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Desta forma, percebe-se que o principal fator que leva o Google e outras
plataformas de busca a dar uma posição de destaque para um website é a relevância do
conteúdo e a organização do site.
Backlinks são links vindos de outras páginas que apontam para a sua landing
page. Antigamente, os mecanismos de busca apenas contavam quantos links
apontavam para sua página e seu conteúdo e isso bastava para dar pontos na sua
classificação e sua página aparecerem no topo dos resultados.
Hoje, os links são analisados dentro de um contexto. Imagine que você tem uma
página que fala de cachorros. Links que apontem para sua página vindos de uma outra
que fala de gatos não melhoram em nada sua pontuação, pois eles estão fora de
contexto.
Outro fator interessante que o algoritmo leva em consideração, é a importância
das páginas que apontam para a sua. Muita gente comprava links ou pagava para
alguém criar os links para a página. Esse movimento manipulador foi detectado
rapidamente pelos buscadores, especialmente o Google. E essas páginas com muitos
links foram marcadas como menos importantes ou páginas de SPAM. Hoje em dia, é
muito difícil manipular artificialmente os algoritmos dos buscadores. É mais efetivo
apostar em bom conteúdo.
O que é a Buyer Persona
O Marketing Tradicional tem trabalhado o conceito de público-alvo, ou “target” por
muitos anos. Isso porque, já em 1950, se percebeu que sua audiência nunca
compreendia todas as pessoas, a não ser que seu produto seja uma commodity, como
arroz ou feijão.
Em outras palavras, se você não vende arroz, precisa definir quem é seu público-
alvo, mesmo que seja uma divisão básica como roupas femininas, masculinas e infantis.
Define-se uma parcela da população e direciona-se os esforços de Marketing para essa
parcela.
No marketing de massa, como nas propagandas de TV, por exemplo, basta criar
uma propaganda para um determinado seguimento do mercado. Entretanto,
ultimamente, essa estratégia não tem funcionado como antes, especialmente entre a
população mais jovem.
Esse público consome cada vez mais serviços de streaming como o Netflix e não
veem propaganda. Quando aparece uma propaganda no meio de um vídeo do youtube,
eles interrompem a propaganda ou fecham o vídeo. Isso acontece porque eles se
sentem irritados com essa abordagem e usa-la para tentar atingi-los pode, não apenas
não trazer benefícios, mas também prejudicar a imagem da marca.
A Buyer Persona ou apenas Persona é a representação fictícia do seu cliente
ideal. Elas são baseadas em dados reais sobre as características demográficas e
comportamento dos seus clientes, assim como uma criação de suas histórias pessoais,
motivações, objetivos, desafios e preocupações.
Elas são a descrição do tipo de indivíduo com quem você quer começar a
interagir por meio do seu conteúdo e criar um relacionamento que pode ser duradouro.
Use o conteúdo para deixar seus clientes confortáveis com a ideia que você entende os
desafios pelos quais eles passam e que está focado em criar conteúdo relevante, útil, a
fim de ajudá-los a terem seus problemas resolvidos.
Se seus clientes puderem ver que você está priorizando o relacionamento ao
invés de empurrar produtos e serviços, eles estarão mais inclinados a confiar em você e
seus produtos. Ao mesmo tempo, se os clientes forem incentivados a compartilhar
informações sobre os serviços/produtos oferecidos, a empresa vai construir uma boa
reputação, o que acabará por refletir sobre as suas vendas.
As personas ajudam a entender melhor seus clientes e potenciais clientes, o que
tornará a criação do conteúdo que você precisa mais fácil. Isso acontece as
necessidades, comportamento, expectativas e preocupações específicas foram
pensadas de maneira individualizada.
Cada cliente e cada lead perceberá aquele conteúdo como se ele tivesse sido
criado exclusivamente para ele, mesmo que, na realidade a empresa o tenha
disponibilizado para toda a audiência do website.
É importante lembrar que o conteúdo tem que ser adaptado para cada audiência
em formato e linguagem apropriada.
Apesar de terem significados parecidos, os termos público-alvo e persona não
são a mesma coisa.
Público-alvo é um conceito amplamente usado e consolidado no Marketing
Tradicional que se refere a um grupo de indivíduos com características em comum.
Desta forma, ignoramos as suas histórias, hábitos anseios e expectativas. Observe o
seguinte exemplo de público-alvo:
Homens casados de idade entre 30 e 35 com renda entre 2000 e 3000 por mês
que moram no litoral.
Persona, por outro lado, é um termo mais específico que leva muitos outros
fatores em consideração. Observemos o exemplo a seguir:
O Fabio Praiano tem 32 anos de idade e é casado com a Márcia. Mora em Praia
Grande, no litoral de São Paulo. Sempre gostou de surfar e, em toda ocasião possível,
pega a sua prancha e encontra seus amigos na praia. Nestas ocasiões ele sempre faz
uma foto e posta no Instagram. Ele trabalha como vendedor na loja de autopeças do
bairro e ganha 2500 por mês. Seu desejo é cursar engenharia mecânica para entender
melhor como um automóvel funciona e, quem sabe no futuro, ter sua própria oficina ou
loja automotiva.
Estabelecida a diferença, podemos perceber como o conteúdo criado para uma
persona será muito mais cativante e efetivo do que o criado para um público-alvo.
Outras vantagens incluem um menor investimento para descobrir o conteúdo certo, com
menos experimentações e tentativas sem retorno.
