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SITES DE ALTA PERFORMANCE

AULA 1

Profª Maria Carolina Bianchi de Avis Neves


CONVERSA INICIAL

Na nossa primeira aula, vamos entender a história do surgimento do


Search Engine Optimization (SEO), ou Otimização dos Mecanismos de Busca,
e do Google, principal mecanismo de busca, e principalmente começar a
entender o que são as otimizações dos mecanismos de busca e como fazer para
ter os algoritmos (uma sequência lógica e matemática de instruções que devem
ser seguidas).
Estes são como um passo a passo previamente programado, ou seja, são
um descritivo das atividades que devem ser executadas, em etapas, para que
um programa consiga trabalhar a nosso favor. O objetivo desta aula é dar a
devida importância às otimizações técnicas e de conteúdo de sites para que eles
tenham alta performance, bem como entender como o SEO pode influenciar
positivamente os resultados de estratégias integradas.
Pensando nisso, vamos entender o SEO de onde começou, na
revolucionária Web 2.0, que é um termo popularizado a partir de 2004 para
demonstrar que se trata de uma segunda geração de serviços de internet, com
todas as suas mudanças que são tão rotineiras, mas tornaram muito mais fácil a
vida dos internautas.
A Web 2.0 nos trouxe mudanças que hoje são fundamentais, como uma
navegação muito mais intuitiva e simples. Veremos todas as principais
mudanças no decorrer do tema e também entenderemos qual é o papel dos
mecanismos de busca para os usuários de internet, como o Google mudou o
mundo com sua história de fundação (afinal, hoje os internautas do mundo todo
estão acostumados a ter o Google como fonte de informação).
Veremos ainda que estamos tão acostumados com o Google que se algo
não existir por lá, significa que não existe fisicamente, e, por fim, entenderemos
o que é SEO e como suas otimizações poderão contribuir para seu site. Vamos
perceber, nesta aula inicial, que o Google, desde sua fundação, leva a sério a
questão de oferecer uma boa experiência aos usuários, e esse é o motivo pelo
qual ele ordena os resultados por relevância.
Funciona assim: o internauta faz uma busca, e, em questão de milésimos
de segundos, o Google faz uma leitura de todos os possíveis resultados e analisa
mais de 200 fatores para que os resultados mostrados ao internauta sejam
relevantes a ele. Por isso, quando pesquisamos algo no

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Google, os resultados logo nos dão a resposta do que estamos buscando, graças
a esse filtro feito pela empresa.
Logo que o Google foi criado, a otimização dos sites era contada por uma
espécie de votos, e a página que recebia mais votos aparecia primeiro para o
usuário que pesquisava aquela palavra-chave, e assim segue até hoje. Porém
hoje, conforme veremos nas próximas aulas, o Google tem mais de 200 fatores
que são analisados para definir quais resultados são mais relevantes. Veremos
quais são esses fatores no decorrer da disciplina e como adequar todas as
informações do site para que os fatores analisados sejam vistos com bons olhos
pelo buscador.
É indispensável saber como os buscadores, também chamados de
motores de busca (que são sistemas criados para que os internautas possam
fazer buscas de qualquer assunto) iniciaram suas atividades e suas preferências,
e, principalmente, entender como eles funcionam atualmente para poder tomar
decisões e saber como otimizar seu site. Os buscadores, como o Google,
atualizam suas preferências e seus algoritmos sempre, então é necessário que
o estudante de marketing tenha uma atualização constante em suas análises e
seus testes.
Bons estudos!

CONTEXTUALIZANDO

Você já se perguntou como o Google faz para identificar quais resultados


devem aparecer para mim quando faço uma pesquisa no buscador? Já se
perguntou quais os impactos comerciais que são sentidos quando se tem um site
no topo dos resultados do Google quando um usuário pesquisa determinada
palavra-chave?
Você sabia que existem diversas técnicas para conseguir ficar no topo das
buscas? E diversas técnicas para não ter seu site “escondido” nas páginas
seguintes? E o melhor: sabia que quando você consegue chegar ao topo dos
resultados, pode até pagar mais barato em suas campanhas de Google
Adwords, os famosos links patrocinados?
Adwords é uma ferramenta do Google específica para criar anúncios no
buscador. É quando você faz uma pesquisa no Google e do lado do resultado
está escrito “anúncio”. Uma coisa é fato: todos nós viramos reféns do Google.

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Seja para pesquisar uma receita, uma vaga de emprego, um endereço,
ou até mesmo um sintoma de doença (embora nunca deveríamos fazer isso,
pois o certo é consultar a um profissional).
Para tudo, recorremos ao mais famoso mecanismo de busca da internet,
por isso essa ação de pesquisar tudo ficou conhecida por “dar um Google”, e é
nisso que pensamos no momento em que precisamos saber alguma coisa, por
mais aleatória que seja: saber o que o Google tem a nos informar.
Estamos vivendo um cenário no qual muitas pessoas vivem conectadas,
seja por meio do computador, tablet ou smartphone. Depois da chegada da Web
2.0, não há restrição de idade, pois o uso da internet se tornou tão fácil e prático
que os pais dão celulares, computadores e tablets aos seus bebês para acalmá-
los com vídeos e desenhos coloridos que prendem a atenção e os deixam
vidrados, e os filhos e netos, por sua vez, já ensinaram os avós a usar a internet
a seu favor.
É importante perceber essa inclusão que a Internet 2.0 nos trouxe. A
Internet 1.0 é a internet na sua concepção, com um conteúdo estático, sem a
possibilidade de interação por parte dos usuários, que eram poucos na época.
Essa era foi marcada pelo início dos e-mails e sites, com certeza muito diferentes
do que estamos acostumados hoje, já que podemos contar com uma navegação
moderna e simples.
A Internet 1.0 foi uma revolução para todos aqueles que durante toda a
vida dependeram de correios, bibliotecas e telefones para trocar informações ou
consultar algo. E maior ainda foi a revolução da Internet 2.0, que trouxe muito
mais possibilidades de participação dos internautas, uma vez que foi quando a
internet se popularizou e muita gente pôde ter acesso a ela.
Como já dito anteriormente, o Google usa algoritmos para ordenar os
resultados por relevância, e estes são extremamente otimizados por passar por
atualizações constantes. Por isso, quando os usuários têm um tipo de
comportamento on-line, o Googlebot, nome dado à programação do algoritmo
mais famoso do Google, consegue identificar o site e o resultado que será mais
relevante a ele.
Isso é incrível, não é mesmo? Imagine só: se um usuário é vegano e
sempre navega na internet buscando receitas veganas, quando pesquisa, por
exemplo, “bolo de cenoura”, é bem provável que o algoritmo tenha feito uma

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varredura nos cookies de navegação e identificado que ele é vegano, por isso o
resultado deve ser de um bolo de cenoura vegano. Neste momento, você
provavelmente está pensando “nossa, é por isso que, quando pesquiso algo, o
Google já me mostra sempre o que tenho como preferência!”.
Outro fator que o algoritmo do Google usa para ordenar os resultados é a
geolocalização. Se um usuário que está em São Paulo pesquisar “padaria”, vai
ter um resultado, e se um que está em Santa Catarina pesquisar a mesma
palavra, terá outro resultado. Isso acontece porque o Google entende que o
usuário está pesquisando onde tem uma padaria nas imediações, ou até mesmo
buscando o telefone de uma.
Essa geolocalização é tão precisa que o Google consegue identificar até
mesmo em que bairro você está fazendo a busca, para te fornecer os melhores
resultados. Ou seja, se você estiver num bairro e pesquisar “padaria”, terá
resultados diferentes de uma pessoa que está em outro bairro e pesquisa a
mesma palavra.
Agora vamos pensar: como seria se o Google mostrasse todo tipo de
resultado quando fazemos uma pesquisa? Será que teríamos a paciência de
procurar um resultado relevante em meio a milhões de resultados irrelevantes?
Será que nossa experiência como usuários seria boa? É bem provável que não.
E como seria para os profissionais que usam SEO como técnica para
aumentar a performance do site? Será que o site teria bastante acessos? Ou
será que teria uma taxa de rejeição maior, pelo fato de aumentar os acessos
desqualificados, ou seja, de usuários que não comprariam seu produto ou não
se interessariam pelos seus conteúdos? Daria resultado ter o acesso de um
vegetariano num site de açougue? Isso é um acesso desqualificado: de um
usuário que não tem a ver com minha marca/empresa, que só aumentaria o
número de acessos, mas não traria benefícios ao meu site.
Por isso, é importante entendermos como funciona a inteligência do
Googlebot, e saber como podemos usar a revolucionária Internet 2.0 combinada
com estratégias de SEO para ter um site de alta performance, gerando,
consequentemente, mais lucratividade à empresa. No andamento da disciplina,
você aprenderá todas as técnicas e estratégias.

