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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS

DO DIREITO BRASILEIRO
Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942

Lei de Introdução às normas do Direito inteiramente a matéria de que tratava a ``V. Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).
Brasileiro lei anterior. ``V Dec. 66.605/1970 (Promulgou a Convenção
sobre Consentimento para Casamento).
``Antiga Lei de Introdução ao Código Civil (LICC).
§ 2º A lei nova, que estabeleça disposições ``V. Enunciado 408 das Jornadas de Direito Civil.
Ementa com redação dada pela Lei 12.376/2010. gerais ou especiais a par das já existentes,
não revoga nem modifica a lei anterior. § 1º Realizando‑se o casamento no Brasil,
``DOU,09.09.1942. será aplicada a lei brasileira quanto aos im‑
§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei
O Presidente da República, usando da atribui- pedimentos dirimentes e às formalidades
revogada não se restaura por ter a lei re‑
ção que lhe confere o artigo 180 da Constitui- da celebração.
vogadora perdido a vigência.
ção, decreta: ``V. art. 1.511 e ss., CC/2002.
Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a ``V. arts. 8º e 9º, Lei 1.110/1950 (Dispõe sobre o
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei lei, alegando que não a conhece. reconhecimento dos efeitos civis do casamento
começa a vigorar em todo o país quarenta religioso).
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz de‑ ``V. Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).
e cinco dias depois de oficialmente pu‑ cidirá o caso de acordo com a analogia, os
blicada. § 2º O casamento de estrangeiros poderá
costumes e os princípios gerais de direito.
``V. art. 62, §§ 3º; 4º; 6º e 7º, CF. ``V. arts. 140, 375 e 723, NCPC.
celebrar‑se perante autoridades diplomáti‑
``V. arts. 101 a 104, CTN.
``V. arts. 100; 101 e 107 a 111, CTN.
cas ou consulares do país de ambos os nu‑
``V. Lei 2.145/1953 (Cria a Carteira de Comércio
``V. art. 8º, CLT.
bentes. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.)
Exterior. Dispõe sobre o intercâmbio comercial ``V. art. 2º, Lei 9.307/1996 (Lei da Arbitragem).
``V. art. 1.544, CC/2002.
com o exterior). § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso,
``V. Lei 2.410/1955 (Prorroga até 30.06.1956 o regime Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atende‑
regerá os casos de invalidade do matrimô‑
de licença para o intercâmbio comercial com o ex- rá aos fins sociais a que ela se dirige e às
terior, nos termos estabelecidos na Lei 2.145/1955). nio a lei do primeiro domicílio conjugal.
exigências do bem comum. ``V.
``V. Lei 2.770/1956 (Suprime a concessão de medidas
arts. 1.548 a 1.564, CC/2002.
liminares nas ações e procedimentos judiciais de Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato § 4º O regime de bens, legal ou convencio‑
qualquer natureza que visem a liberação de bens, e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o nal, obedece à lei do país em que tiverem
mercadorias ou coisas de procedência estrangeira). direito adquirido e a coisa julgada. (Redação os nubentes domicílio, e, se este for diverso,
``V. Lei 3.244/1957 (Dispõe sobre a reforma da tarifa dada pela Lei 3.238/1957.) a do primeiro domicílio conjugal.
das alfândegas). ``V. art. 5º, XXXVI, CF. ``V. arts. 1.658 a 1.666, CC/2002.
``V. Lei 4.966/1966 (Isenta dos impostos de impor- ``V. art. 1.787, CC/2002.
§ 5º O estrangeiro casado que se naturalizar
tação e consumo e da taxa de despacho aduaneiro ``V. Súm. Vinc. 1, STF. brasileiro pode, mediante expressa anuên‑
os bens dos imigrantes).
§ 1º Reputa‑se ato jurídico perfeito o já cia de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato
``V. Dec.-Lei 333/1967 (Dispõe sobre a entrada em
consumado segundo a lei vigente ao tempo de entrega do decreto de naturalização, se
vigor das deliberações do Conselho de Política apostile ao mesmo a adoção do regime de
Aduaneira e incorpora às alíquotas do imposto em que se efetuou. (Parágrafo incluído pela
Lei 3.238/1957.) comunhão parcial de bens, respeitados os
de importação a taxa de despacho aduaneiro). direitos de terceiros e dada esta adoção ao
``V. art. 8º, LC 95/1998 (Dispõe sobre a elaboração, § 2º Consideram‑se adquiridos assim os competente registro. (Redação dada pela
a redação, a alteração e a consolidação das leis). direitos que o seu titular, ou alguém por Lei 6.515/1977.)
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigato‑ ele, possa exercer, como aqueles cujo co‑ ``V. arts. 1.658 a 1.666, CC/2002.
riedade da lei brasileira, quando admitida, meço do exercício tenha termo pré‑fixo, § 6º O divórcio realizado no estrangeiro,
se inicia três meses depois de oficialmente ou condição preestabelecida inalterável, se um ou ambos os cônjuges forem brasi‑
publicada. a arbítrio de outrem. (Parágrafo incluído leiros, só será reconhecido no Brasil depois
pela Lei 3.238/1957.) de 1 (um) ano da data da sentença, salvo
§ 2º (Revogado pela Lei 12.036/2009.) se houver sido antecedida de separação
``V. arts. 131 e 135, CC/2002.
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocor‑ judicial por igual prazo, caso em que a
rer nova publicação de seu texto, destinada § 3º Chama‑se coisa julgada ou caso homologação produzirá efeito imediato,
a correção, o prazo deste artigo e dos pa‑ julgado a decisão judicial de que já não obedecidas as condições estabelecidas
rágrafos anteriores começará a correr da caiba recurso. (Parágrafo incluído pela Lei para a eficácia das sentenças estrangeiras
nova publicação. 3.238/1957.) no país. O Superior Tribunal de Justiça, na
``V. art. 5º, XXXVI, CF. forma de seu regimento interno, poderá
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor reexaminar, a requerimento do interessa‑
``V. arts. 121; 126 a 128; 131 e 135, CC/2002.
consideram‑se lei nova. ``V. art. 502, NCPC.
do, decisões já proferidas em pedidos de
Art. 2º Não se destinando à vigência homologação de sentenças estrangeiras de
Art. 7º A lei do país em que domiciliada divórcio de brasileiros, a fim de que passem
temporária, a lei terá vigor até que outra a produzir todos os efeitos legais. (Redação
a pessoa determina as regras sobre o co‑
a modifique ou revogue. dada pela Lei 12.036/2009.)
``V.
meço e o fim da personalidade, o nome, a
LC 95/1998 (Dispõe sobre a elaboração, a ``V. arts. 105, I, l; e 227, § 6º, CF.
redação, a alteração e a consolidação das leis). capacidade e os direitos de família.
