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NBR 14519 MAIO 2000

Medidores eletrônicos de energia


elétrica (estáticos) - Especificação
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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CE-03:013.01 - Comissão de Estudo de Medidores Integradores
NBR 14519 - Electronic meters of electric energy (statics) - Specification
Descriptors: Electronic. Meter. Time-of-use
Esta Norma foi baseada na IEC 60687:1992 e IEC 61036:1990
Válida a partir de 30.06.2000
Copyright © 2000,
ABNT–Associação Brasileira Incorpora Errata nº 1, de FEV 2005
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Medidor. Eletrônico. Tarifa 23 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Classificação em modelos e grupos
5 Características construtivas
6 Características específicas
7 Registradores
8 Aprovação de modelo
9 Ensaios
10 Aprovação e rejeição
ANEXO
A Diagrama do circuito para o ensaio da influência da corrente contínua (c.c.)

Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte:
produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da
ABNT e demais interessados.
Esta Norma possui o anexo A, de caráter normativo.
Nesta Norma, todas as referências à energia elétrica dizem respeito à energia ativa, exceto quando indicado. Quando se
tratar de energia reativa, deve-se considerar o defasamento de 90 o. A medição de energia ativa com fator de potência
0,5 indutivo é equivalente a uma medição de energia reativa com fator de potência 0,86 indutivo e a medição de energia
elétrica ativa com fator de potência unitário é equivalente a uma medição de energia reativa com fator de potência zero
capacitivo ou indutivo.
Os medidores de encaixe e os de fabricação específica para painéis devem seguir esta Norma no que se refere à es-
pecificação, exceto a: dimensões, características da base, terminais, elementos de fixação, tampa, pentes de calibração,
dispositivos de lacração e outras características especiais que são motivo de normas distintas.
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis aplicáveis a medidores eletrônicos, monofásicos e polifásicos, de
índice de classe 0,2; 0,5; 1,0 e 2,0 para a medição de energia elétrica em corrente alternada encerrados num mesmo
invólucro. da
requisitos Esta Norma
seção 7. se aplica também a medidores eletrônicos para múltipla tarifação, devendo para isso atender os
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2 NBR 14519:2000

1.2 Esta Norma aplica-se a medidores monofásicos e polifásicos classificados, conforme o tipo de ligação, da seguinte
forma:
- Monofásicos a dois fios;
- Monofásicos a três fios;
- Polifásicos, de dois elementos de medição, três fios ligação estrela ou triângulo;
- Polifásicos; de três elementos de medição, quatro fios, ligação estrela ou triângulo.
2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se
recentes àqueles
das normas que realizam
citadas a seguir.acordos
A ABNTcom base
possui nesta que das
a informação verifiquem
normasaem
conveniência
vigor em umdedado
usarem as edições mais
momento.
NBR 5456:1987 - Eletricidade geral -Terminologia
NBR 6146:1980 - Invólucros de equipamentos elétricos - Proteção - Especificação
NBR 6509:1986 - Instrumentos elétricos e eletrônicos de medição - Terminologia
NBR 9894:1987 - Avaliação e identificação de sistemas de isolação de equipamentos elétricos - Procedimento
NBR 14520:2000 - Medidores eletrônicos de energia elétrica (estáticos) - Método de ensaio
3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições, das NBR 5456 e NBR 6509 e as seguintes:
3.1 Medidor

3.1.1 medidor de energia elétrica: Instrumento destinado a medir a energia elétrica através da integração da potência em
relação ao tempo.

3.1.2
estadomedidor eletrônico deeletrônicos)
sólido(componentes energia elétrica: Medidoruma
para produzir estático no qual de
informação a corrente e a tensão agem
saída proporcional sobre elementos
à quantidade de
de energia
elétrica medida.
3.1.3 medidor de múltiplas grandezas: Medidor eletrônico de energia elétrica para uso na medição de energia ativa e
reativa, provido de um certo número de registros, destinado a medir, registrar e armazenar pulsos representativos de várias
grandezas elétricas simultaneamente, tais como quilowatt-hora, quilo volt-ampére-reativo-hora e outras tantas quantas
definidas pelo fabricante.
3.1.4 modelo do medidor: Termo usado para definir um projeto em particular de medidor, produzido por um determinado
fabricante, tendo as mesmas propriedades metrológicas.
3.1.5 medidor para ligação direta: Medidor destinado a ser ligado diretamente ao circuito a ser medido.

3.1.6 medidor para ligação indireta: Medidor destinado a ser ligado ao circuito a ser medido através de transformadores
para instrumentos.
3.1.7 medidor padrão: Medidor projetado especialmente para serviço de calibração.

3.2 Elementos funcionais

3.2.1 circuitos auxiliares: Circuitos destinados à conecção de dispositivos externos.

3.2.2 circuito de corrente: Circuitos do medidor por onde circula a corrente a ser medida.

3.2.3 circuito de tensão: Circuitos do medidor onde é aplicada a tensão a ser medida, podendo incluir o circuito da fonte
de alimentação do medidor.
3.2.4 constante Kh: Correspondente à relação entre a energia elétrica medida pelo medidor e a quantidade de pulsos
elétricos ou sinais luminosos de saída para ensaio. Este valor deve ser expresso em Watt-hora por pulso ou em volt-
ampére-reativo-hora por pulso.
A constante é calculada de acordo com a seguinte expressão:
In x Vn x N
Kn =
Pulsos/hora
onde:
In é a corrente nominal, em ampéres;
Vn é a tensão nominal, em volts;

N é o número de elementos;
Pulsos é o número de pulsos emitidos no período de tempo considerado pelo fabricante.
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3.2.5 constante Ke: Quantidade de energia que define a melhor resolução do medidor e define a unidade básica
armazenada. Este valor deve ser expresso em Watt-hora por pulso ou em volt-ampére-reativo-hora por pulso.
A constante é calculada de acordo com a seguinte expressão:
Kh
Ke =
P/R
3.2.6 dispositivo para calibração: Dispositivo por meio do qual se calibra o medidor para que indique, dentro dos erros
admissíveis, a energia a ser medida.
3.2.7 elemento de medição:Parte do medidor constituída de uma unidade sensora de tensão e de uma unidade sensora
de corrente, que produz uma saída com informação proporcional à grandeza registrada.

3.2.8 indicador de operação: Dispositivo que fornece um sinal visível da operação do medidor.
3.2.9 memória: Dispositivo que armazena informações.

3.2.10 memória não-volátil: Memória que retém as informações armazenadas mesmo na falta de energia elétrica.

3.2.11 memória de massa:Dispositivo eletrônico que faz parte integrante do medidor, onde são armazenados pulsos para
posterior visualização e/ou recuperação.
3.2.12 mostrador: Dispositivo que mostra informações relativas à medição e/ou às condições de operação do medidor.

3.2.13 porta óptica: Dispositivo de entrada e saída constituído de uma interface de comunicação óptica, dotado de um
elemento foto-receptor e de um elemento foto-emissor, que tem a função de trocar informações entre o medidor e outro
equipamento, mantendo-os desacoplados eletricamente e viabilizando funções como calibração, ajuste, programação e
leitura do medidor.
3.2.14 relação P/R: Relação entre as constantes Kh e Ke do medidor, equivalente ao número de pulsos por rotação
(período) dos medidores eletromecânicos dotados de sensor óptico.
P/R = Kh/Ke
3.3 Partes do medidor

3.3.1 base: Parte do medidor destinada à sua instalação e sobre a qual são fixadas a estrutura, a tampa do medidor, o
bloco de terminais e a tampa do bloco de terminais.
3.3.2 bloco de terminais: Suporte em material isolante agrupando os terminais do medidor.

