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Aspectos conceituais

A adolescência compreende o período da vida que


se estende dos 10 aos 19 anos. (OMS,1995)
ADOLESCÊNCIA A adolescência deve ser encarada como uma fase
crucial e bem definida do processo de crescimento
e desenvolvimento.

Transformações dos aspectos físicos, psíquicos


e sociais do ser humano.

NUTRIÇÃO NORMAL IV

Aspectos conceituais
Condição Promoção da saúde e
O início da adolescência coincide com o início da biopsicossocial prevenção de doenças
puberdade

Puberdade SAÚDE INTEGRAL DO


Família e ADOLESCENTE
sociedade
Caracterizada pelas modificações biológicas e somáticas.

Enfoque clínico
Equipe epidemiológico
e social

♂ Gonadarca
interdisciplinar
Telarca

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Aspectos conceituais Fatores que Regulam o Crescimento e


Desenvolvimento na Adolescência

GENÉTICOS
AMBIENTAIS
Garantir a saúde do adolescente

CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO

Características e Crescimento e
particularidades dessa desenvolvimento
faixa etária
VARIAÇÕES
NUTRICIONAIS NEUROENDÓCRINAS

Fatores que Regulam o Crescimento e


Desenvolvimento na Adolescência HORMÔNIO DO CRESCIMENTO

 O hipotálamo funciona como um centro integrador de mensagem, É um dos principais responsáveis pelo crescimento linear.
controlando a secreção dos hormônios hipofisários ao metabolismo geral
e ao crescimento: Pico de produção coincide com o PV em estatura.
GH (Hormônio do crescimento)
Ritmo de secreção circadiano: liberação a cada 3 a 4 horas, sendo
TSH (Tireotrofina) maior durante o sono.

ACTH (Corticotrofina) É tipicamente anabolizante: Efeitos diretos → Papel metabólico:


Gonadotrofinas (FSH – Horm. Folículo estimulante; LH – Horm.
Diminui a taxa de captação de CHO e sua utilização de CHO pelos
Luteinizante) tecidos (Hiperglicemiante);

 A atividade harmônica de todas as glândulas do organismo Melhora a mobilização de lipídios dos depósitos de tecido adiposo
possibilita ao adolescente explorar seu potencial genético de e a utilização da gordura para satisfazer as necessidades
crescimento e desenvolvimento. energéticas (Lipolítico).

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TIREOTROFINA CORTICOTROFINA (ACTH)

 TRH (Hm. Liberador de tireotrofina) ativa fisiologicamente as  Pico máximo 6 a 8 horas da manhã;
células hipofisárias tireotróficas, aumentando a concentração
plasmática de TSH (Tireotrofina), que por sua vez, ativa a glândula Síntese de hormônios gonadais;
tireóide a produzir Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4).
Aumento da lipólise no tec. adiposo e captação de glicose e
aminoácidos no músculo;
 T3 e T4 possuem importante papel no crescimento e
desenvolvimento normal do adolescente. Regula a secreção de glicocorticóides e gonadotrofinas (FSH,
LH);

Regula a função supra-renal e a síntese de hms. Gonadais


(estrógeno e progesterona), responsáveis pelo crescimento
puberal.

GONADOTROFINAS (FSH, LH) GÔNADAS

 MASCULINO:
Esteróides Sexuais

Aumento do tamanho testicular proliferação de células intersticias Testosterona


que ocasionam a elevação dos níveis séricos de testosterona
crescimento de pelos pubianos, desenvolvimento peniano,  Age sobre os caracteres sexuais (pelos pubianos e pênis)
aparecimento de pelos axilares e faciais, o surto da velocidade do
crescimento e o aparecimento de acne;  Produz crescimento hiperplásico do tec. Muscular e ósseo
FEMININO:  Acelera a maturação esquelética (retenção de N2) e
alargamento dos ombros em ♂
 Com o amadurecimento hipotalâmico,os níveis até então produzidos
de estrógenos e progesterona não mais conseguem realizar o bloqueio
 Estimula a eritropoiese
da liberação de gonadotrofinas, ocorrendo uma liberação de LH e FSH
pela hipófise, que atuarão sobre o ovário, ciclicamente, iniciando a
 Engrossamento das pregas vocais
produção hormonal responsável pelas transformações puberais na
menina.

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GÔNADAS Fatores que interferem no crescimento ósseo


Esteróides Sexuais
Genéticos
Estrógenos e Progesterona Racial

Nutricionais
 Promove retenção de nitrogênio, acúmulo de tecidos moles e
Hormonais
mineralização da cartilagem e crescimento ósseo; Massa Óssea

 Promove acúmulo de gordura em meninas, especificamente


nos quadris, nádegas, seios e porções mediais da panturrilha; Estilo de vida Sexuais
 Acelera o crescimento lateral da pélvis e crescimento linear
em menor intensidade. Antropométricos

Fatores que interferem no crescimento ósseo Fatores que interferem no crescimento ósseo

Estilo de vida Nutricionais

Deficiência de energia e proteínas ↓síntese de IGF I


 Atividade física –– favorece à densidade mineral óssea
Desnutrição ►↓atividade de osteoblastos e ↑osteoclastos
 Excesso –– inibe crescimento (?)
•Ca –– 99,1% no esqueleto; 0,5% tecidos moles e 0,4% líquido
 Álcool excessivo: > fraturas extracelular.
Inibe a proliferação e a função dos osteoblastos e •Fósforo –– ligado ao Ca na matriz (hidroxiapatita)
causa alterações na secreção hormonal  osteopenia •Vitamina D
alcoólica Relacionada aos hms. Esteróides
 Fumo  > incidência de osteoporose. Absorção intestinal Ca e P
Balanço positivo de Ca ►aquisição e manutenção da MO
Inibe a síntese de PTH

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Fatores que interferem no crescimento ósseo Fatores que interferem no crescimento ósseo

Nutricionais Nutricionais

• Vitamina K –– co-fator na síntese de osteocalcina • Zn – Fosfatase alcalina necessita de zinco para a sua atividade.
Importante para a síntese protéica, replicação de ácidos nucléicos,
• Vitamina C –– ativa a lisiloxidase(colágeno)
metabolismo da somatomedina, ação da insulina e hormônio do timo,
• Flúor - penetra nos cristais de hidroxiapatita no osso e aumenta tireóide, supra-renal e testículos.
a rigidez óssea.
• Zn, Cu e Mg –– co-fatores de enzimas
•Mg - participa da absorção normal de cálcio por meio da transferência
Cobre é um co-fator da lisiloxidase de Ca das células da mucosa para a membrana basolateral, que é
dependente de ATPase Co-enzima-A. Calcidiol1-hidrolase depende de
Mg para transformar a vit. D em sua forma ativa.

CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA

Características Biológicas: A puberdade apresenta como principais componentes:


Estirão de Crescimento pôndero –estatural;

 Modificações na composição corporal, resultando no


Período crítico do crescimento e desenvolvimento
desenvolvimento esquelético e muscular e modificação na quantidade
e distribuição de gordura;

Alterações no corpo relacionadas à maturação  Desenvolvimento do sistema cardiorespiratório, predominante no


sexo masculino, com resultante desenvolvimento de força e
resistência;

 Desenvolvimento do aparelho reprodutor.


Puberdade
50% do peso corporal, 15% a 25% da altura e mais de 50% da massa
óssea
↑Esqueleto, massa muscular, tecido adiposo, órgãos e expansão do
volume sanguíneo.

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ESTIRÃO CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA


 O estirão do peso ocorre logo após o estirão em altura e prolonga-se
FEMININO MASCULINO por alguns meses após o término do crescimento em altura.

 O ganho mais importante de massa óssea acontece durante a


Inicia no meio puberdade, quando as concentrações de hormônios do crescimento e
Coincide com o início da puberdade hormônios sexuais aumentam.
da puberdade
Estágio 3 / 4
 A velocidade de ganho de gordura torna-se menor assim que o
crescimento do esqueleto e do músculo começa a acelerar.
Ganho médio de altura Ganho médio de altura
durante a puberdade: 19% durante a puberdade: 22%
 Sequência do pico de velocidade dos diferentes tecidos:
Estatura
A máxima velocidade de altura atingida é referida como pico do estirão
Massa magra

As mudanças no peso durante a puberdade são consideravelmente


Ganho de peso
maiores do que as de estatura Ganho de gordura e do IMC

CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA
CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA
Peso
Crescimento pôndero –estatura:
Meninas –Velocidade máxima de ganho ponderal
Estatura

Fase de crescimento estável 6 meses após o PVC


Fase de aceleração de crescimento
PVC
Fase de desaceleração de crescimento Desenvolvimento esquelético, muscular e modificação
na quantidade e distribuição de gordura:
Peso
Desenvolvimento esquelético:
Meninos –Velocidade máxima de ganho ponderal
Estirão dos membros
Tronco
Coincide com o PVC
Aumento do diâmetro biacromial (ombros)

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CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA

Desenvolvimento muscular: Desenvolvimento do sistema Cardiorrespiratório:

Meninos: paralelamente ao PVC Desenvolvimento dos órgãos;

Meninas: Alguns meses depois do PVC Regulação da pressão arterial.

Desenvolvimento esquelético:
Desenvolvimento do sistema reprodutor:
Aumento do diâmetro bilíaco (cintura pélvica) Desenvolvimento da mama

Desenvolvimento do tecido adiposo: Aparecimento de pêlos pubianos e axilares

Após os 8 anos -Acúmulo de tecido adiposo até o estirão Aumento do volume testicular (homens)
desaceleração (mais intensa nos meninos).
Desenvolvimento das genitálias
Após o PVC aumenta o acúmulo tec. adiposo
Menarca e gonadarca

Critérios de Tanner
M1: mamas infantis com elevação
somente das papilas;
M2: presença do broto mamário e
Crescimento e desenvolvimento de pêlos pubianos e mamas pequena saliência pela elevação da
mama e papila;
Crescimento e desenvolvimento de pêlos genitais, pênis e M3: maior aumento da mama e
volume testicular. aréola
M4: projeção da aréola e da papila
M5: mamas com aspecto de adultos

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G1: testículos, escroto e pênis


infantis;
G2: aumento do escroto e dos
testículos;
G3: aumento do pênis (comprimento),
associado ao escroto e testículos;
G4: aumento do pênis (diâmetro) e
desenvolvimento da glande;
G5: genitais adultos em tamanho e
forma.

CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA

P1: não há pêlos pubianos; Início, duração e Intensidade da aceleração do


crescimento variam de indivíduo para indivíduo:
P2: crescimento esparso de pêlos;
P3: pêlos mais escuros e mais espessos, distribuindo-se
na região pubiana;  ↓ Quantidade de gordura para os estímulos hormonais
 atraso no processo pubertário;
P4: pêlos do tipo adulto mas com área de distribuição
menor do que nos adultos;
P5: pêlos do tipo de quantidade iguais aos dos adultos.  Adolescente com excesso de gordura  início precoce
da puberdade.

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CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA CARACTERÍSTICA DA ADOLESCÊNCIA

Características Psicossociais: Características Nutricionais:

Necessidades nutricionais aumentadas


 Desequilíbrio e instabilidade na busca da sua própria identidade
3 lutos Omissão de refeições;

1)luto pela perda do corpo infantil Preferência por lanches com altos teores de gordura
2)luto pela perda dos pais da infância
A escolha alimentar é determinada pela preocupação com a
3)luto pela perda da identidade e do papel infantil imagem corporal

Medos e alterações no caráter, desejos, motivações; Imagem corporal distorcida.

Imagem corporal distorcida.


Distúrbios alimentares

Fatores de Influência sobre o comportamento Fatores de Risco Nutricional


alimentar Incremento das necessidades nutricionais

↑Energia, Carboidrato, Proteína, Lipídeos, Minerais e Vitaminas


Família, escola e grupo social
Aspectos psicológicos
Preferências alimentares Rápido crescimento

Valores culturais Aumento da massa magra

Condições socioeconômicas Aumento da taxa metabólica

Modismo –dietas alternativas


Meios de comunicação e propaganda
Necessidades nutricionais inadequadas
Acesso à educação e às informações de saúde
Locais e tipos de refeições
Crescimento físico. DEP, deficiência de ferro, vitamina A, iodo, cálcio, zinco, folato, etc.

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Sucesso da Orientações Dietéticas

As orientações devem ser estimuladoras da


conscientização e não uma imposição.

