Resenha crítica sobre o capítulo 3: “El grupo Humano”
De acordo com o texto, a terminologia “grupo” se refere a um numero de
pessoas que interagem entre si de acordo com esquemas já estabelecidos, segundo Merton. Esse conceito se diferencia do conceito de coletividade, pois o mesmo necessita de valores e normas comuns entre seus membros, mas não necessariamente de uma interação. O grupo, pelo contrário, não se define por aspectos comuns entre seus participantes, mas pela interação entre elas. Temos como exemplo o grupo família, onde existem pessoas que experienciam juntas, mas não precisam ter os mesmos valores estabelecidos nem mesmo as mesmas normas. Existem algumas características que definem um grupo: os indivíduos vejam a si mesmos como membros, que eles compartilhem as mesmas motivações, que tenham objetivos em comum, que suas relações estejam bem definidas e que sejam independentes um dos outros, mas interajam entre si. Acredito que no grupo, cada pessoa cumpre um papel em prol de um objetivo coletivo, mas esses papéis são cumpridos de forma independente, mas sempre ajudando um ao outro, ou seja, interagindo. O autor foca em dois tipos de grupos: um que visa a solidariedade mecânica e outro, a orgânica. Desta forma, podemos relacionar tais aspectos a teoria e conceitos de Durkheim que define a solidariedade mecânica como quando os membros do grupo compartilham de um objetivo comum e solidariedade orgânica como quando estes membros estão apenas ligados entre si por algum tipo de vínculo. Aqui pode-se pensar também no conceito de Durkheim sobre a consciência coletiva, quando os membros do grupo passam por cima de seus interesses pessoais visando o bem comum e os objetivos do coletivo. Freud e Lewin são citados no texto pois se dispuseram a criar teorias sobre os grupos. Freud dá enfoque para um modelo do tipo solidariedade mecânica e Lewin, a orgânica. Freud concebe um grupo como várias pessoas ao redor de um “chefe”, o qual todos se identificam e idealizam. Lewin vê o grupo como um conjunto de forças decorrentes de relações interpessoais. Acredito que nem um nem outro esteja correto ou errado, os dois são válidos, são apenas pontos de vista diferentes. Mas para que uma teoria grupal como a desses dois autores seja consolidada, deve seguir algumas condições, são elas: dar conta da realidade.grupal como ela é de verdade, abranger grupos grandes e pequenos e incluir um apanhado histórico sobre os grupos. Os grupos podem ser analisados mediante três olhares: sua identidade, o que significa perante outros grupos e as atividades que pratica. A identidade de um grupo se define pela sua formação, sua relação com outros grupos e pelo que os próprios membros acham sobre o grupo que pertencem.