3.3.3 tampa do bloco de terminais: Peça destinada a cobrir e proteger o bloco de terminais, o(s) furo(s) inferior(es) de
fixação do medidor e o compartimento do bloco, quando existir.
3.3.4 tampa do medidor: Peça sobreposta à base para cobrir e proteger as partes internas do medidor.

3.3.5 terminal terra: Terminal externo conectado a partes condutoras acessíveis da base do medidor para fins de
segurança pessoal e do equipamento.
3.3.6 placa de identificação: Peça destinada à identificação do medidor.

3.4 Grandezas do medidor, erros e termos usados nos ensaios

3.4.1 índice de classe : Número que define os limites admissíveis de erro percentual para todos os valores de corrente
entre 0,1 In e Imáx, para o fator de potência ativo ou reativo, unitário (e no caso de medidores polifásicos com as cargas
equilibradas), quando o medidor é ensaiado sob condições de referência (inclusive tolerâncias permitidas nos valores de
referência) como definido nesta Norma.
3.4.2 corrente nominal (In): Intensidade de corrente para a qual o medidor é projetado e que serve de referência para a
realização dos ensaios constantes desta norma.
3.4.3 corrente máxima (Imáx): Maior intensidade de corrente que pode ser conduzida em regime permanente sem que o
erro percentual e a elevação de temperatura admissíveis sejam ultrapassados.
3.4.4 distância de escoamento (fuga): Menor distância medida sobre a superfície de isolamento entre duas partes
condutoras.
3.4.5 distância de isolamento: Menor distância medida no ar entre duas partes condutoras.

3.4.6 erro absoluto: Diferença entre as quantidades de energia elétrica medida pelo medidor e a medida pelo medidor-
padrão ou determinada pelo método Potência x Tempo. Se a diferença é negativa, o medidor está atrasado, se é positiva, o
medidor está adiantado.
3.4.7 erro relativo: Relação entre o erro absoluto e a quantidade de energia elétrica medida pelo medidor-padrão ou
determinada pelo método Potência x Tempo.
3.4.8 erro percentual: Erro relativo do medidor multiplicado por 100.

3.4.9 erro percentual admissível:Maior erro percentual do medidor admitido nesta Norma.
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3.4.10 freqüência nominal: Freqüência para qual o medidor é projetado e que serve de referência para a realização dos
ensaios constantes desta Norma.
3.4.11 tensão nominal: Tensão para qual o medidor é projetado e que serve de referência para a realização dos ensaios
constantes desta Norma.
3.5 Grandezas de influência

3.5.1 condições de transporte e armazenamento:Condições que um medidor que não está operando deve suportar sem
danos e sem degradação de suas características físicas e metrológicas, quando colocado em funcionamento em suas
condições operacionais.
3.5.2 condições normais de serviço: Conjunto de faixas de medição especificadas para características do desempenho e
faixas operacionais especificadas para grandezas de influência, dentro das quais os erros do medidor e suas variações são
especificados e determinados.
3.5.3 condições de referência: Conjunto apropriado de grandezas de influência e de características de desempenho, com
valores de referência, suas tolerâncias e faixas de referência, em relação ao qual o erro intrínseco é especificado.
3.5.4 estabilidade térmica: Condição na qual a variação no erro como conseqüência dos efeitos térmicos for durante
20 min inferior a 0,1 vez o erro máximo admissível para a medição que está sendo considerada.
3.5.5 faixa de medição especificada: Conjunto de valores de uma grandeza medida para os quais o erro de um medidor
deve permanecer dentro de limites especificados.
3.5.6 faixa limite de operação: Condições extremas que um medidor em operação pode suportar sem danos e sem
degradação de suas características metrológicas quando subseqüentemente operado em suas condições de serviço.
3.5.7 faixa operacional especificada: Faixa de valores de uma única grandeza de influência que forma uma parte das
condições operacionais.
3.5.8 fator de distorção de uma onda: Razão entre o valor eficaz do resíduo (obtido subtraindo-se de uma onda
alternada, não-senoidal, o seu termo fundamental) e o valor eficaz da onda completa, expressa em percentagem.
3.5.9 grandeza de influência: Qualquer causa, geralmente externa ao medidor, que pode afetar seu desempenho.

3.5.10 interferência eletromagnética: Distúrbio eletromagnético irradiado ou conduzido que pode afetar funcional ou
metrologicamente o desempenho do medidor.
3.5.11 posição normal de serviço: A posição vertical obrigatoriamente deve ser definida pelo fabricante para operação
normal, podendo incluir outras que o fabricante indicar.
3.5.12 temperatura de referência: Temperatura ambiente especificada para as condições de referência.

3.5.13 coeficiente médio de temperatura: Razão entre a variação do erro percentual e a variação da temperatura que
produz aquela variação.
3.5.14 variação de erro devido a uma grandeza de influência: Diferença entre os erros percentuais do medidor quando
apenas uma grandeza de influência assume sucessivamente dois valores específicos, sendo um deles tomado como o
valor de referência.
3.6 Ensaios

3.6.1 ensaios de tipo: Série de ensaios que são realizados em um medidor ou em um pequeno número de medidores do
mesmo tipo que tenham características idênticas, para verificar se o respectivo modelo do medidor está de acordo com
todos os requisitos desta Norma para o índice de classe de medidores considerada.

3.7 Termos relacionados com o registro de grandezas


3.7.1 base de tempo: Fonte de referência para data e horário.

3.7.2 base de tempo primária: Sistema de tempo estabelecido pela fonte de alimentação da rede c.a..

3.7.3 base de tempo secundária: Sistema de tempo estabelecido por uma fonte alternativa, quando a fonte de
alimentação da rede c.a. não está disponível ou não é utilizada.
3.7.4 saída auxiliar: Dispositivo utilizado para permitir o gerenciamento e o controle de cargas.

3.7.5 indicação de posto tarifário: Forma de indicação usada para visualizar o Posto Tarifário Ativo.

3.7.6 informação temporal: Informação relacionada com a data e horário.

3.7.7 modo alternativo: Tipo de apresentação seqüencial de grandezas ativadas no mostrador, independentemente da
condição normal de funcionamento e de uso da concessionária que geralmente contém informações sobre constantes e
sobre diagnósticos.
3.7.8 modo normal: Tipo de apresentação seqüencial de grandezas do registrador onde geralmente são apresentados no
mostrador os dados de faturamento.

