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PROPOSTAS DE TRABALHO

1. O jogo das expressões

Objetivo: Pensar sobre os próprios sentimentos.

Materiais: Cartas com diferentes expressões formando pares e um dado. Outra sugestão Outra
sugestão é compor as expressões em tampas plásticas de refrigerante.

Orientações: Esse é um jogo de memória. As cartas são distribuídas sobre a mesa com as figuras
viradas para baixo. O dado é jogado e começa o jogo quem tirar o número maior. Os jogadores vão
procurando os pares. A cada par formado, o jogador lembra um momento em que já se sentiu assim
como o desenho mostra.

Após todas as cartas pareadas, cada jogador escolhe entre seus pares, ou do colega, uma expressão
que melhor caracterize como está se sentindo nesse momento. Cada jogador mostra ao outro sua
carta escolhida.

Depois de ter participado do jogo o aluno pode ser convidado a registrar através de desenho três
diferentes expressões que já tenho feito e sentido contando os momentos.

2. Quem é meu par

Objetivo: Realizar ações com a ajuda do outro.

Materiais: Podem-se utilizar as mesmas cartas de expressões do jogo anterior, porém uma carta de
cada expressão é colocada num crachá, que será afixado nas crianças.

Orientações: Separar os alunos em duas turmas iguais, uma recebe o crachá e se coloca numa fila
lateral. São distribuídas aleatoriamente as outras cartas os outros alunos. Ao sinal do professor cada
aluno que recebeu uma das cartinhas em mãos deverá procurar seu par na fila e encaixar sua carta no
crachá do amigo/par. A partir deste momento as duplas irão receber comandas do professor e deverão
realizar atividades propostas em dupla.

- Sentar no chão com as mãos dadas sem soltar-se e levantar ao sinal do professor.

- Andar para frente com as mãos dadas.

- De costas um para o outro de mãos dadas andarem lateralmente.

- De frente um para o outro e com as mãos para trás, ao som de uma música, dançar com uma bexiga
entre os corpos sem deixar a bexiga cair.

- Com uma das mãos dadas movimentarem-se ao ritmo de uma batida (bumbo).

- Ajudar o amigo a equilibrar-se num pé só.

- Formar uma casa com as mãos dadas e abrigar outra dupla.

3. Como estou me sentindo?


Objetivo: Representar expressões faciais e falar de sentimentos.

Materiais: Cartas com expressões embaralhadas num único monte sobre a mesa, um dado.

Orientações: Quem tirar o maior número no dado começa a brincadeira. Retira do monte uma carta e
deve fazer com o rosto a expressão descrita nela e os outros jogadores deverão adivinhar o que está
expressando. Quem adivinhar primeiro, pega a próxima carta. Ao final do jogo, cada um escolhe uma
das cartas para expressar como está se sentindo naquele dia e justificar-se.

4. Construindo juntos

Objetivo: Oportunizar atividades em que as crianças tenham que trabalhar cooperativamente.

Material: Disponibilizar para cada dupla materiais como: caixinhas de embalagem, papéis variados,
cola, tesoura, retalhos de tecidos, pincéis, tinta, outros materiais.

Orientação: Pedir às crianças que construam uma escultura de um personagem utilizando os materiais
disponíveis, depois cada dupla escolherá um nome para cada escultura e farão parte do cantinho do
faz de conta, para brincarem.

Outras versões deste mesmo objetivo:

- Desenhar em dupla sobre um mesmo papel após a audição de uma história.

- Eu desenho e você pinta.

- Criar pinturas onde um se responsabiliza pelo fundo e outro pela figura.

5. O canto da ajuda

Objetivo: Visualizar estados afetivos e dispor de propostas de ajuda. (virtude da generosidade)

Materiais: Cola, tesoura, folhas de sulfite, revistas e jornais.

Orientações: As crianças recortam de jornais ou revistas situações que julguem necessitar de algum
tipo de ajuda. O professor na roda explora cada figura e cria um cartaz coletivo com os recortes.
Quando a criança for para o canto escolhe uma das imagens e representa através do desenho como
poder ajudar aquela situação. Ao final o professor pode estar expondo a atividade e conversando com
o grupo sobre as resoluções encontradas.

6. O que vejo e o que sinto?

Objetivo: Proporcionar às crianças o reconhecimento de estados de ânimo.