``V. art. 961, NCPC.
``V. arts. 1º a 10; 22 a 39, 70 a 78 e 1.511 a 1.638,
§ 1º A lei posterior revoga a anterior quan‑ CC/2002. § 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio
do expressamente o declare, quando seja ``V. arts. 31, 42 e ss., Lei 6.815/1980 (Estatuto do chefe da família estende‑se ao outro
com ela incompatível ou quando regule do Estrangeiro). cônjuge e aos filhos não emancipados, e

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Art. 8º código civil
o do tutor ou curador aos incapazes sob poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasi‑
sua guarda. suscetíveis de desapropriação. leira nascido no país da sede do Consulado.
``V. arts. 226, § 5º; e 227, § 6º, CF. § 3º Os Governos estrangeiros podem (Redação dada pela Lei 3.238/1957.)
``V. arts. 3º; 4º; e 76, p.u., CC/2002. adquirir a propriedade dos prédios neces‑ § 1º As autoridades consulares brasileiras
``V. Lei 10.216/2001 (Dispõe sobre a proteção e os sários à sede dos representantes diplomá‑ também poderão celebrar a separação
direitos das pessoas portadoras de transtornos ticos ou dos agentes consulares. consensual e o divórcio consensual de
mentais e redireciona o modelo assistencial em Art. 12. É competente a autoridade judici‑
saúde mental).
brasileiros, não havendo filhos menores
ária brasileira, quando for o réu domiciliado ou incapazes do casal e observados os re‑
§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a quisitos legais quanto aos prazos, devendo
considerar‑se‑á domiciliada no lugar de sua obrigação.
``V.
constar da respectiva escritura pública as
residência ou naquele em que se encontre. arts. 21 a 24, NCPC.
disposições relativas à descrição e à partilha
``V. art. 46, NCPC. § 1º Só à autoridade judiciária brasileira
compete conhecer das ações relativas a dos bens comuns e à pensão alimentícia
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as imóveis situados no Brasil. e, ainda, ao acordo quanto à retomada
relações a eles concernentes, aplicar‑se‑á pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou
§ 2º A autoridade judiciária brasileira cum‑
a lei do país em que estiverem situados. prirá, concedido o exequatur e segundo a à manutenção do nome adotado quando
``V.arts. 1.431 a 1435; 1.438 a 1.440; 1.442; 1.445; forma estabelecida pele lei brasileira, as se deu o casamento. (Acrescentado pela
1.446; 1.451 a 1.460 e 1.467 a 1.471, CC/2002. diligências deprecadas por autoridade Lei 12.874/2013. Vigência: 120 dias de sua
§ 1º Aplicar‑se‑á a lei do país em que for estrangeira competente, observando a lei publicação oficial.)
domiciliado o proprietário, quanto aos bens desta, quanto ao objeto das diligências.
``Com a EC 45/2004 a concessão de exequatur às § 2º É indispensável a assistência de ad‑
móveis que ele trouxer ou se destinarem a
cartas rogatórias passou a ser da competência vogado, devidamente constituído, que se
transporte para outros lugares.
do STJ (art. 105, I, i, CF). dará mediante a subscrição de petição,
§ 2º O penhor regula‑se pela lei do domi‑ ``V. arts. 105, I, i; e 109, X, CF. juntamente com ambas as partes, ou com
cílio que tiver a pessoa, em cuja posse se ``V. arts. 21, 23, 36, 46, 47, 268, 256, NCPC.
apenas uma delas, caso a outra constitua
encontre a coisa apenhada. Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em advogado próprio, não se fazendo neces‑
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, país estrangeiro rege‑se pela lei que nele sário que a assinatura do advogado conste
aplicar‑se‑á a lei do país em que se consti‑ vigorar, quanto ao ônus e aos meios de da escritura pública. (Acrescentado pela
tuírem. produzir‑se, não admitindo os tribunais Lei 12.874/2013. Vigência: 120 dias de sua
brasileiros provas que a lei brasileira des‑
§ 1º Destinando‑se a obrigação a ser exe‑ conheça. publicação oficial.)
cutada no Brasil e dependendo de forma ``V. arts. 373 e 374, NCPC. Art. 19. Reputam‑se válidos todos os
essencial, será esta observada, admitidas ``V. Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). atos indicados no artigo anterior e ce‑
as peculiaridades da lei estrangeira quanto Art. 14. Não conhecendo a lei estrangei‑ lebrados pelos cônsules brasileiros na
aos requisitos extrínsecos do ato. ra, poderá o juiz exigir de quem a invoca vigência do Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de
prova do texto e da vigência. setembro de 1942, desde que satisfaçam
§ 2º A obrigação resultante do contrato
``V. art. 376, NCPC. todos os requisitos legais. (Incluído pela
reputa‑se constituída no lugar em que Lei 3.238/1957.)
residir o proponente. Art. 15. Será executada no Brasil a sen‑ Parágrafo único. No caso em que a cele‑
Art. 10. A sucessão por morte ou por tença proferida no estrangeiro, que reúna bração desses atos tiver sido recusada pelas
os seguintes requisitos: autoridades consulares, com fundamento
ausência obedece à lei do país em que ``V. arts. 36, 268, 961 e 965, NCPC. no artigo 18 do mesmo Decreto‑Lei, ao
domiciliado o defunto ou o desaparecido, a) haver sido proferida por juiz compe‑
qualquer que seja a natureza e a situação interessado é facultado renovar o pedido
tente; dentro em 90 (noventa) dias contados da
dos bens. ``V. Súm. 381, STF.
``V. arts. 26 a 39; 469 a 483;
data da publicação desta lei. (Incluído pela
1.784 e ss., CC/2002. b) terem sido as partes citadas ou haver‑se Lei 3.238/1957.)
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, legalmente verificado à revelia;
Rio de Janeiro, 04 de setembro de
situados no país, será regulada pela lei c) ter passado em julgado e estar reves‑ 1942, 121º da Independência e 54º da
brasileira em benefício do cônjuge ou dos tida das formalidades necessárias para a República.
filhos brasileiros, ou de quem os represente, execução no lugar em que foi proferida;
``V. Súm. 420, STF.
Getúlio Vargas
sempre que não lhes seja mais favorável à Alexandre Marcondes Filho
d) estar traduzida por intérprete auto‑
lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela rizado; Oswaldo Aranha
Lei 9.047/1995.) e) ter sido homologada pelo Supremo
``V. art. 5º, XXXI, CF. Tribunal Federal.
``V. arts. 1.851 a 1.856, CC/2002.
``Com a EC 45/2004 a concessão de exequatur às
Lei n. 12.376, de
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou le‑ cartas rogatórias passou a ser da competência 30 de dezembro de 2010
gatário regula a capacidade para suceder. do STJ (art. 105, I, i, CF).
