Durante séculos, a atenção psicológica aos enfermos confundiu-se com a atenção
religiosa. No Brasil o modelo de assistência hospitalar ganhou destaque no trabalho missionário de Madre Paulina (1865-1942). Após a Segunda Guerra Mundial, os hospitais se constituíram de equipes interdisciplinares, cumprindo um papel de promotores de saúde, construindo sistemas de atenção integral ao indivíduo. Fez-se então necessário que o acompanhamento psicológico evoluísse da concepção religiosa para atenção psicológica profissionalizada. Nos anos 50 a vida hospitalar ainda seguia as normas rígidas da Medicina Científica. A neutralidade era valorizada, a assepsia e a intervenção considerada objetiva. Se questiona o modelo biomédico e os trabalhos de Freud, Jung, Lacan e outros mostravam a interação entre mente, corpo e ambiente. A sociedade, a cultura, a economia e o comportamento influíam na manutenção da saúde e na ocorrência de desequilíbrios que resultavam em doenças. Começa a surgir um modelo alternativo, biopsicossocial. Inicia uma ampliação do conceito de Psicologia Hospitalar e, para alguns especialistas, o melhor termo seria Psicologia da Saúde. Combinação entre os saberes educacionais, científicos e profissionais da psicologia em ação integrada para a prevenção de doenças, promoção do bem-estar e manutenção da saúde. Diante do exposto, esse trabalho tem o objetivo de discutir as práticas da Psicologia diante de situações de vida e morte, na equipe multidisciplinar, considerando múltiplas visões de mundo do paciente, do familiar e equipe de saúde. Os resultados desse trabalho indicam que o profissional de Psicologia tem o objetivo de buscar a restituição do equilíbrio do indivíduo e a sua reintegração em seu contexto psico-socio-cultural, Dessa maneira podemos pensar como o Psicólogo pode intervir e contribuir com seu saber como forma de promover saúde e bem estar, como reza o Código de Ética.