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ANÁLISE DE CENÁRIOS
FINANCEIROS
CONTEXTUALIZANDO
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uma visão mais ampla, e inclui outros benefícios e custos para a sociedade,
considerando todos os recursos utilizados pelo projeto, sejam humanos,
tecnológicos ou naturais, e mede o valor que o projeto gera para todos os
stakeholders.
Neste ponto, a análise do planejamento e do controle em projeto de
investimentos pode ser vista como sinônimo de sustentabilidade, coesão e
crescimento em muitos aspectos, pois um projeto economicamente viável gera
produtos ou serviços valorizados e que podem contribuir para melhorar a
produtividade e o crescimento da economia. Qualquer emprego gerado por um
projeto economicamente sólido torna estes fatores mais sustentáveis a longo
prazo, pois contabiliza os custos, traz benefícios ambientais e, ao mesmo tempo,
dá todo o crédito aos benefícios de tecnologias mais eficientes.
Em mercados competitivos, as receitas geradas por um projeto de
investimento medem o valor que o desempenho do projeto gera para seus
usuários, em contraponto, e os custos monetários do projeto medem o valor (ou o
custo unitário) de recursos utilizados no planejamento do projeto, pois os preços
de insumos e produtos são medidas válidas de valor e escassez.
Juntamente com o business case (documento com informações de
negócios necessárias para justificar ou não o investimento) e a declaração do
trabalho do projeto (requisitos contemplados no contrato futuro), determinados
indicadores (Relação Custo/Benefício – RCB; Valor Presente Líquido – VPL;
Tempo de retorno do investimento – Payback e Taxa Interna de Retorno – TIR)
são necessários para uma avaliação de viabilidade financeira.
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alinhamento na tomada de decisão por meio das seguintes decisões: decisão de
investimento (distribuição dos recursos da empresa entre os projetos de
investimento propostos); decisão de financiamento (recursos para utilizar na
realização dos projetos); e decisão de distribuição de resultados (proporção entre
dividendos aos acionistas e recursos reinvestidos no negócio).
Para Bordeaux-Rêgo (2013), uma empresa deve competir investindo em
inovação, novos equipamentos, processos e tecnologias, expansão de novos
empreendimentos, visando à geração sustentável de valor para os acionistas.
Assim, os gerentes e donos de empresas devem pesar as considerações
financeiras com cada decisão importante a ser tomada para a sua empresa. Se a
decisão envolve a expansão do capital, a cobertura de ativos, a aquisição de
equipamentos importantes ou a fusão com outra empresa, então uma análise
financeira sólida fornecerá a garantia para uma tomada de decisão com a melhor
informação disponível. No entanto, é preciso considerar seis fatores:
1. Oportunidade: uma análise financeira começa com uma descrição
completa do projeto em andamento, para tanto, há uma narrativa que inclui o
histórico do projeto, o status atual e a pretensão para concluir o projeto. Se, por
exemplo, você está planejando expandir seu negócio por meio da construção de
uma nova instalação, é preciso explicar a necessidade de expandir o seu local
atual, de que modo a sua proposta resolverá o problema e quanto tempo vai
demorar a tornar-se operacional.
2. Considerações Contábeis: sua análise incluirá balanços,
demonstrações de resultados e fluxo de caixa projetado (com e sem a expansão).
Isso será necessário para convencer os investidores que você pensou em tais
detalhes e pode justificar a despesa do projeto ao ser realizado.
3. Considerações Financeiras: incluem os detalhes sobre o custo do
projeto, o capital de giro necessário e as fontes de quaisquer fundos que você
ainda não controla. Se você planeja emprestar fundos, então avalie o custo e os
termos de cada potencial credor (capitalista de risco, banco ou investidor privado).
Determine a garantia necessária, os termos e condições especiais.
4. Fatores de risco: esta avaliação é essencial, pois muitos riscos não
podem ser evitados. Incêndios, acidentes de trabalho, interrupções de negócios e
o não desempenho de um empreiteiro são exemplos de riscos que você pode
encontrar, alguns exigem seguro e outros você mesmo pode segurar. Dessa
forma, é preciso avaliar as probabilidades, apresentar alternativas aos riscos de
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mercado e aos riscos operacionais que não são seguráveis, e também considerar,
na sua análise de risco, se há impacto ambiental.
5. Previsão de ROI: aqui você precisa abordar o retorno sobre o
investimento, apresentando os melhores cenários (os prováveis e o pior). É
impossível projetar as condições de negócios com certeza absoluta, mas oferecer
uma série de previsões pode fornecer aos investidores a garantia de que, mesmo
com o pior caso, o projeto terá um retorno aceitável.
6. Questões legais: para qualquer projeto contemplado haverá
considerações legais, por exemplo, uma expansão física da empresa levará a
questões ambientais e a compra de equipamentos importantes exigirá acordos
contratuais. Existem regulamentos federais, estaduais e locais que devem ser
seguidos, da mesma forma que é fundamental dispor das considerações fiscais
que devem ser cumpridas em todos os níveis.