``V. art. 5º, XXX e XXXI, CF. ``V. art. 105, I, i, CF.
Altera a ementa do Decreto‑Lei n. 4.657,
``V. arts. 1.798 a 1.803, CC/2002. ``V. art. 961, NCPC.
``V. art. 9º, CP.
de 04 de setembro de 1942.
Art. 11. As organizações destinadas a fins ``V. arts. 787 a 790, CPP. ``DOU, 31.12.2010.
de interesse coletivo, como as sociedades
e as fundações, obedecem à lei do Estado Parágrafo único. (Revogado pela Lei O  Presidente  da  República Faço saber
em que se constituírem. 12.036/2009.) que o Congresso Nacional decreta e eu
``V. arts. 40 a 69; 981 e ss., CC/2002. Art. 16. Quando, nos termos dos artigos sanciono a seguinte Lei:
``V. art. 75, NCPC. precedentes, se houver de aplicar a lei Art. 1º Esta Lei altera a ementa do De‑
§ 1º Não poderão, entretanto ter no Brasil estrangeira, ter‑se‑á em vista a disposição
desta, sem considerar‑se qualquer remis‑ creto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de
filiais, agências ou estabelecimentos antes 1942, ampliando o seu campo de aplicação.
de serem os atos constitutivos aprovados são por ela feita a outra lei.
pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro Art. 2º A ementa do Decreto‑Lei n. 4.657,
lei brasileira. país, bem como quaisquer declarações de 04 de setembro de 1942, passa a vigorar
``V. art. 170, p.u., CF. de vontade, não terão eficácia no Brasil, com a seguinte redação:
``V. arts. 21 e 75, NCPC. quando ofenderem a soberania nacional, a “Lei de Introdução às normas do Direito
``V. art. 32, II, Lei 8.934/1994 (Dispõe sobre
ordem pública e os bons costumes. Brasileiro.”
``V. art. 781, CPP.
o Registro Público de Empresas Mercantis e
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data
Atividades Afins). Art. 18. Tratando‑se de brasileiros, são de sua publicação. 
§ 2º Os Governos estrangeiros, bem como competentes as autoridades consulares
as organizações de qualquer natureza, brasileiras para lhes celebrar o casamento Brasília, 30 de dezembro de 2010; 189º
que eles tenham constituído, dirijam ou e os mais atos de Registro Civil e de tabe‑ da Independência e 122º da República. 
hajam investido de funções públicas, não lionato, inclusive o registro de nascimento Luiz Inácio Lula da Silva

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CÓDIGO CIVIL
Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002

Institui o Código Civil. I ‑ os maiores de dezesseis e menores de ``V. art. 1.115 e ss. deste Código.
dezoito anos; III ‑ pelo exercício de emprego público
``DOU, 11.01.2002.
``V. arts. 5º, p.u.; 180; 666; 1.634, V; 1.690; 1.747, efetivo;
O Presidente da República. Faço saber que I; e 1.774, deste Código. ``V.art. 5º, V, Lei 8.112/1990 (Dispõe sobre o
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono ``V. art. 793, CLT. regime jurídico único dos servidores públicos
a seguinte Lei: ``V. art. 73, Lei 4.375/1964 (Lei do Serviço civis da União).
Militar). IV ‑ pela colação de grau em curso de en‑
PARTE GERAL II - os ébrios habituais e os viciados em tó‑ sino superior;
xico; (Alterado pela Lei 13.146/2015.) V ‑ pelo estabelecimento civil ou comer‑
``V. art. 1.767, I a III, deste Código. cial, ou pela existência de relação de em‑
LIVRO I ``V. art. 30, § 5º, Dec.‑Lei 891/1938 (Aprova a Lei prego, desde que, em função deles, o me‑
DAS PESSOAS de Fiscalização de Entorpecentes). nor com dezesseis anos completos tenha
``V. Lei 10.216/2001 (Dispõe sobre a proteção e os economia própria.
direitos das pessoas portadoras de transtornos ``V.
TÍTULO I arts. 1.635; 1.763; e 1.778 deste Código.
mentais).
``V. art. 3º, CLT.
DAS PESSOAS NATURAIS ``V. Lei 11.343/2006 (Lei Antidrogas).

III - aqueles que, por causa transitória ou Art. 6º A existência da pessoa natural
permanente, não puderem exprimir sua termina com a morte; presume‑se esta,
CAPÍTULO I vontade; (Alterado pela Lei 13.146/2015.) quanto aos ausentes, nos casos em que a lei
DA PERSONALIDADE E DA autoriza a abertura de sucessão definitiva.
``V. arts. 1.767, IV, e 1.777 deste Código.
CAPACIDADE ``V. arts. 22 a 39 deste Código.
IV ‑ os pródigos.
``V. arts. 744 e 745, NCPC.
``V. arts. 104; 171; 1.767, V, e 1.777 deste Código.
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e ``V. arts. 71, 72, 447, NCPC.
``V. art. 107, I, CP.
deveres na ordem civil. ``V. art. 62, CPP.
``V. art. 30, § 5º, Dec.‑Lei 891/1938 (Aprova a Lei
``V. arts. 3º a 5º; 11 a 21; e 972 a 980 deste Código. ``V. arts. 77 a 88; e 89 e ss., Lei 6.015/1973 (Lei
de Fiscalização de Entorpecentes).
``V. art. 70, NCPC. de Registros Públicos).
``V. art. 7º, caput, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu- Parágrafo único. A capacidade dos indíge‑ ``V. Súm. 331, STF.

ção às normas do Direito Brasileiro – LInDB, nas será regulada por legislação especial.
antiga LICC). (Alterado pela Lei 13.146/2015.)
Art. 7º Pode ser declarada a morte presu‑
``V.
mida, sem decretação de ausência:
arts. 231 e 232, CF.
Art. 2º A personalidade civil da pessoa ``V. arts. 22 a 39, deste Código.
``V. Lei 6.001/1973 (Estatuto do Índio).
começa do nascimento com vida; mas a lei ``V. Dec.‑Lei 5.782/1943 (Regula a situação do
``V. art. 50, § 2º, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
põe a salvo, desde a concepção, os direitos Públicos).
servidor do Estado desaparecido em naufrágio,
do nascituro. acidente, ou em qualquer ato de guerra ou de
``V. Dec. 1.141/1994 (Dispõe sobre as ações de
``V. arts. 5º; 115 a 120; 166, I; 542; 1.597; 1.598; agressão à soberania nacional).
proteção ambiental, saúde e apoio às atividades ``V. Dec.‑Lei 6.239/1944 (Regula a situação
1.609, p.u.; 1.690, caput; 1.779; 1.798; 1.799, I; produtivas para as comunidades indígenas).
