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Como sua saúde

financeira impacta
sua saúde mental
— e vice-versa
Introdução

Dizem que dinheiro não compra felicidade, mas compra um tanto


de coisa que pode deixar a vida da gente mais fácil, não é mesmo?
Sem recursos financeiros, a gente pode se ver incapaz de conseguir
o básico e isso deixa claro o quanto nosso bem-estar e a saúde, de
um modo geral, podem ser afetados quando a situação aperta.

Para 58% dos brasileiros, o dinheiro (ou a falta dele) é a principal


causa de estresse. Acontece que não é só a situação da conta
bancária que tira o sono e causa ansiedade ou outros transtornos
psicológicos.

A saúde mental, independentemente da causa, também pode


afetar nossa capacidade de garantir nosso sustento e de manter as
finanças em ordem. Que tal uma conversa sobre tudo isso, então?

Boa leitura!
1.
A relação entre saúde mental
e saúde financeira

Falar da relação entre saúde mental e saúde financeira passa, antes


de qualquer coisa, pela garantia das nossas necessidades básicas.
Você conhece o Maslow? Não? Tudo bem, a gente te conta.

Abraham Maslow foi um psicólogo que criou uma pirâmide capaz


de estruturar as nossas necessidades, do básico à realização
pessoal. Sem conseguir atender as prioridades fisiológicas, como
comer e dormir, a gente não consegue subir para o próximo
degrau da pirâmide e por aí vai.
Nossa mente, assim como nosso corpo, precisa de alimento e
descanso para funcionar bem. Sem isso, pode ser impossível
conseguir trabalhar de modo a ganhar o dinheiro necessário
para comer e dormir um sono tranquilo.

Já começou a entender melhor essa relação?

Indo adiante: se o básico não falta, mas por algum motivo as


dívidas existem, o estresse e outros problemas mentais podem se
manifestar. Por fim, se outros motivos afetaram a saúde mental,
pode se tornar difícil trabalhar ou mesmo se lembrar de pagar as
contas em dia.

Um problema é capaz de desencadear o outro e vice-versa. Com


isso, vale ressaltar que não tem essa de “depressão é coisa de rico”
ou “quem sabe o que é problema de verdade não tem essas
frescuras”, ok?
2.
Cada pessoa lida com isso
à sua maneira

É natural de nossa parte esperar que todo mundo se sinta da


mesma forma diante de determinada situação, mas não é bem
assim. Tem gente que não sabe como Fulana está sempre
bem-humorada se tem dívidas a pagar ou não entende Beltrano
que é “bem de vida”, mas tá sempre cabisbaixo.

Às vezes, quando uma pessoa encara a situação de um modo


diferente do que a gente espera, achamos que está errado. Porém,
o errado é tentar medir o mundo com a própria régua, ou seja,
achar que todo mundo é igual.

Quando o assunto é dinheiro, cada pessoa lida de uma forma e isso


tem relação com suas vivências, sobretudo as que ocorreram ainda
na infância.
Não é (necessariamente) falta de conhecimento

Você acha que tem dívidas porque não aprendeu a cuidar do seu
dinheiro e ponto final? Ter conhecimentos sobre organização financeira
faz diferença, mas não é a única solução.

O segredo para não ter dívidas você já deve saber: gastar menos do que
ganha. Esse é um ensinamento simples demais pra gente jogar para a
falta de conhecimento a responsabilidade sobre uma situação financeira
complicada.

É claro, há uma série de fatores que incluem até mesmo a desigualdade


estrutural. Por ora, porém, o que queremos destacar é que você precisa
analisar suas vivências e pensar diferente.

Por exemplo: se na sua família as pessoas sempre tiveram dívidas porque


nunca organizaram suas despesas e receitas, você pode achar que a
realidade é essa. Mas, é possível fugir disso!

Seja na ponta do lápis ou usando aplicativos de gestão financeira, você


pode conhecer melhor sua realidade e, a partir daí, cuidar melhor da
saúde financeira e da mental.
3.
Como identificar emoções trazidas pela
situação financeira (e vice-versa)

Se você ainda não sabia disso, temos uma notícia não muito legal:
segundo a OMS, o Brasil é o país mais ansioso do mundo. É… Manter
a sanidade mental por aqui é um desafio para a maioria de nós.

