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SUJEITOS
Comerciantes
Empresários Comerciais – Artigo 2.º do Código Comercial1 – Todas as
actividades que estas pessoas pratiquem são actos subjectivamente
comerciais, pois, são praticadas por comerciantes.
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Artigo 2.º
(Empresário Comercial)
São Empresários comerciais:
a) As pessoas singulares ou colectivas que, em seu nome, por si ou por
intermédio de terceiros, exercem uma empresa comercial.
b) As sociedades comerciais.
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Das Empresas
Artigo 230.º
(Empresas comerciais)
Haver-se-ão por comerciais as empresas, singulares ou colectivas, que se
propuserem:
1. Transformar, por meio de fábricas ou manufecatoras matérias primas,
empregando para isso, ou só operários, ou operários e máquinas;
2. Fornecer, em épocas diferentes, géneros, quer aos particulares, quer ao
Estado, mediante preço convencionado;
3. Agenciar negócios ou leiloes por conta de outrem em escrotório aberto ao
público, e mediante salários estipulado;
4. Explorar quaisquer espetáculos público;
5. Aditar, publicar ou vender obras científicas, literárias ou artísticas;
6. Edificar ou construir casas para outrem com matérias subministradas pelo
empresário;
7. Transportar, regular e permanentemente, por água ou por terra, quaisquer
pessoas, animais, alfaias ou mercadorias de outrem;
§ 1.º Não haverá como compreendido no n.º 1 o proprietário ou o explorador
rural que apenas fabrica ou manufactura os produtos do terreno que agriculta
acessoriamente à sua exploração agrícola, nem o artista, industrial, mestres
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No actual Código Comercial retirou-se a noção “profissional” da
definição de comerciante mas, apesar de tal não estar expresso,
exige-se também a profissionalidade: Só será comerciante aquele
sujeito (pessoa singular ou colectiva) que actuar de modo
sistemático e tendo em vista uma vantagem (o lucro);
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Dos Comerciantes
Artigo 13.º do Código Comercial de 18888
(Quem é Comerciante)
São comerciantes:
1. As pessoas, que, tendo capacidade para praticar actos de comércio, fazem
desta profissão.
2. As sociedades comerciais.
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Outro exemplo: a construção de uma fábrica é um único acto, mas há
uma série de outros actos (aquisição de material, etc), portanto,
não pode deixar de se considerar uma prática reiterada.
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Artigo 4.º
(Actos de comércio)
1. São considerados actos de comércio:
a) Os actos especialmente regulados na lei em atenção às necessidades da
empresa comercial, designadamente os previstos neste código, e os actos
análogos;
b) Os actos praticados no exercício de uma empresa comercial.
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Para retirar a comercialidade de um acto praticado por um
comerciante – e não ser considerado comercial:
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O Professor Menezes Cordeiro faz uma interpretação diversa do artigo
9.º : Diz ele que o artigo 9.º do CCom remete para a lei civil e
portanto, no essencial, as regras são as seguintes: Todos temos
capacidade de gozo plena (67.º Código Civil)6; já as pessoas
colectivas têm a capacidade de gozo necessária à prossecução dos
seus fins (160.º do Código Civil7).
6Artigo
66.º do Código Civil
1. A Personalidade adquire-se no momento do nascimento complemento e com vida.
2. Os direitos que a lei reconhece aos nascituros dependem do seu nascimento.
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Artigo 160.º do Código Civil
(Capacidade)
1. A Capacidade das pessoas colectivas abrange todos os direitos e obrigações
necessárias ou convenientes à prossecução dos seus fins.
2. Exceptuam-se os direitos e obrigações vedados por lei ou que sejam
inseparáveis da personalidade singular.
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A actividade (empresa) comercial é a organização de factores de
produção para o exercício de uma actividade económica.
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Tipos de Sociedades Comerciais
Artigo 82.º
(tipos de Sociedades Comerciais)
1. São sociedades comerciais, independentemente do seu objecto, as sociedades
em nome colectivo, de capital e industria, em nome comandita, por quotas.
2. As sociedades que tenham por objecto o exercício de uma empresa comercial
só podem constituir-se segundo um dos tipos societários previstos neste
artigo.
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O Comerciante Pessoa Singular
As pessoas singulares podem ser comerciantes: basta que tenham
capacidade para praticar actos de comércio e façam deste profissão.
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Incapacidades
Condição jurídica dos menores
Artigo 122.º do Código Civil
(Menores)
São menores as pessoas de um e outro sexo enquanto não perfizerem vinte e um anos
de idade.
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Inabilitação
Artigo 152.º do Código Civil
(Pessoas sujeitas a inabilitação)
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Situação dos menores (ver artigo 10.º Código Comercial)
Os menores autorizados, os interditos com tutor, e os inabilitados
com curador são comerciantes, quanto aos incapazes, sempre que
devidamente representados, são comerciantes, mas atenção, são
comerciantes os incapazes e não os seus representantes.
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Artigo 153.º
(Suprimento de Inabilidade)
1. Os inabilitados são assistidos por um curador, a cuja autorização estão
sujeitos os actos de disposição de bens entre vivos e todos os que, em
atenção às circunstâncias de cada caso, forem especificados na sentença.
2. A autorização do curador pode ser judicialmente suprida.
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jurídicas, de exercer o Comércio: é o que se passa com os
magistrados judiciais.
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Sociedades Comerciais – Estas são comerciantes natos (artigo 82.º/
214 e 83.º15, Código Comercial); o seu objecto é a prática de actos
comerciais.