3.7.9 modo teste: Tipo de apresentação seqüencial de grandezas do registrador possíveis de serem apresentadas no
mostrador e que possibilita a verificação do perfeito funcionamento do equipamento.
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3.7.10 posto tarifário: Cada um dos períodos de tempo pré-programados nos quais são registrados e acumulados,
separadamente, os dados da energia consumida e/ou demanda de energia da instalação consumidora.
3.7.11 programa residente: Programa de controle do medidor, armazenado indelevelmente na memória somente de
leitura, o qual é considerado parte integrante do equipamento e não pode ser alterado no ambiente de operação normal.
3.7.12 registrador: Dispositivo localizado no interior do medidor, que compreende tanto a(s) memória(s) quanto o
mostrador utilizado para armazenar e apresentar informações e registros.
3.7.13 registrador eletrônico: Dispositivo integrante do medidor eletrônico de energia elétrica, destinado ao registro
eletrônico de grandezas para aplicação em tarifas de energia elétrica.
3.7.14 registrador de múltipla-tarifação: Registrador eletrônico que, para períodos de tempo pré-programados, acumula e
pode apresentar no mostrador a energia elétrica consumida, a demanda ou outras grandezas elétricas medidas ou
calculadas.
3.7.15 registrador de múlti pla-grandeza: Registrador eletrônico com capacidade de armazenar as grandezas medidas,
de acordo com intervalos de tempos programados, relacionados com data, horário e outros parâmetros programáveis.
Devem também realizar as funções de relógio, calendário e gerenciador de outras operações de acordo com os dados de
programação.
4 Classificação em modelos e grupos

4.1 Modelo

4.1.1 Termo utilizado para definir um projeto particular de medidor, por um mesmo fabricante, possuindo:

a) propriedades metrológicas similares;


b) mesma construção uniforme que determina estas propriedades;
c) mesma relação entre a corrente máxima e a corrente nominal.
4.1.2 O modelo de um medidor pode ter vários valores de corrente nominal e tensão nominal.

4.1.3 Medidores feitos por fabricantes distintos, ainda que tenham o mesmo projeto básico e apresentem características co-
muns, devem ter designação de modelo diferente.
4.2 Grupo

Medidores de um mesmo modelo são divididos em grupos, designados por letras ou números, ou por uma combinação de
letras e números, de acordo com as seguintes características:
a) corrente nominal;
b) tensão nominal;
c) freqüência nominal;
d) dimensões externas.
5 Características construtivas

5.1 Requisitos mecânicos gerais

5.1.1 Os medidores devem ser projetados e construídos de modo que evitem gerar qualquer perigo nas condições normais
de uso, de modo a assegurar especialmente a segurança pessoal contra choques elétricos e os efeitos de temperaturas
excessivas, a proteção contra a propagação de fogo, a proteção contra a penetração de objetos sólidos, poeira e água.
5.1.2 Todas as partes sujeitas à corrosão, em condições normais de serviço, devem ser eficientemente protegidas.
Qualquer revestimento protetor não deve ser passível de danos por manuseio normal nem de danos causados pela expo-
sição ao ar ambiente, sob condições normais de serviço. Os medidores devem ter condições de suportar a radiação solar
sem degradar significativamente os materiais.
5.2 Base

A base deve ser de construção rígida, não deve ter parafusos, rebites, ou dispositivos de fixação das partes internas do
medidor que possam ser retirados sem violação dos selos da tampa do medidor. A base deve ter dispositivo para sustentar
o medidor e um ou mais furos na parte inferior para sua fixação, localizados de modo a impedir a remoção do medidor sem
violação da tampa do bloco de terminais.
5.3 Tampa

A tampa deve ser construída e ajustada de modo a assegurar a operação satisfatória do medidor, mesmo em caso de
qualquer deformação não-permanente. Se a tampa não for transparente, um ou mais visores devem ser colocados para
leitura do mostrador e observação do indicador de operação. Estes visores devem ser de material transparente, os quais
não podem ser removidos sem danos à tampa e sem romper os selos. A tampa deve ser adaptada a base de modo a
impedir
normais adeentrada
serviço.de insetos e poeira, bem como impedir a introdução de corpos sem deixar vestígios, nas condições
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5.4 Bloco de terminais

O bloco de terminais deve ser feito de material isolante capaz de não apresentar deformações após o medidor ter sido
submetido ao ensaio de aquecimento com a corrente máxima. Deve ter tampa independente da tampa do medidor, estar
adaptado à base de modo a impedir a entrada de insetos, poeira, umidade e não permitir a fraude por introdução de corpos
estranhos. A sua fixação à base deve ser de forma que somente possa ser retirado com o rompimento dos selos da tampa
do medidor. A posição dos terminais do neutro deve ser identificada pela cor azul, na face frontal do bloco de terminais para
medidores polifásicos de ligação direta.
5.5 Terminais

5.5.1 Os terminais de corrente do medidor devem possuir dois parafusos de modo a garantir a fixação segura e permanente
de condutores de 4 mm2 a 35 mm2, para medidores monofásicos e de 4 mm2 a 50 mm2 para medidores polifásicos, para
uso até 120 A e de até 95 mm2 para medidores polifásicos para uso até 200 A, os quais devem ter capacidade para su-
portar a corrente máxima do medidor.
5.5.2 Os terminais de potencial dos medidores polifásicos para medição indireta, devem permitir a ligação segura e
permanente de um a três fios condutores de 2,5 mm 2. Os terminais de corrente dos medidores polifásicos para medição
indireta devem permitir a ligação segura e permanente de condutores numa faixa de, no mínimo, 2,5 mm2 a 16 mm2.
5.5.3 Os terminais não devem ser passíveis de deslocamentos para o interior do medidor, independente dos parafusos de
fixação dos cabos de ligação.
5.6 Terminal de terra

O terminal de terra, quando existir, destina-se ao aterramento de invólucros metálicos e deve ser eletricamente ligado às
partes metálicas externas acessíveis do medidor. Deve estar localizado adjacente a seu bloco de terminais, deve poder
acomodar um condutor que tenha uma seção transversal entre 6 mm2 e 16 mm2, preferencialmente equivalente aos
condutores principais de corrente. Depois da instalação, o cabo no terminal de terra deve ter uma fixação tal que não
permita o seu afrouxamento acidental.
5.7 Tampa do bloco de terminais

A tampa do bloco de terminais deve conter a inscrição LINHA-CARGA, gravada externamente de forma indelével. O
parafuso de fixação, quando existir, deve ser solidário à tampa. Deve ter dispositivo para lacração independente da tampa
do medidor.
5.8 Distâncias de isolamento e distâncias de escoamento

Os medidores devem possuir distâncias mínimas de isolamento e escoamento conforme especificado na tabela 1.
Tabela 1 - Distâncias de isolamento e de escoamento

Distâncias mínimas
Tensão entre fase e neutro (mm)
(V)
Isolamento Escoamento
Até 25 1 1
de 26 a 60 2 2
de 61 a 250 3 3
de 251 a 450 3 4
de 451 a 600 4 6

5.9 Dispositivo de lacração

Todo medidor deve ter dispositivos independentes para lacração da tampa do medidor, da tampa do bloco de terminais e
do dispositivo de reposição de demanda. Os diâmetros dos orifícios dos dispositivos de lacração não devem ser inferiores a
2,0 mm.
5.10 Mostrador de valores medidos
5.10.1 A informação pode ser apresentada por registrador eletrônico ou eletromecânico. No caso de mostrador único, deve
ser possível mostrar, ciclicamente, todos os registros relacionados com os dados de faturamento. Cada um dos registros,
deve ser apresentado com o seu respectivo código de identificação.
5.10.2 No caso de registradores eletromecânicos, os mesmos devem ser do tipo ciclométrico de cinco dígitos inteiros.
5.10.3 O registrador deve ser capaz de registrar e mostrar, partindo do zero, por um tempo mínimo de 1500 h, a energia
correspondente à máxima corrente numa tensão nominal e fator de potência unitário.
5.11 Dispositivo de saída para calibração
O medidor deve ter, no mínimo, um dispositivo de saída do tipo diodo emissor de luz infravermelho ou vermelho e/ou um
simulador de mancha de disco, acessível para calibração, capaz de ser monitorado com equipamento de calibração
apropriado. Este dispositivo pode estar incluso na porta óptica. O indicador de operação deve ser visível na parte frontal do
medidor.
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5.12 Dispositivo de saída auxiliar para usuário