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TEMA 1 – A BASE DE TUDO, A INTERNET 2.0

De acordo com o site Significados (S.d.), Web 2.0 é um termo criado em


2004 pela empresa americana O’Reilly Media para denominar uma segunda
geração de comunidades e serviços oferecidos na internet, baseada em
aplicativos e redes sociais. O termo Web 2.0, ou Internet 2.0, refere-se à
mudança na forma como é percebida pelos usuários e desenvolvedores.
Essa revolução na internet aumentou a velocidade e a facilidade do uso
de aplicativos e sites, por isso foi percebido um grande aumento no conteúdo da
internet. A ideia da Web 2.0 é tornar o ambiente on-line muito mais dinâmico e
participativo para que os usuários contribuam com a produção de conteúdo.
Sabemos que hoje não há mais espaço para a comunicação de cima para
baixo, isto é, aquela em que os administradores de sites produzam um conteúdo
e não haja espaço para os usuários darem sua opinião, já que todos os usuários
de internet têm opiniões e posicionamentos formados sobre tudo.
Vivemos numa época menos padronizada e muito mais democrática, em
que podemos ter voz ativa, e isso também fez parte da revolução da Internet 2.0.
Embora alguns especialistas afirmem que a Web 2.0 é uma “jogada de
marketing”, todos nós sentimos os impactos positivos que a internet trouxe.

1.1 A televisão sobreviverá?

George Gilder (1994), em seu livro Life after television, traz afirmações
acerca dos benefícios da tecnologia, além de apostar que a televisão não irá
sobreviver, uma vez que não há espaço para competir com a internet.
Reforçando essa opinião, a Ooyala fez uma pesquisa que abrange o
primeiro trimestre de 2017, na qual foi constatado que nunca se assistiu a tanto
conteúdo nas plataformas mobile como agora. Durante os três primeiros meses
de 2017, 57% de todo o conteúdo em vídeo foi visto por meio de smartphones
(Rodrigues, 2017).
A maior parte das pessoas hoje em dia prefere assistir a conteúdos como
filmes e seriados por plataformas como Netflix e até mesmo YouTube, e essa foi
uma grande mudança trazida pela Web 2.0.

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1.2 A Web 2.0 e a programação

Segundo o Google (S.d):

Uma das mudanças mais importantes que chegou com a revolução da


Web 2.0 foi a programação. Começaram a desenvolver softwares e
ferramentas que são vendidos como serviços, pagos mensalmente e
não mais como pacotes. Além disso, a prioridade passou a ser tornar
a experiência do usuário mais agradável, com softwares mais ágeis e
interfaces fáceis de se adaptar.

É por isso que hoje amamos passar horas e horas na internet, graças a
essa revolução na programação que veio com a era 2.0 da internet. Não temos
mais espaço para layouts e interfaces que atrapalhem a navegabilidade e a
acessibilidade do usuário – basicamente, quanto mais simples e modular a
programação, melhor.

1.3 Wordpress

O Wordpress é uma ferramenta que usa os princípios da Internet 2.0, pois,


como vários outros softwares, é pensado e desenvolvido de modo que os
próprios usuários podem ajudar a torná-lo melhor, então vai se tornando melhor
conforme é usado. É aí que a democracia na web começa a aparecer.
Por exemplo: quando um usuário avalia uma notícia, ele ajuda o software
a saber qual notícia é melhor. Quando o usuário organiza uma informação por
meio de marcações, etiquetas ou pastas, ele ajuda o software a entregar
informações bem mais organizadas.
Segundo o site Repositório Aberto, “a web colaborativa aumentou
significativamente o conteúdo encontrado na internet, afinal permite que usuários
comuns, que até então não possuíam conhecimento necessário para publicar
algo na internet, publiquem e consumam informação o tempo todo, de todos os
lugares, de forma constante”.

1.4 O uso colaborativo

Uma dessas várias ferramentas de uso colaborativo é o próprio Google,


com sua funcionalidade Guides, ou Locais. Todos nós, usuários, podemos fazer
avaliações e dar nossas opiniões sobre um local. Quem usa o e-mail do Google,
Gmail, já foi impactado por uma notificação do Google ao tirar uma foto em um
restaurante, supermercado ou clínica, por exemplo.

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Na hora que o usuário captura uma foto ou grava um vídeo, o Google o
notifica para que ele colabore com o local, enviando as fotos que tirou. Isso é
ótimo para nós, usuários, porque, antes de irmos a algum local, temos a
oportunidade de pesquisar sobre ele, ver fotos e até mesmo o cardápio com
preços.
Com esse objetivo, a Web 2.0 revolucionou a maneira como usamos os
mecanismos de busca. Se quero saber, por exemplo, quais são os benefícios do
chá verde, pesquiso no Google, porém, para que eu tenha os resultados, alguém
precisa ter colaborado compartilhando esse conteúdo. A democracia que a Web
2.0 trouxe fez e faz toda a diferença em nosso cotidiano on-line.
Outro exemplo do conteúdo colaborativo que chegou com a Web 2.0 é a
própria Wikipédia, na qual os usuários podem pesquisar sobre um tema e fazer
edições e correções de seu conteúdo. A intenção é ter conteúdos on-line cada
vez mais enriquecidos de informações.
O Consumer-Generated Media (CGM) é o termo utilizado para descrever
o conteúdo que é criado e divulgado pelo próprio consumidor. É o ato de deixar
de ser apenas consumidor de conteúdo e passar a ser colaborador e produtor
dele. O importante é que esse usuário não precisa de grandes conhecimentos
técnicos sobre programação ou marketing, mas, sim, simplesmente expor sua
opinião por meio de comentários, fóruns, blogs, listas de discussão, grupos,
comunidades, sites (o usuário tem em muitos sites a opção de deixar
comentários com sua opinião), no YouTube, no Google e na Wikipédia, por
exemplo.
O jornalismo sentiu esse impacto da democracia on-line de os internautas
poderem sugerir edições e complementos aos textos. Antes, os usuários eram
apenas leitores dos conteúdos que os jornalistas escreviam, mas agora o
cidadão comum, sem sequer ser especialista em algum assunto, pode participar
da edição de uma matéria. Aí surgiu o chamado jornalismo participativo, que
mudou o formato de conteúdo somente produzido e abriu espaço para os
internautas contribuírem com suas opiniões.

1.5 O beta perpétuo

O chamado Beta Perpétuo é outro conceito que demonstra como a Web


2.0 interfere na programação. Esse termo significa que os programas não são

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mais lançados, mas, sim, melhorados, otimizados e corrigidos de uma forma
muito sutil.
O usuário só percebe as grandes mudanças. Além disso, ele participa das
mudanças dando sua opinião, reportando erros e aproveitando as atualizações
e melhorias. Antes da revolucionária Internet 2.0, quando um software precisava
ser atualizado, ele ficava fora do ar por horas e, quando voltava, os usuários
demoravam a se acostumar novamente com as mudanças.
Um exemplo disso é o lançamento do Windows XP, lançado em outubro
de 2001, que chegou com a interface (o desenho) totalmente modificada, o que
demandou certo tempo para as pessoas se acostumarem, já que o XP chegou
totalmente diferente do software anterior, que era o Windows 2000. Mas a
mudança na interface foi muito satisfatória ao longo do tempo, pois se tornou
muito mais intuitiva e autoexplicativa, ou seja, mais fácil de navegar.

1.6 Programas integrados

Na Web 2.0, os softwares funcionam pela internet, o que possibilita que


vários programas se integrem, formando uma grande plataforma. Por exemplo,
você cria uma conta em uma rede social e automaticamente sua lista de contatos
pode ser conectada de forma integral.
Já reparou que, quando você vai acessar algum site que peça cadastro,
você pode fazer login com seu e-mail ou Facebook? Isso acontece porque, com
a Web 2.0, os programas são abertos, ou seja, uma parte do programa pode ser
utilizada por outra pessoa para desenvolver um outro programa. Os arquivos são
trocados diretamente, e isso significa rapidez e comodidade ao usuário.

