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Relações Sociais

Algumas palavras chaves:


Comunicação; união; ordenação ou direcionamento de uma "coisa" em direção
a outra "coisa"; as relações sociais existem sempre que uma coisa sozinha não
dá conta de sua própria existência. Pessoas são relações na medida em que
são seres que em sí mesmo implicam outros, e que não se explicam/definem
completamente a partir de sí próprias.

Um fator importante para a constituição de um grupo é definido a partir do


número de pessoas, que é necessário mais do que um indivíduo, seus
interesses, sua cultura. A ideia do pertencer a algo, a algum lugar também é
um contribuinte para a formação de grupos, é necessário um elemento
aglutinador entre mais de um indivíduo para ser formado um grupo.
Basicamente as características em comum, tais como grupo de estudantes,
trabalhadores de uma empresa, grupos religiosos que mesmo com histórias
diferentes tem um objetivo em comum. Entretanto o principal fator constitutivo
de um grupo são as relações, pois sem relações se faz impossível a existência
de um grupo e nas relações serão onde o grupo irá construir sua identidade.

"Visão estática x visão dinâmica"


O tópico propõe algumas diferenciações entre uma visão estática e a visão
dinâmica de grupo. As principais diferenças entre elas estão no fato de partirem
de definições opostas para conceituarem o "grupo". Por um lado, temos a
noção de que o grupo é algo dinâmico e que nunca está acabado, definitivo, ou
seja, está sempre aberto à transformações e nunca atingirá uma concretude.
Essa visão está fundamentada na ideia de "relação". "Relação" é entendido
como algo relativo, portanto, o grupo nunca é absoluto, mas é dialético e está
em constante mutabilidade. Em contrapartida, temos a ideia do grupo como
algo estático. Isso quer dizer que o grupo se estrutura de maneira fixa e que os
indivíduos desse grupo têm posições imutáveis e pressupostas. Essa visão
está baseada na perspectiva da visão funcionalista-positivita. Nesse sentido,
temos em primeiro lugar, a perspectiva das Psicologias Sociais Críticas. Em
segundo lugar, temos a visão das Psicologias Sociais Psicológicas e
Sociológicas.
No quarto parágrafo do texto, o autor contextualiza multidão e público, que
são conceitos semelhantes, mas se diferem em alguns aspectos. Pode-se dizer
que multidão, também chamado de massa, é definido como uma grande
quantidade de pessoas que estão em um mesmo ambiente, diferentemente de
grupos, uma vez que esse conjunto de pessoas estão reunidos mesmo sem se
conhecerem. Essa grande aglomeração de pessoas ocorre por um
determinado motivo que as une, por exemplo, um show, onde grande parte das
pessoas não se conhecem e nem se relacionam.
Já o público é definido como uma multidão, mas o que se difere das multidões
é que no entanto, esses não estão localizados em um mesmo lugar, estão
ligados apenas por realizarem uma mesma ação, por exemplo, lerem um
mesmo jornal, estarem vendo um mesmo programa de tv.
Há também uma outra diferença entre as massas e o público, sendo ela os
perigos que uma pode trazer em relação a outra, sendo assim, as multidões ou
massas têm grande influência aos nos seus participantes. O texto cita Le Bon
que traz conceitos como o contágio, sugestão, sentimento de poder invencível
que lhe permite ceder a impulsos que, se estivesse sozinho, forçosamente
manteria sob controle.

Análise das Relações - (Relações e Relações)


O tópico Análise das relações (Relações e relações) aponta sobre relações que
se apresentam de muitos tipos diferentes. É necessário sagacidade para
perceber o tipo de relação existente e a partir de então, entender de qual grupo
essa relação se trata. Em função dos inúmeros elementos presentes nas
relações (sentimentos, emoções, história de vida dos indivíduos que compõem
estas relações), estas relações podem ser mais ou menos evidentes, mais
teórica e menos prática. Cada indivíduo percebe na relação que se tem com o
outro ou com um grupo aspectos que julga relevante e através dessa
percepção, se pode notar a forma como esse indivíduo age e organiza seus
comportamentos para dar significado ao seu meio, por isso é necessário um
senso de observação aguçado, pois só assim será percebido valores
específicos de um indivíduo ou de um grupo distinto.