Materiais: Duas figuras ou fotos escolhidas pelo fato de caracterizarem-se, respectivamente, como
uma situação de brincadeiras e outra de problemas.

Orientações: As fotos escolhidas não devem demonstrar diretamente as expressões dos personagens
nela contidos. Analisar as duas figuras com as crianças, pedindo que elas digam o que se vê,
descrevendo a cena. Após essa primeira análise pedir às crianças que digam como acreditam que as
pessoas das fotos estão se sentindo. Este tipo de atividade favorece a capacidade de se colocar na
situação do outro, de nos apoderarmos daquilo que ele sente.
7. A família

Materiais: Dispor às crianças uma caixa com bonecos que representem a família: pai, mãe, irmãos,
avós, tios, etc.

Orientações: Um importante recurso utilizado é manipular e brincar com bonecos que representem a
família. Em geral, ao fazerem essas manipulações estão presas a solilóquios, falar sozinho. È nesse falar
que está contido o objetivo maior dessa proposta. Quando as crianças experimentam representar,
simbolicamente, fatos de seu cotidiano, estão fazendo como processo de reelaboração de
compreensão de realidades que talvez lhe causem ansiedades, medos, tristezas, ou mesmo sejam
fontes de alegria e contentamento num plano cognitivo, porém de natureza afetiva.

8. As preferências

Objetivo: Expor suas preferências, visualizar as preferências dos outros e respeitá-las.

Materiais: Vários quadradinhos de papel sulfite (5x5 cm), caneta hidrocor, lápis de cor, etc. Uma
cartolina com uma lista dos nomes das crianças na vertical e colunas a frente de cada nome para colar
o registro do que mais gosta e do que menos gosta: música, sorvete, comida, programa de TV,
brinquedo, fruta, cheiro, animal, etc.

Orientações: A professora irá explicar as crianças que farão um quadro que represente o que mais
gosta e do que não gosta. Cada pessoa tem suas particularidades e o que às vezes mais gostamos é o
que um amigo não gosta, ou mesmo compartilhar os mesmos gostos. Esta atividade favorece o
autoconhecimento e assim, conhecendo-se, comparando as diferenças do que sentem e pensam com
pensamentos e sentimentos do outro, as crianças, poderão, pela experiência, tomar consciência das
divergências entre os seres humanos.

Exemplo do quadro:

Aluno Sorvete Programa de TV Brinquedo Fruta


Mais Menos Mais Menos Mais Menos Mais Menos
gosto gosto gosto gosto gosto gosto gosto gosto
Pedro

Marcos

José

Laís

Jaqueline

Maria

9 Construção de boneco

Objetivo: Refletir sobre diferenças sexuais, de raças, de gostos e outras características próprias de cada
criança, para que possam observar e aprender a valorizar suas características próprias e o respeito às
características dos amigos.
Material: Levar para a sala um boneco de pano de uma cor arbitrária, ainda por ser terminado.

Orientações: Combinar que a sala irá receber um novo amigo e que ele irá precisar de nossa ajuda. No
dia seguinte trazer o boneco para a sala sem enchimento e dividido em partes, as crianças terão que
tomar decisões: com que enchê-lo, como montá-lo, quem iria costurá-lo, como vesti-lo, serão os
problemas iniciais. A partir de então se tem uma riqueza de reflexões e um verdadeiro exercício de
participação democrática. (escolha do nome, sexo, pintura do rosto)

Propostas de atividades coletivas:


- Completar as partes do boneco.
- Escolha do sexo e nome do boneco.
- Levar o boneco para casa, e no dia seguinte contar como foi a visita.
- Roda de conversa: O boneco é verde e nós. Refletir sobre a diversidade de raças.
- Avaliar o peso do boneco, fazendo comparações com objetos da sala e depois com o peso dos alunos
da sala.
- Responsabilizar-se por cuidar do boneco.
- Discutir sobre os papéis sociais ao brincar com o boneco
- Criação de uma rima para o boneco.
- Medir tamanhos com a fita métrica e encontrar uma forma de registro.
Brincadeiras
- Bonecos de massa: em duplas, as crianças escolhem quem vai ser o boneco de massa e quem vai
manipulá-lo. Em seguida, o modelador faz um boneco de massa na posição em que quiser a seu
critério.
- Estátua de posições: ao parar a música, as crianças param na posição que foi apresentada na cartela
(desenhos já preestabelecidos).
- Música: Boneca de lata.
- Exploração de movimentos e expressões que conseguimos fazer: pular corda, rolar, perna aberta,
estalar os dedos, bater palmas, fazer caretas, etc.
Atividades diversificadas
- Casinha: brincar com o boneco assumindo papéis numa família.
- Fotografia: var álbuns de foto trazidos por cada criança.
- Canto do médico: as crianças brincam que o boneco vai ao médico.
- Propostas de desenho: os amigos do boneco/ Encontramos o boneco assim... e agora ele está...
- Brincadeira e desenho: que caretas eu consigo fazer e que o boneco não consegue.