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2. O objeto do investimento deve ser enquadrado nas linhas de crédito de longo
prazo oferecidas no mercado, como: BNDES, FCO, FNE, FNO, FINEP,
Financiamento Habitacional, Progetur, Proger, Progeren e outros;
3. A empresa tomadora deve apresentar o recurso próprio referente à sua
contrapartida no investimento, e de acordo com os percentuais determinados
pelo porte de cada empresa. Em alguns casos, deve formalizar o aporte em
forma de aumento de capital social;
4. A empresa tomadora deve fornecer todos dados e informações para
construção do projeto. Sem dados e informações, o projetista não tem
condições de trabalho;
5. Apresentar o instrumento para captação dos recursos dentro do roteiro da
instituição, neste caso, o projeto de investimento deve contemplar, no mínimo,
os seguintes pontos:
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Declaração de idoneidade da empresa construtora, preferencialmente
com apresentação de acervo técnico;
Alvará de licença e funcionamento do empreendimento. [Projeto de
Investimento / Dinheiro].
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1. Critérios Econômicos: avaliam a rentabilidade do investimento pelos
métodos de análise de rentabilidade (método da taxa mínima de
atratividade; método do valor anual; método do valor presente; método da
taxa interna de retorno; método de tempo de retorno ou recuperação -
Payback).
2. Critérios Financeiros: avaliam a disponibilidade de recursos.
3. Critérios Imponderáveis: critérios não mensuráveis que podem ser
decisivos na execução do projeto de financiamento.
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TEMA 3 – MÉTODO DE ENSAIOS ESTATÍSTICOS PARA VARIÁVEIS
ALEATÓRIAS
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Análise de Cenários: permite, em vez da variação de apenas um
parâmetro por vez, a variação de um conjunto de parâmetros que forma
cada cenário, e são atribuídos determinados valores consistentes que
determinam como resultado o sucesso ou o insucesso do projeto.
Simulação de Monte Carlo: permite simular caminhos para a evolução do
fenômeno até encontrar uma aproximação satisfatória que o explique.
Árvores de decisão: permitem mostrar a anatomia de uma decisão de
investimento, assim como a interação entre decisão presente, eventos
possíveis, atitudes de competidores e possíveis decisões futuras e suas
consequências.
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1º Cenário: investimento de $ 1.000. Temos uma receita líquida anual
perpétua de $ 250 e um VPL positivo de $ 1.500, ou seja, alta demanda pelo
produto.
2º Cenário: investimento de $ 1.000. Temos uma receita líquida anual
perpétua de $ 50 e um VPL negativo de $ 500, ou seja, baixa demanda pelo
produto.
Por meio do cálculo do VPL esperado, decidimos se vale ou não a pena
investir $ 125 na planta-piloto, logo:
[(𝟎, 𝟓𝒙$𝟏𝟓𝟎𝟎) + (𝟎, 𝟓𝒙$𝟎)]
𝑽𝑷𝑳 = −$𝟏𝟐𝟓 + = +$𝟓𝟓𝟕 > 𝟎
𝟏, 𝟏
Com este resultado, o investimento será realizado. Caso a empresa não
faça o teste-piloto e decida pela fabricação do produto em larga escala, o cenário
será pior, pois, além de arriscar a perda de $ 500, a empresa perceberá um VPL
menor sem o teste:
𝑽𝑷𝑳𝒔𝒆𝒎 𝒐 𝒕𝒆𝒔𝒕𝒆 = (𝟎, 𝟓𝒙$𝟏𝟓𝟎𝟎) + [𝟎, 𝟓𝒙(−$𝟓𝟎𝟎)] = $𝟓𝟎𝟎 < $𝟓𝟓𝟕
Por meio deste exemplo simplificado, podemos considerar vários cenários
e uma distribuição de probabilidade contínua por simulação. O processo decisório
se torna mais complexo, mas a árvore de decisão tem a vantagem de auxiliar os
gestores desenvolvendo intuições de negócios com uma visão mais real e
operacionalmente mais flexível.
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o futuro e a falta de especificidades dos investimentos, podem levar ao adiamento
da decisão de investir ou a erros irreversíveis.
1. O Valor Presente Líquido (VPL) é um cálculo que compara o valor
investido hoje com o valor presente dos recebimentos de caixa futuros do
investimento. Ou seja, o montante investido é comparado com os valores de caixa
futuros depois que eles são descontados por uma taxa de retorno especificada. O
VPL “é o valor atual das entradas de caixa (retornos de capital esperados),
incluindo o valor residual (se houver) menos o valor atual das saídas de caixa”.
(Rebelatto, 2004, p. 214).
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por suas taxas de retorno gerais em vez de seus valores atuais líquidos, e o
investimento com a TIR mais alta geralmente é preferido.
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Cenário 2: há um projeto que custa $ 200.000 e não vai economizar dinheiro
da empresa, mas vai trazer para a empresa um aumento de $ 100.000 por ano
para os próximos 20 anos, que é de $ 2 milhões.
Claramente, o segundo projeto pode trazer para a empresa duas vezes
mais dinheiro, mas quanto tempo vai demorar a pagar o investimento de volta? A
resposta é $ 200.000 dividido por $ 100.000, ou 2 anos. Não só o segundo projeto
leva menos tempo para pagar, como deixa a empresa com mais dinheiro, e com
base apenas no método de retorno, o segundo projeto é o melhor.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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SAMANEZ, C. P. Engenharia econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2009.
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