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RESUMO DA AULA 03
(15/04/2020)
Entendendo que nós somos como uma cebola formado por camadas e que a camada
externa é uma influência do ambiente e a interna mais profunda a influência espiritual,
sendo ela minha interpretação de chamado e propósito, haverá uma disputa entre as
forças do ambiente e as forças internas pelo meu comportamento.
Quem irá trabalhar como um “switch” determinando se você vai se comportar pelas
emoções seguindo um padrão comportamental análogo ao ambiente ou por um padrão
espiritual da sua percepção de propósito é o ACC, exatamente por que ela fica entre o
lobo frontal, área executiva, e o sistema límbico, conforme imagem abaixo:
Imagem 1
Três áreas são extremamente importantes de serem observadas e cuidadas nos dias
atuais em função dos desafios emocional que enfrentamos. São elas: ACC, Córtex Pré-‐
Frontal e Ínsula.
Imagem 2
MEDO
O medo é a não aceitação de uma incerteza. A percepção de um perigo pelo cérebro
gera uma ansiedade pela incerteza do que está para acontecer. A ansiedade é o degrau
inicial para o medo se instalar.
Uma vez que o medo domina o cérebro a amídala, local responsável pelos padrões de
fuga e luta, determinará as ações conforme seu próprio interesse, no caso, o de
sobrevivência e proteção do indivíduo.
Podemos definir então o medo como uma ação neurofisiológica, sendo assim para
neutralizarmos ou diminuirmos os seus efeitos teremos que produzir uma resposta
também neurofisiológica.
Toda informação no cérebro se torna uma memória carregada de emoção que
futuramente determinará as ações do indivíduo, desta forma deveremos, para cada
pensamento negativo, que origina a ansiedade e o medo, introduzir um pensamento
positivo que dê origem a confiança e fé, propostas contrárias aos gatilhos negativos.
Para que estes novos gatilhos, positivos, possam vencer os seus contrários, devem
possuir um peso de valor maior do que eles. Neste caso, o que faremos é agregar valor
e significado, que gere um sentido maior ou uma vinculação a um propósito de vida.
O medo pode ser trabalhado de uma forma construtiva, considerando a proposta do
parágrafo anterior e isso irá transformar o indivíduo pela sua mentalidade ou também
poderá ser utilizado um modelo de tratamento de “choque”.
Este tratamento de “choque” consiste em uma ferramenta de PNL (Programação
Neurolinguística) onde as informações serão inseridas de forma intensa e lúdica para
produção de uma experiência real utilizando a imaginação do individuo.
Já tive a experiência de utilizar diversas vezes esta ferramenta para a superação de
medos como: falar em público, andar de avião, apresentação de produtos e etc.
Esta ferramenta se baseia no fato de que o cérebro não possui a capacidade de distinguir
realidade e fantasia, para o mesmo toda e qualquer informação, mesmo que seja fruto
da nossa imaginação, será um evento real.
Como sabemos, depois que nós realizamos uma determinada atividade que tínhamos
algum tipo de medo, na segunda vez o medo será menor ou inexistirá.
A outra forma, mais utilizada pelas pessoas, seria a exposição gradual ao determinado
medo. Nesta atividade, você pode, inicialmente, pegar a ajuda de outras pessoas e
depois encarar sozinho as situações.
Estas exposições graduais irão reduzindo a potência do medo até que o mesmo seja
vencido.
estas informações e faz a ponte entre o sistema emocional e a área cortical (onde ficam
as memórias) é uma região chamada ínsula.
Desta forma, podemos afirmar que o desenvolvimento da nossa espiritualidade
consolida informações nos locais supracitados gerando respostas para as questões
emocionais. É como se as emoções perguntassem à ínsula: -‐ Como este indivíduo vai
encarar esta situação?
Se a ínsula e o ACC (Giro do Córtex Anterior) encontrarem as respostas no córtex pré-‐
frontal e no Parietal Póstero-‐superior, ela assume a responsabilidade das ações
cognitivas, caso contrário ela submete às ações emocionais.