1.7 Vender e comprar pela internet

Será que tudo é mídia espontânea – ou seja, a exposição da sua marca


de forma espontânea, sem demonstrar ao internauta que aquilo é uma mídia?
Não.
Com a Web 2.0, surgiu uma nova forma de lucrar na internet, a chamada
long tail, ou cauda longa, termo criado por Chris Anderson (2006), em seu livro
“A Cauda Longa”, que demonstra que a segmentação é muito assertiva, ou seja,
se um internauta pesquisar “fotografia”, ele pode estar querendo ver fotos, fazer
cursos de fotografia, saber a história da fotografia ou diversas outras

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informações, enquanto o internauta que pesquisa “curso on-line de fotografia”
está querendo fazer um curso on-line de fotografia.
Essa segunda busca foi de uma palavra-chave de cauda longa, muito
mais segmentada do que a primeira. Uma loja virtual pode ter um catálogo muito
grande, com vários itens que não valeria a pena ter em uma loja física por vender
pouco ou porque custaria muito caro manter na prateleira.
Porém, é justamente por serem difíceis de encontrar em lojas físicas que
são extremamente valiosos para quem os busca e faz questão de tê-los. Por
isso, o modelo de vendas na Internet 2.0 é um sistema feito para que as pessoas
possam descobrir esses itens únicos do catálogo. É o motivo, por exemplo, de
informes como “pessoas que compraram este tênis também compraram [...]” ou
“pessoas que gostaram deste livro também gostam [...]”.
A venda de muitos itens que individualmente vendem pouco traz mais
retorno financeiro do que a venda de produtos que individualmente vendem
muito. Por isso, os usuários de internet são influenciados o tempo todo para que
comprem cada vez mais. Outra forma de monetização na dita “nova internet” são
os softwares como serviços, os programas que são pagos mensalmente – você
não compra a propriedade deles, mas paga como um aluguel.
Além dessas duas formas, existe também a venda de conteúdos, como,
por exemplo, fotos aéreas que são usadas pelo Google Maps, além de, claro, a
venda de espaço de publicidade, em que o anunciante só paga se o usuário
clicar no anúncio.

1.8 O marketing e a publicidade

O marketing e a publicidade também passaram por transformações com


a Web 2.0. Agora não basta comunicar, é preciso interagir. A publicidade deixou
de ser uma via de mão única, na qual era disparado um conteúdo e por ali ficava.
Hoje, a realidade é diferente: a publicidade se tornou um canal de
relacionamento entre as empresas e seus clientes, ou futuros cientes, afinal, a
internet é feita de pessoas. Isso inclui o chamado marketing de performance, que
é a forma de fazer marketing digital em que a marca só paga pelos resultados
que recebe, geralmente pagando um valor por clique ou a cada mil cliques.
Estar on-line só para não estar fora da internet já não serve, é preciso que
toda ação feita seja interessante do ponto de vista do Retorno Sobre o
Investimento (ROI). Ou seja, tudo que foi investido em internet precisa ser
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revertido em resultados, assim como em qualquer outra mídia. A grande
revolução que a Web 2.0 trouxe para o marketing foi, sem dúvida, a empresa
pagar pelo resultado.
Isso é uma garantia de que seu investimento está sendo bem aproveitado
e otimizado. Essas ações tornaram a experiência das marcas muito mais
interessantes, por isso temos tantas empresas on-line, apostando em ações de
marketing digital.
A Web 2.0 também foi responsável pelo surgimento de ações cross-
media, que são ações com mídias integradas, ou seja, uma marca que usa várias
mídias para levar o consumidor ao fim do ciclo, a compra. O termo significa,
literalmente, o cruzamento de mídias, e isso quer dizer que essa campanha usa
diversos canais de comunicação integrados, como televisão, rádio, revista, jornal
impresso, além de redes sociais e site.
Não basta ter inserção em várias mídias para a campanha ser cross-
media, é preciso passar a mesma mensagem de uma mídia complementar a
outra, de modo que estimule o cliente a procurar a marca em outra mídia para
que ele interaja com a campanha. Por exemplo: um anúncio em rádio que
incentiva o cliente a entrar numa rede social, e da rede social ele é levado ao
site e finaliza a compra.

1.9 Nuvem

Uma das coisas que mais utilizamos hoje foi criada com a Web 2.0: a
computação na nuvem. É uma tendência levar os usuários e sistemas
operacionais a um armazenamento on-line, dispensando qualquer uso de
dispositivos físicos de armazenamento, como o HD externo.
A ideia de deixar seus arquivos armazenados “na nuvem” tem o objetivo
de disponibilizar seus dados/arquivos a qualquer hora em qualquer lugar (que
tenha acesso à internet, claro). Seu conteúdo ficou completamente portátil.
Basicamente, a computação na nuvem permite que você tenha todos os
seus arquivos, como fotos e documentos, digitalizados, arquivados em um
armazenamento on-line que você pode acessar por meio de login e senha, e isso
significa que não é mais necessário o uso dos armazenamentos externos físicos
(como o tão famoso pen-drive).
Ter seus arquivos na nuvem garante muito mais segurança, afinal, quem
nunca teve um computador com alguma peça queimada e ficou sem suas fotos?
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Quem nunca teve problema no celular e perdeu tudo? Com seus arquivos na
nuvem, você só perde caso apague os conteúdos ou perca a sua senha, o que
é muito menos provável de acontecer do que ter arquivos guardados em
armazenamentos físicos.

1.10 Jogada de marketing?

Muitos críticos, desenvolvedores e especialistas de áreas da


programação e afins discordam das ideias que trazem a Web 2.0, acreditando
que seja um termo muito extenso, vago e abrangente. Eles consideram que não
existe uma segunda geração de aplicativos web e softwares, mas, sim, uma
evolução natural guiada pelas experiências do usuário na internet. Para eles, o
termo Web 2.0 é uma simples jogada de marketing, criada por empresas e
profissionais interessados em uma nova onda de investimentos e negócios.
É importante avaliar que, seja por meio da Web 2.0 ou da própria evolução
humana e tecnológica, todos podemos sentir os impactos da modernização dos
serviços on-line. Depois que a internet ficou acessível a mais pessoas, tornou a
vida dos usuários muito mais ágil e fácil. Veremos, ao longo da disciplina, várias
ações que foram criadas após a revolução da Web 2.0.

TEMA 2 – O PAPEL DOS MECANISMOS DE BUSCA

Os mecanismos ou sites de busca são conhecidos no Brasil e no mundo


por serem a solução dos problemas de muita gente. Quem nunca teve uma dor
em alguma parte do corpo e correu pesquisar no Google? E se alguém te
convidar para ir a uma pizzaria, onde você procura o endereço dela?
Nós, usuários, somos viciados nos mecanismos de busca. Eles são
basicamente ferramentas complexas presentes na internet que têm como
objetivo fornecer informações aos internautas, armazenar informações diversas,
como texto, imagens, vídeos, produtos, notícias, propagandas e várias outras
informações.
Todas essas informações são armazenadas na rede mundial, o famoso
“www”. Quando o usuário busca uma informação, é impactado por um leque de
opções, uma espécie de catálogo com informações.
Os motores de busca são sites utilizados para buscar informações de
outros sites, e, em geral, buscam informações em toda a internet sobre o assunto