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA
ADOLESCÊNCIA
Escolhas saudáveis

Saúde

ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
NA ADOLESCÊNCIA ABORDAGEM

ANAMNESE • Necessidade da participação ativa


• Confiança e aceitação da relação com o
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
profissional.
• Necessidade de ouvir, orientar e envolver
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
os pais no atendimento
METAS • Individualizar o atendimento
CONDUTA • Características do grupo etário

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PRESCRIÇÃO DIETÉTICA • A ingestão dietética do adolescente deve


garantir:
Objetivos NUTRICIONAIS
– Manutenção das funções vitais
– Mudanças rápidas do crescimento físico
• Preservar a saúde do paciente – Maturação sexual
• Favorecer e manter o crescimento e – Grau variado de atividade física
desenvolvimento adequados – Prevenção de deficiências e excessos
• Prevenir as DCNTs nutricionais

PRESCRIÇÃO DIETÉTICA PRESCRIÇÃO DIETÉTICA


• As necessidades nutricionais são
• O balanço energético reflete o equilíbrio influenciadas pelos eventos normais da
entre a ingestão e o gasto de energia, puberdade e pelo estirão de crescimento
levando-se em consideração as momentâneo.
circunstâncias fisiológicas particulares.

• Dieta variada

 Mantém o balanço energético


 Obtém os nutrientes indispensáveis ao
crescimento e desenvolvimento esperados.

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PRESCRIÇÃO DIETÉTICA PRESCRIÇÃO DIETÉTICA

National Research Council (NRC/1989) FAO/OMS/UNU (1985) 2) FAO/OMS/ONU, 1985

IDADE (anos) Homens


VET = TMB x fator atividade

07 - 10 2.000 kcal/dia 70 kcal/kgP 5,2 kcal/cm SEXO IDADE (anos) TMB


11 - 14 2.500 kcal/dia 55 kcal/kg P 15,9 kcal/cm
15 - 18 3.000 kcal/dia 45 kcal/kg P 17,0 kcal/cm 03 - 10 22,7 x P + 495
19 - 24 2.900 kcal/dia 40 kcal/kg P 16,4 kcal/cm MASCULINO 10 - 18 17,5 x P + 651
18 – 30 15,3 x P + 679
IDADE (anos) Mulheres
03 - 10 22,5 x P + 499
07 - 10 2.000 kcal/dia 70 kcal/kg P 15,2 kcal/cm FEMININO 10 - 18 12,2 x P + 746
11 - 14 2.200 kcal/dia 47 kcal/kg P 14,0 kcal/cm
15 - 18 2.200 kcal/dia 40 kcal/kg P 13,5 kcal/cm 8 - 30 14,7 x P + 496
19 - 24 2.200 kcal/dia 38 kcal/kg P 13,4 kcal/cm

PRESCRIÇÃO DIETÉTICA PRESCRIÇÃO DIETÉTICA


4) National Research Council/NAS/FNB, 2002
1
EER = 2TEE + Deposição de Energia
Cálculo do VET Sexo masculino: EER = 88,5 – (61,9 x I) + [AF x (26,7 x P + 903 x A )] + 25 (kcal para
 FATOR ATIVIDADE Deposição de Energia)
Sexo feminino: EER = 135,3 – (30,8 x I) + [AF x (10,0 x P + 934 x A)] + 25 (kcal para
Idade (anos) Masculino Feminino Deposição de Energia)
10 1,76 1,65
11 1,73 1,63 Coeficiente de Atividade Física (AF) para crianças de 3 a 18 anos de idade:

12 1,69 1,60 Sexo Masculino Sexo Feminino


3
13 1,67 1,58 AF = 1,0 se PAL for estimado entre > 1,0 e < 1,4 AF = 1,0 se PAL for estimado entre > 1,0 e < 1,4 (seden.)*
AF = 1,13 se PAL for estimado entre > 1,4 e < 1,6 AF = 1,16 se PAL for estimado entre > 1,4 e < 1,6 (P.A.)**
14 1,65 1,57
AF = 1,26 se PAL for estimado entre > 1,6 e < 1,9 AF = 1,31 se PAL for estimado entre > 1,6 e < 1,9 (ativo)
15 1,62 1,54
AF = 1,42 se PAL for estimado entre > 1,9 e < 2,5 AF = 1,56 se PAL for estimado entre > 1,9 e < 2,5 (muito
16 1,60 1,53
ativo)
17 1,60 1,52
 18 anos
Sexo Repouso absoluto* RR # Leve Moderada Intensa 1 Estimated Energy Requirement -EER (Necessidade de Energia Estimada) foi derivada de equações de regressão baseadas em
dados de água dupla marcada.
Masc 1,27 1,40 1,55 1,80 2,10 O peso foi o melhor preditor correlacionado com o Total Energy Expenditure – TEE (Gasto de Energia Total)
2TEE é baseado no sexo, na idade, no peso, na altura e na atividade física.
Fem 1,27 1,40 1,56 1,65 1,80 3 O Nível de Atividade Física (Physical Activity Level - PAL) é usado para descrever e quantificar os hábitos de atividade física de

um indivíduo. As categorias do PAL fornecem o Coeficiente de Atividade Física (AF), sendo este valor utilizado para determinar o
TEE.

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Características Químicas ENERGIA


Deficiência de energia e proteínas  interfere
no crescimento linear).
Calorias
Consumo máximo de calorias menarca ( 
Normocalórica
12 anos e 2.500 kcal)
sexo
desenvolvimento puberal Sexo masculino acompanha o estirão ( 3.400
idade kcal, até 16 anos)
superfície corporal
atividade física

Carboidratos Carboidratos

Normoglicídica NAS/FNB, 2002 - RDA = 130 g/dia


Principal fonte de energia para o crescimento e AMDR = 45% a 65% de energia
desenvolvimento dos adolescentes. Açúcar adicionado às preparações: máximo de 25% da
energia total.
55- 60% do VET
( Lifshitz et al, 1993; Jacobson et al, 1998; Ballabriga &
Carrascosa, 1998; Giovannini et al, 2000).