1.800; e 1.952 deste Código. referente aos militares da Aeronáutica que se
``V. Dec. 4.645/2003 (Estatuto da FUNAI).
``V. arts. 124 e 128, CP. invalidarem para o serviço militar em conse-
``V. arts. 50, 71, 178, 896, NCPC. Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito quência de atos de agressão do inimigo e a dos
``V. arts. 7º a 10; 228; e 229, Lei 8.069/1990 (ECA). anos completos, quando a pessoa fica habi‑ desaparecidos em aeronaves durante o voo).
``V. art. 88, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
``V. arts. 50 a 66; Lei 6.015/1973 (Lei de Registros litada à prática de todos os atos da vida civil.
Públicos). Públicos).
``V. arts. 666; 1.517; 1.635, II; 1.763, I; e 1.860.
``V. Lei 9.140/1995 (Reconhece como mortas
``V. arts. 3º a 5º, Lei 11.105/2005 (Lei de Bios- p.u., deste Código.
segurança). pessoas desaparecidas entre 1961 e 1979).
``V. arts. 27; 65, I; e 115, CP.
``V. art. 7º, caput, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de ``V. arts. 15; 34; 50, p.u.; 52; 262; e 564, III, c, CPP.
I ‑ se for extremamente provável a morte
Introdução às normas do Direito Brasileiro ‑ ``V. art. 792, CLT.
de quem estava em perigo de vida;
LInDB, antiga LICC). ``V. art. 73, Lei 4.375/1964 (Lei do Serviço II ‑ se alguém, desaparecido em campa‑
``V. Enunciados 1 e 2 das Jornadas de Direito
Militar). nha ou feito prisioneiro, não for encontra‑
Civil. ``V. arts. 1º e 13, Lei 9.307/1996 (Lei da Arbi- do até dois anos após o término da guerra.
Art. 3º São absolutamente incapazes de tragem).
Parágrafo único. A declaração da morte
``V. Enunciados 3 e 397 das Jornadas de Direito
exercer pessoalmente os atos da vida civil presumida, nesses casos, somente poderá
os menores de 16 (dezesseis) anos. (Alte‑ Civil.
ser requerida depois de esgotadas as bus‑
rado pela Lei 13.146/2015.) Parágrafo único. Cessará, para os menores,
cas e averiguações, devendo a sentença
I a III - (Revogados pela Lei 13.146/2015.) a incapacidade:
``V.
fixar a data provável do falecimento.
``V. arts. 5º, 22 a 25; 76; 105; 115 a 120; 166, I; art. 73, Lei 4.375/1964 (Lei do Serviço
198, I; 471; 543; 1.634, V; e 1.781 deste Código. Militar). Art. 8º Se dois ou mais indivíduos fale­cerem
``V. arts. 71, 72, 447, NCPC.
``V. Enunciado 530 das Jornadas de Direito Civil. na mesma ocasião, não se podendo averi‑
``V. Enunciado 138 das Jornadas de Direito Civil. I ‑ pela concessão dos pais, ou de um deles guar se algum dos comorientes precedeu
na falta do outro, mediante instrumento aos outros, presumir‑se‑ão simultaneamen‑
Art. 4º São incapazes, relativamente a público, independentemente de homo‑ te mortos.
certos atos ou à maneira de os exercer:
logação judicial, ou por sentença do juiz, Art. 9º Serão registrados em registro
(Alterado pela Lei 13.146/2015.)
``V.
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis público:
arts. 171, I; 1.634, V; 1.642, VI; 1.647; 1.649;
e 1.651 deste Código. anos completos; ``V. Lei 3.764/1960 (Estabelece rito sumaríssimo
``V. arts. 71, 72, 74 e 447, NCPC. ``V. arts. 9º, II; 666; e 1.635, II, deste Código. para retificações no registro civil).
``V. arts. 34; 50, p.u.; e 52, CPP. ``V. art. 725, NCPC. ``V.
Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).
``V. arts. 2º; 36; 42; 60; 104; e 142, Lei 8.069/1990 ``V. art. 148, p.u., e, Lei 8.069/1990 (ECA). ``V.
6.815/1980 (Estatuto do Estrangeiro).
(ECA). II ‑ pelo casamento; I ‑ os nascimentos, casamentos e óbitos;

85
Art. 10 CÓDIGO CIVIL
``V. arts. 1.511; 1.512; 1.516; 1.543; e 1.604 deste ``V. arts. 150 a 154; e 208, CP. desprezo público, ainda quando não haja
Código. ``V. arts. 282 a 284; 647; e 648, CPP. intenção difamatória.
``V. arts. 241 a 243, CP. ``V. Lei 9.507/1997 (Regula o direito de acesso ``V. art. 5º, X, CF.
``V. art. 18, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu- a informações e disciplina o rito processual ``V. Súm. 221, STJ.
ção às normas do Direito Brasileiro ‑ LInDB, do habeas data).
antiga LICC). ``V. Súm. 37, STJ. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar
``V. arts. 12 e 13, Lei 6.001/1973 (Estatuto do ``V. Enunciados 5, 140 e 275 das Jornadas de o nome alheio em propaganda comercial.
Índio). Direito Civil. ``V. Enunciado 278 das Jornadas de Direito Civil.
``V. arts. 29, I e II; 50 a 66; 70 a 75; e 77 a 88, Lei
Parágrafo único. Em se tratando de morto, Art. 19. O pseudônimo adotado para
6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).
terá legitimação para requerer a medida atividades lícitas goza da proteção que
II ‑ a emancipação por outorga dos pais ou prevista neste artigo o cônjuge sobrevi‑ se dá ao nome.
por sentença do juiz; vente, ou qualquer parente em linha reta,
``V. art. 5º, p.u., I, deste Código. ou colateral até o quarto grau.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se ne‑
``V. art. 725, NCPC. ``V. arts. 20, p.u.; 943; 1.591; e 1.592 deste Código.
cessárias à administração da justiça ou à
``V. arts. 13, § 2º; 29, IV; e 89 a 91, Lei 6.015/1973
``V. art. 6º, VI, CDC. manutenção da ordem pública, a divulga‑
(Lei de Registros Públicos). ``V. art. 138, § 2º, CP. ção de escritos, a transmissão da palavra, ou
III ‑ a interdição por incapacidade absolu‑ ``V. Enunciados 398, 399 e 400 das Jornadas de a publicação, a exposição ou a utilização da
ta ou relativa; Direito Civil. imagem de uma pessoa poderão ser proibi‑
``V. arts. 1.767 e ss. deste Código.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é de‑ das, a seu requerimento e sem prejuízo da
``V. Lei 6.001/1973 (Estatuto do Índio).
feso o ato de disposição do próprio corpo, indenização que couber, se lhe atingirem a
``V. arts. 29, V; 92; 93; 104 e 107, § 1º, Lei
quando importar diminuição permanente honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou
6.015/1973 (Lei de Registros Públicos). se destinarem a fins comerciais.