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que o usuário está buscando, mostrando os resultados a ele de forma muito
organizada e rápida.
É aí que entra o que nos importa. Como eu, gestor de um site, consigo
passar a mensagem aos mecanismos de busca de que meu site é relevante ao
ponto de ficar nos primeiros resultados quando algum usuário pesquisa alguma
palavra-chave que identifique meu negócio? Será que as redes sociais também
se tornaram mecanismos de busca?
O mais conhecido dos mecanismos de busca com certeza é o Google,
mas existem vários outros: Bing, Yahoo!, Lycos, Cadê, e o mais recente,
Amazon.com, com seu mecanismo de busca A9, porém ainda inativo. Por mais
novo que isso seja, as redes sociais também passaram a ser mecanismos de
busca.
O Facebook, o Instagram, o Linkedin e várias outras redes sociais
precisam de técnicas de SEO para que seu perfil ou página se torne relevante
para ser sempre resultado de alguma pesquisa feita pelos usuários. Veremos
como otimizar as redes sociais em seguida.
Os mecanismos de busca são comandados por um conjunto de web
crawlers, ou seja, robôs, que, automaticamente, vasculham toda a internet em
busca dos resultados que o usuário está buscando. Eles podem, inclusive,
vasculhar os diretórios internos de um site, e é importante saber disso porque a
otimização dos mecanismos de busca, o SEO, abrange não só o conteúdo, mas
também a experiência do usuário e a parte de programação do site.
Os motores de busca são mantidos algoritmicamente, e, para
conseguirmos deixar nosso site no topo dos resultados, precisamos entender
como funcionam esses algoritmos. Existem vários tipos de buscadores:

 Buscadores globais: são buscadores que pesquisam e vasculham todos


os documentos e as informações na rede, e a apresentação dos
resultados é aleatória. Exemplo: Google e Bing.
 Buscadores verticais: são as variações de buscas que os motores de
busca oferecem, como imagens, vídeos, notícias, entre outras. Ou seja,
além de todos os resultados contidos na busca do Google, por exemplo,
ele ainda oferece opções de conteúdos na guia vertical.
 Guias locais: buscadores locais ou regionais. As informações mostradas
são endereços de empresas e locais específicos. Por exemplo: Google
Meu Negócio, GuiaMais, AcheCerto, EuAcheiFacil, ListaMais, entre
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outras. Lembra das listas telefônicas? São ferramentas parecidas com
elas, porém modernizadas e on-line.
 Buscadores locais: são buscadores de abrangência nacional que
utilizam geolocalização ou Código de Endereçamento Postal (CEP)
para ordenar os resultados de empresas ou serviços que estejam
próximo do endereço do usuário. Quando ele pesquisa “restaurantes”
em um bairro da cidade, os resultados são restaurantes que estão
próximo dele, ou seja, se ele pesquisar a mesma palavra-chave em
outro bairro da cidade, os resultados serão outros. Essa geolocalização
é ativada automaticamente, não depende do Global Positioning System
(GPS), como muitas pessoas pensam.
 Diretórios de sites: são índices de sites próprios. Basicamente, são as
buscas feitas por meio de uma palavra ou produto dentro de um site, e
servem para permitir que o usuário encontre rapidamente o que ele
deseja, buscando por categorias e subcategorias, e não por palavras-
chave. Os diretórios geralmente têm uma busca interna, para que o
usuário não saia do seu site ao buscar alguma informação. Por exemplo:
o usuário entra no site da Dafiti e faz uma busca por “botas de couro”; o
resultado será somente das botas de couro que existem dentro do site da
Dafiti, e não de toda a web, que abrangeria resultados de outros sites.

2.1 Google Search Console

Mas como os mecanismos de busca encontram meu site? Se eu abrir um


site hoje e um usuário pesquisar minha palavra-chave hoje, meu site vai aparecer
como resultado? Os profissionais da web, ou programadores, precisam fazer
uma espécie de cadastro do seu site em uma ferramenta do Google chamada
Google Search Console.
Veremos mais detalhes ao longo da disciplina, mas vale saber que essa
ferramenta serve para “avisar” o Google que agora ele também precisa indexar
as informações do seu site. Não existe um sistema de atualização automática
dos dados e informações presentes na internet com a agilidade necessária.
O Google Search Console, antigamente chamado de Webmaster Tools, é
uma ferramenta gratuita frequentemente esquecida pelos profissionais de
marketing, seja por falta de conhecimento ou por não saberem sua real

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importância. De qualquer forma, é importante saber de algumas funcionalidades
do Search Console:

 Serve como canal de comunicação entre o administrador do site e o


Google. Se o Google identifica alguma movimentação incomum no site,
como um volume repentino de tráfego, ele te avisa por lá. São avisados
até mesmo atualizações de alguma tecnologia ou erro em alguma página.
 Serve para corrigir erros de programação. Na aba otimização, existe
um item chamado melhorias no HTML, e é onde o Google mostra
correções ou complementos a serem feitos na estrutura do site, como
title, metadescription e Uniform Resource Locator (URL) – veremos
como otimizar esses itens ao longo da disciplina. Ou seja, se você
estiver com algum conteúdo ausente ou duplicado nas configurações
de uma página do seu site, o Search Console te avisará.
 O desenvolvedor do seu site deve enviar um arquivo de sitemap para o
Search Console, que serve para o Google entender todos os conteúdos
existentes no seu site e garante que todas as páginas tenham o conteúdo
indexado (lido) pelo buscador.
 Há uma aba chamada tráfego e um item chamado links para seu site que
mostra quais sites estão direcionando os usuários para seu site. Isso é
muito importante, afinal, ninguém melhor que o Google para saber por
onde o usuário passou antes de chegar ali.
 Serve para descobrir novos termos de busca, ou seja, se você tem um
site que vende móveis planejados, identifica que o termo ambientes
planejados está sendo usado para encontrar seu site, e, por isso, você
pode começar a utilizar mais a palavra-chave para atrair ainda mais
tráfego.

Utilizar o Search Console é fundamental para ter sucesso na otimização


de sites para os mecanismos de busca.

2.2 E como funciona um motor de busca?

Um motor de busca funciona assim:

1. O usuário faz a busca;


2. O crawler percorre os links;

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3. As páginas que estão indexadas (ou seja, que estão sendo lidas pelo
Google, fazendo parte da base de dados do buscador) são o resultado da
pesquisa;
4. A busca está na página do usuário.

O conteúdo de cada página é analisado para determinar qual resultado


deve estar em primeiro lugar sob a busca de determinada palavra-chave,
ordenando, assim, os resultados por relevância. Os conteúdos que estão em
campos especiais (títulos, subtítulos, cabeçalhos, descrição, meta-descrição,
negritos e tags1) são dados usados para classificar conteúdos ou páginas, e as
tags servem justamente como uma etiqueta para organizar todo o conteúdo. No
decorrer da disciplina, você aprenderá a otimizar os conteúdos em campos
especiais.
Quando o usuário faz a pesquisa de uma palavra-chave, o Google
armazena os dados das páginas que foram exibidas como resultado para usar
como lembrança em buscas futuras, ou seja, ele armazena os dados das
páginas, e o nome disso é cache de navegação. Por isso, quando você pesquisa
no Google, por exemplo, os benefícios do chá verde, e ele te deu como primeiro
resultado o site bem-estar.com, se você pesquisar outro conteúdo que o site
contenha, ele terá preferência no ranking de resultados.
Justamente por isso, a maioria dos usuários on-line tem um site favorito
para cada tipo de assunto que busca na internet. Além disso, o cache de
navegação serve para ajudar com a largura de banda, ou seja, poupar seu
navegador (Google Chrome, Mozilla, Internet Explorer, Safari) de um
carregamento a mais, pois já tem uma versão daquele conteúdo em cache, ou
seja, em memória.

2.3 Robots.txt

E se eu tiver uma informação no meu site que eu não queira que os


mecanismos de busca encontrem? Por exemplo: tenho no meu site um menu
que serve para os colaboradores acessarem seus e-mails, e não preciso que as
palavras-chave contidas nele sejam indexadas nos mecanismos de busca. Para
isso, existe uma ferramenta que um programador pode instalar chamad
robots.txt.

1 Tag significa “etiqueta” em inglês, e também é conhecida como metadado.


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É importante lembrar que o profissional de marketing não tem o
conhecimento técnico de programação que é necessário para a configuração do
robots.txt, e seu papel é fundamental no momento de identificar as páginas que
não precisam ter o conteúdo indexado pelo Google e no momento de solicitar a
instalação ao programador. O robots.txt serve para que o conteúdo daquela
determinada página não seja analisado pelos robôs dos mecanismos de busca.

2.4 Busca aproximada

Quando um usuário faz uma busca digitando palavras-chave ou usando


sua voz, o que é a tendência, o sistema busca o que ele procurou, mas uma
funcionalidade bem avançada é a busca aproximada, que permite definir a
distância entre as palavras-chave. Por exemplo: se você pesquisar thay muai, o
Google entende que você errou a digitação e se confundiu, então ele te dá os
resultados da maneira correta.