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CARBOIDRATOS PROTEÍNAS
Normoproteíca
Ingestão Dietética de Referência - DRI
Manutenção adicional necessária para:
Estágio de vida Carboidrato Fibra Total -6 -3
(g/dia) (g/dia) (g/dia) (g/dia)
Homens  Crescimento
9-13 a 130 31* 12* 1,2*
14-18 a 130 38* 16* 1,6*
19-30 a 130 38* 17* 1,6*
 Formação de novos tecidos,

Mulheres  Aumento da massa muscular,


9-13 a 130 26* 10* 1,0*
14-18 a 130 26* 11* 1,1*
19-30 a 130 25* 12* 1,1* Formação dos componentes para o
desenvolvimento das características sexuais.

AI valores com * e RDA valores sem *


Fonte: www.nap.edu

PROTEÍNAS PROTEÍNAS

O pico de consumo de proteína coincide com o pico de


RECOMENDAÇÕES
consumo de energia.
• 10 a 15 % do VET  30 - 35 % PAVB
11 a 14 anos para MENINA
15 a 18 anos para MENINO
(Vannucchi et al., 1990)

•15 a 20% do VET (National Cholesterol


Education Program, 1991 citado por Krause
& Mahan, 1998)
Sem adequada ingestão calórica, a proteína é
utilizada na gliconeogênese. •12 a 15% do VET (citado por Costa & Souza,
1998; Jacobson et al, 1998)

•12% e 14% (Giovannini et al, 2000)

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PROTEÍNA FAO/OMS 1985

National Research Council (NRC/1989) Sexo Idade


anos)
Manutenção
(mg de N/kg/dia)
Crescimento
(mg de N/kg/dia)
Total + 2Dp
(gPtn/kg/dia)
Qtde Adequada

Homens Mulheres Masc


10 110 17 127 159 0,99
Idade (anos) g/cm g/dia g/cm g/dia 11 109 17 126 157 0,98
07 – 10 0,21 28 0,21 28 12 108 21 129 161 1,00
11 - 14 0,29 45 0,29 46 13 107 17 124 155 0,97
14 106 17 123 154 0,96
15 - 18 0,34 59 0,27 44 15 105 13 118 147 0,92
19 – 24* 0,33 58 0,28 46 16 104 11 115 144 0,90
17 103 07 110 137 0,86
> 18 000 00 000 000 0,75

* Também pode ser utilizado o recomendado para adulto: 0,8 a 1,0 ¹ Leite ou ovos. Os dados para crianças menores de 6 meses são aplicados para
g/kgP aquelas cuja proteína da alimentação não seja proveniente exclusivamente do leite
materno.
² Proteína com digestibilidade verdadeira de 80% a 85% e qualidade aminoacídica
de 90% em relação ao leite ou ovo.

FAO/OMS 1985 Recomendações diárias de proteínas, segundo


Vannucchi et al (1990)
Sexo Idade Manutenção Crescimento Total + 2Dp Qtde Adequada
(anos) (mg de N/kg/dia) (mg de N/kg/dia) (gPtn/kg/dia)
Sexo Idade PBQ g/kg/dia P Alimentação Mista g/kg/
Fem
10 110 19 129 161 1,00 Crianças 05.1 - 12 1,00 1,35
11 109 17 126 157 0,98
12 108 15 123 154 0,96 Masculino 12.1 - 14 1,00 1,35
13 107 13 120 150 0,94 14,1 - 16 0,95 1,30
14 106 09 115 144 0,90 16,1 - 18 0,90 1,20
15 105 07 112 140 0,87 > 18,1 0,75 1,00
16 104 02 106 132 0,83
17 103 00 103 129 0,80 Feminino 12.1 - 14 0,95 1,30
> 18 000 00 000 000 0,75 14,1 - 16 0,90 1,20
16,1 - 18 0,80 1,10
> 18,1 0,75 1,00
º Calculada com base nas recomendações da FAO/OMS/UNU, 1985
¹ Leite ou ovos. Os dados para crianças menores de 6 meses são aplicados para aquelas cuja proteína
da alimentação não seja proveniente exclusivamente do leite materno.
² Proteína com digestibilidade verdadeira de 80% a 85% e qualidade aminoacídica de 90% em relação ao
leite ou ovo.
¹Leite ou ovos. Os dados para crianças menores de 6 meses são aplicados
para aquelas cuja proteína da alimentação não seja proveniente
exclusivamente do leite materno.
² Proteína com digestibilidade verdadeira de 80% a 85% e qualidade
aminoacídica de 90% em relação ao leite ou ovo.

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Proteínas
LIPÍDIOS
NAS/FNB, 2002 (DRIs)
Normolipídica.

Estágio de
Vida
EAR de um
indivíduo de
AI ou RDA de um
indivíduo de
EAR (g/kgPC/d) RDA (g/kgPC/d)
Fornecimento de energia,
referência referência (g/d)
g/d

9 a 13 anos
Masc
27
Fem
27
Masculino
34
Feminino
34
Masculino
0,76
Feminino
0,76
Masculino
0,95
Feminino
0,95
veículo para as vitaminas lipossolúveis
14 a 18 anos 44,5 38 52 46 0,73 0,71 0,85 0,85
> 19 anos 47 38 56 46 0,66 0,66 0,80 0,80
 fontes de ácidos graxos essenciais para o
crescimento e desenvolvimento normais.

Para se garantir a quantidade necessária de aminoácidos


essenciais, a proporção de proteína de alto valor biológico deve ser
de dois terços do total recomendado.

LIPÍDIOS LIPIDIOS

 Excesso pode ser responsável pela obesidade e aterosclerose.


 FAO/OMS 1996
20% a 30% do VET Razão 6: 3 = 5:1 a 10:1
(Vannucchi et al, 1990 Lifshitz et al, 1993;
Jacobson et al, 1998; Giovannini et al, 2000)  NRC/NAS/FNB, 2002
 VANNUCCHI et al (1990): < 8% de AGS, >8%
de AGM e 10% de GP. F: 3- 1,1g/d e 6- 12g/d

NAS/FNB: AMDR 25 a 35% (4 a 18 anos) M: 3- 1,6g/d e 6- 17g/d

Razão 6: 3 = 5:1 a 10:1


Se > 10:1 aumentar 3

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Intervalo Aceitável de Distribuição de Macronutrientes (AMDR)


LIPIDIOS
Intervalo (% de energia)
Macronutrientes Crianças, 1-3 Crianças, 4-18 Adultos
 Colesterol anos anos
Gorduras 30 – 40 25 - 35 20 – 35

