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Nampula-Moçambique, 11/07/2021
Introdução
Sendo assim, houve um momento que se tornou necessário classificá-los. Um critério bastante
útil seria agrupá-los segundo as suas propriedades. O qual se dá início desde as contribuições de
Dalton até aos de Seaborg. Foi realmente o que ocorreu, resultando daí uma tabela denominada
Tabela Periódica. Nas páginas a seguir veremos detalhadamente esses assuntos.
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No início do séc. XIX John Dalton, um químico e físico inglês, listou os elementos, cujas massas
atómicas eram conhecidas, por ordem crescente de massa atómica, cada um com as suas
propriedades e seus compostos. Não houve uma tentativa de efectuar qualquer arranjo ou modelo
periódico dos elementos. Facilmente se constatou que a lista não era esclarecedora: vários
elementos que tinham propriedades semelhantes (halogéneos, por exemplo) tinham as suas
massas atómicas muito separadas.
Antoine Lavoisier
Johann W. Döbereiner
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Em 1817, o cientista alemão Johann W. Döbereiner agrupou alguns elementos com propriedades
análogas – Lei das Tríades, que eram grupos de três elementos com propriedades semelhantes.
Por exemplo:
Alexander B. de Chancourtois
John A. R. Newlands
Li Be B C N O F
Na Mg Al Si P S Cl
1 2 3 4 5 6 7
O trabalho de Mendeleyev foi, porém mais meticuloso: ele anotava as propriedades dos
elementos químicos em cartões; pregava esses cartões na parede de seu laboratório; mudava as
posições dos cartões até obter uma sequência de elementos em que se destacasse a semelhança
das propriedades.
Foi com esse quebra-cabeça que Mendeleyev chegou à primeira tabela periódica, verificando então
que havia uma periodicidade das propriedades quando os elementos químicos eram colocados em
ordem crescente de suas massas atómicas. Em uma de suas primeiras tabelas, Mendeleyev colocou
os elementos químicos conhecidos (cerca de 60, na época) em 12 linhas horizontais, em ordem
crescente de massas atómicas, tomando o cuidado de colocar na mesma vertical os elementos de
propriedades químicas semelhantes. Surgiu, então, a seguinte tabela:
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• Veja o final da linha (série) de número 7. Na sequência das massas atómicas, o Iodo (127)
deveria vir antes do Telúrio (128). No entanto, Mendeleyev, desrespeitando seu próprio critério
de ordenação, inverteu as posições de ambos, de modo que o Iodo (127) viesse a ficar em baixo
(na mesma coluna) dos elementos com propriedades semelhantes a ele o Cloro (35,5) e o
Bromo (80).
Para se justificar, Mendeleyev alegou que as medições das massas atómicas, na época, estavam
erradas. Hoje sabemos que a ordem de Te e I é a correta.
• Outro grande tento de Mendeleyev foi deixar certas ―casas‖ vazias na tabela;
— Na linha (série) número 4, Cálcio(40) e ―casa‖ vazia e Titânio (48), para que o Ti fique abaixo
do Carbono (C), com o qual se assemelha; na linha (série) número 5, Zinco (65)→
―casa‖ vazia → ―casa‖ vazia →Arsénio (75), para que o As fique abaixo do Fósforo (P), com
o qual se assemelha.
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A justificativa de Mendeleyev foi de que no futuro seriam descobertos novos elementos que
preencheriam esses lugares vazios. De fato, a História provou que ele estava certo: em 1875 foi
descoberto o gálio (68); em 1879, o Escândio (44); e em 1886, o germânio (72).
Mendeleyev foi além: conseguiu prever com grande precisão as propriedades do escândio e do
germânio alguns anos antes de esses elementos serem descobertos.