IV ‑ a sentença declaratória de ausência e da integridade física, ou contrariar os bons
``V. art. 5º, V e X, CF.
de morte presumida. costumes.
``V. arts. 12; 186 a 188; 927 e ss.; e 953 deste
``V. Lei 9.434/1997 (Dispõe sobre a remoção de
``V.arts. 7º; e 22 a 39 deste Código. Código.
órgãos, tecidos e partes do corpo humano para
``V.arts. 29, I a VIII; e 94, Lei 6.015/1973 (Lei de ``V. arts. 143 e 247, Lei 8.069/1990 (ECA).
fins de transplante e tratamento).
Registros Públicos). ``V. Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e consolida
``V. Enunciados 6, 276, 401 e 532 das Jornadas
a legislação sobre direitos autorais).
Art. 10. Far‑se‑á averbação em registro de Direito Civil.
``V. Súmulas 221 e 403, STJ.
público: Parágrafo único. O ato previsto neste arti‑ ``V. ADIn 4.815/DF.
``V. Enunciados 272 e 273 das Jornadas de Di- go será admitido para fins de transplante, ``V. Enunciados 5, 275 e 279 das Jornadas de
reito Civil. na forma estabelecida em lei especial. Direito Civil.
I ‑ das sentenças que decretarem a nulida‑ ``V. art. 199, § 4º, CF.
de ou anulação do casamento, o divórcio, ``V. art. 9º, Lei 9.434/1997 (Dispõe sobre a re-
Parágrafo único. Em se tratando de morto
a separação judicial e o restabelecimento moção de órgãos, tecidos e partes do corpo ou de ausente, são partes legítimas para
da sociedade conjugal; humano para fins de transplante e tratamento). requerer essa proteção o cônjuge, os as‑
``V.
``V. Dec. 2.268/1997 (Reg u lamenta a Lei cendentes ou os descendentes.
art. 1.571, II, III e IV, deste Código.
9.434/1997). ``V.arts. 12, p.u.; 22 a 25; e 943 deste Código.
``V. arts. 29, § 1º, a; 100; e 101, Lei 6.015/1973
``V.Enunciados 399 e 400 das Jornadas de Di-
(Lei de Registros Públicos). Art. 14. É válida, com objetivo científi‑ reito Civil.
``V. Lei 6.515/1977 (Lei do Divórcio). co, ou altruístico, a disposição gratuita do
II ‑ dos atos judiciais ou extrajudiciais que próprio corpo, no todo ou em parte, para Art. 21. A vida privada da pessoa natural
declararem ou reconhecerem a filiação; depois da morte. é inviolável, e o juiz, a requerimento do
``V. arts. 1.607 a 1.617 deste Código. ``V. art. 199, § 4º, CF. interessado, adotará as providências ne‑
``V. arts. 29, § 1º, b, c e d; e 102, Lei 6.015/1973 ``V. Lei 8.501/1992 (Dispõe sobre a utilização de cessárias para impedir ou fazer cessar ato
(Lei de Registros Públicos). cadáver não reclamado para fins de estudos ou contrário a esta norma.
``V. arts. 26 e 27, Lei 8.069/1990 (ECA). pesquisas científicas). ``V. arts. 5º, X; e 226, § 7º, CF.
``V. art. 1º, Lei 8.560/1992 (Regula a investi- ``V. art. 1º, Lei 9.434/1997 (Dispõe sobre a re- ``V. art. 1.513 deste Código.
gação de paternidade dos filhos havidos fora moção de órgãos, tecidos e partes do corpo ``V. ADIn 4.815/DF.
do casamento). humano para fins de transplante e tratamento). ``V. Enunciados 404 e 405 das Jornadas de Di-
``V. Dec. 2.268/1997 (Reg u lamenta a Lei
III ‑ (Revogado pela Lei 12.010/2009.) reito Civil.
9.434/1997).
``V. Enunciado 277 das Jornadas de Direito Civil.
CAPÍTULO II CAPÍTULO III
Parágrafo único. O ato de disposição pode DA AUSÊNCIA
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
ser livremente revogado a qualquer tempo.
``V. art. 9º, § 5º, Lei 9.434/1997 (Dispõe sobre a ``V. art. 9º, IV, deste Código.
Art. 11. Com exceção dos casos previs‑ remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo
tos em lei, os direitos da personalidade humano para fins de transplante e tratamento). SEÇÃO I
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não ``V. art. 14, § 8º, Dec. 2.268/1997 (Regulamenta
DA CURADORIA DOS BENS
podendo o seu exercício sofrer limitação a Lei 9.434/1997).
DO AUSENTE
voluntária. ``V. Enunciado 402 das Jornadas de Direito Civil.

``V. arts. 1º, III; 3º, IV; e 5º, V, VI, IX, X e XII, CF.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do
``V. art. 52 deste Código. a submeter‑se, com risco de vida, a trata‑ seu domicílio sem dela haver notícia, se
``V. arts. 1º a 85, Lei 8.069/1990 (ECA).
mento médico ou a intervenção cirúrgica. não houver deixado representante ou pro‑
``V. Lei 9.609/1998 (Lei do Software).
``V. art. 5º, II e III, CF.
``V. arts. 8º a 28, Lei 10.741/2003 (Estatuto do curador a quem caiba administrar‑lhe os
``V. Enunciados 403 e 533 das Jornadas de Di-
Idoso). bens, o juiz, a requerimento de qualquer
reito Civil.
``V. Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e consolida interessado ou do Ministério Público, de‑
a legislação sobre direitos autorais). Art. 16. Toda pessoa tem direito ao no‑ clarará a ausência, e nomear‑lhe‑á curador.
``V. Enunciados 4, 139, 274, 531 e 532 das Jornadas me, nele compreendidos o prenome e o ``V. arts. 6º; 7º; 9º, IV; 198, II; 335, III; 428, II e
de Direito Civil. sobrenome. III; 1.728, I; e 1.759 deste Código.
``V. art. 227, § 6º, CF. ``V. arts. 49, 72, 178, 242, 548, 626, 671, 744 e
Art. 12. Pode‑se exigir que cesse a ameaça,
``V. arts. 1.565, § 1º; 1.571, § 2º; e 1.578 deste 745, NCPC.
ou a lesão, a direito da personalidade, e
Código. ``V. art. 94, III, f, Lei 11.101/2005 (Lei de Recu-
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de ``V. arts. 54, 4; 55; 57, § 8º; 59; e 60, Lei 6.015/1973 peração de Empresas e Falência).
outras sanções previstas em lei. (Lei de Registros Públicos). ``V. arts. 29, VI; e 94, Lei 6.015/1973 (Lei de
``V. arts. 5º, X, LXVIII, LXIX e LXXI; e 142, Registros Públicos).
