Você está na página 1de 4

Noções

Manifestação de vontade da administração, mas não só dela, também dos particulares no


exercício de funções públicas, regido pelo regime jurídico administrativo. Observação,
manifestação de vontade controlada pelo judiciário. Todo ato envolve manifestação de
vontade. Mas administração pública não é só o executivo, claro que esse é o principal, mas não
é o único. O executivo é o único que faz atos administrativos típicos (precípua - principal). Mas
o judiciário e legislativo também fazem atos administrativos de forma atípica. Exemplo,
judiciário e legislativo, concurso público e licitações. Também, na geração interna dos órgãos,
são os atos administrativos.

Os particulares também fazem atos administrativos, mas para isso precisa ser dentro das
funções públicas. Exemplo, mesário nas eleições, todos os atos praticados por ele na época de
eleições, são atos administrativos. Mas todos os atos devem ser regidos pelo regime jurídico
administrativo (sinônimo de regime jurídico público e o mesmo que regime jurídico
institucional), mas o que é isso, é o direito administrativo.

Todo e qualquer ato administrativo é controlado pelo judiciário, em relação a sua  legalidade.
Seja discricionário ou vinculado ( o que é isso, ato vinculado é aquele que a lei só dá um
caminho. Exemplo, ultrapassar 80 km por hora multa. E o discricionário, a lei dá opção, dá dois
ou mais caminhos.

O eixo central do direito administrativo é o processo administrativo, porque internamente o


agir vem do processo, e não apenas de um ato unilateral. O ato administrativo não são o eixo
central, porque isso é ideia ultrapassada (isso é uma visão autoritária). É mais adequado ao
estado democrático, a decisão que deriva de processos. Os processos são formados por atos
administrativos. Processo é democrático. 

 Atributos

Os atributos são as prerrogativas do ato administrativo. Atributos são os elementos que dão
superioridade a administração.

         Primeiro atributos dos atos administrativos, Imperatividade:  a administração tem o poder de


império, ela pode impor os seus atos sob o administrado, independentemente da sua
aceitação (volição[vontade], anuência).

         Segundo atributo dos atos administrativos, autoexecutoriedade: ela mesmo executa. Não


precisa entrar na justiça.
         Terceiro atributos dos atos administrativos, presunção de legalidade e veracidade
(verdadeiro): os atos da administração se presumem legais, já estão presumidos. E ainda
verdade, todas as declarações dos atos, são considerados verdadeiros. Ex.: azulzinho diz que o
elemento estava sem cinto. Irão acreditar, ele não precisa provar.

         Quarto atributo da tipicidade (não é atributo para todos), significa que os atos da
administração devem estar previstos em lei.

Análise comparativa dos três atributos se estão previstas em lei.

         A imperatividade só existe se previsto em lei, se não tiver na lei, não pode. Deve-se entrar
com uma ação judicial. A base legal é o art.5º, inciso II CF. ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

         A autoexecutoridade é preciso estar prevista em lei, como regra, mas nos casos de urgência
não precisa estar na lei.

         Presunção de legalidade e veracidade, não precisa estar na lei, porque ela é inerente a
atividade da administração, pois a adm. É a guardiã da lei.

Esses atributos estão presentes em todos os atos administrativos?

Eles estão presentes como regra, mas não em todos. Tem atos que não dá para impor nada,
não existe imperatividade, exemplo, atos enunciativo, é aquele que apenas enuncia um fato
sem impor nada a alguém. Ex.: Certidão, ela só declara que ninguém deve nada, mas não
impõe nada a alguém.

Autoexecutoriedade não é sempre presente.

Presunção de legalidade e veracidade, sempre está presente. Até mesmo os atos de direito
privado, porque eles são feitos pela administração.

O princípio da juridicidade (além de autorizado na lei, precisa estar autorizado no direito)


também sempre está presente nos atos.

Requisitos/Pressupostos

O que é isso? É o esqueleto do ato, o que forma o ato.