As conclusões de Mendeleyev, podemos dizer que ele estabeleceu a chamada lei da periodicidade:
Na sequência dos dados históricos que mostramos (desde Döbereiner até Mendeleyev) e na
descoberta de vários novos elementos químicos, você pode perceber como a evolução da ciência
é gradativa, exigindo muito esforço dos cientistas para irem reunindo e complementando novas
descobertas, novos conhecimentos e novas idéias, a fim de tirar conclusões que possam explicar
a natureza de maneira cada vez mais geral e abrangente. (Note, por exemplo, que a tabela de
Mendeleyev engloba as tríadas de Döbereiner, o parafuso de Chancourtois e as oitavas de
Newlands).
HenryMoseley
Neste contexto, Moseley verifica que as propriedades dos elementos se repetem periodicamente
quando estes são colocados por ordem crescente de número atómico – Lei Periódica de Moseley.
Estava dado o grande passo na organização dos elementos químicos. Algumas das incongruências
existentes na tabela de Mendeleev podiam agora ser explicadas. O potássio deve seguir-se ao árgon,
visto que o primeiro tem número atómico 18 e o segundo número atómico 19.
Glenn Seaborg
A última grande modificação na Tabela Periódica resultou do trabalho de Glenn Seaborg, na
década de 50. Depois da descoberta do plutónio em 1940, Seaborg descobriu os elementos
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transuranianos desde o número atómico 94 até aos 102. Com estes novos elementos, ele
reconfigurou a Tabela Periódica, colocando os elementos da série dos actinídeos (elementos de
número atómico de 90 a 103) a seguir à série dos lantanídeos (elementos de número atómico de
58 a 71), na zona inferior da Tabela Periódica.
Além de ser mais completa que a tabela de Mendeleyev, a Classificação Periódica moderna
apresenta os elementos químicos dispostos em ordem crescente de números atómicos. De fato,
em 1913, Henry G. J. Moseley estabeleceu o conceito de número atómico, verificando que esse
valor caracterizava melhor um elemento químico do que sua massa atómica (assim
desapareceram, inclusive, as ―inversões‖ da tabela de Mendeleyev, como no caso do iodo e do
telúrio).A partir daí a lei da periodicidade ganhou um novo enunciado:
Fonte: https://www.tabelaperiodicacompleta.com/wp-content/uploads/tabela-periodica-completa.pdf.
A tabela periódica é constituída por e colunas horizontais (períodos), e colunas verticais (grupos).
Os períodos
As filas horizontais da tabela periódica são chamadas períodos e são enumeradas com algarismos
arábicos de 1 a 7.
K L M
2 8 1
K L M
2 8 7
―Átomos de um mesmo período possuem o mesmo número de camadas ocupadas.‖ (Boni &
Goldani, 2007, p. 107, grifo nosso).
As dezoito linhas verticais que aparecem na tabela são denominadas colunas, grupos ou famíliasde
elementos. Algumas famílias têm nomes especiais, a saber:
―O hidrogénio (H-1), embora apareça na coluna 1A, não é um metal alcalino. Aliás, o
hidrogénioé tão diferente de todos os demais elementos químicos que, em algumas
classificações, prefere-se colocá-lo fora da Tabela Periódica.‖ (FELTRE, 2004, p. 115, grifo
do autor).
―Quando a família não tem nome especial, é costume chamá-la pelo nome do primeiro
elemento que nela aparece; por exemplo, os da coluna 5A são chamados de elementos da família
ou do grupo do nitrogénio.‖ (FELTRE, 2004, p. 115, grifo do autor).
Elementos de transição
Os elementos de transição são os pertencentes aos grupos de 3 a 12. Todos eles são metais.Os
metais que constituem os elementos de transição são classificados em elementos de transição
extrema e elementos de transição interna.
Como são 15 lantanídeos e 15 actinídeos, eles são desdobrados em duas séries, colocados
logo abaixo da tabela. Os actinídeos, são todos radioactivos, sendo que os de número
atómico de 93 a 103 são todos artificiais, isto é, obtidos em laboratório, não sendo
encontrados na natureza. Os elementos de número atómico 93 (Netúnio) e 94 (Plutónio)
são também produzidos artificialmente, mas já foram encontrados em pequenas
quantidades na natureza.