O dispositivo de saída auxiliar para usuário deve ser do tipo saída serial com as características indicadas em 5.12.1. Outros
tipos de saída auxiliar para usuário ficam de comum acordo entre comprador e fornecedor.
5.12.1 Saída serial

Deve atender as seguintes condições:


a) deverá ser conforme uma das seguintes opções:
- composta a dois terminais, com +5 V sobreposto (incorporado);
- composta a dois terminais com coletor aberto com as seguintes características:

- configuração em coletor aberto;


- tensão máxima aplicável com contatos abertos: 30 Vc.c. ;
- corrente máxima com contatos abertos: 0,01 mA c.c. ;
- tensão máxima com contatos fechados: 0,8 Vc.c. ;
- corrente máxima com contatos fechados: 3 mA c.c..
b) no esquema de ligações deverá constar a simbologia SU - e SU+ (caso a saída serial seja a do tipo composta a dois
terminais, com +5 V sobreposto (incorporado)) ou SC- e SC+ (caso a saída serial seja a do tipo composta a dois
terminais, com coletor aberto);
c) comunicação assíncrona unidirecional;
d) caracteres: 1 start bit, 8 bits de dados, 1 stop bit;
e) tamanho do bloco: oito caracteres (80 bits);
f) caracteres do mesmo bloco enviados sem tempo entre eles;

g) tempo entre inícios de blocos consecutivos: 1 s cheio;


h) transmissão a 110 bauds + 3 %;
i) nível lógico " 1 " corresponde à saída desativada (corrente ≤ 100 µA);
j) dados binários, exceto quando indicado;
l) a cada fim de intervalo de demanda, o bloco correspondente a este momento deve ser enviado três vezes consecu-
tivamente,
m) repete os mesmos dados, uma vez a cada segundo cheio;
n) a capacidade mínima de corrente deverá ser de 10 mA com a saída ativada com 3 V.
5.13 Porta óptica

A porta óptica, deve ter características, forma e dimensões de uma das figuras 1 e 2 desta Norma.
5.13.1 A porta óptica tipo 1, descrita na figura 1, deve possuir as seguintes características :

a) acoplamento óptico (infravermelho) no próprio conector;


b) as características luminosas do foto emissor devem estar de acordo com a tabela 2;
c) as distâncias entre transmissor e receptor deve ser de 10 mm ± 1 mm;
d) o desvio máximo permitido entre os eixos ópticos do foto-emissor e do foto-receptor deve ser de 10°;
e) a transmissão deve ser assíncrona, bidirecional não simultânea, e uma taxa inicial de 9 600 bits/s podendo ser tam-
bém a 1 200 bits/s.
Tabela 2 - Característica do foto emissor da porta óptica tipo 1

Parâmetros Mín. Típico Máx. Unidade


Po - Potência de saída irradiada 0,5 1,5 - mW/Sr
p - Comprimento de onda 860 940 1020 nm
Largura da faixa de emissão - 40 160 nm
HI - Ângulo do feixe - Emissão - 50% - 15 - graus
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5.13.2 A porta óptica Tipo 2, descrita na figura 2, deve possuir as seguintes as características:
a) acoplamento óptico (infravermelho) no próprio conector;
b) as características luminosas do foto emissor devem estar de acordo com a tabela 3;
c) as distâncias máximas entre lentes deve ser de 6 mm;
d) o desvio máximo permitido entre os eixos do foto emissor e foto receptor deve ser de 10°;
e) a transmissão deve ser assíncrona, bidirecional não simultânea, a uma taxa de 9 600 bits/s.

Tabela 3 - Característica do foto emissor da porta óptica tipo 2

Parâmetros Mín. Típico Máx. Unidade


Po - Potência de saída irradiada 0,5 1,2 - mW/Sr
p - Comprimento de onda 915 940 975 nm
Largura da faixa de emissão - 50 75 nm
HI - Ângulo do feixe - Emissão - 50% - 15 - graus

5.14 Placa de identificação

Todo medidor deve ser provido de placa de identificação colocada de modo a ser facilmente visível com a tampa do
medidor no lugar, contendo, no mínimo, as seguintes informações no idioma português e marcadas de modo indelével:

- Nome ou marca do fabricante ( );


- Número de série ( );
- Ano de fabricação ( );
- Modelo ( );
- Freqüência e tensão ( xx Hz, xx V );
- Corrente nominal e máxima ( xx ( xx ) A );
- Número de fases ( x FASES );
- Número de elementos de medição (x ELEMENTOS ou EL);
- Número de fios ( n FIOS );
- Constante ( Kh x,x );
- Relação P/R ( P/R xx );
- Índice de classe ( );
- Portaria de aprovação de modelo (INMETRO _____/___);
- Esquema de ligações
- Espaço para identificação do usuário,
com dimensões mínimas de 10 mm x 50 mm.
NOTAS
1 Na placa de identificação deve constar um valor para tensão e corrente sendo que o valor para corrente máxima deve estar entre
parênteses. No caso de medidores com seleção automática de tensão, deverão constar os valores mínimos e máximos de tensão
admissíveis.
2 Caso não seja possível constar o esquema de ligações na placa de identificação, o mesmo deverá estar colocado em lugar de fácil
visualização quando da instalação do medidor.
Dimensões em milímetros

Figura 1 - Porta óptica tipo 1 - Conector magnético (vista frontal)


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Dimensões em milímetros

Figura 2 - Porta óptica tipo 2 - Conector rosqueado

6 Características específicas

6.1 Características elétricas

6.1.1 Tensões nominais

A tensão nominal dos medidores deve ser: 120 V; 240 V.


6.1.2 Corrente nominal e máxima

6.1.2.1 Nos medidores monofásicos a corrente nominal deve ser 15 A e a corrente máxima deve ser 100 A.

serNos
6.1.2.2
deve 120medidores polifásicos
A ou 200 A, para medição direta a corrente nominal deve ser de 15 A ou de 30 A e a corrente máxima
respectivamente.
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10 NBR 14519:2000

6.1.2.3 Para medidores polifásicos instalados com transformadores para instrumentos, a corrente nominal deve ser 2,5 A e
a corrente máxima deve ser de 10 A ou 20 A.
6.1.3 Freqüência nominal

O valor padronizado para a freqüência nominal é de 60 Hz.


6.1.4 Disposição dos terminais

A disposição dos terminais do medidor deve ser do tipo Linha-Carga.


6.1.5 Ligações internas

As ligações internas dos medidores devem estar de acordo com as figuras 3 a 8.

Figura 3 - Disposição dos terminais e esquema de ligações internas dos medidores de energia elétrica
monofásico a dois fios

Figura 4 - Disposição dos terminais e esquema de ligações internas dos medidores de energia elétrica
monofásico a três fios
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NOTA - A simbologia SU- e SU+ ou SC- e SC+, é somente válida para medidores com saída serial.

Figura 5 - Disposição dos terminais e esquema de ligações internas dos medidores de energia elétrica
polifásicos de dois elementos de medição, três fios, com neutro central, para medição direta

NOTA - A simbologia SU- e SU+ ou SC- e SC+, é somente válida para medidores com saída serial.

Figura 6 - Disposição dos terminais e esquema de ligações internas dos medidores de energia elétrica
polifásicos de dois elementos de medição, três fios, para medição indireta
Cópia não autorizada
12 NBR 14519:2000

NOTA - A simbologia SU- e SU+ ou SC- e SC+, é somente válida para medidores com saída serial.

