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Nome: Gabriela Viviane Nabozny Ribeiro

Matéria: Psicologia Social


Turma: 2º ano

Resenha “A Individualização do Social”

O texto dá enfoque aos três momentos em que a psicologia se aproxima de


fato do social, a fim de entender o papel e funções dessa relação no novo modelo
de economia capitalista. Essas três aproximações, que são na verdade não mais
que três teorias distintas, vêm para dar sentido ao momento histórico em que se
configuram, expressam uma verdade de um certo tempo, deixando evidente as
relações entre a produção da subjetividade e a produção de um determinado
conhecimento. Estas aproximações estão ligadas à transição da sociedade de um
modelo disciplinar para um modelo de controle. Lembrando que o estudo do social
se dá de forma “individualizada”, ou seja, estudar o social através do indivíduo.
O primeiro momento se dá com o fenômeno das multidões, analisado e
teorizado por Le Bon, visto que esse era uma ameaça ao sistema capitalista liberal
da época. Para este autor, o modelo social em vigor deveria ser preservado, e essa
grande massa, que poderia deixar evidentes as desigualdades trazidas pelo
capitalismo, deveria ser governada por um líder.
Para Moscovici, as multidões sempre existiram, mas antes eram
consideradas “invisíveis e inaudíveis” e só saíram dessas condições devido à uma
“aceleração da história”. Já para o autor do texto, essa “invisibilidade e
inaudibilidade” seriam decorrentes de uma desterritorialização geográfica e que elas
só abandonam essas condições porque mudam de uma desterritorialização
geográfica para uma desterritorialização “sem sair do lugar”, desterritorialização de
conceitos, problematizando novos problemas causados pela nova configuração do
social.
Devido aos fenômenos de massa, cria-se um vínculo entre a psicologia das
multidões e a política em si, sendo que a primeira tem como objetivo, não só emitir
sugestões sobre como “lidar” com esses fenômenos, mas também mudar o foco de
“criminal” e “jurídico”, para uma explicação mais psicológica, devido à
irracionalidade atribuída a essas massas.
O segundo momento surge com o evento da Revolução Industrial em que a
família tradicional perde muito de sua função, visto que antes não havia uma
separação entre vida profissional e família, o ofício e a educação eram aprendidos
no âmbito familiar. Após a revolução, quem tem o papel de educar é a escola e
quem tem o papel de ensinar o ofício e regular a produção é o mercado. Aqui, o
Estado toma para si a função de administrar não só os bens e riquezas familiares
como antes, mas gerir e intervir em toda a economia vigente.
Para Deleuze & Guattari, o que muda nas relações familiares são a aliança e
a filiação, que se desterritorializam e a família acaba se tornando uma força de
trabalho.
No terceiro momento, o foco principal se dá no grupo (pequenos coletivos
humanos) e o que ele significa dentro do social. Grupos, no geral, eram vistos como
uma reunião de pessoas com um objetivo em comum e seu papel era mediar a
relação entre o indivíduo e a sociedade.
Fernandéz aponta que em certo momento foi necessária a criação da palavra
“grupo” para tornar visível uma forma de sociabilidade que precisa ser vista como
importante pois têm uma grande relevância nas práticas sociais.

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