§ 2º, CF. Art. 17. O nome da pessoa não pode ser
``V. arts. 20; 186; 402 a 405; 927; 935; 944 e 945 empregado por outrem em publicações Art. 23. Também se declarará a ausência,
deste Código. ou representações que a exponham ao e se nomeará curador, quando o ausente

86
CÓDIGO CIVIL Art. 23
deixar mandatário que não queira ou não § 2º Não comparecendo herdeiro ou in‑ Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe
possa exercer ou continuar o mandato, teressado para requerer o inventário até provar a existência, depois de estabelecida
ou se os seus poderes forem insuficientes. trinta dias depois de passar em julgado a posse provisória, cessarão para logo as
``Correspondência: art. 464, CC/1016. a sentença que mandar abrir a sucessão vantagens dos sucessores nela imitidos,
``V. arts. 653 e 682 deste Código. provisória, proceder‑se‑á à arrecadação dos ficando, todavia, obrigados a tomar as me‑
``V. art. 744, NCPC. bens do ausente pela forma estabelecida didas assecuratórias precisas, até a entrega
Art. 24. O juiz que nomear o curador nos arts. 1.819 a 1.823. dos bens a seu dono.
``V. art. 104, p.u., Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
fixar‑lhe‑á os poderes e obrigações, con‑
Públicos). SEÇÃO III
forme as circunstâncias, observando, no
que for aplicável, o disposto a respeito dos Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando DA SUCESSÃO DEFINITIVA
tutores e curadores. julgar conveniente, ordenará a conversão
``V. arts. 1.728 a 1.783 deste Código. dos bens móveis, sujeitos a deterioração Art. 37. Dez anos depois de passada em
``V. arts. 739, 759 e 760, NCPC. ou a extravio, em imóveis ou em títulos julgado a sentença que concede a aber‑
garantidos pela União. tura da sucessão provisória, poderão os
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre ``V. interessados requerer a sucessão definitiva
art. 33 deste Código.
que não esteja separado judicialmente, ``V. e o levantamento das cauções prestadas.
art. 730, NCPC.

CC
ou de fato por mais de dois anos antes da ``V. art. 6º deste Código.
declaração da ausência, será o seu legítimo Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na ``V. arts. 744 e ss., NCPC.
curador. posse dos bens do ausente, darão garantias
``V. arts. 1.570; 1.651; 1.775; e 1.783 deste Código. da restituição deles, mediante penhores Art. 38. Pode‑se requerer a sucessão defi‑
``V. ou hipotecas equivalentes aos quinhões nitiva, também, provando‑se que o ausente
Enunciado 97 das Jornadas de Direito Civil.
respectivos. conta oitenta anos de idade, e que de cinco
§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos datam as últimas notícias dele.
``V. art. 34 deste Código.
bens do ausente incumbe aos pais ou aos ``V. art. 6º deste Código.
descendentes, nesta ordem, não havendo § 1º Aquele que tiver direito à posse ``V. arts. 744 e ss., NCPC.
impedimento que os iniba de exercer o provisória, mas não puder prestar a ga‑
cargo. rantia exigida neste artigo, será excluído, Art. 39. Regressando o ausente nos dez
mantendo‑se os bens que lhe deviam caber anos seguintes à abertura da sucessão de‑
§ 2º Entre os descendentes, os mais próxi‑ finitiva, ou algum de seus descendentes
sob a administração do curador, ou de outro
mos precedem os mais remotos. ou ascendentes, aquele ou estes haverão
herdeiro designado pelo juiz, e que preste
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, essa garantia. só os bens existentes no estado em que
compete ao juiz a escolha do curador. ``V. art. 34 deste Código. se acharem, os sub‑rogados em seu lugar,
``V. art. 744, NCPC. ou o preço que os herdeiros e demais in‑
§ 2º Os ascendentes, os descendentes e o
cônjuge, uma vez provada a sua qualidade teressados houverem recebido pelos bens
SEÇÃO II alienados depois daquele tempo.
DA SUCESSÃO PROVISÓRIA de herdeiros, poderão, independentemen‑
``V. arts. 744 e ss., NCPC.
te de garantia, entrar na posse dos bens
do ausente. Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação refere este artigo, o ausente não regressar,
dos bens do ausente, ou se ele deixou re‑ Art. 31. Os imóveis do ausente só se pode‑ e nenhum interessado promover a sucessão
presentante ou procurador, em se passando rão alienar, não sendo por desapropriação, definitiva, os bens arrecadados passarão
três anos, poderão os interessados requerer ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para ao domínio do Município ou do Distrito
que se declare a ausência e se abra provi‑ lhes evitar a ruína. Federal, se localizados nas respectivas cir‑
soriamente a sucessão. Art. 32. Empossados nos bens, os sucesso‑ cunscrições, incorporando‑se ao domínio
``V. art. 5º, XXXI, CF. res provisórios ficarão representando ativa da União, quando situados em território
``V. art. 28, § 1º, deste Código.
e passivamente o ausente, de modo que federal.
``V. arts. 744 e 745, NCPC.
contra eles correrão as ações pendentes ``V. arts. 1.822 e 1.844 deste Código.
``V. art. 104, p.u., Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
e as que de futuro àquele forem movidas. ``V. arts. 744 e ss., NCPC.
Públicos).
Art. 33. O descendente, ascendente ou
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo an‑ cônjuge que for sucessor provisório do
TÍTULO II
terior, somente se consideram interessados: DAS PESSOAS JURÍDICAS
``V.
ausente, fará seus todos os frutos e rendi‑
art. 28, § 1º, deste Código.
``V.
mentos dos bens que a este couberem; os
art. 745, § 1º, NCPC.
outros sucessores, porém, deverão capita‑ CAPÍTULO I
I ‑ o cônjuge não separado judicialmente;
lizar metade desses frutos e rendimentos, DISPOSIÇÕES GERAIS
II ‑ os herdeiros presumidos, legítimos ou segundo o disposto no art. 29, de acordo
testamentários; com o representante do Ministério Públi‑ Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito
III ‑ os que tiverem sobre os bens do au‑ co, e prestar anualmente contas ao juiz público, interno ou externo, e de direito
sente direito dependente de sua morte; competente. privado.
``V. art. 1.951 deste Código. Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e
IV ‑ os credores de obrigações vencidas e Art. 41. São pessoas jurídicas de direito
ficar provado que a ausência foi voluntária
não pagas. público interno:
e injustificada, perderá ele, em favor do su‑ ``V. arts. 8º e 17, § 2º, CF.