Figura 7 - Disposição dos terminais e esquema de ligações internas dos medidores de energia elétrica
polifásicos de três elementos de medição, quatro fios, ligação estrela ou triângulo, para
medição direta

NOTA - A simbologia SU- e SU+ ou SC- e SC+, é somente válida para medidores com saída serial.

Figura 8 - Disposição dos terminais e esquema de ligações internas dos medidores de energia elétrica
polifásicos de três elementos de medição, quatro fios, ligação estrela ou triângulo, para
medição indireta
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6.1.6 Dimensões máximas

As dimensões máximas dos medidores devem estar de acordo com a figura 9.

A C

Dimensões em mm
A B C
Monofásico 140 190 120
Polifásico ligação direta 190 280 160
Polifásico ligação indireta 217 280 200

NOTA - Estas dimensões são válidas somente para medidor com conexão inferior (bottom-conected ). Estas medidas não se aplicam a medi-
dores tais como: Medidor para 200A, medidor para fronteira e cogeração subestação, pré-pagamento, medição com interfaceamento para
tele-leitura/controle de carga.

Figura 9 - Dimensões máximas

6.2 Condições climáticas

6.2.1 Faixa de temperatura


As faixas de temperatura a que o medidor poderá ser submetido devem estar de acordo com a tabela 4.
NOTA - O armazenamento e o transporte do medidor fora da faixa limite de operação e dentro da faixa limite para armazenamento e
transporte deve ser realizado por um período máximo de 60 h.

6.2.2 Umidade relativa

O medidor deverá atender aos requisitos de umidade relativa constantes na tabela 5.


Tabela 4 - Faixas de temperatura

Faixa operacional especificada - 10°C a + 55°C


Faixa limite de operação - 20°C a + 60°C
Faixa limite para armazenamento e transporte - 25°C a + 70°C
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14 NBR 14519:2000

Tabela 5 - Umidade relativa

Média anual < 80%


Para 30 dias, estando distribuídos de modo natural pelo período 95%
de um ano
Ocasionalmente nos outros dias 85%

7 Registradores

Esta seção fixa as condições mínimas exigíveis aplicáveis aos registradores eletrônicos de múltipla tarifação utilizados em
medidores de energia elétrica.

7.1 Características construtivas


7.1.1 Construção e manufatura

Os registradores para múltipla tarifação devem ser construídos de modo a se obter estabilidade de desempenho,
confiabilidade e precisão em condições normais de operação. Os registradores devem ser dotados de algum tipo de modo
teste.
7.1.2 Mostrador

7.1.2.1 Tipo de mostrador

O mostrador deve ser do tipo digital. Todas as informações apresentadas devem ser perfeitamente legíveis frontalmente.
7.1.2.2 Tamanhos dos dígitos

A altura dos dígitos das grandezas e códigos identificadores apresentados no mostrador, não deve ser inferior a 5,0 mm e
nem mais estreitos do que 3,00 mm, considerando-se o dígito de sete segmentos completo.
7.1.2.3 Quantidade de dígitos

Deverá ter seis dígitos no mostrador para apresentar adequadamente as grandezas e/ou pulsos. O ponto decimal da
grandeza demanda de energia elétrica apresentada no mostrador, deve ser programável para até três casas decimais.
7.1.2.4 Código identificador

Se no mostrador forem apresentadas seqüências de grandezas ou pulsos com informações diferentes, um código
identificador de no mínimo dois dígitos deverá ser criado para identificar individualmente cada uma delas; este código deve
ser apresentado à esquerda do mostrador visto de frente. A quantidade de caracteres deste código deverá ser adicionada
ao número de dígitos exigidos do mostrador especificado em 7.1.2.3. Estes códigos identificadores poderão ser
programáveis de acordo com as necessidades de cada aplicação ou fixos.
7.1.2.5 Tempo de apresentação das informações no mostrador

O tempo de apresentação de cada uma das informações deve ser de 6 s para cada informação.
7.1.3 Temporização

7.1.3.1 Base de tempo

A exatidão da base de tempo do relógio dos registradores de múltipla tarifação deve ser de no mínimo ± 0,003% (30 ppm)
em toda a faixa de temperatura de operação. Para os casos que o medidor possua como base primária a freqüência da
rede, a base de tempo secundária poderá ser de no máximo ± 0,02% (200 ppm).
7.1.3.2 Intervalos de comutação do posto tarifário

O início e o fim dos intervalos de chaveamento do posto tarifário ativado nos períodos de tarifação horosazonal devem
permitir a programação com um intervalo de pelo menos 60 min entre eles.
7.1.3.3 Intervalo de demanda

O intervalo de demanda deve ser programável, sendo que os valores típicos são 15 min, 30 min e 60 min. O intervalo de
demanda deve estar sincronizado para iniciar junto com a ativação do posto tarifário.
7.1.4 Falta de energia

Os registradores para múltipla tarifação devem ser capazes de manter o horário do relógio interno, o programa e as
informações registradas durante uma eventual falta de energia de, no mínimo, 120 h a 25°C ± 5°C e devem possuir rotina
de retorno automático ao modo de operação normal quando do restabelecimento da energia elétrica.
7.1.5 Segurança

Uma senha com código de segurança deve ser exigida para prevenir o acesso não autorizado aos registradores
programáveis, evitando mudanças não autorizadas no programa e no arquivo de informações registradas, quando não
houver dispositivo de selagem da porta óptica.
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8 Aprovação de modelo

8.1 A amostra deve ser constituída de três medidores do mesmo modelo e grupo, dos quais dois devem ser submetidos a
todos os ensaios relacionados na seção 9 e o terceiro deve ser para verificação das características construtivas relacionada
na seção 5.
8.2 Os medidores devem ser acompanhados de instruções detalhadas em português, fornecidas pelo fabricante contendo
esquemas de ligação, manuseio dos ajustes e qualquer outra informação relativa ao ajuste e calibração dos medidores em
circuitos trifásicos. Estas instruções devem também conter valores limites das tensões de calibração.
8.3 No recebimento da amostra, os medidores devem ser examinados quanto a defeitos ocasionados pelo transporte. Os
medidores defeituosos devem ser substituídos.
9 Ensaios

9.1 Generalidades

9.1.1 Os medidores da amostra devem ser submetidos aos seguintes ensaios, e, na ordem apresentada, de acordo com a
NBR 14520.
a) dielétrico;
- tensão de impulso;
- tensão aplicada;
b) ensaio da constante do medidor;
c) ensaio da corrente de partida;
d) marcha em vazio;
e) influência da temperatura ambiente;
f) influência da variação da corrente;
g) verificação do consumo de energia (perdas internas);
h) ensaio das grandezas de Influência;
i) influência da flutuação de tensão da fonte de alimentação;
j) influência da sobrecarga de curta duração;
k) influência do auto-aquecimento;
l) influência do aquecimento;
m) influência da variação brusca da tensão;
n) ensaio do início de operação do medidor;
o) ensaio de interferência da luminosidade na porta óptica;
p) influência da variação brusca de temperatura;
q) influência da variação lenta da tensão de alimentação;
r) verificação do controle das funções e grandezas;
s) ensaio do registrador;
t) verificação do tempo de autonomia;
u) verificação das saídas periféricas;
v) compatibilidade eletromagnética;
w) verificação dos requisitos climáticos;
x) verificação dos requisitos mecânicos.
9.1.2 Após a realização dos ensaios, os medidores da amostra não devem apresentar eventuais deformações, sinais de
oxidação, volatilização e condensação excessiva.
9.2 Dielétrico