-6 ácido graxo 5 – 10


Não podem ultrapassar a 300mg/dia. poliinsaturado
5 - 10 5 - 10

(ácido linoléico)1

-3 ácido graxo 0,6 – 1,2 0,6 – 1,2 0,6 – 1,2


VANNUCCHI et al (1990) recomenda poliinsaturado
(ácido -
100mg/1000kcal. linolênico)1
Carboidrato2 45 - 65 45 - 65 45 – 65

Proteína 5 - 20 10 - 30 10 - 35

1 Aproximadamente 10% do total podem ser de ácidos graxos de cadeia longa, -3 ou -6.
2
Uma ingestão máxima de 25% de energia de açúcar adicionado é sugerida. Este nível de ingestão máxima foi
baseado para garantir a ingestão suficiente de micronutrientes essenciais que não estão presentes nesses alimentos e
bebidas que contêm açúcar adicionado.
FONTE: Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and
Amino Acids (2002). Este relatório pode ser acessado em www.nap.edu

MINERAIS MINERAIS

Os adolescentes incorporam o dobro da Cálcio:


quantidade de cálcio, ferro, zinco e magnésio
em seu organismo durante os anos de estirão do
Cobrir as necessidade de crescimento do
que em outras épocas. esqueleto  atingir Massa óssea adequada 
prevenir osteoporose

Manutenção da integridade celular,


coagulação do sangue, contratilidade
muscular e ativação de processos
enzimáticos.

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MINERAIS MINERAIS

Cálcio: Cálcio:
NRC/NAS/FNB, 1998:
 Meninas apresentam mais inadequação
9 a 18 anos: 1.300mg/dia
19 a 30 anos: 1.000mg/dia  Excesso de proteína  mobilização do cálcio do
osso.
National Institute of Health Consensus  1g Ptn – perda de 1mg de Ca urinário ???
Conference, 1994 
 Aumento no consumo de refrigerantes – Ácido
1.200 a 1.500mg/dia (11 a 24 anos) fosfórico prejudica absorção óssea.

DRI, 2002:  Ingerem 20% menos de Ca do que aqueles que


H e M – 9 – 18 anos: 1300mg não consomem refrigerante.

MINERAIS
MINERAIS
Cálcio:
Cálcio:
•Cafeína e o excesso de Na aumentam excreção urinária
de Ca;
Ácido oxálico (espinafre, tomate, batata doce,
•A excreção urinária de Ca aumenta  26mg para cada beterraba, aipo, berinjela, quiabo, abóbora, chá,
grama de NaCl; feijão verde, chocolate, etc)  quelam o Ca  a
excreção fecal
•300 a 400 mg/dia de cafeína aumenta a excreção
urinária de Ca em 10mg – redução da absorção renal e
perda intestinal

•Café Expresso (2 xícaras) 250 a 330 mg

•Sugestão – aumentar a ingestão de Ca 40mg para cada


porção de 177,5 ml de café

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MINERAIS
MINERAIS
Ferro:
Ferro:

Sexo M
Importante para a expansão da massa muscular,
Expansão MM e Vol Sang ( céls vermelhas 33%
pico)  Fe absorvido 1mg/d a 2,5mg/d
aumento do volume sangüíneo,
Sexo F
elevação dos níveis de Hb
perdas menstruais  Fe absorvido 1,3 mg/dia (pico:
perdas menstruais (1,4mg de ferro/dia). 1,5mg/dia)

MINERAIS MINERAIS
Ferro: Ferro:

Ingestão de Dallman (1989) -


Ferro
Síntese de Hb Masculino - existe claro aumento nas necessidades
+ e de ferro em  10 a 15mg/d
MIOGLOBINA
Aumento das Depois do PVC e Mat. Sexual diminuição do
necessidades crescimento e necessidade de ferro

Feminino - o PVC não é tão grande, mas a


menstruação inicia  6 meses a 1 ano após o PVC
Sua deficiência está associada à deficiência do
crescimento e da anemia.

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MINERAIS
MINERAIS
Ferro: Ferro:

Adolescente no estirão de crescimento:


RDA (NRC/NAS/FNB, 2001) • Meninos  aumento de 2,9 mg/dia
• Meninas  aumento de 1,1 mg/dia.
• Garotas de 9 a 13 anos  menarca antes dos 14 anos
 consumir adicional de 2,5 mg/dia (10,5mg/dia)
Total da ingestão recomendada:
• Garotas de 14 a 18 anos  não iniciaram a menarca IDADE QUANTIDADE RECOMENDADA
 ingestão de ferro de 12,5 mg/dia (15 – 2,5 =12,5 ♂ ♀
mg/dia). 09 – 13 anos 10,9 mg/dia 9,1 mg/dia
14 – 18 anos 13,9 mg/dia 16,1 mg/dia
• Uso do contraceptivo oral  EAR = 6,9 mg/dia e RDA
= 11,4 mg/dia. O requerimento de ferro é 1,8 vezes maior para
vegetarianos  ↓ biodisponibilidade

MINERAIS MINERAIS
Ferro:
Zinco:

Fatores que afetam a absorção de ferro


• Essencial para a regeneração do esqueleto e músculos e para o
crescimento e maturação sexual.

• Inibem: cálcio, fibra alimentar, • Síntese protéica, atividades do ácido nucleícos, da insulina,
desenvolvimento das gônodas e em sistemas enzimáticos.
oxalatos, fosfatos, polifenóis, proteína
de soja, proteína do ovo • Metabolismo da somatomedina, tireóide, supra-renal e testículos.

• Melhoram: Ácido ascórbico, ácidos


orgânicos, aminoácidos e proteína da
carne.

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MINERAIS MINERAIS

Zinco: Zinco:

Retenção de Zn   Massa Magra FAO/OMS, 2001: Baixa, moderada e alta


Corporal biodisponibilidade

NRC/NAS/FNB, 2001:
Os níveis séricos de Zn diminuem em
resposta ao rápido crescimento e RDA = 09 a 13 anos: 08mg/d
mudanças hormonais da puberdade.
14 a 18 anos: 09mg/d (F) e 11mg/d (M)
19 a 30 anos: 08mg/d (F) e 11mg/d (M)
Deficiência  retardo do crescimento e
atraso puberal O requerimento pode ser até 50% maior em vegetarianos,
principalmente nas dietas restritivas.

