Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Moreno traz na sua teoria o conceito de “Matriz de Identidade” que pode ser significado
como o local do nascimento do sujeito, as pessoas e os objetos com os quais ele se
relaciona, isto é, o ambiente em que ele está inserido desde o nascimento, que, por sua
vez, irá contribuir para o seu processo definição como indivíduo. Nesse sentido, “identidade”
deve ser devidamente diferenciado do termo “identificação”. Identidade precede a
identificação, ou seja, está presente nas fases mais remotas do desenvolvimento da
criança. A “identificação” só é possível quando já existe uma noção de “eu” estabelecida e
o sujeito consegue diferenciar a si mesmo dos demais.
Quando nasce, a criança se encontra em um chamado Primeiro Universo que é dividido em
dois tempos:
Redes Sociométricas
Redes sociométricas são compostas por vários átomos sociais (relações interpessoais que
se desenvolvem a partir do nascimento), mas nem sempre são evidentes. Esses fenômenos
são objetivamente observáveis, embora apresentem também variáveis subjetivas. As redes
se formam a partir de vários papéis que cada um desempenha, como por exemplo o papel
profissional.
Teoria dos Papéis
Papéis Psicossomáticos
Os papéis psicossomáticos são os primeiros dentre todos os papéis. Eles dependem das
atitudes e satisfações que se encontram nos primórdios da identidade e estão diretamente
ligados com o ego-auxiliar e as “respostas” dadas por ele. Consistem em aprendizagem
emocional e principalmente, na imitação, mais especificamente chamada de “processo
infantil de adoção de papéis”. Esse tipo de papel pertence às fases de indiferenciação e de
realidade total da matriz.
Esses dois tipos de papéis emergem quando se instaura a fase da brecha entre fantasia e
realidade. É importante ressaltar que a fantasia não perde seu poder e sua função, apenas
fica delimitado o seu devido âmbito. Aos poucos, o Segundo Universo é inaugurado e a
função de realidade é imposta à criança. Os papéis psicodramáticos se desenvolvem
quando a criança conquista a capacidade de diferenciação da realidade e da fantasia.
Nos papéis sociais ocorre a função de realidade e nos papéis psicodramáticos, a fantasia
ou função psicodramática. Os papéis psicodramáticos correspondem à dimensão individual
e os sociais, à dimensão da interação social.
O desenvolvimento de um novo papel passa por três fases:
1) Role-taking: basicamente imitar um papel a partir de um modelo.
2) Role-playing: explorar as possibilidades de representação do papel.
3) Role-creating: desempenhar o papel de forma espontânea e criativa.