Você está na página 1de 17

INTERVENÇÕES CLÍNICAS Profo Fabio Santos

PSICODRAMÁTICAS
INTERVENTOR CRIADOR
Nasceu em Bucareste (Romênia), no ano de 1889

Quando tinha 5 anos de idade sua familia se mudou para Viena

Moreno foi um psiquiatra romeno, de origem judaica, que estudou Medicina em


JACOB LEVY Viena entre os anos de 1909 e 1917.
MORENO
(1889-1974) No início da Faculdade de Medicina reunia crianças formando grupos de
brincadeiras de improvisação.

Em 1912, fundou o Teatro Vienense da Espontaneidade, onde começou a formar


suas ideias da Psicoterapia de Grupo e do Psicodrama.

Em 1925 foi morar nos EUA onde desenvolveu e sistematizou suas descobertas: a
socionomia.

Visão de homem: Um ser em relações espontâneo-criativo


INTERVENTOR CRIADOR
Esta teoria de estudo se divide em sociometria, sociodinâmica e a sociatria. Socionomia é
composta pelo estudo do grupo e suas relações.

Sociometria pretende medir as relações entre os membros do grupo, evidenciando as


preferências e evitações presentes nas relações grupais.
SOCIONOMIA
Moreno desenvolveu o teste sociométrico com objetivo de mensurar e visualizar as relações
existentes em um grupo.

A sociodinâmica busca entender a dinâmica do grupo.

Sociatria trata as relações grupais utilizando três métodos: o Sociodrama, a Psicoterapia de


grupo e o famoso Psicodrama.
O PSICODRAMA
Psicodrama é uma piscoterapia de grupo, em que a representação dramática é usada como
ferramenta para explorar a psique humana e seus vínculos emocionais.

Utiliza como pontos básicos de sua teoria o conceito de espontaneidade-criatividade, a


teoria dos papéis, a psicoterapia grupal.

A ação dramática permite insights profundos por parte do protagonista e do grupo, a


respeito do significado dos papéis assumidos.

Para Moreno, toda ação é interação por meio de papéis.


O PSICODRAMA
O objetivo do psicodrama foi, desde o começo, construir um conjunto terapêutico que usasse
a vida como modelo, a fim de integrar nele todas as modalidades de viver, começando com
os universais – tempo, espaço, realidade e cosmos

passado, presente e futuro- são trazidas juntas para o psicodrama, tal como na vida, através
do enfoque de uma terapia funcional.

Segundo moreno o psicodrama não tem origem teatral, a influencia teatral chegou mais
tarde , sua influencia foi mais negativa do que positiva. “ Ela me ensinou o que não fazer”

O psicodrama entrou em cena em 1911

O Psicodrama era feito na vida concreta, nas ruas, parques e nos lares. Como não tinha
palco o aspecto teatral era mais explicito. Os paciente e as historias eram reais.
O PSICODRAMA
Sujeito – Paciente, cliente, protagonista encena seus conflitos, em vez de falar deles

Pode se usar um veiculo especial ,ou seja, o palco psicodramático

O processo requer, um diretor (ou terapeuta chefe) sendo, pelo menos, um ego auxiliar
treinado
O método pode ser realizado individual ou em grupo

Aqui e agora, presente ou no futuro.

O sujeito deve encenar “sua verdade” como a sente e a percebe, de maneira


inteiramente subjetiva , sem se importar com o quão distorcida ela possa parecer ao
espectador.
O processo não pode prosseguir , a menos que aceitemos o paciente com toda a sua
subjetividade
Nunca deixar o protagonista com a impressão de que ele é o único no grupo a ter esse
tipo de problema.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Capacidade de agir de forma natural, congruente com o momento
ESPONTANEIDADE
e criativa.

Percepção e comunicação objetiva das situações e das relações


TELE
entre as pessoas.

Capacidade de se colocar no lugar do outro em determinada


EMPATIA
situação.

Fantasias, vivências e sentimentos comuns a duas ou mais


CO-INCONSCIENTE
pessoas no grupo.

Características pessoais que se constituem a partir das vivências


MATRIZ DE IDENTIDADE das primeiras relações. Esta possui três etapas de formação
que vão auxiliá-lo a criar as técnicas dramáticas.
FASE/TÉCNICA DRAMÁTICA
Como quando o criança precisa que alguém faça algo por
INDIFERENCIAÇÃO EU-TU ela, porque ela ainda não consegue fazer. Esta é a técnica
do duplo

Como quando a criança se olha no espelho e não se


RECONHECIMENTO DO EU-TU reconhece através da imagem. Esta é a técnica do
espelho.

