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Pistas concretas para um trabalho pastoral

Depois desta reflexão (bastante parciais e limitadas), procurarei


sugerir, a título de exemplo alguns caminhos concretos para a
nossa pastoral:
Evangelizar, através de grupos de reflexão a partir da paróquia.
Talvez isto não soe bem para alguns. Mas a paróquias, nas grandes
cidades, é ainda um grande ponto de referência para a
evangelização. Para isso é preciso mudar a paróquia. Fazê-la mais
extrovertida, romper com os esquemas burocráticos (limites,
poderes etc.) e torná-la um verdadeiro pólo de acolhimento,
atendimento e irradiação do Evangelho. Isto implica mudar toda a
programação tradicional da paróquia. Criar atendimento em horários
que os operários, trabalhadores possam ir até lá (por exemplo,
horário de folga do almoço etc.). Criar atendimentos especiais (para
casais) com psicólogos e advogados. Há muitos profissionais que
se disporiam a prestar um serviço assim, por algumas horas
durante a semana.
Assumir e investir nas paróquias como rede de comunidades e de
unidade ministerial.
Dois pontos importantes: toda a pastoral deve funcionar hoje no
esquema de redes (redes lembram articulação, entrosamento,
diversidade, comunicação mais dinâmica). Daí a necessidade de se
investir com coragem na pastoral dos ministérios (repensar
ministérios ordenados e não-ordenados)
Acreditar no aspecto missionário da igreja.
Ela é, na essência, missionária. Por isso, vale, aqui, tudo o que já
foi falado sobre uma Igreja extrovertida, e isso deve ser prioridade
primeira no Plano de Pastoral.
Criação de organismos maiores de pastoral, que evangelizem
atendendo interesses abrangentes de todas as comunidades.
Aqui se vê a importância de valorizar o Spar como grande pólo de
irradiação evangelizadora (unindo-se aos MCS, criando escolas
ministeriais; escola de formação de leigos, promovendo
conferências sobre temas urgentes de pastoral etc.).
Protagonismo dos leigos.
Trabalhar a organização dos leigos a partir das bases. Reconhecer
seus carismas.
Apostar mesmo em uma evangelização inculturada.
Fazer da Igreja sinal, motivação e ocasião da experiências de Deus.
Não deixar que o institucional (eclesiástico) venha a abafar o
Espírito Santo.
Empenhar-se numa nova espiritualidade cristã, pessoal e
comunitária, baseada na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. A
espiritualidade é o coração, o pulsar de toda a pastoral urbana.
Fortalecer e ampliar na Arquidiocese as redes de comunidades.
Rever a liturgia, valorizando mais a interioridade, a ação do corpo,
dos sentimentos; criando uma linguagem mais simples.

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