Uma das mais interessantes descobertas da ciência nos últimos anos é o poder da
oração e da meditação em relação ao medo e ao estresse, em outras palavras, a ciência
encontrou poderosas respostas neurofisiológicas para os eventos de ansiedade e medo.
Vejamos as imagens abaixo:
Imagem 3
Imagem 4
Imagem 5
As imagens 4 e 5 evidenciam que a oração e a meditação reduzem as atividades neurais
nas regiões onde supostamente o medo se manifesta (Imagem 3), o que gera ao longo
de um período de exercícios contínuos, uma resistência ao padrão mental de ansiedade
e medo.
Precisamos entender que o cérebro é divido em 3 partes segundo a sua complexidade.
Regiões primárias: que são registros singulares.
Regiões secundárias: que geram as conexões dos registros singulares.
Regiões terciárias: que elaboram compreensões e interpretações profundas dos
registros secundários e primários.
Por exemplo: Quando você absorve a informação de que um objeto se chama caneta,
você precisou, simultaneamente, ter visto a caneta e ter ouvido o nome caneta para
registrar em seus devidos locais no cérebro, respectivamente em áreas primárias do
lobo-‐ocipital e lobo-‐temporal.
A junção destas informações que determinam a informação “caneta” serão
armazenadas na área secundária, que uniu as informações. Quando esta caneta fizer
algum sentido nas minhas atividades este sentido, que é uma informação mais
elaborada, será armazenado em locais terciários.
Estas áreas espirituais que citamos acima, onde se manifestam também o medo, a
oração, a meditação, a identidade e a espiritualidade, todas estão em regiões terciárias,
regiões estas que trabalham com informações narrativas interpretativas.
O que isto significa?
Que para mudarmos um padrão mental de medo, precisaremos introduzir uma
interpretação narrativa de confiança e fé, que proponha a aceitação das incertezas na
garantia de que tudo vai ficar bem.
O PONTO DE DEUS
Cientistas descobriram um local no cérebro, onde possivelmente as ondas que formam
a consciência se encontram. Estas ondas são informações advindas dos campos
eletromagnéticos emitidos por neurônios individuais em frequência coerente de 40hz.
Quando normalmente executamos pensamentos a frequência no cérebro está numa
faixa que varia entre 12hz e 22hz, porém quando descobrimos algo (efeito eureca!) ou
temos um insight, atingimos os 40hz.
Algo muito interessante acontece nesta região do cérebro que recebe informações das
áreas terciárias, informações elaboradas, de sentido, significado, propósito e valores.
De alguma forma, por estar conectada diretamente às áreas do hipocampo, amígdala e
hipotálamo, ela atuará diretamente no controle das atividades relacionadas, sejam elas:
-‐ O Hipocampo: área da memória recente que filtra as informações para construção da
memória e aprendizado.
-‐ A Amígdala: área de registro dos padrões de reação do Sistema Nervoso Autônomo
para fuga e luta.
-‐ O Hipotálamo: área que funciona como uma ponte entre o sistema endócrino e o
sistema nervoso, regulando a quantidade de hormônios liberados na corrente
sanguínea.
A localização do Ponto de Deus sugere uma influência direta nestas regiões descritas
acima, consideradas as mais importantes para o equilíbrio emocional psicológico do
indivíduo.
Podemos dizer que as informações geradas na construção da consciência produz as
respostas necessárias, de sentido, valor e propósito, a partir da identidade do indivíduo,
para o sistema límbico disparar o processo cognitivo.
Esta localização do Ponto de Deus é muito interessante se observada do ponto de vista
criacional. No livro de Gênesis, capítulo 2, versículo 7 vemos que:
“Então o Senhor Deus formou o homem do pó da
terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e
o homem se tornou um ser vivente.”
Gênesis 2:7
A localização exata, segundo os cientistas, está justamente na parte central, no lobo
temporal, e se traçarmos uma linha descobriremos que a interseção delas se dará
exatamente atrás das narinas, conforme imagens abaixo:
Imagem 6
Imagem 7