As causas da ansiedade e de outros transtornos psiquiátricos variam.


Seria irresponsável de nossa parte dizer que isso tem a ver só com
dinheiro, mas já vimos que essas questões podem ter uma relação
direta.

Pois bem. Como entender se o que você sente tem a ver com sua
situação financeira ou se tem alguma outra justificativa? Você pode
tentar a autoanálise ou até mesmo, se preciso, buscar ajuda
profissional.

Quando a saúde mental não vai bem, nosso humor muda. Se você
perceber que sente mais raiva e inquietação quando uma conta
chega, por exemplo, pode ser um sinal.

Analisou, mas tá em dúvida? Psicólogos e psiquiatras podem ajudar


não só a entender a causa da sua situação mental como a te preparar
para buscar soluções.
“Vice-versa”: como saber se as emoções estão
afetando as finanças

Já está claro que problemas de saúde mental podem fazer alguém


que tinha as finanças em dia ver o saldo bancário ficar no vermelho,
certo? Então, vamos falar sobre como perceber esse problema.

Tem gente que, quando não está com a saúde mental equilibrada,
nem consegue levantar da cama para ir trabalhar. Que dirá se
lembrar de pagar as contas em dia. Aí a relação é fácil de perceber.

Porém, tem gente que parece seguir uma vida normal, mas vê o
saldo bancário só diminuindo. Se você trabalha por produtividade, o
ponto de atenção pode ser a variação nos seus rendimentos.

Se você recebe salário fixo, mas ainda assim está vendo a situação
apertar, o que pode ter mudado é sua capacidade de tomar decisões
conscientes na hora de pagar contas e fazer novas compras.
4.
A importância do equilíbrio
entre a sua mente e
o seu bolso

Dinheiro paga plano de saúde bom? Paga. Dinheiro paga terapia?


Paga também! Mas nada disso significa que você pode se esgotar de
tanto trabalhar pensando que, se preciso for, vai conseguir pagar
ajuda médica para cuidar da saúde mental.

Do outro lado está a ideia de que é preciso cuidar da mente,


inclusive curtindo momentos de lazer, descanso e autocuidado,
mas sem deixar que falte compromisso com o trabalho ou com a
organização financeira.

O segredo de tudo é o equilíbrio. Não dá para sair comprando


“blusinha atrás de blusinha” (ou qualquer que seja seu mimo
favorito) pensando que você merece, pelo bem de sua saúde mental
e complicar as finanças.

E também não vale a pena se esforçar para manter a saúde


financeira em ordem e não gastar nem um pouquinho para se
presentear de vez em quando.
Priorize a organização

Uma das dicas mais importantes de cuidado com a saúde financeira


é a organização. Você precisa saber quanto ganha e quanto gasta a
cada mês e isso requer dedicação.

Anote suas despesas e seus ganhos de forma detalhada:

Clique aqui e acesse uma


planilha completa para te
ajudar nessa missão!

No começo, esse vai ser um exercício meio chato, mas logo sua
importância se revela. Entendendo direitinho o que a gente gasta
e ganha, conseguimos ver onde é possível economizar e evitar o
estresse que desencadeia problemas de saúde mental.

Conseguimos, também, nos organizar para conquistar cada vez mais


coisas e, assim, fazer com que dinheiro seja motivo de alegria e não
de uma conversa que a gente preferia não ter.
Mais dicas para cuidar do bolso:

Se você tem dívidas, crie um plano para


realizar seu pagamento. É importante
quitar as dívidas maiores primeiro e, se
preciso for, super vale tentar renegociar.
Faça um plano
de pagamento O banco, ou qualquer que seja a
instituição a qual você deve, quer receber.
Assim, é melhor receber em condições
diferentes - como parcelas menores e em
um prazo maior - do que simplesmente
nunca ver a cor do dinheiro.

Tenha cuidado com o cartão de crédito e


pague o valor total da fatura sempre que
possível.