2.5 Resultado orgânico/pago

Existem milhões de páginas que têm o mesmo conteúdo, usam as


mesmas palavras-chave e mesmo assim algum site pode ser mais relevante ou
popular que outro. A maioria dos sistemas de busca usa métodos para criar um
ranking de resultados para entregar ao usuário o melhor resultado primeiro, e
determina toda a ordem dos resultados. Os métodos utilizados mudam ao longo
do tempo, e, assim como tudo na internet muda o tempo todo, as técnicas
evoluem e são modernizadas.
Claro que existe a possibilidade de os donos de um site pagarem
publicidade para que os mecanismos de busca o deixem como primeiro resultado
nas buscas dos usuários. Inclusive é possível até escolher ficar primeiro que seu
concorrente, por exemplo. Essas iniciativas comerciais são o contrário do
ranking por qualidade e relevância, por isso o conteúdo divide-se entre: resultado
orgânico e resultado pago.
O resultado orgânico, ou seja, a estratégia gratuita, que é justamente a
otimização para os mecanismos de busca, são os resultados de sites que
aparecem quando o usuário faz alguma busca no Google ou outro buscador. O
resultado pago é quando, na frente do site que aparece como resultado, existe
um ícone escrito “anúncio”. Esse tipo de anúncio, que serve para ficar nos

17
primeiros resultados do Google, é feito por meio de uma ferramenta do Google
chamada Adwords.
O dono do site insere um crédito pré-pago, ou faz o pagamento via cartão
de crédito, arcando com um valor por cada usuário que clica no anúncio para
visitar o site, e o preço do clique (o chamado Custo por Clique – CPC) varia muito
das palavras-chave escolhidas.
Por exemplo, a palavra-chave “desentupidora em São Paulo” custa em
torno de R$ 70,00 por clique, pois é uma palavra muito concorrida e com alto
índice de conversão. Já palavras-chave com nome próprio de uma empresa, por
exemplo, tendem a custar centavos. Os anúncios em Adwords são feitos em
formato de leilão.
A dúvida é: será que o SEO influencia no resultado pago? A resposta é
sim. Quando o dono do site paga um valor por clique, muitas coisas são
analisadas: pagerank (uma nota que o Google dá para as otimizações do site),
concorrência da palavra-chave e valor do lance são os principais.
O Google define se o preço do clique vai custar R$ 0,01 ou R$ 10,00
analisando esses fatores. Isso significa que, para pagar pouco no clique, o site
precisa ter um bom pagerank, ou seja, ser otimizado com técnicas de SEO, usar
uma palavra-chave que não é muito concorrida e dar um alto lance na campanha.
Resumindo: se o site não for otimizado, com R$ 100,00 você pode
impactar 100 pessoas, porém, se for otimizado, com os mesmos R$ 100,00 você
pode impactar 1.000 pessoas. Assim, o SEO é importante até mesmo para os
chamados links patrocinados, pois otimiza até mesmo a verba.

18
2.6 Possibilidades de resultados

São diversas as possibilidades para o usuário fazer suas pesquisas no


maior mecanismo de busca da internet atual, o Google. Vamos supor que esse
usuário esteja procurando uma academia na cidade de Curitiba. Vejamos quais
as possibilidades:

 Web: ao pesquisar a palavra-chave “academia em Curitiba”, o primeiro


resultado aparece na aba web. Ali há informações, primeiro, de links
patrocinados, ou mídia paga, que são os anúncios feitos pelo Google
Adwords. A empresa compra o espaço de publicidade para estar em
primeiro resultado. Logo abaixo, existem resultados que contêm nome da
empresa, endereço, telefone, site, rotas e horário de funcionamento. Isso
se dá por uma ferramenta do Google chamada Google My Business
(veremos em breve como utilizá-la). Esses resultados são ativados
conforme seus caches de navegação e também sua geolocalização. Logo
abaixo, vem o resultado da busca orgânica, ou seja, aquilo que os robôs
do Google acharam que são conteúdos mais relevantes para o usuário.
 Maps: se clicarmos em “maps” no guia vertical, os resultados serão única
e exclusivamente para mostrar endereços e localizações ao usuário.
Imediatamente, o Google analisa sua localização e ordena os resultados
das academias mais próximas. Para estar aqui, é muito importante
cadastrar sua empresa no Google My Business.
 Imagens: já aconteceu de você pesquisar uma palavra-chave e, quando
clicar em “imagens”, o Google te mostrar imagens que não têm nada a ver
com a palavra pesquisada? Isso acontece porque ele simplesmente não
tem como adivinhar qual imagem está sendo mostrada. Imagine que você
tirou a foto de um morango, mas o nome da imagem em seu celular está
como “laranja”, e você manda essa foto para seu site. O Google vai
entender que a foto é de uma laranja, e a mostrará para usuários que
pesquisarem essa palavra-chave. Para estar aqui, é preciso renomear
todas as imagens antes de fazer upload no seu site ou rede social.
Veremos essa técnica.
 Notícias: uma aba do Google que serve só para ordenar resultados de
notícias. Demais, né? Para os amantes da informação, essa aba é muito

19
utilizada. Para estar aqui, seu site precisa ter configurações de site de
notícias.
 Mais: aqui o usuário consegue ver mais informações, como vídeos, livros,
voos e finanças.
 Configurações: um mundo de opções que o usuário pode escolher para
encontrar um resultado que se espera. Pode-se, por exemplo, escolher a
localização dos resultados, idiomas, e até usar o histórico de pesquisas
anteriores.
 Ferramentas: mais um mundo de opções disponíveis para o usuário
encontrar o que pesquisa. Ele pode buscar um conteúdo só em português,
ou só conteúdos que estejam dentro de um blog, ou então pode escolher
o horário no qual o conteúdo foi publicado e também a data. Muito usado
para quando o usuário tem uma pesquisa muito específica, como, por
exemplo, querer saber quais sites publicaram uma matéria sobre um
acidente que aconteceu nas últimas duas horas. Pimba: resultado
segmentado para uma pesquisa segmentada.

Podemos entender que os mecanismos de busca têm um papel


fundamental no cotidiano da web, afinal, nós, usuários de internet, recorremos a
eles o tempo todo. Por enquanto, os mecanismos de busca têm cumprido muito
bem seu papel de entregar informações, e informações muito completas.

TEMA 3 – COMO O GOOGLE MUDOU O MUNDO?

Segundo Renê Fraga, criador do maior blog independente sobre o Google


no Brasil, o Google Discovery, o Google começou em 1996 com o projeto
BackRub, que direcionava os internautas a um mecanismo de pesquisas. O
projeto foi um motor de busca com 75 milhões de páginas indexadas, e logo se
transformaria em Google.
Naquela época, o líder do projeto BackRub queria mostrar ao mundo que
mecanismos de busca poderiam ser muito relevantes aos usuários. Mas o
BackRub não só encontrava resultados em um banco de informações, ele era
bem mais complexo do que seus concorrentes. O sistema apresentava
algoritmos que contavam os backlinks (links que outros sites incluem em seus
posts, indicando o seu site) como votos, ou seja, quanto mais links direcionados
a um site, mais destaque ele ganhava nos resultados de pesquisas.

20
Talvez por isso até hoje a estratégia de backlinks seja uma das mais
relevantes para SEO. Sabe quando você está navegando por um conteúdo de
um site e, em determinado momento, consta um link dizendo, por exemplo,
“neste site, você pode ver mais produtos desse segmento”, e, quando você clica
neste link, é levado a um site diferente? Pois é, esse site diferente ganha muitos
pontos positivos com o Google, pois ele entende que, se tem recomendação, é
porque o site é bom.
Isso é a estratégia de backlinks. Quanto mais backlinks seu site receber,
melhor, mas cuidado! O Google percebe se essa indicação for feita de uma
maneira forjada, então consiga backlinks de maneira espontânea.
Em determinado momento, o BackRub começou a indexar informações
de sites externos, cerca de 75 milhões de páginas, e mantinha em sua base de
dados cerca de 30 milhões de páginas HTML em cache. Existem relatos de que
a BackRub sobrecarregou tanto a conexão de Stanford que deixou os estudantes
da universidade sem acesso à internet. Imagine esse efeito com a internet
disponível em 1996? A Figura 1 mostra essa primeira versão do Google:

Figura 1 – Primeira versão do Google

Fonte: Fraga, 2010.

