confirmar
TEP.
○ Caso não confirme outro diagnóstico, deve-se iniciar tratamento para TEP, mesmo que o
diagnóstico não seja correto.
○ Oxigenioterapia: saturação de O2 <90% em oximetria de pulso ou PaO2 <70mmHg ou satO2
< 90% em gasometria arterial.
○A
nalgesia caso necessário.
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Tratamento da fase aguda
• Tratamento anticoagulante:
○ Novos anticoagulantes.
• Cuidados posturais:
○ Repouso no leito.
• Anticoagulação:
○A
fastar contraindicações para a anticoagulação inicial:
→ Cirurgia cerebral/oftalmológica.
→ Anestesia lombar.
→ HAS grave.
→ Pericardite ou endocardite.
○ Não é tratamento definitivo, mas sim uma forma prevenção secundária (formação de novos
êmbolos).
○ A heparina liga-se e acelera a habilidade da antitrombina III de inativar a trombina, fator
IXa, Xa, XIa e XIIa.
○ Retarda a formação do trombo adicional, permitindo que os mecanismos endógenos de
fibrinólise quebrem o trombo existente.
○ O esquema padrão de heparina seguido por 6 meses de varfarina oral resulta em redução de
80 a 90% no risco de trombose venosa recorrente e morte por TEP.
→ Ação anticoagulante é secundária à inibição da síntese dos fatores de coagulação
dependentes da vitamina K (fatores II, VII, IX e X).
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○H
eparina não fracionada (HNF):
→ Administração e
ndovenosa, com uma dose de ataque seguida de infusão contínua.
→ Dois esquemas possíveis de administração: dose baseada no peso do paciente e dose
empírica.
○H
eparina de baixo peso molecular (HBPM):
→ Ação principal se dá através do fator Xa, com pouco ou nenhum efeito sobre a
trombina.
○A
nticoagulação prolongada:
→W
arfarina é + utilizada.
• Tratamento trombolítico:
○ Recente e ainda polêmico → reservado apenas para pacientes com alto risco de morte (TEP
maciça), hemodinamicamente instáveis.
○ A estreptoquinase, a uroquinase e o rt-PA (ativador tissular do plasminogênio recombinante)
aumentam os níveis de plasmina → dissolvem o trombo intravascular.
○ Contra indicações: HAS não controlada, cirurgia ou trauma nas últimas 6 semanas.
• Outros procedimentos:
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○E
mbolectomia cirúrgica:
○ Compressão pneumática intermitente → usada principalmente em pacientes que vão ficar
mais tempo acamados → faz movimentos sequenciais como se estivesse fazendo drenagem
usando essa compressão pneumática intermitente → evita a estase venosa.
• Anticoagulantes orais:
Conclusão
• Diante do paciente com possibilidade de TEP, o tratamento deve ser instituído precocemente,
evitando recorrência dos fenômenos embólicos.
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Pé diabético
Definição
• Infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos, associados a anormalidades neurológicas e
a vários graus de doença arterial periférica dos membros inferiores.
Epidemiologia
• Diabéticos com história de úlcera prévia possuem todos os fatores de risco para uma nova ulceração.
• Menos de 14% dos diabéticos internados por lesões nos pés, recebem cuidados adequados para esses
problemas.
Fisiopatologia
• Vasculopatia + neuropatia → alterações metabólicas + imunodeficiência → lesões tróficas – ulceração
– infecção → amputação →
óbito.
Fatores de risco
• Infecção.
• Calçados inadequados.
• Retinopatia.
• Dislipidemias.
Diagnóstico
• Anamnese (é DM1, DM2? Histórico familiar, obeso, sedentário, níveis de colesterol?).
• Exame físico.
• Exames complementares.
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Neuropatia
○ Calçados apertados.
○ Corte e cuidado inadequado das unhas (cuidado com frieiras, unhas encravadas ou qualquer
lesão a nível de pé).
○A
rtropatia de Charcot ( perda da concavidade plantar com deformidade grosseira do pé).
• Autonômica (pele seca): simpático e parassimpático, com ressecamento e fissuras do pé → não há
umidificação normal da pele.
○R
essecamento dos pés → dão fissuras que se tornam portas de entrada.
○H
iperceratose.
○F
issuras e rachaduras.
○O
nicogrifose (aumento da unha por micose).
Pontos de pressão
• Pontos com maior risco de calosidades e de abrir lesões que são de difícil
cicatrização (úlceras de pressão).
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Distribuição das lesões
Avaliação neurológica
○D
olorosa: com pino, agulha ou palito.
○T
átil: com chumaço.
○T
érmica: com cabo diapasão 128 Hz (frio).
○V
ibratória: com diapasão 128 Hz.
○M
otora: com martelo (avaliar reflexos).
○L
imiar percepção cutânea: monofilameto 10 g (filamento de arame bem fino, por exemplo).
○ Realização de ao menos 3 destes testes acima (sendo que o monofilamento de 10 g é
realizado sempre).
○P
erda de sensação de pressão → aumento preditivo para ulceração futura.
○Á
rea insensível → perda PSP.
○P
esquisar 4 regiões do pé:
Vasculopatia
→ Sinais e sintomas de d
oença arterial oclusiva periférica.
• Dor (c
laudicação intermitente ou dor de repouso) → dificuldade de deambular a determinada
distância = claudicação intermitente.