Crédito não é dinheiro. Na verdade, ao pagar


no crédito você contrai uma dívida que vai
precisar pagar no prazo estabelecido pelo Cuidado com o
banco. Do contrário, lidará com juros altos! cartão de crédito

Se você consegue manter a disciplina e a


organização, vale a pena ter cartão de crédito
para contar com vantagens como o
parcelamento. Porém, é sempre bom ter
atenção.
Fuja das compras por impulso e pense na
regra dos três “sins”.

Ao sentir aquela vontade louca de comprar


Regra dos algo que não seja de necessidade básica,
três “sins” responda a três perguntas: eu preciso? Eu
tenho dinheiro? Tem que ser agora?

Se você não responder “sim” às três, é sinal


de que pode não ser a hora certa
para comprar.

Saiba que nem tudo estará bem sempre

Mesmo com uma boa organização, é fundamental aceitar que as


coisas não estarão bem sempre. Faz parte da vida, não é?

Ter consciência disso é importante para que você seja gentil com
você. Em um dia mais difícil, se você cobrar o máximo de
produtividade, vai acabar se frustrando.

Isso pode desencadear uma noite mal dormida, mais estresse no dia
seguinte… E a bola de neve vai só crescer, podendo afetar até a saúde
financeira.
Mais dicas para cuidar da saúde:

Faça o possível para atender às suas


Atenda as suas
necessidades básicas. Faz bem para a
necessidades
mente que você se alimente bem, durma
básicas
bem e pratique exercícios físicos.

O nosso corpo fala. A linguagem é diferente


da que usamos no dia a dia, mas os recados
são dados com frequência.
Atente-se aos
sinais do seu Um exemplo simples é o aumento da queda
corpo de cabelo que, comumente, é sinal de
estresse. Ao perceber sinais assim, avalie como
está sua saúde mental e invista no
autocuidado e no acompanhamento
profissional, se preciso.

Encontre pessoas com quem conversar


sobre questões pessoais. É difícil acreditar
que mesmo no Brasil, o país mais ansioso do
mundo, a saúde mental ainda seja um tabu para
muitos. Converse
sobre questões
Pouco a pouco, as pessoas estão se abrindo mais pessoais
para falar a respeito de suas dores e para ouvir. Vá
atrás disso. Encontre uma pessoa amiga com a
qual você possa se abrir e trocar experiências. Colo-
car pra fora o que nos aflige faz bem.
Conclusão

A relação que temos com o dinheiro causa dilemas há tempos. É


difícil achar quem não queira se preocupar menos com as finanças,
mas saiba que é preciso continuar na labuta dia após dia para
arrumar mais dinheiro.

Por isso, a organização que tanto mencionamos faz a diferença. O


mesmo vale para a consciência de que nem tudo estará bem o
tempo todo.

Ambos os fatores nos ajudam a enxergar a realidade com mais


clareza e isso nos leva a tomar decisões plausíveis para resolver
problemas e realizar sonhos, mantendo o bem-estar. Equilíbrio que
fala, né?

Oh, pode ter certeza: a gente sabe que não é fácil, mas é possível
fazer essa relação entre saúde financeira e saúde mental se tornar
positiva. Aliás, é cuidando de ambos, pouco a pouco, que a gente
estabelece uma situação cada vez mais favorável.

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Por isso, nós queremos falar com pessoas reais sobre problemas reais:
como sair das dívidas, como não gastar mais do que você ganha, o que
fazer para sobrar aquele dinheirinho no final do mês.

Queremos ajudar famílias a acabarem com suas pendências


financeiras, terem mais qualidade de vida, tirarem o nome do SERASA
e do SPC e aí, quem sabe, começarem a guardar uma graninha para
investir na casa ou fazer aquela viagem no final do ano.

A nossa principal premissa é: Devo, não nego. Pago quando puder!

Isso porque ninguém precisa ter vergonha ou medo de falar sobre as


suas dívidas. Como dá para ver, é muito mais comum do que parece.

O importante é saber como sair delas e, melhor ainda, evitar que elas
voltem! E é para isso que nós estamos aqui!

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