MINERAIS
MINERAIS
Magnésio
Magnésio, Cobre e Zinco
Manutenção imunológica, produção de energia
Os adolescentes incorporam o dobro da celular, síntese de ácidos nucléicos e ptn. > parte
quantidade de magnésio em seus organismos está no osso.
durante o estirão, e este mineral juntamente com o
zinco e o cobre atuam
Participa da absorção normal de cálcio por meio
da transferência de Ca das células da mucosa para
a membrana basolateral
Co-fatores metálicos de enzimas, envolvidos na
síntese de vários constituintes da matriz óssea. Que é dependente de ATPase Ca-A
Enzima calcidiol 1-hidrolase depende de Mg para
transformar a vit. D em sua forma ativa.

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MINERAIS MINERAIS
Magnésio Manganês  Biossíntese de mucopolissacarídeos na
NRC, 2001  RDA = 09 a 13 anos: 240mg/d formação da matriz
14 a 18 anos: 410mg/d (M) e 360mg/d (F)
19 a 30 anos: 400mg/d (M) e 310mg/d (F) NRC/NAS/FNB, 2001 (AI):
09 a 13 anos: ♂ 1,9 mg/d ♀ 1,6mg/d
14 a 18 anos: ♂ 2,2 mg/d ♀ 1,6mg/d
Cobre: 19 a 30 anos: ♂ 2,3 mg/d ♀ 1,8mg/d
NRC, 2001 09 a 13 anos: 700g/d
14 a 18 anos: 890  g/d Flúor: Prevenção de cárie dentária, aumenta a rigidez
19 a 30 anos: 900  g/d do mineral ósseo

Fósforo: Crescimento ósseo adequado. NRC/NAS/FNB, 2001 (AI):


09 a 13 anos: 2mg/d
NRC/NAS/FNB, 2001: 14 a 18 anos: 3mg/d
9 a 18 anos: 1.250mg/dia 19 a 30 anos: 4mg/d (♂) e 3mg/d (♀)

MINERAIS MINERAIS
Sódio:
Sódio
 Ca e Na compartilham do mesmo sistema de
transporte no túbulo renal proximal: AI (NRC, 2004)  1,5 g/d para ambos os sexos
AI (NRC, 2004)  2,3 g/d

Excesso de
Sódio Potássio:
↑ excreção 9 – 13 anos: 4,5 g/d
de sódio 14 a 18 anos e > 19 anos: 4,7 g/d
urinário
↑ Absorção
de sódio
↑ excreção
de cálcio
urinário

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VITAMINAS VITAMINAS

 Durante o anabolismo e produção energética na VITAMINA D:


adolescência.
Essencial para o rápido crescimento esquelético.
 Necessidades na adolescência (extrapoladas das
necessidades dos adultos). Manutenção da homeostase normal do Ca e P e
mineralização óssea.
VITAMINA A
• Deficiência grave desta vitamina é associado com NRC/NAS/FNB, 2001:
esterilidade e amenorréia. 09 a 30anos ♂ e ♀ : 5g/dia
•Deficiência moderada pode afetar o crescimento fetal.
• Relação com crescimento e maturação sexual.
NRC/NAS/FNB, 2001:
09 a 13 anos: 600g/dia
14 a 19 anos: 900 g/dia (M) e 700 g/d (F)

VITAMINAS VITAMINAS
VIT. E: VIT. K:
 Protege as membranas celulares de deterioração  Sínteses de fatores de coagulação e de
pela peroxidação dos lipídios osteocalcina ( proteína da matriz óssea necessária
para o depósito de cálcio nesta matriz).
 Mantém propriedades estruturais e funcionais das
novas células formadas durante o crescimento.
NRCNAS/FNB, 2001:
NRC/NAS/FNB, 2000:
9 a 13 anos: 11mg/dia 9 a 13 anos: 60g/dia
14 a 19 anos: 15mg/dia 14 a 18 anos: 75g/dia
> 19 anos: 120 g/d (M) e 90 g/d (F)

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VITAMINAS VITAMINAS
VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
VITAMINA C: VITAMINA C:
Participa do metabolismo intermediário,
Há poucos estudos do baixo nível sérico de
na formação e manutenção do colágeno, Vitamina C nos adolescentes, mas a ingestão
dietética desta vitamina pode ser baixa entre
na formação e manutenção da matriz óssea e da aqueles que habitualmente evitam frutas e vegetais,
dentina. os que fumam e os de nível socioeconômico baixo.

Favorece a absorção do ferro não-heme NRC, 2000:


9 a 13 anos: 45mg/dia
14 a 18 anos: 75mg/dia (M) e 65mg/d (F)
19 a 30 anos: 90mg/d (M) e 75mg/d (F)

VITAMINAS VITAMINAS
Vit complexo B:
NRC/NAS/FNB, 2001
Não são armazenadas no organismo em
quantidades apreciáveis. Riboflavina  09 a 13 anos: 0,9mg/d
O suprimento diário é desejável para evitar depleção 14 a 18 anos: 1,3mg/d (M) e 1,0mg/d (F)
e a interrupção das funções fisiológicas normais. 19 a 30 anos: 1,3mg/d (M) e 1,1mg/d (F)

Riboflavina, niacina e tiamina: envolvidas no Niacina  09 a 13 anos: 12mg/d


metabolismo energético 14 a 30 anos: 16mg/d (M) e 14mg/d (F)

Maior demanda de energia  maior quantidade Tiamina  09 a 13 anos: 0,9mg/d


dessas vitaminas  são requeridas p/ liberar energia 14 a 18 anos: 1,2mg/d (M) e 1,0mg/d (F)
dos carboidratos. 19 a 30 anos: 1,2mg/d (M) e 1,1mg/d (F)
VITAMINA B1 - formação hemácias

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VITAMINAS
VITAMINAS
Folato e B12 :
síntese de tecidos   necessidades de ácido
fólico e a vitamina B12 NRC/NAS/FNB, 2001
• Síntese de DNA e RNA rápido crescimento celular
e particularmente o pico de crescimento. Folato 
• Crescimento e maturação das hemácias.
09 a 13 anos: 300g/d
Folato: adolescentes pós menarca  defeito no tubo 14 a 30 anos: 400g/d
neural no feto