Ao apresentar a persona, fica claro quais são os problemas e expectativas para
todos os envolvidos e isso ajuda a determinar onde os potenciais clientes procuram por
conteúdo, como querem vê-lo, quais assuntos mais os interessam. Desta forma é
possível, até mesmo, reduzir os custos na produção do conteúdo sem diminuir a
percepção de valor para o potencial cliente.
Como Criar uma persona
Personas são criadas a partir de pesquisas, questionários e entrevistas. Devem
ser incluídos os clientes atuais, potenciais e visitantes do website. A coleta deverá ser
quantitativa e qualitativa. Com isso, será possível criar uma imagem do seu cliente, o
que eles valorizam e o que consideram a solução perfeita para os seus problemas.
Entrevistas costumam ser mais eficientes com os clientes atuais. Veja a seguir um
pequeno passo a passo dos procedimentos de uma pesquisa:
Ligar para alguns clientes e informar que está trabalhando para melhorar a
qualidade dos produtos/serviços e que gostaria da colaboração por meio de uma
pesquisa que levará de 10 a 15 minutos.
Para entender o propósito que ele usa sua marca, perguntar por que ele escolheu
o produto, qual o problema que ele procurava solucionar, qual o maior benefício que o
produto oferece hoje.
Para entender como foi o processo de compra, perguntar como ocorreu, se ele
considerou outras alternativas, como descobriu a empresa e se teve dúvidas antes de
comprar o produto.
Para saber mais sobre o consumo, pergunte se ele compra regularmente, se ele
está usando o produto e com frequência usa (ou outra pergunta relevante).
Sobre os hábitos de consumo, também queira saber se ele usa produtos similares
ou complementares e com que frequência.
Termine perguntando se existe algum outro fator que ajudou na decisão de
compra que ainda não tenha sido perguntado e diga o quanto foi importante a
participação dele na pesquisa.
Por razões óbvias, não é possível entrevistar todos os clientes. Além disso,
algumas perguntas podem ser feitas aos leads que deixaram o e-mail na sua landing
page, mas não compraram o produto.
É importante destacar que as perguntas são feitas com fim de levantamento de
dados, portanto precisam ser adaptadas à realidade da empresa. As questões listadas
aqui foram mencionadas a caráter de exemplo.
O próximo passo seria cruzar os dados das pessoas que frequentam o website
com as respostas dos questionários para descobrir como é o seu cliente e o que ele faz.
Desta forma, o time de Marketing compreenderá a persona. É necessário estabelecer
padrões entre as respostas nos questionários e entrevistas. Características que são
comuns a todos certamente serão uma característica da persona, principalmente se
outros dados confirmarem isso.
Esse entendimento ajudará na construção da persona. Observe que, para cada
persona construída, será necessário desenvolver uma versão de conteúdo nova. Desta
forma, não é vantajoso ter personas demais, pois isso pode causar confusão, criação de
conteúdo inadequado e aumento de custos.
Algumas perguntas que precisam ter respostas claras para a construção da
persona são:
• Onde nosso cliente se encontra fisicamente?
Brand Persona
Em A Arte da Gerra, Sun Tzu (2014) disse que “se conheces o inimigo e a ti
mesmo, então tu não precisas amedrontar-te perante cem batalhas”.
Se a buyer persona é a representação fictícia do cliente, a brand persona é a
representação da marca. Ela é criada para dar uma identidade para a empresa. Isso só
e possível com o estabelecimento de uma unidade de comunicação, valores e conceitos.
Hoje em dia, os consumidores buscam por ideias e conceitos com os quais eles
se identificam. Para eles, o valor subjetivo é mais importante que o status.
O Branded Content é o conteúdo que tem por objetivo transmitir e reforçar os
valores da marca, da empresa e associar isso aos valores dos consumidores. Para essa
estratégia dar resultado, é necessário que a marca saiba bem quais são seus valores e
crenças. Para fortalecer a imagem da marca e criar um relacionamento de qualidade
com os clientes.
Para construir uma estratégia de branded content, é necessário ter certeza dos
valores, da missão e dos conceitos fundamentais que a empresa foi criada e opera até
agora. O objetivo principal é alcançar uma identidade que permita um reconhecimento
imediato da marca, autoridade na área e uma relação próxima e forte com o cliente.
É necessária uma grande quantidade de esforço e empenho para mudar o
posicionamento e remodelar a identidade de uma organização, entretanto, em algumas
circunstâncias, vale a pena.
A Havaianas é um exemplo de marca que mudou sua estratégia, seus valores e
soube transmitir essa mudança. Os mais novos talvez não saibam, mas Havaianas eram
sandálias feitas para um público totalmente diferente.
Hoje, a marca tem loja nos shoppings centers do país e um apelo jovem e
moderno, com linhas com personagens de super-heróis, desenhos animados e possuem
alto valor agregado. Entretanto, antigamente eram oferecidas com sola azul, verde ou
preta e a parte de cima branca, sendo um produto de baixo valor agregado, para a
classe trabalhadora.
Outros exemplos de Branded Content também estão nas redes sociais. A ESPN
conversa com seus telespectadores pelo Twitter. O guaraná Antarctica tem milhões de
seguidores. O McDonald’s tem feito um esforço de reposicionamento para deixar a
imagem de alimento que faz mal à saúde. Para conseguir sucesso é necessário criar
conteúdo que explique e eduque o consumidor.