O Google entra na história da internet mundial como um erro, acredita?


Calma, estou me referindo ao nome Google. Em 1997, com o BackRub sendo
um verdadeiro sucesso, o criador da plataforma convidou estudantes para uma
espécie de brainstorm, com a intenção de criar um novo nome para o buscador.
Foi então que foi citado o nome Googolplex, e um dos participantes
sugeriu uma forma mais simplificada: Googol, por isso a pronúncia é gúgôu, e

21
não goôgle. Nesse mesmo momento, o criador do BackRub buscou a
disponibilidade do nome para registrar o domínio, e digitou “Google.com” por
engano. Pimba: registro de domínio criado, nome definido, e hoje virou nosso
queridinho. Poucos meses depois, nasceu o Google Search Engine, a versão
pública do BackRub, que é o mecanismo de busca que conhecemos hoje: o
famoso Google.
O Google tem mais de um bilhão de solicitações de pesquisa por dia, e
mais de 20 petabytes de dados gerados. Segundo o próprio Google, sua missão
desde o início é “organizar a informação mundial e torná-la universalmente
acessível e útil”.
O Google cresceu tão rápido desde sua fundação que aproveitou a onda
(e aproveita sempre) de sucesso que culmina em muitos outros produtos,
serviços e parcerias que vão além do objetivo inicial de ser somente um motor
de busca. A empresa tem softwares e aplicativos muito conhecidos, como, por
exemplo, o Gmail, Google+ e até mesmo o Orkut, antiga rede social.
O serviço de localização e GPS Google Maps, o queridinho YouTube
(plataforma de compartilhamento de vídeos do Google), entre diversas outras
ferramentas próprias. O Google também lidera o desenvolvimento do sistema
operacional móvel Android, usado em celulares das marcas Samsung, Motorola,
entre outras.
Atualmente, o Google é o líder dos mecanismos de busca e líder como
navegador também, com o Google Chrome, e chegou para fazer uma verdadeira
revolução no comportamento do consumidor on-line e off-line. Para percebermos
isso, basta lembrarmos de como as coisas eram antes do Google: quando
procurávamos alguma coisa, todos recorríamos a que ferramenta? À lista
telefônica ou a indicações de outras pessoas.
Será que hoje alguém ainda tem lista telefônica em casa? Será que as
pessoas ainda têm telefone fixo em casa para efetuar ligações para
empresas/prestadores de serviços? A realidade é outra, hoje é muito simples
pegarmos o celular e acionarmos a busca por voz para que em menos de 5
segundos tenhamos em nossa tela o resultado do que buscamos. Nosso tempo
foi otimizado com a chegada do tão revolucionário Google. Por esses e outros
motivos, é imprescindível que nossa empresa esteja presente nele.
O Alexa, uma companhia da internet que oferece dados e análise de
tráfego on-line, classifica o Google como o site mais visitado do mundo, o qual

22
também foi classificado pela revista Fortune como o melhor lugar do mundo para
se trabalhar. De acordo com o ranking Brand7 de 2017, o Google aparece pelo
sexto ano consecutivo como a marca mais valiosa do mundo, avaliada em 245
bilhões de dólares. Além disso, a empresa apareceu mais de uma vez na lista
da ZenithOptimedia como o maior conglomerado de mídia do mundo.
Hoje os usuários on-line, mesmo que sem perceber, utilizam os serviços
do Google de alguma forma. Veja algumas das ferramentas que são de
propriedade dele:
 Gmail;  Google+;
 Google G Suite;  Google Fotos;
 Pesquisa Google (Google  Google Contatos;
Search);  Google Agenda;
 Google Maps;  Keep (notas);
 Google Earth;  Google Docs;
 Google Tradutor;  Planilhas Google;
 Google Chrome;  Apresentações Google;
 YouTube;  Google Forms;
 Google Play Música;  Google Drive;
 Chromecast;  Google Adwords;
 Google Play Filmes e TV;  Google Adsense;
 Google Shopping;  Google Analytics;
 Google Notícias;  Google Meu Negócio;
 Píxel 2 (avaliada como a melhor  Google Alertas;
câmera de smartphone);  Google Acadêmico;
 Google Home (ajuda por voz);  Google Finance;
 Google Wifi;  Google Express;
 Android;  Google Fit;
 Android wear (relógio Android);  Google Fonts;
 Google Chromebooks (notebooks  Google Play;
com baterias de longa duração);  Google Sala de Aula;
 Android Auto (comandos por voz  Hangouts;
pelo seu carro);  Waze;
 Google Allo;  YouTube Kids;
 Google Duo;  YouTube TV.

23
São mais de 50 ferramentas/serviços de propriedade Google. Estamos
tão habituados com algumas delas que utilizamos sem nem perceber que são
da empresa, e, muitas vezes, restringimos nossas ideias sobre o Google
somente à rede de pesquisa.
Segundo uma pesquisa de mercado publicada pela ComScore, o Google
processa pelo menos 5,5 bilhões de consultas por dia, 63 mil por segundo, e
cerca de 87% das pesquisas on-line em todo o mundo. Ele indexa trilhões de
páginas web, de modo que os usuários podem pesquisar as informações que
quiserem por meio de palavras-chave. Ou seja, com certeza podemos dizer que
a empresa mudou o mundo, e continua mudando a cada atualização e
lançamento.

TEMA 4 – SE NÃO ESTÁ NO GOOGLE, NÃO EXISTE?

A frase “se não está no Google, não existe” é uma máxima da internet. O
Google se mostra muito completo quando se fala em informações, afinal, são
trilhões de páginas indexadas. É tanta informação que é quase impossível
pensar em alguma coisa que não tenha apareça em uma busca.
Já é costume: quando precisamos saber alguma coisa, corremos buscar
no Google, digitamos <www.google.com> e pronto, são páginas e páginas de
conteúdo pelo qual você se interessa. É tanta informação que é essencial estar
nos primeiros resultados da busca.
No final do século passado, o lugar onde pesquisávamos por empresas
prestadoras de serviços, lojas e clínicas, por exemplo, eram as conhecidas
“páginas amarelas”, as listas telefônicas. Existia até um número de telefone que
as pessoas podiam ligar e perguntar o número de uma empresa.
Que retrógrado, não? É até estranho imaginar que há alguns anos todos
tínhamos uma lista telefônica impressa em casa. Algumas empresas, buscando
um destaque especial em meio a tantas páginas, faziam anúncios para garantir
que as pessoas encontrassem sua marca quando estivessem procurando um
produto/serviço como os que ofereciam.
Dessa época não tão distante até hoje, muitas coisas mudaram. Na
verdade, aconteceu uma verdadeira revolução na comunicação. Os telefones
fixos, que antes eram o sonho de consumo da maioria das pessoas, hoje estão
cada vez mais escassos e dispensáveis. Os celulares, que eram grandes, com
poucas funcionalidades e pesados, evoluíram para smartphones finos, leves e
autossuficientes.
Hoje, a maioria dos acessos é feita por meio de smartphones, e não mais
por desktop. Além dos aparelhos em si, os planos de telefonia também
modernizaram seus serviços, afinal, antes uma ligação de telefone fixo era
caríssima, e hoje, por meio de um celular, temos a possibilidade de conversar
por vídeo com uma pessoa que esteja em qualquer lugar do mundo,
simplesmente com o sinal de wi-fi, por isso a frequência com que usamos nossos
smartphones para fazer ligações é cada vez menor. Por que vamos ligar e ouvir
a voz, se podemos ligar e ver a pessoa por meio de sua câmera frontal?
Da mesma forma que mudamos a maneira como interagimos socialmente,
também mudamos bruscamente a maneira como procuramos empresas e
profissionais. É só fazer uma reflexão rápida para perceber a evolução: há
quanto tempo você não vê uma lista telefônica impressa?
Muita gente sequer um dia viu uma delas, e talvez nem saiba do que se
trata e quais suas características. Seus pais e tios continuam usando lista
telefônica ou já se adaptaram com as buscas no Google? É cada vez mais
comum vermos pessoas da segunda e terceira idade íntimas de seus
smartphones.
Segundo o site Inforplan, “dar um Google” virou sinônimo de pesquisar
qualquer coisa na internet, e mais precisamente no Google. Isso também serve
como passatempo, já que existe uma forte tendência de que, de madrugada, os
usuários de internet pesquisam sobre conteúdos mais explicativos.
Assim como antigamente era importante para empresas e prestadores de
serviços estar presente (inclusive com destaque) nas páginas amarelas de uma
lista telefônica para serem encontradas, hoje as empresas precisam estar no
Google, e, se não estão lá, para os potenciais clientes elas simplesmente não
existem. É impossível concorrer num mercado cada dia mais competitivo se os
clientes não conseguem encontrá-las quando precisam de seus serviços.
Mas com tanto conteúdo assim na internet indexado pelo Google, será
que ainda existe alguma coisa no mundo que o buscador ainda não saiba a
resposta? Sim. Porque um conteúdo só pode estar no Google se uma pessoa o
escrever em seu site, blog ou ferramenta. Vamos pensar assim: como o Google
conseguiria, automaticamente, saber de todas as empresas e prestadores de
serviços do mundo? E mais: saber quais seus horários de funcionamento, quais