10 - Roda de conversa: sugestões de assuntos para conversa


- Socializar e alimentar os assuntos que as crianças trazem, ampliando seus conhecimentos.
- O professor deve lembrar-se da importância da interação entre as crianças, multiplicando e
diversificando as oportunidades de conversas entre as crianças.
- Conversar sobre assuntos que surgem nos projetos de ciências, artes, etc.
- Discutir e organizar a vida em grupo.
- Socializar conhecimentos: como pintam, como aprenderam a se vestir sozinhos, etc.
- Levar assuntos que você gosta de discutir como notícias, etc.
- Levar objetos como, por exemplo: uma caixa onde as crianças possam colocar as mãos e tenham que
falar sobre as características do que tem lá dentro para que o grupo descubra.
- Levar objetos, figuras, fotografias, como recurso para iniciar uma conversa (disparadores de
conversa) Uma fotografia do grupo, um experiência, uma brincadeira, um passeio, etc.

11. Atividades adaptadas


Objetivo: Vivenciar situações diferenciadas que explorem os cincos sentidos e a cooperação.

- Corrida com os pés amarrados ao de um amigo.


- Desenho com olhos vendados.
- Pintura com diferentes tipos de objetos (PINCEL DE BARBA, GARFO,
- Tiro ao alvo com os olhos vendados.
- Utilizar o tato para descobrir objetos escondidos.
- Procurar os pares de bolinhas dentro de uma caixa fechada.
- Descobrir os sons de objetos escondidos.
- Brincadeira da maçã: as crianças ficam com os braços imobilizados para trás e tentam pegar a maçã com a
boca.
- Brincadeira com bambolês: a professora propõe que as crianças, sentadas nas cadeiras, brinquem com os
bambolês, não podendo levantar.
- Chute ao gol: As crianças, uma de cada vez, colocarão uma venda nos olhos e tentarão acertar a bola no gol
demarcado pela professora. Ganha a brincadeira quem conseguir fazer o gol ou quem chegar mais perto deste.
- Chamada Gato Mia: A professora tampa os olhos de uma criança e pede para que outra imite o som do gato, a
fim de que aquela descubra qual colega imitou este animal.
- A professora deverá pensar em frases/recados/pequenas histórias para fazer através de mímicas para as
crianças, explorando bastante as expressões do rosto e gestos.
- A professora poderá propor que as crianças façam uma pintura com guache usando apenas o pincel e um
braço, ou o pincel e a boca.
- As crianças devem organizar-se em duplas. Uma criança colocará uma venda nos olhos e a outra deverá guiá-la
pela escola, descrevendo os lugares por onde passam. Depois, invertem-se os papéis. É importante que a
professora oriente as crianças em como guiar o colega, ou seja, deve-se pegar o antebraço e não a mão deste.
- Adivinhe que bicho que é? As crianças ficam de olhos tampados e a professora escolhe apenas uma para imitar
o som de um animal que as demais tentarão adivinhar. No decorrer da brincadeira, todas as crianças terão a
oportunidade de imitar os animais.
Outra variação desta brincadeira: as crianças ficam sentadas e uma criança terá que imitar um animal através de
mímicas, não podendo fazer nenhum som. Desta forma, a professora poderá explicar que, para o deficiente
auditivo, é importante o aspecto visual, os gestos e as expressões do rosto.
- Trabalhar com a coleção “Quando me sinto...” (Sozinho, Irritado, Bondoso, Triste, Medo, Inveja, Feliz, Amado)-
Coleção Ciranda Cultural. Esta coleção foi desenvolvida para ajudar a criança a sentir melhor seus sentimentos e
suas emoções, e, assim, ganhar maior autonomia (liberdade) em sua vida. Falar sobre sentimentos ensina a
criança que é normal sentir-se triste, zangada ou assustada de vez em quando. Com uma tolerância maior em
relação aos sentimentos mais dolorosos, a criança torna-se livre para desfrutar seu mundo, para sentir-se segura
com suas habilidades e ser feliz.