B12 
Recomenda-se a ingestão de 400µg de acido fólico 09 a 13 anos: 1,8g/d
diário de alimentos fortificados, suplemento ou 14 a 30 anos: 2,4g/d
ambos em adição ao folato dos alimentos de uma
dieta variada

VITAMINAS LÍQUIDOS

VITAMINA B6:
 Água metabólica + água dos líquidos da dieta +
Sistema enzimático associado ao metabolismo da água pura.
proteína.
 Participa da composição de todos os líquidos e
Suas necessidades estão relacionadas à ingestão células orgânicas, de vários processos bioquímicos
protéica. para o metabolismo.
 Hidratação
NRC/NAS/FNB, 2001:
 Ritmo intestinal normal
09 a 13 anos: 1,0 mg/d
4 a 18 anos: 1,3 mg/d (M) e 1,2 mg/d (F)
19 a 30 anos: 1,3 mg/d

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LÍQUIDOS
CONDIMENTOS
Recomendação: NRC/NAS/FNB, 2004
• Variabilidade das preparações da dieta
Sexo masculino
9 a 13 anos: 2,4 L/d
14 a 18 anos: 3,3 L/d • Aceitação da dieta
19 anos: 3,7 L/d

Sexo feminino
• Palatabilidade
9 a 13 anos: 2,1 L/d
14 a 18 anos: 2,3 L/d
19 anos: 2,7 L/d

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
CARACTERÍSTICA FÍSICO-QUÍMICA

Consistência: FIBRAS NRC/FBN, 2002

Fracionamento: NORMAL Estágio de vida Fibra Total (g/dia)


AI
Homens
Temperatura: 9- 13 31
14- 18 38
Volume: Adequado à fase de crescimento e 19- 30 38
desenvolvimento em que se encontra o adolescente. Mulheres
9- 13 26
14- 18 26
19- 30 25

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FIBRAS FIBRAS

Essa recomendação é extrapolada da estimativa para DRI(2002):


adultos de 14g/1000kcal e está respaldada na prevenção
de dça. Cardiovascular, podendo estar
A fibra dietética pode ter composições variáveis e, portanto, é difícil
SUPERESTIMADA. associar uma fonte específica de fibra com um determinado efeito
adverso, especialmente quando o fitato também está presente na fonte
Até 15 anos: de fibra natural. Conclui-se que, como parte de uma dieta saudável,
uma alta ingestão de fibra alimentar não produzirá efeitos deletérios em
Soma-se a idade da criança/adolescente + 5 (idade + 5) indivíduos saudáveis. Apesar de ocasionais, efeitos adversos
(Williams e cols., 1995) gastrintestinais são observadas quando se consome algumas fibras
isoladas ou sintéticas. Sérios efeitos adversos crônicos não foram
observados. Devido à natureza volumosa de fibras, excesso de
Após 15 anos: consumo tende a ser auto-limitada. Portanto, um UL não foi definido
para as fibras funcionais.
Mesma recomendação p/ adulto: 20 – 30g/d, 6g de fibra
solúvel. (Vitolo, 2008).

ÁCIDOS GRAXOS TRANS ÁCIDOS GRAXOS TRANS

Originam-se dos AGI no processo de hidrogenação e bio-  Consumo máximo: < 1% do VET com base em alguns estudos
hidrogenação. epidemiológicos (WHO, 2003).

São AGNE e não trazem benefício conhecido à saúde humana.  Ex: produtos industrializados: margarinas duras, produtos de
padaria, batatas fritas, biscoitos, sorvetes, pastéis, bolos, salgadinhos
de pacote, etc.
Correlação positiva com AGT e cc plasmáticas de partículas
pequenas e densas de LDL-C (aterogênicas).
 Em 2006: Resolução RDC nº 360 de 2003, da ANVISA, aprova a
obrigatoriedade da inclusão da quantidade de gordura trans nos
↓ HDL-C rótulos dos alimentos.

Compete com AGE, inibindo as enzimas envolvidas na síntese de  Faltam estudos longitudinais consumo excessivo de trans na
AGP de cadeia longa. adolescência é um forte preditor de doenças crônicas na vida adulta.

Não existe AI ou RDA  falta de evidências p/ determinar quant.  Deve-se dar atenção ao consumo nas fases precoces da vida.
adequada p/ prevenção de DCNT.

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ÁCIDOS GRAXOS TRANS


ORIENTAÇÕES
 Estratégias de orientação devem ser estabelecidas p/ ajudar pais e
adolescentes a identificarem os alimentos potencialmente ricos em NUTRICIONAIS
AGT.
• Não deve ser rígida.
AGT em gramas por 100g do alimento:
Alimentos S PI M Trans
B. Frita (chips) 16,8 3,49 14,76 ___
• Deve imprimir um caráter de flexibilidade
B. Frita (fast food1) 4,57 1,73 3,67 4,76
B. Frita (fast food2) 6,51 1,1 5,69 4,73
Sorvete (crocante e creme) 1,14 0,25 1,19 1,13
Sorvete( choc., morango, creme) 1,18 0,10 1,22 1,4
• Fundamental discuti-la com o interessado
Sundae cobert, chocolate (fast food) 1,38 0,07 0,71 0,14
Sundae cobert, morango (fast food) 1,02 0,05 0,56 0,04
Biscoito cream cracker 3,84 0,9 3,43 5,60 • Lembrar a grande influência da mídia
Biscoito recheado (chocolate) 4,45 2,98 4,31 2,81
Biscoito recheado (morando) 4,37 3,51 4,44 2,86
Chiara & cols., 2003

Orientações dietéticas para adolescentes Orientações dietéticas para adolescentes

 COMER SEM PRESSA, EM AMBIENTE TRANQÜILO, MASTIGANDO  DARPRIORIDADE AOS ALIMENTOS DA SAFRA, POR
BEM OS ALIMENTOS; SEREM MAIS BARATOS E MAIS NUTRITIVOS;
 REALIZAR PELO MENOS TRÊS REFEIÇÕES AO DIA;
PROCURE TER UMA ALIMENTAÇÃO BEM VARIADA,
 PROCURAR MANTER O HORÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DAS COMENDO DIARIAMENTE PELO MENOS UM ALIMENTO
REFEIÇÕES, COM INTERVALOS DE PELO MENOS 03 HORAS; DE CADA GRUPO ALIMENTAR
 A ALIMENTAÇÃO DEVE SER PREPARADA COM BASTANTE
HIGIENE;
TOMAR, DIARIAMENTE, BASTANTE ÁGUA ( CERCA DE
10 a 15 copos de 200ml);