25
as opções no cardápio, qual seu site, qual seu endereço. Se não fosse de
maneira automática, como outro usuário poderia saber de todas essas
informações para poder cadastrar sua empresa em uma ferramenta própria?
Para estar no Google, sua empresa não precisa necessariamente ter um
site, embora seja superimportante para garantir a valorização da sua marca.
Para estar no Google, tudo que sua empresa precisa é estar cadastrada numa
ferramenta chamada Google Meu Negócio. Nesse cadastro, tudo precisa estar
muito atualizado e com informações corretas. Aprenderemos a cadastrar
negócios no Google Meu Negócio e veremos mais funcionalidades. As
informações ficam neste formato (Figura 2):

Figura 2 – Disposição das informações em exemplo de busca via Google

Fonte: Google, S.d.

Agora imagine só se um amigo te convida para ir a uma churrascaria e


você resolve procurar saber o endereço, o cardápio, as avaliações e opiniões de
outros clientes, o telefone, procura no Google e não encontra nada sobre o lugar.
Logo você vai imaginar que a tal churrascaria nem existe, não é mesmo? Será
que pensaria em consultar uma lista telefônica? O mais óbvio seria que, se
encontrasse a churrascaria nas páginas amarelinhas, as informações estariam
desatualizadas.
Estar no Google é sinal de que a empresa existe, por isso nossas
empresas precisam ter o máximo de conteúdo para que os usuários as
encontrem quando “derem um Google”.

26
TEMA 5 – COMEÇANDO A ENTENDER O QUE É SEO

O SEO, ou Otimização dos Mecanismos de Busca, é uma otimização de


conteúdos, técnica e experiência do usuário que tem como objetivo aumentar o
número de acessos de um site, e, consequentemente, elevar o número de
vendas. Isso acontece porque o objetivo do SEO é fazer com que seu site seja
o primeiro no posicionamento orgânico, ou seja, que não precisa de investimento
financeiro.
Quando um usuário busca algo no Google, aparecem (Figuras 3 e 4):

Figura 3 – Resultados orgânicos (que conseguimos com estratégias de SEO)

Fonte: Google, S.d.

Figura 4 – Resultados pagos (Google Adwords)

27
Fonte: Google, S.d.

Na Figura 4, vemos dois resultados: anúncio em Google Shopping e


anúncio de rede de pesquisa, que é feito por meio do Google Adwords. Esses
resultados são pagos, ou seja, seu foco não está no SEO, embora este influencie
fortemente os anúncios (logo veremos mais detalhes sobre isso).
São mais de 200 fatores utilizados pelo algoritmo do Google para
processar em milésimos de segundos uma avaliação dos sites e colocá-los em
ordem de relevância. Mas o que fazer para que o Google entenda que meu site
é relevante? Bom, o SEO é dividido em três pilares: conteúdo, experiência do
usuário e técnica. Isso significa que seu site precisa ter um bom conteúdo, que
o usuário precisa entrar nele e ter uma boa experiência, e que a parte de
programação deve estar otimizada. Aprenderemos como fazer tudo isso.
Entender de SEO é um dos primeiros passos para que um profissional de
marketing digital tenha sucesso em sua carreira, afinal, tudo gira em torno do
SEO. Nas redes sociais, ele funciona, em sites, muito mais, e, em e-commerces,
é fundamental. Até para criar campanhas de anúncios no Google o SEO
influencia. E antes mesmo de trabalhar otimizando um site para que os
buscadores indexem suas informações, é preciso entender como funciona o
algoritmo e como você pode fazê-lo trabalhar a seu favor.

28
Imagine que você quer fazer uma cirurgia plástica e conversa com
diversas pessoas pedindo indicações de profissionais que atendam à sua
necessidade. Para escolher um deles, você deve avaliar qual a especialidade
desses médicos, procurar fotos e relatos de pacientes que já operaram com eles,
relembrar as indicações que teve, e, assim, tomar uma decisão. Isso é escolher
um resultado relevante.
No caso do Google, o objetivo é o mesmo: escolher as páginas que
definam a palavra-chave que você pesquisou e ordenar os resultados, fazendo
um raio-x de cada site, considerando onde o site se mostra mais relevante. O
que muda é o processo de qualificação para escolher os resultados que
aparecerão.
Mas será que o Google consegue analisar página por página? Sim. Ele
tem um sistema de crawlers, que, como já vimos anteriormente, são robôs
programados para descobrir todas as informações de um site que tenha páginas
disponíveis. O mais conhecido deles é chamado de Googlebot.
Ele vai entrando de link em link e faz uma leitura das informações front-
end (a parte do site à qual temos acesso) e back-end (a parte de programação
que não conseguimos ver), trazendo os dados sobre essas páginas para os
servidores do Google. O crawler só não consegue rastrear páginas que tenham
um código que indique que ela não deve ser indexada, e isso pode ser feito por
meio de uma extensão chamada robots.txt, que, como vimos, é instalada pelo
programador do site.
Outra forma muito efetiva de o Google descobrir um conteúdo é a partir
da criação, pelo proprietário do site, de um sitemap, uma lista em formato .xml
com todas as páginas do site, de modo que seja possível enviar às ferramentas
de busca para que sirva como uma mensagem de que ele pode começar a
indexar também as informações desse site. O sitemap é geralmente criado pelo
profissional que programou seu site. Com ele pronto, você deve acessar o
Google Search Console e enviá-lo ao Google, facilitando a indexação.
Com a intenção de manter a base de dados sempre atualizada, o Google
se dedica de maneira especial a novos sites e alterações em sites existentes. Os
crawlers definem quais sites devem ser rastreados, com que frequência e
quantas páginas devem ser buscadas em cada um deles. Não é possível pagar
ao Google para que seu site tenha vantagem em relação aos outros com
informações indexadas. A principal intenção do buscador é identificar os

29
melhores resultados para oferecer a melhor experiência do usuário. É impossível
tentar enganar o buscador, e caso essa prática seja identificada, seu site pode
ser banido de alguma forma.
Depois de o Google inserir todas essas páginas do seu site em sua
biblioteca para que possa mostrar o resultado aos usuários, entra a melhor parte:
avaliar, entre mais de 200 sinais diferentes, qual é o resultado que vai melhor
atender ao usuário. O algoritmo consegue analisar todos esses critérios
procurando entender quais páginas do feed são as ideais diante dos termos
(palavras-chave) buscados. E o mais legal é que isso é feito em milésimos de
segundo.
O primeiro ponto é saber se realmente o que o usuário pesquisou é o que
vai encontrar naquela página. Por isso, o conteúdo é um dos três pilares do SEO.
Dentro de uma página na internet, existem alguns espaços que fazem toda a
diferença para a otimização das buscas. Da mesma forma que o rótulo de um
produto fala tudo sobre ele, há elementos como o título de uma página, por
exemplo, que são indicadores muito fortes da relação entre a busca e o resultado
da pesquisa.
Esses “espaços nobres” têm muito peso na busca e merecem uma
atenção especial, afinal, otimizar esses textos significa ter uma chance maior de
o Google considerar seu resultado relevante, logo, estar em um dos primeiros
resultados quando o usuário pesquisar uma palavra-chave. São eles:

 Título (page title ou title): é o elemento mais importante da página,


quando se fala em SEO. Esse é o texto que aparece na aba do navegador.
 Cabeçalhos (heading): são marcações no código que indicam os
subtítulos da página e suas hierarquias. As marcações começam no H1,
o mais importante, e terminam no H6, ou seja, você pode ter em uma
página um título, um cabeçalho (h1) e 5 subtítulos (h2 > h6).
 Textos: o conteúdo do site. Nos textos, precisa haver a palavra-chave e
sinônimos ao longo do conteúdo.
 URL: o endereço do link sempre deve estar otimizado. Exemplo:
<www.meusite.com/meu-produto>.
 Atributo Alt: o texto que aparece, caso a imagem não seja exibida. É
também o que o Google usa para saber do que se trata aquela imagem.
 Imagem: todas as imagens contidas em seu site devem estar
renomeadas com a palavra-chave. Antes de fazer o uploud das imagens,
30
você deve renomeá-las direto em seu computador, para depois enviá-las
à web.

