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ESCOLHA DOS BRINQUEDOS

O primeiro tópico a ser analisado na sessão ludodiagnóstica é a escolha dos


brinquedos. Neste caso, como é analisada uma criança de 11 anos, os brinquedos e
jogos eram mais complexos, envolvendo atividades mais manuais, que exigiam um
maior desenvolvimento motor. Com esta idade, o brincar da criança já está mais
relacionado à macroesfera, ou seja, segundo Melvin e Wolkmar (1993 apud
CUNHA, 2009, p.100) ao ato de dividir o mundo com os outros por meio de suas
relações.
A escolha dos brinquedos e brincadeiras está relacionada ao momento que
está sendo vivido pela criança, emocionalmente e cognitivamente. Neste caso, a
criança ficou muito animada ao entrar em contato com os brinquedos, mostrou muito
interesse por todos eles e também expressou já conhecê-los, no caso de missangas
e cola-quente. Logo depois, começou a desenhar a lápis. Posteriormente,, apagou o
desenho e resolveu desenhar à tinta. Finalizou o primeiro desenho, uma paisagem
com árvore e flores, e o segundo desenho não foi terminado, o qual representavam
algumas formas como triângulos e círculos.
Após isso, ficou feliz ao ver a massinha que não havia visto antes, dizendo
que gosta de apertá-la. Tirou o brinquedo da embalagem e ficou pouco tempo
passando através do extrusor, transformando-o em uma espécie de macarrão.
Também ficou um período de tempo apenas apertando a massinha, como relatou
que gostava. Depois, limpou o extrusor e guardou ele e a massinha na embalagem.
Por fim, teve a ideia de confeccionar uma guirlanda de natal, e em um papel, colou
várias flores, missangas, pintou e pendurou uma fita, simetricamente. Durante esta
atividade, mostrou muito interesse e habilidades no manuseio da cola quente.

CRIATIVIDADE
Este tópico se faz muito presente nas brincadeiras da criança, na medida em
que esta transforma a utilidade de um objeto, resultando em novas ideias,
mostrando a capacidade de manipulação do ambiente em que está inserida
(AFFONSO, 2009). Primeiramente, observa-se a criatividade nas cores vivas dos
desenhos e materiais variados utilizados pela menina, como por exemplo, lápis,
caneta, tinta, lápis de cor e marca texto.
Logo no início da observação, a menina encontra uma fita e tenta fazer uma
gravata para um bichinho de pelúcia que lhe interessou criando uma função
diferenciada para a fita que havia achado.
Quando necessitou do auxílio de uma régua, porém não encontrou este
material disponível entre os outros, modificou a função de um lápis e utilizou-o como
régua para dar o acabamento desejado ao seu desenho.
Mais tarde, ao confeccionar a guirlanda de natal, como também não
encontrou compasso para fazer um círculo, utilizou a tampa de uma caixa como
molde. Depois, procurou algum molde circular menor para fazer o formato do meio,
mas como não encontrou, resolveu fazer um coração, como já havia conhecimento
e também já havia feito antes.

referencias:

AFFONSO, Rosa Maria Lopes. Ludodiagnóstico: investigação clínica


através do brinquedo. Artmed Editora, 2009.
CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnóstico-V. Artmed Editora, 2009.

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