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Tipos de Sociedades Comerciais
Artigo 82.º do Código Comercial
(Tipos de Sociedades comerciais)
1. São sociedades comerciais, independentemente do seu objecto, as sociedades
em nome colectivo, de capital e indústria, em comandita, por quotas e
anónimas.
2. As sociedades que tenham por objecto o exercício de uma empresa comercial
só podem constituir-se segundo um dos tipos societários previstos neste
artigo.
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Artigo 83.º do Código Comercial
(Requisitos essenciais das sociedades comerciais)
São condições essenciais para que uma sociedade se considere comercial:
a) Que tenha por objecto praticar um ou mais actos de comércio;
b) Que se constitua em harmonia com os preceitos deste Código.
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Sociedade
Artigo 980.º do Código
(Noção)
Contrato de sociedade é aquele em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir
com bens ou serviços para o exercício em comum de certa actividade económica, que
não seja de mera fruição, a fim de repartirem aos lucros resultantes dessa
actividade.
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fins sociais e as Associações não têm fim lucrativo, daí não serem
comerciais (157.º a 182.º Código Comercial).
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Comerciantes são as pessoas singulares ou colectivas descritas na a)
do artigo 2.º do Código Comercial; Há outras pessoas que podem ser
comerciantes? – Os mandatários comerciais são pessoas que actuam
comercialmente em nome de um mandante; os seus actos repercutem-se
na esfera jurídica do mandante.
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Os correctores de Bolsa (intermediários financeiros) – são
comerciantes.
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Artigo 513.º do Código Civil
(Fontes de Solidariedade)
A solidariedade de devedores ou credores só existe quando resulte da lei ou da
vontade das partes.
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Artigo 638.º do Código Civil
(Benefício da exclusão)
1. Ao fiador é lícito recusar o cumprimento enquanto o credor não tiver
excutido todos os bens do devedor sem obter a satisfação do seu crédito.
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Prescrição – Artigo 317.º, alínea b)19 do Código Civil – Os créditos
dos comerciantes prescrevem no prazo de 2 anos perante devedor não
comerciante; perante um outro comerciante, o prazo de prescrição é
um prazo de prescrição normal (20 anos – artigo 309.º20 Código
Civil). Portanto, dá-se maior prazo de prescrição aos créditos entre
comerciantes para que o Comércio seja incentivado.
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Artigo 317.º do Código Civil
(Prescrição de dois anos)
Prescrevem no prazo de dois anos:
a) Os créditos dos estabelecimentos que forneçam alojamento, ou alojamento e
alimentação, a estudantes, bem como os créditos dos estabelecimentos de
ensino, educação, assistência ou tratamento, relativamente aos serviços
prestados.
b) Os créditos dos comerciantes pelos objectos vendidos a quem não seja
comerciante ou os não destine ao comércio, e bem assim os créditos daqueles
que exerçam profissionalmente uma indústria, pelo fornecimento de
mercadorias ou produtos, execução de trabalhos em gestão de negócios
alheios, incluindo as despesas que hajam efectuado, a menos que a prestação
se destine ao exercício industrial do devedor.
c) Os créditos pelos serviços prestados no exercício de profissões liberais e
pelo reembolso das despesas correspondentes.
20 Prazos da Prescrição
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O artigo 463.º do Código Comercial tem que ser interpretado em
conjunção com o artigo 560.º21 do Código Civil.
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Artigo 560.º do Código Civil
(Anatocismo)
1. Para que os juros vencidos produzam juros é necessário convenção posterior
ao vencimento; pode haver também juros de juros, a partir da notificação
judicial feita ao devedor para capitalizar os juros vencidos ou proceder ao
seu pagamento sob pena de capitalização.
2. Só podem ser capitalizados os juros correspondentes ao período mínimo de um
ano.
3. Não são aplicáveis as restrições dos números anteriores, se forem
contrários a regras ou usos particulares do comércio.
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Artigo 1146.º do Código Civil
(Usura)
1. É havido como usura o contrato de mútuo em que sejam estipulados juros
anuais superiores a oito ou dez por cento, conforme existe ou não garantia
real.
2. É havido também como usurária a cláusula penal que fixe como indemnização
devida pela falta de restituição do empréstimo, relativamente ao tempo de
mora, mais do que o correspondente a doze ou catorze por cento ao ano,
conforme exista ou não garantia real.
3. Se a taxa de juros estipulada ou o montante de indemnização exceder o
máximo fixado nos números precedentes, considera-se reduzindo a esses
máximos, ainda que seja a outra a vontade dos contraentes.
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Responsabilidade dos bens dos cônjuges – Artigos 11.º e 12.º do
Código Comercial
Critério do Proveito Comum – O cônjuge só se pode opor se provar que
a dívida contraída pelo outro cônjuge não o foi em benefício do
património comum. Por exemplo, prova que o cônjuge comprou um
Ferrari para oferecer a uma “amiga”.
Casos Práticos
2. Os juros devidos são os juros legais, salvo se entes da mora for devido a
um juro mais elevado ou as partes houverem estipulado um juro moratório
diferente do legal.
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Obrigações de Juros
Artigo 559.º do Código Civil
(taxa de juros)
1. São de cinco por cento ao ano os juros legais e os estipulados sem
determinação de taxa ou quantitativo.
2. A estipulação de juros a taxa superior deve ser feita por escrito, sob pena
de serem apenas devido na medida de juros legais.
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Pronuncie-se sobre se os seguintes contratos devem ou não ser
qualificados como actos de comércio; se a resposta for afirmativa,
indique se o critério da sua comercialidade é objectivo ou
subjectivo e se os actos são actos de comércio puros, bilaterais ou
unilaterais:
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