Este documento descreve três modelos de prestação de serviços em saúde mental: 1) O Modelo de Funcionamento Comunitário foca no ensino de competências para aumentar a autonomia e prevenir hospitalizações; 2) O Modelo de Gestão de Serviços pelos Consumidores é administrado por pessoas com experiência em saúde mental; 3) O Modelo de Suporte Social fornece apoio emocional e instrumental à comunidade por meio de agentes voluntários ou remunerados.
Este documento descreve três modelos de prestação de serviços em saúde mental: 1) O Modelo de Funcionamento Comunitário foca no ensino de competências para aumentar a autonomia e prevenir hospitalizações; 2) O Modelo de Gestão de Serviços pelos Consumidores é administrado por pessoas com experiência em saúde mental; 3) O Modelo de Suporte Social fornece apoio emocional e instrumental à comunidade por meio de agentes voluntários ou remunerados.
Este documento descreve três modelos de prestação de serviços em saúde mental: 1) O Modelo de Funcionamento Comunitário foca no ensino de competências para aumentar a autonomia e prevenir hospitalizações; 2) O Modelo de Gestão de Serviços pelos Consumidores é administrado por pessoas com experiência em saúde mental; 3) O Modelo de Suporte Social fornece apoio emocional e instrumental à comunidade por meio de agentes voluntários ou remunerados.
O Modelo de Funcionamento Comunitário, desenvolvido por Stein, Test
e Marx, tem como objetivo principal facilitar as relações na comunidade e os seus níveis de funcionamento, e foi desenvolvido a partir do momento em que foi constatado que as hospitalizações sucessivas não surtiam resultados positivos no que diz respeito à integração na comunidade e que o que era aprendido neste ambiente não era transferido para a população.
Devido a isso, foi pensado na lógica de prestação de serviços à
comunidade, onde competências para aumentar a autonomia seriam ensinadas à população a fim de prevenir o grande número de hospitalizações e minimizar a sintomatologia psiquiátrica. Essas competências se reúnem em quatro áreas principais:
Competências de resolução de problemas do dia-a-dia;
Competências vocacionais e habitacionais;
Competências de utilização dos tempos livres;
Competências nas relações interpessoais.
As seis linhas de orientação desse modelo são: a minimização das
hospitalizações, prevenindo a institucionalização; o foco dos serviços no ensino
de competências; o desenvolvimento de um trabalho com os familiares,
transformando-os em agentes de suporte e colaboração; a atenção por parte
dos profissionais na concretização das atividades fundamentais para a
manutenção dos usuários dos serviços dentro da comunidade; o estreitamento
das relações entre instituição e indivíduos, fazendo com que todos possam
colaborar; o envolvimento permanente, por parte dos profissionais, dos
usuários dos serviços, para que estes assumam a responsabilidade de
participação, progressivamente. Modelo de Gestão de Serviços pelos Consumidores
Este modelo é caracterizado pela administração, prestação e avaliação
dos serviços realizadas pelas próprias pessoas com experiência na doença mental, os consumidores, que já passaram por serviços na área da saúde mental. Desta forma, é possibilitada a troca de informações, orientações e encorajamento, proporcionando uma rede de suporte em um ambiente de confiança e proximidade. Neste modelo, existe a liberdade de escolha por parte dos consumidores, no que diz respeito à participação voluntária nos serviços, sendo que estes devem responder às necessidades que são definidas pelos próprios usuários, que assim podem selecionar áreas específicas de interesse para participarem. Aqui, não existem diferenças entre profissionais e consumidores, visto que todos são membros de um grupo e podem estar em ambas posições: dar e receber ajuda, e a operacionalização se dá a partir da democracia participativa.
Modelo de Suporte Social
Neste modelo, a prestação de serviço é realizada por agentes
comunitários não-profissionalizados, remunerados (Modelo de Rhinelander) ou voluntários (Modelo de Cooperação), ou seja, por cidadãos que atuam com agentes de suporte comunitário que proporcionam apoio emocional ou instrumental. Este modelo não substitui os serviços profissionalizados, mas funcionam como um complemento na prestação de serviços, facilitando o acompanhamento de situações individuais como por exemplo na medicação, na defesa cívica e nos aspectos gerais da vida comunitária. Aqui se preza a ideia de que o conhecimento e as competências podem ser ensinados nos espaços naturais em que as pessoas vivem, visto que este relacionamento individualizado aumenta o sentimento de pertença, a autoestima e as competências sociais, prevenindo re-hospitalizações e evitando o isolamento social.