9.2.1 Ensaio de tensão de impulso

Os medidores devem suportar uma tensão de impulso com forma de onda de 1,2/50 µs e valor de crista conforme a tabela
6 se o medidor for de classe de isolação I e conforme a tabela 7 se o medidor for de classe de isolação II, sem produzir
descargas disruptivas nem evidências de defeitos.
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Tabela 6 - Tensão de ensaio de impulso para medidores de classe de isolação I

Tensão (V) entre fase e neutro Tensão de pico (formato de onda 1,2/50 µs )
(kV)
Tensão < 50 0,8
50 < Tensão < 100 1,5
100 < Tensão < 150 2,5
150 < Tensão < 300 4
300 < Tensão < 600 6

Tabela 7 - Tensão de ensaio de impulso para medidores de classe de isolação II

Tensão (V) entre fase e neutro Tensão de pico (formato de onda 1,2/50 µs )
(kV)
Tensão < 50 1,5
50 < Tensão < 100 2,5
100 < Tensão < 150 4
150 < Tensão < 300 6
300 < Tensão < 600 8

9.2.2 Ensaio de tensão aplicada

Os medidores devem suportar uma tensão de 2 000 Vc.a. rms, não devendo ocorrer descarga disruptiva durante 60 s.
9.3 Ensaio da constante do medidor

O ensaio consiste em verificar se a relação entre a saída para teste (porta óptica) e a sinalização no mostrador está de
acordo com as indicações na placa de identificação.
9.4 Ensaio da corrente de partida

O medidor deve iniciar o registro e continuar a registrar a energia elétrica consumida ao aplicar-se a corrente apresentada
na tabela 8.
9.5 Marcha em vazio

O medidor não deve produzir mais do que um pulso, quando for submetido a 115% da tensão nominal, à freqüência no-
minal.
9.6 Influência da temperatura ambiente

9.6.1 A determinação do coeficiente médio de temperatura, para uma dada temperatura compreendida dentro da faixa de
0°C a 50°C, deve ser feita em uma faixa de temperatura de 20 K, 10 K acima e 10 K abaixo daquela temperatura, mas de
modo algum a temperatura poderá estar fora da faixa operacional especificada. Este ensaio deve ser realizado efetuando-
se primeiramente as leituras das temperaturas mais baixas.
9.6.2 O coeficiente médio da temperatura, de cada temperatura, não deve exceder os limites indicados na tabela 9.

9.7 Influência da variação da corrente

9.7.1 Quando o medidor está sob as condições de referência fornecidas na tabela 1 da NBR 14520, os erros percentuais
não devem exceder os limites para o índice de classe indicados nas tabelas 10 e 11.
9.7.2 Quando ensaiado em conformidade com a tabela 11, a corrente de ensaio deve ser aplicada a cada elemento em
seqüência.
Tabela 8 - Correntes de partida

Índice de classe do medidor Fator de


Correntes de partida
0,2 0,5 1,0 2,0 potência

Corrente nominal (% In) 0,5 0,5 0,5 0,5 1,0


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Tabela 9 - Coeficientes de temperatura

Coeficiente médio da temperatura (%/oC) para


Valor da corrente Fator de potência medidores de índice de classe
0,2 0,5 1,0 2,0
De 0,1 In a Imáx 1 0,02 0,04 0,05 0,10

De 0,2 In a Imáx 0,5 indutivo 0,04 0,05 0,07 0,15

NOTA - Os valores acima são referentes ao medidor de energia ativa. No caso de energia reativa os valores dos erros
devem ser multiplicados por 2.

Tabela 10 - Limites de erros percentuais (medidores monofásicos e polifásicos com cargas


equilibradas)

Limites de erros percentuais para medidores de índice de


Valor da Fator de potência
índice de classe:
corrente
0,2 0,5 1,0 2,0
0,05 In 1 ± 0,4 ± 1,0 ± 1,5 ± 2,5
0,1 In a Imáx 1 ± 0,2 ± 0,5 ± 1,0 ± 2,0
0,5 indutivo ± 0,5 ± 1,0 ± 1,5 ± 2,5
0,1 In
0,8 capacitivo ± 0,5 ± 1,0 ± 1,5 ± 2,5
0,5 indutivo ± 0,3 ± 0,6 ± 1,0 ± 2,0
0,2 In a Imáx 0,8 capacitivo ± 0,3 ± 0,6 ± 1,0 ± 2,0
NOTA - Os valores acima são referentes ao medidor de energia ativa. No caso de energia reativa os valores dos erros
devem ser multiplicados por 2.

Tabela 11 - Limites de erros percentuais (medidorespolifásicos sob carga monofásica porelemento,


elemento, mas com tensões polifásicas equilibradas aplicadas aos circuitos de tensão)

Limites de erros percentuais para medidores de


Fator de potência do índice de classe:
Valor da corrente
elemento energizado
0,2 0,5 1,0 2,0
De 0,1 In a Imáx 1 ± 0,3 ± 0,8 ± 2,0 ± 3,0
De 0,2 In a Imáx 0,5 indutivo ± 0,4 ± 1,0 ± 2,0 ± 3,0
NOTA - Os valores acima são referentes ao medidor de energia ativa. No caso de energia reativa os valores dos erros
devem ser multiplicados por 2.

9.7.3 A diferença entre o erro percentual quando o medidor está sujeito a uma carga monofásica e a uma carga polifásica
equilibrada em corrente nominal e fator de potência unitário, sob tensão trifásica não deve exceder 0,3%; 0,6%; 1,5% e
2,5% para medidores de índice de classe 0,2; 0,5; 1,0 e 2,0; respectivamente.
9.8 Verificação do consumo de energia (perdas internas)

9.8.1 Circuitos de potencial

O consumo total dos circuitos de potencial de um medidor eletrônico sob tensão nominal, freqüência nominal, na
temperatura de referência não deve exceder os valores dos itens 9.8.1.1 para o medidor monofásico ou 9.8.1.2 para o
medidor polifásico.
9.8.1.1 Para medidores monofásicos as perdas máximas totais no circuito de potencial deverão ser de 2,0 W e 10 VA para
todos os índices de classe ( 0,2 ; 0,5 , 1 e 2).
9.8.1.2 Para medidores polifásicos o consumo total por elemento deverá ser no máximo 2 W e 10 VA. No caso de
medidores em que a fonte de alimentação estiver ligada a uma única fase, o consumo máximo total deverá ser de 6 W e
15 VA para a tensão nominal. Isto é válido para todos os índices de classe ( 0,2; 0,5; 1 e 2).