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Orientações dietéticas para adolescentes Orientações dietéticas para adolescentes

 DAR PREFERÊNCIA A PEIXE E FRANGO, DIMINUIR O CONSUMO DE GORDURAS ANIMAIS ELAS ELEVAM O
COLESTEROL;
PREPARADOS SEM PELE E COM POUQUÍSSIMO ÓLEO;
AS FRITURAS DEVEM SER EVITADAS, PORQUE AJUDAM A PROMOVER O
CARNES, SAL E AÇÚCAR DEVEM SER UTILIZADOS EM ENVELHECIMENTO PRECOCE DO ORGANISMO;
QUANTIDADES MODERADAS; OS OVOS E DERIVADOS DEVEM SER UTILIZADOS NO MÁXIMO DUAS
VEZES POR SEMANA, PARA EVITAR O EXCESSO DE COLESTEROL NO
NÃO REUTILIZAR O ÓLEO DE FRITURAS; ORGANISMO;

COMER DIARIAMENTE FRITURAS E VERDURAS FRESCAS, PARA


NA ESCOLHA DO ÓLEO DAR PREFERÊNCIA A GARANTIR A QUOTA DIÁRIA DAS VITAMINAS E MINERAIS QUE O
SEGUINTE ORDEM: MILHO, CANOLA, ALGODÃO, ORGANISMO NECESSITA;
GIRASOL, SOJA, ARROZ, DIMINUIR O CONSUMO DE AS FRUTAS DEVEM PREFERENCIALMENTE SER CONSUMIDAS NA
GORDURAS ANIMAIS; FORMA IN NATURA, A FIM DE PRESERVAR SEU VALOR NUTRITIVO;

Orientações dietéticas para adolescentes Orientações dietéticas para adolescentes

OS SUCOS DE FRUTAS DEVEM SER


SE EXISTIR HISTÓRIAS FAMILIAR DE HIPERTENSÃO, COMECE
CONFECCIONADOS O MAIS PRÓXIMO DA HORA DE
CEDO A APRENDER A CONSUMIR POUCO SAL DE COZINHA E
INGERI-LOS PARA PRESERVAR AS VITAMINAS; ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS RICOS EM SÓDIO, COMO
MOLHOS, CALDOS, MOSTARDA, ENTRE OUTROS;
DAR PREFERÊNCIA A ALIMENTOS INTEGRAIS, COMO
ARROZ INTEGRAL, PÃO INTEGRAL, BISCOITO DAR PREFERENCIA AOS ALIMENTOS NATURAIS, PORQUE PARA
AUMENTAR A VIDA DE UM ALIMENTO HÁ NECESSIDADE DO USO
INTEGRAL, CASO NÃO O FAÇA DEVE-SE INTRODUZIR
DE ADITIVOS PARA CONSERVÁ-LOS. ESSES ADITIVOS QUANDO
FARELO DE TRIGO OU DE AVEIA OU DE ARROZ NAS CONSUMIDOS EM GRANDES QUANTIDADES PROVOCAM DANOS A
PREPARAÇÕES (2 COLHERES SOPA/DIA); SAÚDE;

EVITAR REFRIGERANTES E DOCES, PORQUE ALÉM MANTENHA O PESO, CONTROLANDO A INGESTÃO DE


ALIMENTOS E FAZENDO EXERCÍCIO FÍSICO;
DE ENGORDAR PROMOVEM O APARECIMENTO DE
CELULITES;

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Orientações dietéticas para adolescentes Referências


1. ACCIOLY, Elizabeth; Saundes e Lacerda, Elisa M. de Aquino. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria, Editora Cultura
NÃO REALIZE ATIVIDADE FÍSICA EM JEJUM, PORQUE PODE Médica, 2002, Rio de Janeiro. Cap.11,14 e19.

PROMOVER HIPOGLICEMIA; 2. BALLABRIGA &CARRASCOSA. Nutrición en la infancia y adolescencia, Edicions Ergon, 1998, Buenos Aires. Cap.12.

3. COSTA MC; SOUZA RP. Adolescência Aspectos Clínicos e Psicossociais. Porto Alegre: Artmed. 2002.464p.
EVITAR BEBIDAS ALCÓOLICAS, EXCESSO DE ÁLCOOL PROVOCA 4. DRIs – Dietary Reference Intakes. Uso e Aplicações das “Dietary Reference Intakes”. National Research Council
(NRC), 2002.
SÉRIOS DANOS A SAÚDE; O EXCESSO DE ÁLCOOL PREJUDICA A
ABSORÇÃO DE VITAMINAS C E DO COMPLEXO B. 5. FAO. 2003. Food energy – methods of analysis and conversion factors. Report of a technical workshop. FAO Food
and Nutrition Paper No. 77. Rome.

6. FAO/OMS/UNU - Organizacion de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentacion/ Organización Mundial de
AS MULHERES DURANTE A MENSTRUAÇÃO DEVEM AUMENTAR la Salud –. Necesidades de energía y de proteínas. Ginebra, FAO/OMS/UNU. Série de informes técnicos, n. 724, 1985,
221 p.: il.
O CONSUMO DE ALIMENTOS FONTE DE FERRO E FONTE DE 7. KRAUSE, M. V. & MAHAN, L. K. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo, Roca, 1995, cap. 12.
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8. LOPEZ, F. A e BRASIL, A. L. D. Nutrição e Dietética em Clínica Pediátrica. São Paulo: Ed. Atheneu 2004. 368p.
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9. PHILIPPI, S. T. Pirâmide dos Alimentos. Fundamentos básicos da nutrição. São Paulo: Manole, 2008. 387p.
de vitamina C -frutas cítricas, goiaba, araçá, acerola, caju, entre
10. SHILS et al , Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença, Ed. Manole, 9ª ed, Vol 1, 2003, São Paulo.
outras.
11. VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 2008

12. WAITZBERG, D. L., Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica, Ed. Atheneu, 3ª ed., Vol.1, 2000, São Paulo.

13. WHO/FAO. Diet, Nutrition and the Prevention of chronic Diseases. Genebra, 2003.

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