Todos os outros elementos de transição não pertencentes aos lantanídeos e a actinídeos são
elementos de transição externa ou simples.
Elementos representativos
Elementos representativos são os elementos localizados nos grupos 1, 2, 13, 14, 15, 17
e 18. São, portanto, oito as famílias de elementos representativos, entre os quais se
encontram alguns metais, todos os não metais e todos os gases nobres.
Metais: apresentam alta condutividade eléctrica e térmica; em geral são densos, têm
propriedades de reflectir a luz, manifestando brilho típico; apresentam altos pontos de fusão
e ebulição; apresentam ductibilidade, maleabilidade; perdem facilmente electrões dando
origem a iões positivos; poucos electrões na última camada. Com excepção do mercúrio,
todos os metais são sólidos a temperatura ambiente de 25º e 1 atm.
Não metais: apresentam propriedades opostas às dos metais. São mais abundantes na
natureza e, ao contrário dos metais, não são bons condutores de corrente eléctrica, não são
maleáveis e dúcteis e não possuem brilho como os metais (em geral são opacos). Têm
tendência de ganhar electrões, transformando-se em aniões. Apresentam, via de regra,
muitos electrões (mais de 4) na última camada.
Gases nobres: estes gases têm características de não se combinarem com os demais
elementos.
“Os gases nobres são também conhecidos de ‗gases inertes‘, porém o termo não é exato
visto que já tem sido demonstrado que alguns podem participar de reacções químicas.‖
(BONI & GOLDANI, 2007, p. 109).
XeF4, XeF6. O rádon foi combinado com flúor produzindo o fluoreto de rádon (RnF),
que brilha intensamente na cor amarelada quando no estado sólido. Além disso, o
Crípton pode ser combinado com flúor formando KrF, o xénon para produzir o
biatómico de curta duração Xe2, assim como pode-se reagir gás nobre com outros
haletos, como XeCl, usado em lasers.
Oficialmente são conhecidos hoje 114 elementos químicos, onde são classificados em naturais
(que constituem toda é qualquer matéria do Mundo físico e são encontrados na natureza), e
artificiais sintéticos (que foram obtidos em laboratório). Dos 114 elementos químicos, 88 são
naturais e 26 artificiais. Os elementos químicos artificiais podem ser classificados em:
Gasoso: H, O, N, F, Cl;
Líquidos: Hg e Br;
Sólidos: Os demais elementos.
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Conclusão
A prior durante a fase deste trabalho concluímos que assim como qualquer uma outra ciência evolui,
assim também foi com a Química a partir das pesquisas e estudos da natureza partindo Dalton que
foram catalisadores para outros cientistas afim de ter respostas do que realmente a matéria é
constituída.
Dentre vários postulados, a proposta da Tabela mais abrangente foi a de Mendeleyev que para além
de uma tentativa de organização dos elementos químicos, ele também fez previsões de novos
elementos que praticamente iriam se enquadrar nos espaços vazios. E assim foi que aconteceu.
Glenn Seaborg, que foi o último retorque, descobriu todos s elementos transuranianos, isto é,
elementos desde o número atómico 94 até ao 102, tendo reconfigurado a tabela periódica e colocado
a série dos actinídeos abaixo da série dos lantanídeos.
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Referências Bibliográficas
DE BONI, Luis Alcides Brandini. GOLDANI Eduardo. Introdução Clássica à Química Geral. Rio
de Janeiro-RJ: Tchê Química, 2007.
RUSSELL, John b. Química Geral Volume I. 2a Edição. São Paulo: Makron Books, 1994.
MONJANE, Armindo; CUCO, Ricardo Américo. Pré- Univérsitario – Química 11. Maputo:
Longman, 2010.
˂https://www.tabelaperiodicacompleta.com/wp-content/uploads/tabela-periodicacompleta.pdf˃.
Acesso em 22 08 2019.