9.8.2 Circuitos de corrente


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9.8.2.1 O consumo de cada um dos circuitos de corrente de um medidor submetido diretamente à corrente nominal, a
freqüência nominal na temperatura de referência não deve exceder os valores mostrados na tabela 12.
9.8.2.2 O consumo de cada um dos circuitos de corrente de um medidor conectado através de um transformador de
corrente não deve exceder ao valor especificado na tabela 12 com valor de corrente igual a corrente nominal, na
temperatura de referência e na freqüência nominal do medidor.
9.9 Ensaio das grandezas de influência

O erro percentual adicional, devido à variação das grandezas de influência, no que diz respeito às condições de referência
não deve exceder os limites para os índices de classe fornecidos na tabela 13.
Tabela 12 - Perdas em circuitos de corrente

Índice de classe
Medidores
0,2 0,5 1,0 2,0
Monofásico e Polifásico 0,5 0,8 1,0 1,5
(VA)

Tabela 13 - Grandezas de influência

Limites da variação em erro


Valor da Fator de percentual para medidores de
- índice de classe:
corrente potência
0,2 0,5 1,0 2,0

1) In 1,0 0,1 0,2 0,7 1,0


Variação da tensão ± 10%
In 0,5 Indutivo 0,2 0,4 1,0 1,5
In 1,0 0,1 0,2 0,8 1,3
Variação da freqüência ± 5%8)
In 0,5 Indutivo 0,1 0,2 1,0 1,5
Forma de onda:10% do terceiro
In 1,0 0,2 0,4 0,6 0,8
harmônico na corrente2) 9)
Seqüência de fase invertida8) 0,1 In 1,0 0,05 0,1 1,5 1,5
Desequilíbrio da tensão3) In 1,0 0,4 1,0 2,0 4,0
Componente c.c. (1/2 onda) no circuito de
0,5 Imáx 1,0 2,0 3,0 4,0 6,0
corrente c.a.4)
Indução magnética constante de srcem
In 1,0 2,0 3,0 3,0 6,0
externa5)
Indução magnética de srcem externa
In 1,0 1,0 1,5 2,0 3,0
0,5 mT6)
Campos eletromagnéticos de alta
In 1,0 1,0 2,0 2,0 3,0
freqüência (HF)5)
7)
Operação de um acessório 0,05 In 1,0 0,1 0,25 0,5 1,0
1)
Para as faixas de tensão de - 20% a - 10% e de + 10% a + 15%, os limites de variação em erros percentuais são três vezes
os valores fornecidos na tabela 13. Abaixo de 0,8 Vn, o erro do medidor pode variar entre + 10% e -100%.
2)
O fator de distorção da tensão deve ser menor do que 1%. A variação em erro percentual deve ser medida no deslocamento
de fase da corrente do terceiro harmônico mais desfavorável, comparado com a corrente fundamental.
3)
Medidores polifásicos devem medir e registrar dentro dos limites de variação em erro de percentagem mostrados na tabela
13 se uma ou duas fases da rede de três fases for interrompida. Este ensaio não se aplica aos medidores de energia reativa.
4)
Este ensaio não se aplica a medidores ligados por transformadores de instrumentos. Para a realização deste ensaio,
referenciar-se ao anexo A.
5)
As condições do ensaio estão especificadas na NBR 14520. Para a realização deste ensaio, referenciar-se ao anexo A da
NBR 14520:2000.
6)
A indução magnética de srcem externa de 0,5 mT produzida por uma corrente da mesma freqüência que aquela da tensão
aplicada ao medidor e nas condições mais desfavoráveis de fase e de direção não devem ocasionar uma variação no erro
percentual do medidor que excedam os valores mostrados na tabela 1 da NBR 14520, onde também são especificadas as
condições de ensaio. Para a realização deste ensaio, referenciar-se ao anexo A da NBR 14520:2000.
7)
Por exemplo, quando o solenóide de um registrador dupla tarifa, localizado dentro do medidor, é energizado intermiten-
temente.
8)
Este ensaio não deve se aplicar aos medidores de energia reativa.
9)
No caso de ser feito o ensaio em energia reativa (varh) os valores dos erros percentuais devem ser multiplicados por 2.
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9.10 Influência da flutuação da tensão da fonte de alimentação


Os valores de faixas de tensão são indicados na tabela 14.
9.11 Influência da sobrecarga de curta duração
O medidor deve suportar sobrecargas de curta duração conforme descrito em 9.11.1 e 9.11.2, devendo operar corretamente
após as sobrecargas, mantendo-se a variação do erro dentro dos limites indicados na tabela 15.
9.11.1 Medidor para ligação direta
O medidor deve ser capaz de suportar uma sobrecarga de curta duração de 30 vezes a corrente máxima por um período de
meio ciclo (0,008 s) na freqüência nominal.

9.11.2 Medidor para ligação indireta


O medidor deve ser capaz de suportar por 0,5 s uma corrente igual a 20 vezes a corrente máxima.
9.12 Influência do auto-aquecimento
A variação do erro devido ao auto-aquecimento não deve exceder os valores indicados na tabela 16.

Tabela 14 - Faixas de tensão

Faixa de tensão especificada De 0,9 Vn a 1,1 Vn


Faixa limite de operação De 0,8 Vn a 1,15 Vn
NOTA - O erro permitido, devido à variação na tensão, é dado na tabela 13.

Tabela 15 - Variações causadas por sobrecarga de curta duração

Limites de variação do erro percentual para medidores


Valor da Fator de de índice de classe
Medidores para
corrente potência
0,2 0,5 1,0 2,0
Ligação direta In 1 0,5 0,5 1,0 1,5
Ligação indireta In 1 0,5 0,5 0,5 1,0
NOTA - Os valores acima são referentes ao medidor de energia ativa. No caso de energia reativa os valores dos erros devem
ser multiplicados por 2.

Tabela 16 - Variações causadas pelo auto-aquecimento

Limites de variação do erro percentual para


Valor da corrente Fator de potência
medidores índice de classe
0,2 0,5 1,0 2,0
1,0
Imáx 0,2 0,5 0,7 1,0
0,5 indutivo 0,4 0,7 1,0 1,5
NOTA - Os valores acima são referentes ao medidor de energia ativa. No caso de energia reativa os valores dos erros devem
ser multiplicados por 2.

9.13 Influência do aquecimento


9.13.1 A temperatura, em qualquer ponto da superfície externa do medidor, não deve elevar-se mais de 25°C com a
temperatura ambiente a 40°C, com corrente máxima, 115% da tensão nominal e com FP=1,0.
9.13.2 O isolamento térmico dos materiais deve estar de acordo com o especificado na NBR 9894.
9.14 Influência da variação brusca da tensão
O medidor não deve apresentar alterações em suas características mecânicas e metrológicas quando submetido a
variações bruscas de tensão de 200% da tensão nominal durante 1 s.
9.15 Ensaio de início de operação do medidor
Cópia não autorizada
20 NBR 14519:2000

O medidor deve estar em condições de pleno funcionamento em no máximo 5 s após aplicada a tensão nominal aos
terminais do medidor. Entende-se por pleno funcionamento o instante que o medidor já está em condições de acumular
pulsos após ter sido energizado.
9.16 Ensaio de interferência da luminosidade na porta óptica

O ensaio consiste em verificar se a porta óptica de comunicação do medidor eletrônico, é sensível à luz ambiente, e se essa
interferência prejudica o pleno funcionamento do medidor, quando submetido às seguintes condições:
a) com o medidor não estando em comunicação;
b) com o medidor em comunicação com a leitora programadora.
9.17 Influência da variação brusca da temperatura

O ensaio consiste em verificar a influência da variação brusca da temperatura sobre os componentes que possam
influenciar no funcionamento correto do medidor.
9.18 Influência da variação lenta da tensão de alimentação

O ensaio consiste em verificar a influência da variação lenta da tensão de alimentação sobre o funcionamento normal do
medidor.
9.19 Verificação do controle das funções e grandezas

O ensaio consiste em verificar se o medidor possui funcionamento correto, sem nenhuma falha, nas condições de variação
de tensão e da temperatura conforme a tabela 4 da NBR 14520:2000.
9.20 Ensaio do registrador

O ensaio consiste em verificar se existem defeitos de fabricação e na montagem das diversas peças que compõem o re-
gistrador. Para registradores eletrônicos com display, o ensaio consiste em verificar se existem falhas de software ou de
emissão interna de pulsos que possam comprometer a indicação correta de pulsos ou grandezas condizentes com a
medição.
9.21 Verificação do tempo de autonomia