Competência (é a cabeça do esqueleto)

O primeiro elemento que integra o ato administrativo:


         Verificar se a autoridade tem atribuição legal para fazê-lo. Ver quem assina, ver o cargo de
quem assinou, depois, busca-se a lei que criou o cargo (para vermos as atribuições legais, elas
podem estar lá na lei do cargo, provável site da prefeitura).

         Aspecto temporal da competência, aqui é preciso verificar se além de estar na lei, precisa-se


saber se ele estava no exercício da competência. Exemplo, procurador geral que nomeia
promotores estando aposentado, ou de férias, licença.

         Competência Territorial, ele precisa estar dentro do território que ele tem competência para
agir. Exemplo, fiscal do RS de ICMS ir a Santa Catarina querer aplicar uma infração lá.

Forma (braço)

É como ele se exterioriza, precisa estar conforme a lei. A manifestação de vontade do ato
administrativo estará em um papel escrito. Regra geral é o papel escrito, mas é a lei que
define a forma do ato. Mas há exceção.

         Ato administrativo pela forma sonora. Exemplo, apito do guarda.

         Ato administrativo pictória. Desenho. Exemplo, placas de trânsito.

         Ato administrativo eletromecânico. Exemplo, semáforo.

         Ato administrativo verbal. A posse do servidor público, o que ele assina, é apenas um
comprovante. Outro exemplo, os contratos que não são escritos pela administração, contratos
verbais, quando forem valores pequenos.

Existe uma segunda forma de abordar a forma. Que é a forma enquanto solenidade. A forma
do ato, como ele tem que ser. Exemplo, espaço dez, o que deve estar escrito, tipo de letra,
margem.

E também, forma como procedimento, o caminho que o ato deve seguir, o processo.

Finalidade (outro braço)

É preciso verificar se o ato administrativo tem o interesse público como finalidade, ainda que
também satisfaça interesse privado. Exemplo, lula não pode ser ministro porque foi alegado
que havia desvio de finalidade. Pode ocorrer o abuso de poder, desvio de finalidade e excesso
de poder (quando a autoridade faz um ato além de sua competência legal). Precisamos dividir
a finalidade em duas espécies:
         Concreta, é aquela própria de cada ato. Cada ato tem a sua finalidade, aquela que varia.
Exemplo, uma nomeação de servidor público para cargo de motorista. Outro exemplo,
nomeação para cargo público.

         Abstrata, é aquela que é comum em todos os atos administrativos. Ela não varia, porque
envolve o interesse público.

Motivo (perna)

O motivo é fundamento de fato e de direito que justifica a realização do ato. Motivação é


a exteriorização do motivo. Motivo é o próprio fato. Todo ato tem um motivo. Exemplo de
quando não precisa de motivação embora tenha motivo, nomeação e exoneração de cargo em
comissão. Além dos casos da CF, não haverá motivação quando houver inviabilidade material
(atos das formas sem ser escritas) sinais de trânsito.

A teoria dos motivos determinantes. O fato dado como fundamento, fato escrito no ato, que
envolveu a motivação, precisa ser verdade. Pode-se anular o ato pois afronta a teoria dos
motivos determinantes. O motivo precisa ser claro, suficiente e congruente (o fato tem que
estar de acordo com o direito).

Objeto (outra perna)

O que é objeto, é a consequência jurídica que o ato produz. Quais efeitos o ato administrativo
pode fazer:

         Extinguir, extingue os direitos na sociedade. Desapropriação, termina com um direito, mas cria
outro por poder pedir indenização. Outro exemplo, exoneração, extingue os direitos de
trabalhar.

         Criação, exemplo, nomeação de um servidor público. O efeito jurídico que esse ato produz é
que irá criar o direito de tomar posse.

O objeto precisa ser lícito e possível, não cabe um ato sob o que não seja licito e possível.

Você também pode gostar