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JACOB LEVY MORENO

Professor Doutor Marcello Santos


Jacob Levy Moreno (1889-1974)
Psiquiatra romeno
de origem
judaica, é
conhecido como
o pai do Teatro
Espontâneo,
Psicoterapia de
Grupo,
Psicodrama e
Sociodrama e
Sociometria.
Objeto de Estudo
Estrutura Latente dos Grupos
(Latente ‡ Manifesto)

Não é apenas uma distribuição


de afetos num grupo

Trata-se de uma realidade afetiva e cognoscitiva:

- A forma como unem o grupo e seus membros


- A forma como vive sua própria situação no grupo
- Percepção dos outros e a “distância social” que
experimenta em relação a eles
- A forma como é percebido pelos outros
Jacob Levy Moreno

Acreditava que no teatro existiam


“possibilidades ilimitadas para a investigação
da espontaneidade no plano experimental”.
Com a criação do “ jornal vivo ”, estavam
sendo lançadas as raízes do Sociodrama.
Em 1931, introduziu o termo Psicoterapia de
Grupo, onde teve sua origem científica.
Jacob Levy Moreno
Ao nascer, a criança é inserida num conjunto
de relações, primeiramente com sua mãe
(que é seu primeiro ego auxiliar), seu pai,
irmãos, avós, tios, etc.; este conjunto foi
denominado de Matriz de Identidade.

O homem para Moreno é um indivíduo social,


pois nasce em sociedade e necessita dos
outros para sobreviver, sendo apto para
conviver com os demais
Socionomia

Assim, ele criou a


Socionomia, que
significa o estudo das
leis que regem o
comportamento social
e grupal.
Sociodinâmica

Estudo do funcionamento (ou dinâmica) das


relações interpessoais. Tem como método de
estudo o role-playing, que permite ao
indivíduo atuar dramaticamente diversos
papéis, desenvolvendo deste modo um papel
espontâneo e criativo.
Sociatria
Constitui a terapêutica das relações sociais, e
utiliza como método:

1. Psicoterapia de Grupo
2. Psicodrama
3. Sociodrama
Jacob Moreno

A espontaneidade, a criatividade e a
sensibilidade são recursos inatos do homem.
Desde o início ele traz consigo fatores
favoráveis a seu desenvolvimento, porém
estes podem ser perturbados por ambientes
ou sistemas sociais constrangedores
Jacob Moreno
O fator E ou espontaneidade é a capacidade
de responder adequadamente à situação,
utilizada pela primeira vez no nascimento.

O homem nasce espontâneo e deixa de sê-lo


devido a fatores adversos tanto do ambiente
afetivo-emocional (Matriz de Identidade e
átomo social), quanto do ambiente social em
que a família se insere (rede sociométrica e
social).
Jacob Moreno
Para que tenhamos o prazer de nos sentirmos
vivos é preciso que nos reconheçamos como
agentes de nosso próprio destino.

A espontaneidade é a capacidade de agir de


modo “adequado” diante de situações novas,
procurando transformar seus aspectos
insatisfatórios.
Tele

Segundo Moreno, a criança aos poucos, com o


desenvolvimento de um fator inato, chamado
Tele, vai distinguindo objetos e pessoas, sem
distorcer seus aspectos essenciais; assim
Tele é a capacidade de perceber de forma
objetiva o que ocorre nas situações e o que
se passa entre as pessoas.
Tele

Toda ação pressupõe relação, factual ou simbólica


(relação com pessoas reais ou imaginárias, que
têm sua presença representada). Toda relação
pressupõe formas de comunicação.

O fator Tele influi decisivamente sobre a


comunicação, pois só nos comunicamos a partir
do que podemos perceber. Para Moreno, Tele é
também uma “percepção interna mútua entre
dois indivíduos”.
Tele

A empatia é a captação, pela sensibilidade dos


sentimentos e emoções de alguém ou
contidas, de alguma forma, em um objeto.
Assim, Moreno escreveu certa vez que “o
fenômeno Tele é a empatia ocorrendo em
duas direções”.
Transferência
Equivale ao embotamento ou à ausência do
fator Tele, e como o Psicodrama tinha por
objetivo reavivar a espontaneidade e o Tele,
a recuperação destes, seriam fatores de
saúde mental e criatividade, superando o
apego desfavorável a situações do passado.
Tele
Um dos objetivos do
Psicodrama, do
Sociodrama e da
Psicoterapia de Grupo é
descobrir, aprimorar e
utilizar os meios que
facilitem o predomínio
das relações télicas
sobre relações
transferenciais.
Encontro

É a experiência essencial da relação télica, é


apelo para a sensibilidade do próximo, é
apelo da espontaneidade. É no momento do
encontro e no momento da criação, onde há
situações em que o ser humano se realiza,
afirmando o que é essencial no seu modo
de ser.
Psicodrama

O homem é definido por dimensões


de sua existência

Cada um pensa, sente, age em função de


múltiplos papéis sociais, profissionais e
maritais. São as personagens. A pessoa
sente-se congruente ou incongruente no
desempenho de seus papéis
Psicodrama
A palavra role está ligado a um papel teatral,
uma máscara que usamos para representar
algumas atitudes preconcebidas, para
encarnar uma personagem diferente de
nossa própria personalidade

NÃO SOMOS NÓS MESMOS


Quem decide meu papel ?

1. O papel que decidi representar com


anterioridade
2. O papel que creio representar
3. O papel que esperam de mim
4. O papel que me dão
5. O papel que realmente representei
Psicodrama
Moreno formava psiquiatras, psicólogos,
professores,pedagogos – especialistas em Relações
Humanas.

Psicodrama – Ação terapêutica de representação


Ciência que Explora a verdade dos seres humanos ou a
realidade das situações por métodos dramáticos

Ligado à vida de cada um, quanto à dinâmica de grupo, as


interações entre os membros do grupo e entre estes e
seus monitores e terapeutas
Psicodrama
Há momentos em que existem diversos papéis
a serem representados, que ninguém vê
claramente

Aprender a assumir papéis necessários, ser


capaz de mudar de papel para fazer frente às
exigências de dada situação é ajustamento
da personalidade social, que afirma a própria
personalidade
Psicodrama

Prática pedagógico-
terapêutica:
Aprender a eliminar
“papéis crônicos”
Psicodrama
Terapêutico Pedagógico

Libera Serve para Colocar e


tensões resolver problemas
Inibições
Dificuldades Utilizado para se
Traumas exercitar na maneira
pela qual os papéis são
desempenhados ou
Catarse “do passado para enfrentar
no presente” ou situações novas
“do futuro no
passado”
Referências

http://www.saskiapsicodrama.com.br/Jacob-Le
vy-Moreno/jacob.html

MINICUCCI, A. Dinâmica de Grupos: Teorias e


Sistemas (pg. 35 a 39)

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