Poder e dominação

O texto apresenta uma distinção entre poder e dominação. O poder é retratado


como a capacidade (individual ou de um grupo) pra efetuar uma ação qualquer.
Desta maneira, todas as pessoas possuem certo tipo de poder, já que podem
fazer qualquer coisa.

A dominação é definida como uma relação entre pessoas, grupos, na qual uma
das partes se apropria, rouba, a capacidade dos outros, onde alguém aproveita
das qualidades e características dos demais e passa a tratar de maneira
desigual e injusta.

Origem de dominação

Origem da dominação: Para entender a origem da dominação começamos com


um conceito de ideologia que é o uso de forma simbólico para criar, sustentar e
reproduzir tipos de relações, dando significados e sentido às coisas. Neste
sentido, esta servira para criar relações positivas que são justas, ou também
relações negativas de desigualdade, injustas que são as relações de
dominação. A ideologia vai criando sentidos, significados e sentidos que nem
sempre são bons e ruins. Sendo assim vamos criando juízos de valor,
preconceitos, estereótipos e discriminações e somando elas a pessoas e
coisas. São esses comportamentos que determinam e sustentam as relações
de dominação O conceito de ideologia tem correlação com a origem da
dominação por conta dos juízos de valor negativos impostos. E por fim, uma
rede econômica se apropria desses, como por exemplo, quem mora na região
nordeste do Brasil, mais especificamente na Bahia é mais preguiçoso para
trabalhar, perante isso seja mais dificultoso pessoas dessa região achar
empego em outros Estados.

Diferentes formas de dominação:


Há várias formas de dominação. Dentre elas, as principais são: a dominação
econômica, que se relaciona a exploração da capacidade de trabalho de um
indivíduo, a dominação política, que envolve cidadãos e governantes, estes
que atuam de forma desigual e antidemocrática e a cultural, que pode se
manifestar através do racismo e do machismo, por exemplo. Além disso,
também há outras dominações, como as religiosas, institucionalistas ou
profissionais.

Comunidade e relações comunitárias

Esse tópico tem como objetivo conceituar comunidade, e para conceituá-la as


relações comunitárias também são discutidas, pois a comunidade se define a
partir delas.

Ferdinand Tönnies define a comunidade como uma associação que se dá na


linha do ser e a sociedade como uma associação que se dá na linha do haver.
Ou seja, as pessoas que participam da comunidade colocam em comum as
relações primárias, como o próprio ser. Na sociedade colocam em comum algo
que possuem, como dinheiro, capacidade técnica etc.

Na concepção de Karl Marx, comunidade é um tipo de vida em sociedade onde


as pessoas mantém a sua singularidade, mas participam, dão sua opinião,
manifestam seu pensamento.

Vivendo em comunidade, as pessoas tem voz e oportunidade de se expressar,


de desenvolverem sua criatividade. Completam umas às outras na medida em
que exercem sua vocação de animal político e social.

As relações comunitárias que constituem uma verdadeira comunidade são


igualitárias. Essas relações implicam que todos possam ter voz, direitos,
possam ser reconhecidos em sua singularidade e ter suas diferenças
respeitadas.

Trabalho comunitário ou Práticas Comunitárias:

Hoje em dia ocorrem embelezamentos em cima das ações comunitárias, que


minimizam o contexto histórico-cultural, dos moradores da comunidade e suas
famílias. Ao longo dos anos podemos observar que o trabalho comunitário vem
se abrangendo, sendo visto como uma ação social dividindo vários parâmetros
social, promovendo inteiramente o convívio e comunidades, tribos. O texto
busca trazer questionamentos a respeito de como é feito o trabalho
comunitário, como a inserção dos estagiários em vilas, aglomerados pode
influenciar naqueles locais, se eles aprendem, ensinam, buscam a saber antes
de iniciarem o trabalho comunitário e como essa experiência influência em sua
formação pessoal. O texto apresenta essa inquietude da falta de informação,
de antes de iniciar uma ação comunitária entender a diferenciação do trabalho
comunitário, da inclusão dos moradores iniciando um processo de escuta
voltada para a realidades daqueles moradores. Ações com uma visão menos
separatista, uma vez que todo indivíduo tem seu conhecimento e não deve
menosprezar o seu entendimento (saberes) respeitando a subjetividade de
todos, não delimitada por níveis econômicos de uma comunidade para a outra.

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