Art. 28. A sentença que determinar a cessor, sua parte nos frutos e rendimentos. ``V. art. 75, NCPC.
abertura da sucessão provisória só produ‑ Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, ``V. Lei 11.107/2005 (Lei dos Consórcios Pú-
zirá efeito cento e oitenta dias depois de da posse provisória poderá, justificando blicos).
``V. Enunciado 141 das Jornadas de Direito Civil.
publicada pela imprensa; mas, logo que falta de meios, requerer lhe seja entregue
passe em julgado, proceder‑se‑á à abertura metade dos rendimentos do quinhão que I ‑ a União;
do testamento, se houver, e ao inventário lhe tocaria. II ‑ os Estados, o Distrito Federal e os Ter‑
e partilha dos bens, como se o ausente ``V. art. 30, § 1º, deste Código. ritórios;
fosse falecido. Art. 35. Se durante a posse provisória se III ‑ os Municípios;
``V. art. 104, p.u., Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
provar a época exata do falecimento do IV ‑ as autarquias, inclusive as associa‑
Públicos). ausente, considerar‑se‑á, nessa data, aberta ções públicas; (Redação dada pela Lei
§ 1º Findo o prazo a que se refere o art. 26, a sucessão em favor dos herdeiros, que o 11.107/2005.)
e não havendo interessados na sucessão eram àquele tempo. ``V. art. 20, Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular).
provisória, cumpre ao Ministério Público ``V. art. 1.784 deste Código. ``V.
art. 5º, I, Dec.‑Lei 200/1967 (Dispõe sobre a
requerê‑la ao juízo competente. ``V. art. 745, NCPC. organização da administração federal).

87
Art. 42 CÓDIGO CIVIL
V ‑ as demais entidades de caráter público V ‑ os partidos políticos. (Incluído pela Lei III ‑ o modo por que se administra e re‑
criadas por lei. 10.825/2003.) presenta, ativa e passivamente, judicial e
Parágrafo único. Salvo disposição em ``V. art. 17, CF. extrajudicialmente;
contrário, as pessoas jurídicas de direito VI ‑ as empresas individuais de respon‑ ``V. art. 1.013 deste Código.
público, a que se tenha dado estrutura de sabilidade limitada. (Incluído pela Lei ``V. art. 75, NCPC.
direito privado, regem‑se, no que couber, 12.441/2011 ‑ com vigência em 180 dias.) IV ‑ se o ato constitutivo é reformável no
quanto ao seu funcionamento, pelas nor‑ § 1º São livres a criação, a organização, a tocante à administração, e de que modo;
mas deste Código. estruturação interna e o funcionamento das V ‑ se os membros respondem, ou não,
``V. art. 75, NCPC. organizações religiosas, sendo vedado ao subsidiariamente, pelas obrigações so‑
``V. art. 20, Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular).
Poder Público negar‑lhes reconhecimento ciais;
``V.art. 5º, Dec.‑Lei 200/1967 (Dispõe sobre ou registro dos atos constitutivos e neces‑ VI ‑ as condições de extinção da pessoa
organização da Administração Federal).
sários ao seu funcionamento. (Incluído pela jurídica e o destino do seu patrimônio,
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito Lei 10.825/2003.) nesse caso.
público externo os Estados estrangeiros e ``V.Lei 9.096/1995 (Dispõe sobre os partidos
``V. arts. 1.029 a 1.038 deste Código.
todas as pessoas que forem regidas pelo políticos).
direito internacional público. § 2º As disposições concernentes às as‑ Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os
sociações aplicam‑se subsidiariamente às atos dos administradores, exercidos nos
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito
sociedades que são objeto do Livro II da limites de seus poderes definidos no ato
público interno são civilmente responsáveis
Parte Especial deste Código. (Incluído pela constitutivo.
por atos dos seus agentes que nessa quali‑
``V. arts. 43; 989; 997, VI; e 1.010 a 1.021 deste
dade causem danos a terceiros, ressalvado Lei 10.825/2003.)
Código.
direito regressivo contra os causadores do § 3º Os partidos políticos serão organizados
``V. art. 37, CPP.
dano, se houver, por parte destes, culpa e funcionarão conforme o disposto em lei ``V. Enunciado 145 das Jornadas de Direito Civil.
ou dolo. específica. (Incluído pela Lei 10.825/2003.)
``V. arts. 21, XXIII, c; 37, § 6º; e 173, § 5º, CF. Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver adminis‑
Art. 45. Começa a existência legal das
``V. arts. 186 a 188; e 927 a 954 deste Código. tração coletiva, as decisões se tomarão pela
pessoas jurídicas de direito privado com a
``V. art. 125, NCPC. maioria de votos dos presentes, salvo se o
inscrição do ato constitutivo no respectivo
``V. Lei 4.619/1965 (Dispõe sobre a ação regressiva
registro, precedida, quando necessário, de ato constitutivo dispuser de modo diverso.
da União contra seus agentes). ``V. arts. 1.010 e 1.014 deste Código.
``V. art. 6º, § 2º, Lei 4.898/1965 (Regula o direito
autorização ou aprovação do Poder Exe‑
cutivo, averbando‑se no registro todas as Parágrafo único. Decai em três anos o
de representação e o processo de responsabili-
dade administrativa civil e penal, nos casos de alterações por que passar o ato constitutivo. direito de anular as decisões a que se re‑
abuso de autoridade). ``V. arts. 207 a 211; 967; 985; 986; 998; 999, p.u.; fere este artigo, quando violarem a lei ou
``V. arts. 121 a 126, Lei 8.112/1990 (Dispõe so- 1.000; 1.012; 1.134; 1.135; e 1.150 a 1.154 deste estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo,
bre o regime jurídico dos servidores públicos Código. simulação ou fraude.
civis da União, das autarquias e das fundações ``V. Dec. 916/1890 (Cria o registro de firmas ou
públicas federais). razões comerciais). Art. 49. Se a administração da pessoa
``V. Lei 10.309/2001 (Dispõe sobre a assunção ``V. Dec.‑Lei 9.085/1946 (Dispõe sobre o registro jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento
pela União de responsabilidades civis perante civil das pessoas jurídicas). de qualquer interessado, nomear‑lhe‑á
terceiros no caso de atentados terroristas ou ``V. Lei 4.503/1964 (Institui o Cadastro Geral de administrador provisório.
atos de guerra contra aeronaves de empresas Pessoas Jurídicas no Ministério da Fazenda).
aéreas brasileiras). ``V. arts. 114 a 126, Lei 6.015/1973 (Lei de Re-
Art. 50. Em caso de abuso da persona‑
``V. Lei 10.744/2003 (Dispõe sobre a assunção, gistros Públicos). lidade jurídica, caracterizado pelo desvio
pela União, de responsabilidades civis peran- ``V. Lei 6.739/1979 (Dispõe sobre a matrícula e de finalidade, ou pela confusão patrimo‑
te terceiros no caso de atentados terroristas, o registro de imóveis rurais). nial, pode o juiz decidir, a requerimento
atos de guerra ou eventos correlatos, contra ``V. Lei 7.433/1985 (Dispõe sobre os requisitos da parte, ou do Ministério Público quando
aeronaves de matrícula brasileira operadas sobre a lavratura de escrituras públicas). lhe couber intervir no processo, que os
por empresas brasileiras de transporte aéreo ``V. Dec. 93.240/1986 (Regulamenta a Lei
público, excluídas as empresas de táxi aéreo).
efeitos de certas e determinadas relações
7.433/1985).