→ Quanto mais curta é essa distância, pior é o prognóstico, podendo ter até dor de repouso.
• Palidez.
• Cianose.
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• Ausência ou diminuição de pulsos arteriais.
Infecção
• Paciente com alterações principalmente em locais de maior pressão → pode fazer unha encravada,
micose interdigital.
• A infecção gera descompensação das pequenas artérias, com isquemia, evoluindo com muito tecido
desvitalizado.
Avaliação
Isquêmico Neuropático
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Classificação de risco
Tratamento
• É multidisciplinar → deve-se avaliar todos os fatores de risco gerais na anamnese, com um bom
exame físico e, se necessário, um exame complementar.
○ Eletroneuromiografia (se é sensitivo ou motor), doppler arterial, angio TC, arteriografia,
correções ortopédicas.
• Ressecções ósseas (a calosidade não vai fechar se não tirar a pressão do local).
• C
orreção ortopédica de deformidade plantar (mal perfurante plantar).
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OBS: osteoartrose de Charcot → intervenções podem melhorar a qualidade de vida, diminuindo a
pressão dos locais alterados.
Tratamento do pé neuropático
Tratamento do pé infeccioso
• Desbridamento.
Revascularização
• Angioplastia c
om balão/stent.
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Trauma vascular
C
onceito: perda da solução de continuidade do tecido vascular de algum segmento corpóreo.
Introdução
• Geralmente paciente que chega com trauma, com lesões em vários órgãos além do vascular.
• Rapidez no atendimento.
• Experiência do examinador: discernimento de coibir que o trauma gere um ônus grande para o
paciente.
• Continuidade do tratamento: paciente pode descompensar, então precisa estar sempre dando
continuidade e reavaliando.
• Sexo masculino é
o mais atingido.
• 90% dos traumatismo vasculares são causados por ferimentos penetrantes → muitas vezes a única
conduta possível é amputar o membro
• Ferimentos por arma de fogo são a causa mais comuns da lesão vascular.
• Arma de baixo impacto (às vezes retifica, pegando parte de um vaso, parte de um membro).
• O mais importante é o tempo (um membro que ficou muito tempo sem aporte sanguíneo pode não
adiantar tentar revitalizar, além da possibilidade de infecção).
Tipos de ferimentos
• Contusos.
• Incisos ou cortantes.
• Perfurantes.
• Perfuro-contuso.
• Corto-contuso.
• Compressão extrínseca.
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Lesão de acordo com o agente
○F
AV: feixe vásculo-nervoso.
○ Falso aneurisma: hematoma se torna capsulado depois de um tempo → faz uma cápsula,
tendo uma pulsação, formando um falso aneurisma.
Lesões arteriais
• Hemorrágicas:
○ Secção parcial.
○ Falso aneurisma.
• Isquêmicas:
○ Embolia.
○ Vaso espasmo.
Lesões venosas
• Hemorrágicas:
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○ Secção total.
○ Secção parcial.
• Obstrutivas:
○ Trombose aguda.
○ Trombose tardia.
○ Compressão extrínseca.
○ FAV.
Lesões mistas
• Muito comum.
• Síndromes compartimentais → se não fizer fasciotomia corre risco de fazer isquemia por compressão.
○ Hemorragia.
○ Edema.
→ Compressão e isquemia.
Quadro clínico
• Isquemia e
hemorragia.
• Sinais de isquemia: dor, palidez, frialdade, paresia, anestesia, paralisia, ausência de pulsos distais.
OBS: viabilidade do membro (6 horas), acima disso pode ter sofrimento do membro e acima de
12 horas a chance de perder o membro é muito grande.
• Sinais de hemorragia: sangramento rutilante, pulsátil pela ferida, hematoma grande e firme, trajeto
cruzando grandes vasos, hipotensão (choque), frêmito e sopro (FAV).
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• Sinais leves:
○ História de sangramento.
○ Diminuição do pulso.
○ Tumoração local.
○ Choque hipovolêmico.
○ Sangramento externo.
○ Ausência de pulsos.
○ Dor.
○ Tumoração pulsátil.
○ Sopro ou frêmito.
OBS: Jamais puxe a faca! Qualquer coisa que cruze o trajeto de grandes vasos, nunca puxe (muitas vezes
a própria estrutura que causou o trauma está contendo o sangramento).
Traumatismo de abdome
• 10 a 20% dos traumatismos perfurantes e 2 a 5% dos fechados resultam em lesão dos grandes vasos
abdominais.
Traumatismo cervical
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• Zonas de Monson:
○ Zona I: base do pescoço → arco aórtico, origem dos grandes vasos, veias inominadas,
traqueias, esôfago e pulmões.
○Z
ona II: clavícula → ângulo da mandíbula. Carótida, jugular, traqueia e esôfago.
• “A noção de que todo o membro deve ser salvo a qualquer custo deve ser questionada”.
• Tempo.
○ Isquemia irreversível.
○ Sepse.
Acessos
• 2: femoral profunda.
Exames complementares
• Duplex scan.
• TC.
• Angioressonância.
Tratamento
• Medidas gerais → suporte para estabilizar o paciente traumatizado para poder tratar.
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• Tamponamento temporário.
• Fasciotomia → ex: lesão venosa fez sangramento enorme → pode fazer edema tão grande que é
necessário uma fasciotomia (medial, lateral) para descomprimir aquele compartimento e não fazer
isquemia secundária por compressão.
• Ligadura.
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