O ensaio consiste em verificar se o medidor apresenta funcionamento normal, sem alteração de conteúdo de seus registros
internos e da memória de massa .
9.22 Verificação das saídas periféricas

O ensaio consiste em verificar o perfeito funcionamento das seguintes saídas periféricas do medidor:
- Saída óptica para programação/leitura;
- Saída de dados para controle do usuário;
- Saída de dados para comunicação remota.
9.22.1 Ensaio da saída óptica para programação/leitura

O ensaio consiste em verificar se existe alguma irregularidade nos dados manipulados ou dificuldade de manuseio dos
equipamentos envolvidos quando da execução dos comandos pertinentes.
9.22.2 Ensaio da saída de dados para controle do usuário

O ensaio consiste em verificar se há divergência de informações entre aquelas obtidas através do display do medidor e as
que foram levantadas por instrumentos adequados.
9.22.3 Ensaio da saída de dados para comunicação remota

O ensaio consiste em verificar se há divergência entre os dados introduzidos quando das alterações no medidor e os dados
listados no relatório padronizado.
9.23 Compatibilidade eletromagnética (EMC)

9.23.1 Ensaios de suscetibilidade

O ensaio consiste em verificar se o equipamento resiste à suscetibilidade eletromagnética e em verificar se o medidor não
foi afetado pelas interferências a que foi submetido durante e após o ensaio.
9.23.1.1 Ensaio de imunidade à descarga eletrostática

O ensaio consiste em verificar a influência da aplicação da descarga eletrostática no funcionamento do medidor.


9.23.1.2 Ensaio de imunidade a campos eletromagnéticos de alta freqüência (AF)

O ensaio consiste em verificar a influência da aplicação do campo de alta freqüência (AF) no funcionamento do medidor.

9.23.1.3 Ensaio de imunidade a transitórios elétricos


Cópia não autorizada
NBR 14519:2000 21

O ensaio consiste em verificar a influência da aplicação de transitórios elétricos no funcionamento do medidor.


9.23.1.4 Ensaio de impulso combinado

O ensaio consiste em verificar a influência da aplicação de impulso combinado no funcionamento do medidor.


9.23.2 Ensaio de emissividade

O ensaio consiste em verificar se o equipamento não gera radiointerferência.


9.24 Verificação de requisitos climáticos

O objetivo é determinar deficiências ou degradações das características específicas dos materiais componentes do
medidor. Todas as partes sujeitas à corrosão sob condições normais de trabalho devem ser protegidas. O medidor deve
suportar as temperaturas que possam ocorrer em condições normais de uso. Para verificação dos principais requisitos
climáticos do medidor, devem ser realizados os seguintes ensaios:
a) calor seco;
b) frio;
c) cíclico, calor úmido;
d) radiação solar.
9.24.1 Ensaio de calor seco

Este ensaio tem como objetivo determinar sobre o medidor os efeitos resultantes do calor seco. As partes do medidor não
devem apresentar fissuras, rugosidade, escamas, descoloração, falhas ou deformações.
9.24.2 Ensaio de frio

Este ensaio tem como objetivo determinar sobre o medidor os efeitos resultantes do frio. As partes do medidor não devem
apresentar fissuras, rugosidade, escamas, descoloração, falhas ou deformações.
9.24.3 Ensaio cíclico, calor úmido

Este ensaiode
resultantes tem como
uma objetivoaodeterminar
exposição sobre
calor úmido. As opartes
medidor os efeitos
do medidor não(térmicos, químicos,fissuras,
devem apresentar elétricos,rugosidade,
mecânicosescamas,
e outros)
falhas ou deformações.
9.24.4 Ensaio de radiação solar

Este ensaio tem como objetivo determinar sobre o medidor os efeitos resultantes da exposição à radiação solar (térmicos,
mecânicos, químicos e outros). As partes do medidor não devem apresentar fissuras, rugosidade, escamas, descoloração,
falhas ou deformações.
9.25 Verificação de requisitos mecânicos

O objetivo é determinar deficiências ou degradações das características específicas dos materiais componentes do medidor
e de utilizar essas informações para garantir sua robustez, qualidade e segurança. Os materiais não devem contrariar as
normas ambientais de conservação. O medidor deve apresentar resistência mecânica adequada para suportar impactos,
vibrações, etc. em condições normais de uso. Para verificação dos principais requisitos mecânicos do medidor, devem ser
realizados os seguintes ensaios:
a) martelo de mola;
b) impacto;
c) vibrações;
d) resistência ao calor e ao fogo;
e) proteção contra a penetração de poeira e de água.
9.25.1 Ensaio do martelo de mola

Este ensaio tem como objetivo determinar a resistência mecânica das partes externas do medidor submetidas ao ensaio do
martelo de mola. As partes sob ensaio não devem apresentar danos que possam afetar o funcionamento do medidor e de
ser possível tocar as partes energizadas.
9.25.2 Ensaio de impacto

Este ensaio tem como objetivo determinar a resistência mecânica das partes externas do medidor submetidas a impactos.
As partes sob ensaio não devem apresentar rachaduras, quebras ou deformações que comprometam a sua função de
proteção, vedação e sustentação.
9.25.3 Ensaio de vibrações

Este ensaio tem como objetivo determinar a resistência mecânica das partes externas do medidor submetidas a vibrações.
As partes vedação
proteção, sob ensaio não devem apresentar rachaduras, quebras ou deformações que comprometam a sua função de
e sustentação.
Cópia não autorizada
22 NBR 14519:2000

9.25.4 Ensaio de resistência ao calor e ao fogo

Este ensaio tem como objetivo verificar característica de ignição e propagação do fogo, na base e no bloco de terminais. As
partes sob ensaio não devem permitir a ignição do fogo, quando em contato com um fio aquecido.
9.25.5 Ensaio contra a penetração de poeira e de água

Este ensaio tem como objetivo verificar a estanqueidade do medidor quando submetido aos ensaios de penetração de
poeira e de água. Qualquer ingresso de poeira ou de água deve ser apenas em uma quantidade que não prejudique a
operação do medidor e a sua resistência dielétrica. O medidor deverá apresentar como no mínimo grau de proteção
IPW 52 de acordo com a NBR 6146.
10 Aprovação e rejeição

O modelo deve ser considerado aprovado, somente se os medidores da amostra atenderem os requisitos desta Norma e
forem aprovados em todos os ensaios relacionados na seção 9.

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/ANEXO A
Cópia não autorizada
NBR 14519:2000 23

Anexo A (normativo)
Diagrama do circuito para o ensaio da influência da corrente contínua (c.c.)

NOTAS

1 A impedância de equilíbrio deve ser igual à impedância do equipamento sob ensaio para assegurar a precisão da medição.

2 A impedância de equilíbrio, mais convenientemente, poderia ser um medidor do mesmo tipo que o equipamento sob ensaio.

3 Os diodos retificadores devem ser do mesmo tipo.

4 Para melhorar a condição de equilíbrio, um resistor RB adicional pode ser introduzido em ambos trajetos. Seu valor deve ser de
aproximadamente dez vezes o valor da resistência do equipamento sob ensaio.

5 De acordo com a tabela 13, a influência do componente c.c. no circuito de corrente c.a. deve ser verificada em 0,5 Imáx. Para
alcançar esta condição de ensaio, a corrente c.a. Iref através do medidor padrão deve ser reduzida por um fator de 2 relativo ao
Imáx fornecido na placa de identificação do medidor (instrumento sob ensaio).

Figura A.1

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