Em todos esses espaços nobres, é preciso constar palavras-chave que


definam seu negócio ou conteúdo. Para definir quais palavras-chave são
relevantes ao seu negócio, existe uma ferramenta própria do Google chamada
planejador de palavras-chave.
Uma das ações que mais dão resultados positivos é o chamado backlink,
isto é, quando um outro site faz referência a algum conteúdo do seu site e o
usuário clica no link. Exemplo: um e-commerce vende tênis da marca Adidas e
um site de esportes indica um dos tênis que esse e-commerce vende e direciona
os usuários para esse site por meio de um link. Isso se consegue com parcerias,
mas cuidado! Se o Google perceber que essa ação está sendo forçada, seu site
pode ser penalizado.
O segundo pilar do SEO é a experiência do usuário. O Google encontra
muitas páginas com bons conteúdos para apresentar aos usuários que o estão
buscando, e então? Como ordenar do mais para o menos relevante? Ele precisa
entender o quão relevante cada página é, e, para isso, o principal parâmetro é:
quantas vezes essa página e esse site foram indicados (backlink)?
Vimos que, no início do Google, a estratégia de SEO funcionava com
backlinks que contabilizavam “votos”. Hoje essa é uma das melhores estratégias
para SEO, e quanto mais links de sites com maior autoridade seu site tiver, maior
a probabilidade de ele alcançar as primeiras posições do Google.
Mas e se eu fizer essa troca de links do meu site para o meu site? Também
dá certo, mas de maneira diferente, incentivando o usuário a ficar mais tempo no
seu site. Funciona assim: você insere em um post um produto/conteúdo relativo
a ele para que o usuário continue navegando pelo seu site e contabilize cada
vez mais minutos lendo seu conteúdo.
Há também outros itens que demonstram que o usuário teve uma boa
experiência em seu site: o fato de o visitante voltar ou não ao Google após entrar
na sua página, por exemplo, pelo simples fato de que, se ele pesquisou, entrou
no seu site e precisou voltar aos resultados, significa que não encontrou o que
buscava na sua página, ou seja, teve uma experiência ruim.
O terceiro pilar do SEO é a técnica. Escolher a empresa para programar
seu site é de fundamental importância, pois uma das principais análises que os
crawlers fazem é avaliar a velocidade do carregamento da página. De acordo

31
com o site Profissional de e-commerce (Lassance, 2016), John Mueller, do
Google, diz que “Temos visto um tempo de resposta extremamente alto em
alguns sites (maiores que 2 segundos por uma única url). Isso ocasiona
limitações no número de urls indexadas.”.
Isso significa que o Google só lê as informações que carreguem em 2
segundos, e que, depois disso, a indexação é interrompida. Por isso, a parte
técnica de seu site é de extrema importância. Existe uma ferramenta do Google
que ajuda a analisar a performance do seu site em relação ao carregamento,
chamada PageSpeed Insights, que te diz o que está atrapalhando o
carregamento rápido e te dá uma nota de 0 a 100 em relação a isso.
O que sabemos até agora é só o início de tudo que podemos fazer para o
SEO de nosso site. O fator mais importante do ranqueamento orgânico continua
sendo o conteúdo de qualidade, então se dedique a produzir conteúdos incríveis
para seu público.
É importante lembrar que os resultados das técnicas de SEO são vistos a
longo prazo. Em testes, foi constatado um tempo médio de seis meses para sites
que ainda vão ao ar e um ano para reconstrução e adaptação de sites que já
estão no ar. Vale a pena, então, investir tempo e esforço em técnicas de SEO
para seu site e suas redes sociais.

TROCANDO IDEIAS
Para conseguir ter seu site no topo do ranking do Google, você precisa
entender as técnicas de SEO e o modo como otimizar seu site. É como um
checklist de atividades que você precisa seguir uma a uma para garantir o
sucesso da sua estratégia. Porém, para isso, é necessário entender a origem do
maior buscador do mundo: o Google.

32
No artigo indicado a seguir, o site Olhar Digital pontua situações históricas e que
fazem a diferença nas estratégias atuais. Leia: CARVALHO, Lucas. (2018).
Google: história, curiosidades e tudo que você precisa saber sobre a empresa.
Em: Olhar Digital. Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/google-
historia-curiosidades-e-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-o-buscador/80732>.
Acesso em: agosto de 2020.

NA PRÁTICA

Como seria o mundo sem o Google? Dê sua opinião e converse com seus
colegas para explorar opiniões diferentes. É importante trocar ideias e conhecer
outros pontos de vista, não deixe de fazer isso!
Analise, com base no material desta primeira aula, quais ferramentas do
Google as empresas do seu segmento de atuação no mercado utilizam para
serem mais presentes no universo on-line, bem como, entre os impactos que a
Web 2.0 nos trouxe, quais os mais relevantes para sua empresa e empresas do
mesmo segmento de atuação.
Reflita sobre como as ferramentas do Google são úteis para os negócios,
sobre as mudanças percebidas após a Web 2.0, e discuta com seus colegas,
seja no polo ou nos grupos de discussão. Você também pode usar o Instagram,
o Facebook ou até mesmo o Twitter para me enviar sua análise, caso ache
relevante (indiquei minhas redes sociais no final desta aula).
Esta atividade não é obrigatória, apenas visa fixar a matéria a partir
de uma análise do conteúdo abordado nesta primeira aula.

FINALIZANDO

Na nossa primeira aula, pudemos entender um pouco a história do


surgimento da revolucionária Web 2.0. Esse conhecimento é de extrema
importância para que consigamos entender como teve início toda essa
usabilidade da internet com que estamos acostumados hoje, e principalmente
compreender como suas evoluções podem contribuir de forma positiva para o
nosso negócio.
Também vimos muito do maior mecanismo de buscas do mundo, o
Google. Analisamos aqui a história do Google, vimos a importância de ter nosso

33
negócio inserido nas respostas de busca, e também descobrimos várias
ferramentas que são de propriedade do grupo.
Sabemos que, neste primeiro momento, é fundamental entendermos tudo
sobre o desenvolvimento e a evolução da internet e do Google como um todo,
afinal, esses fundamentos impactam diretamente nos resultados das estratégias
de otimizações para os mecanismos de busca.
Esperamos que tenha gostado desta primeira aula e dos conteúdos
trazidos para seu estudo e análise. Desejo que tenha bom aproveitamento, e
lembramos que, para as provas, é necessário ler este material e assistir às aulas.

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REFERÊNCIAS

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<https://www.tecmundo.com.br/web/183-o-que-e-web-2-0-.htm>. Acesso em: 14
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american life. 1994.

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LASSANCE, R. O Google disse 2 segundos de carregamento dos sites. E agora?


Profissional de e-commerce, 2016. Disponível em:
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<https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_busca>. Acesso em: 14 jun. 2018.

RODRIGUES, M. Você também! Já assistimos a mais vídeos no celular que na


TV, diz estudo. Tecmundo, 2017. Disponível em:
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SIGNIFICADO de Web 2.0 – O que é Web 2.0. Significados. Disponível em:


<https://www.significados.com.br/web-2-0/>. Acesso em: 14 jun. 2018.

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