Quando ocorre a tomada do papel do outro havendo


RECONHECIMENTO DO EU a inversão de papéis. Esta é a técnica da inversão
de papéis.
TÉCNICA DRAMÁTICA: O DUPLO

O paciente representa a si mesmo, e um ego auxiliar é solicitado a representá-lo

Duplo múltiplo - o protagonista está no palco com vários duplos, cada um


representando uma parte do paciente: um fazendo o papel dele agora; outro,
como ele era há cinco anos; um outro, como ele era quando, aos três anos de
idade, ouviu pela primeira vez que sua mãe morrera; outro, como ele será daqui
a vinte anos. As múltiplas representações do paciente estão presentes
simultaneamente e atuam em sequência, uma continuando onde a outra
parou.
TÉCNICA DRAMÁTICA: O ESPELHO
Quando o paciente for incapaz de representar a si mesmo em palavras ou ações, um ego
auxiliar é colocado no local da ação do espaço psicodramático

O paciente ou os pacientes permanecem sentados entre as pessoas do grupo.

O ego auxiliar re-dramatiza o paciente, copiando seu comportamento, procurando


expressar seus sentimentos em palavras e movimentos, mostrando ao paciente ou aos
pacientes, como num espelho, a maneira como os outros os percebem

O espelho pode ser exagerado para estimular o paciente a se manifestar e a transformá-lo


de espectador passivo em participante ativo.
TÉCNICA DRAMÁTICA: INVERSÃO DE PAPÉIS

Um paciente, numa situação interpessoal , por exemplo coloca – se


no lugar da mãe, e está fica no lugar do filho. Pode ser a mãe real
ou o ego auxiliar
TÉCNICA DRAMÁTICA: PROJEÇÃO DE FUTURO

o paciente retrata na dramatização a maneira como vislumbra seu futuro.

Escolhe um ponto num dado tempo – ou é ajudado pelo diretor a fazê-lo,


bem como o lugar e as pessoas caso existam, que espera terem se envolvido
com ele à época.
TÉCNICA DRAMÁTICA: APRESENTAÇÃO DE SONHO
O paciente dramatiza o sonho em vez de contá-lo

Ele se põe na posição em que normalmente se deita para dormi.

Refazendo o sonho - Esta é a contribuição incomparável do psicodrama para a


terapia dos sonhos.

Com a dramatização pode –se ultrapassar e ir além dos sonho real, incluindo
material latente e atual. Mas ele faz mais do que isso: re-ensina o sonhador, em
vez de interpretá-lo. A interpretação está na própria dramatização.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
É um monologo do protagonista ex: “ por que eu não deixo cortar o meu
cabelo mais curto outra vez? Cabelo comprido dá tanto trabalho! Por
SOLILÓQUIO
outro lado, ele me cai muito melhor deste jeito, eu não fico parecida com
ninguém.

É a retratação de diálogos e ações paralelas, de pensamentos e


SOLILÓQUIO
sentimentos ocultos , acompanhando pensamentos e ações abertamente
TERAPÊUTICO
expressos.

o protagonista apresenta – se mesmo, à sua mãe, seu pai, seu irmão,


AUTO –
etc. Ele desempenha todos esses papéis. , de forma inteiramente
APRESENTAÇÃO
subjetiva, tal como os experimenta e percebe

o protagonista representa, com a ajuda de alguns egos auxiliares, os


AUTO –
planos de sua vida, por mais remotos que estes possam estar
REALIZAÇÃO
relativamente à situação atual.
METODOLOGIA PSICODRAMÁTICA
Aquecimento inespecífico: iniciadores físicos, mentais, sociais e
expressivos. Servem para auxiliar o surgimento do tema emergente do
grupo.
AQUECIMENTO

Aquecimento específico: delimitar a forma de trabalho com o tema


emergente.

Etapa onde o grupo participa terapeuticamente compartilhando


DRAMATIZAÇÃO
seus sentimentos e vivências.

Etapa indispensável para que as pessoas compartilhem o que


COMPARTILHAMENTO
foi vivido no grupo.
ELEMENTOS DA DRAMATIZAÇÃO
Espaço onde acontece a produção e nele podem-se representar fatos
CENÁRIO
simples da vida cotidiana, sonhos, delírios, alucinações

O protagonista pode ser um indivíduo, uma dupla ou um grupo. É


PROTAGONISTA aquele que no Psicodrama protagoniza seu próprio drama,
representando a si mesmo e seus personagens

É o terapeuta que dirige o grupo ou a cena, orientando a encenação


DIRETOR e sugerindo determinados papéis, guiando o protagonista para
chegar à cena com espontaneidade

É o grupo terapêutico
PÚBLICO
REFEREÊNCIAS
MORENO, J. L. Psicodrama: terapia de ação e princípios da prática. 2006

Você também pode gostar