- Livro “Um Mundinho para Todos”- Ingrid Biesemeyer Bellinghausen (Difusão Livro Cultural)- Era uma vez um
mundinho onde cada habitante tinha um jeito de ser: uns viviam no norte e gostavam de andar descalços;
outros, no sul e adoravam tomar chocolate quente; alguns não enxergavam muito bem e precisavam de ajuda.
Neste livro, as crianças percebem as diferenças que existem entre lugares, coisas e pessoas. Com texto impresso
em Braille, esta obra é, também, destinada a leitores com visão subnormal e deficientes visuais.
As crianças poderão vivenciar como o deficiente visual consegue visualizar os objetos e ler através do Braille.

- Coleção “Toque e Sinta” (Amigos do frio; Amor de filhotinho; Animais do Zoológico; Quá! Quá!)- As crianças, de
olhos fechados, poderão passar a mão nos animais e sentirem como é o pêlo destes.

12. Brincadeira da aranha


Objetivo: Incentivar o respeito aos amigos de sala.

Materiais: um rolo de barbante.


Orientações: Com as crianças em roda sentadas no chão e com um rolo de barbante na mão, aponta para algum
aluno da sala e fala “se um fosse uma aranha eu subiria até o céu” - e prende o barbante num ponto da sala e
vai desenrolando até chegar à criança e prende o barbante em outro ponto próximo a esta criança que
responde “Eu iria até o fundo do mar com o .... (diz o nome de outro amigo), assim sucessivamente até o
barbante formar uma grande teia de aranha, fixada em diferentes pontos da sala. Pronta a teia as crianças vão
cantarolando a música “O elefante na teia de aranha”e as crianças vão se deslocando por cima, por baixo, entre
os fios, dançando e equilibrando-se. Pode ser
adaptada com as criança de olhos vendados e sendo ajudada por uma amigo para se deslocar.

Música: O elefante na teia de aranha


Um elefante
Se dependurou
Numa teia de aranha
Mas quando viu
Que a teia não resistiu
Foi chamar outro elefante
(repetir a letra com dói elefantes, três elefantes, sucessivamente. Até alcançar o número de crianças da sala.
Também pode ser realizada no espaço do parque ou pátio da escola.
Observação: Cuidado para não enroscar o barbante em objetos leves que poderão se deslocar ou cair com a
passagem das crianças.

13. Livro das caretas


Objetivo: Pensar sobre seus sentimentos e conhecer melhor o sentimento do amigo.

Materiais: Máquina fotográfica, revelação de fotos para montagem do livro com papel carmim e
recortes.

Orientações: Na roda de conversa propor que as crianças digam o que conhecem sobre caretas:
Fazemos caretas aqui na escola? Em casa? Porque fazemos caretas? Será que caretas se relacionam
sempre a coisas de que não gostamos? Fazemos caretas para coisas boas? Depois da conversa propor
as crianças uma brincadeira de caretas, a professora diz uma frase como, por exemplo: Hoje está
chovendo não poderemos brincar no parque. E as crianças deverão demonstrar através de uma careta
seu sentimento.
Para se tornar um jogo o professor pode ainda propor a brincadeira do espelho onde em duplas um faz
a careta e o outro tem que imitá-la. Depois de toda esta exploração poderemos sugerir aos alunos que
registremos as caretas através de fotografia. Individualmente, em duplas ou trios as fotos poderão ser
combinadas com a turma a partir do cotidiano da escola. Não há necessidade de um momento
específico para as fotos elas poderão ser clicadas durante uma semana. Depois de reveladas as fotos
farão parte de um livro que vai para a biblioteca da sala e que contará um pouco sobre os
acontecimentos que envolveram a turma. Não esquecer que todas as fotos serão na modalidade
retrato, ou seja, o professor deverá direcionar o foco para as expressões das crianças, expressando as
mais diferentes sensações. As crianças deverão ser convidadas a realizarem um pequeno texto pra
cada foto, tendo o professor como escriba.

Livro de referência para o projeto: A Construção da Solidariedade e a Educação do Sentimento na Escola.


Luciene Regina Paulino Tognetta

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