``V. Súm. 39, STJ.
de obrigações sejam estendidos aos bens
``V. arts. 1º, § 2º; e 15, § 1º, Lei 8.906/1994
particulares dos administradores ou sócios
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito (EAOAB).
da pessoa jurídica.
``V. Lei 8.934/1994 (Dispõe sobre o registro pú-
privado: ``V. art. 1.080 deste Código.
``V. art. 173, §§ 1º a 3º, CF. blico de empresas mercantis e atividades afins).
``V. arts. 7º a 11, Lei 9.096/1995 (Dispõe sobre ``V. art. 28, CDC.
``V. arts. 2.031 a 2.034 deste Código.
os partidos políticos). ``V. art. 133 e ss., NCPC.
``V. art. 11, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu-
``V. Lei 9.279/1996 (Dispõe sobre a propriedade ``V. art. 135, CTN.
ção às normas do Direito Brasileiro ‑ LInDB,
industrial). ``V. art. 2º, CLT.
antiga LICC).
``V. Dec. 1.800/1996 (Reg u lamenta a Lei ``V. art. 34, Lei 12.529/2011 (Lei Antitruste).
``V. art. 5º, 11, Dec.‑Lei 200/1967 (Dispõe sobre a
organização da administração federal). 8.934/1994). ``V. Enunciados 7, 51, 146, 281, 282, 283, 284,
``V. art. 241, §§ 1º a 3º, Dec. 3.000/1999 (Regu- 285, 406 e 487 das Jornadas de Direito Civil.
``V. art. 1º, Lei 9.096/1995 (Dispõe sobre os
lamenta a tributação, fiscalização, arrecadação
partidos políticos).
e administração do Imposto sobre a Renda e Art. 51. Nos casos de dissolução da pes‑
``V. Súmulas 39 e 42, STJ.
Proventos de Qualquer Natureza); soa jurídica ou cassada a autorização para
``V. Enunciados 142, 143, 144, 280 e 469 das
Parágrafo único. Decai em três anos o seu funcionamento, ela subsistirá para os
Jornadas de Direito Civil.
direito de anular a constituição das pessoas fins de liquidação, até que esta se conclua.
I ‑ as associações;
``V. arts. 1.033 a 1.038; 1.102 a 1.112; e 1.125
``V. art. 5º, XVII e XXI, CF. jurídicas de direito privado, por defeito do
deste Código.
``V. arts. 53 a 61 deste Código. ato respectivo, contado o prazo da publica‑
``V. Súm. 435, STJ.
II ‑ as sociedades; ção de sua inscrição no registro.
§ 1º Far‑se‑á, no registro onde a pessoa
``V. arts. 981 a 1.141 deste Código. Art. 46. O registro declarará: jurídica estiver inscrita, a averbação de
III ‑ as fundações. ``V. arts. 998; 1.000; 1.033; e 1.150 deste Código.
``V. arts. 120 e 121, Lei 6.015/1973 (Lei de Re-
sua dissolução.
``V.arts. 62 a 69; e 2.034 deste Código.
``V.art. 11, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução gistros Públicos). § 2º As disposições para a liquidação das
às normas do Direito Brasileiro – LInDB, I ‑ a denominação, os fins, a sede, o tem‑ sociedades aplicam‑se, no que couber, às
antiga LICC). po de duração e o fundo social, quando demais pessoas jurídicas de direito privado.
IV ‑ as organizações religiosas; (Incluído houver; § 3º Encerrada a liquidação, promover‑se‑á
pela Lei 10.825/2003.) II ‑ o nome e a individualização dos fun‑ o cancelamento da inscrição da pessoa
``V. art. 19, I, CF. dadores ou instituidores, e dos diretores; jurídica.

88
CÓDIGO CIVIL Art. 52
Art. 52. Aplica‑se às pessoas jurídicas, ``V. art. 5º, XVII a XXI, CF. omisso este, por deliberação dos associa‑
no que couber, a proteção dos direitos da I ‑ a denominação, os fins e a sede da as‑ dos, à instituição municipal, estadual ou
personalidade. sociação; federal, de fins idênticos ou semelhantes.
``V. art. 5º, V e X, CF. II ‑ os requisitos para a admissão, demis‑ ``V. art. 5º, XIX, CF.
``V. arts. 11 a 21 deste Código. são e exclusão dos associados; ``V. Enunciado 407 das Jornadas de Direito Civil.
``V. Súm. 227, STJ.
III ‑ os direitos e deveres dos associados; § 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu
``V. Enunciado 286 das Jornadas de Direito Civil.
IV ‑ as fontes de recursos para sua manu‑ silêncio, por deliberação dos associados,
tenção; podem estes, antes da destinação do rema‑
CAPÍTULO II nescente referida neste artigo, receber em
DAS ASSOCIAÇÕES V ‑ o modo de constituição e de funciona‑
mento dos órgãos deliberativos; (Redação restituição, atualizado o respectivo valor,
``V. arts. 44, § 2º; e 1.155, p.u., deste Código. dada pela Lei 11.127/2005.) as contribuições que tiverem prestado ao
patrimônio da associação.
Art. 53. Constituem‑se as associações pela VI ‑ as condições para a alteração das dis‑
posições estatutárias e para a dissolução; § 2º Não existindo no Município, no Estado,
união de pessoas que se organizem para
no Distrito Federal ou no Território, em
fins não econômicos. VII ‑ a forma de gestão administrativa e de
que a associação tiver sede, instituição nas
``V. arts. 5º, XVII a XXI; 8º; 17; e 174, CF. aprovação das respectivas contas. (Incluí‑

CC
``V. arts. 40; 44 a 52; 75; 2.031; e 2.033 deste condições indicadas neste artigo, o que
do pela Lei 11.127/2005.)
Código. remanescer do seu patrimônio se devolverá
``V. arts. 511 a 521, CLT. Art. 55. Os associados devem ter iguais à Fazenda do Estado, do Distrito Federal
``V. Lei 91/1935 (Determina regras pelas quais são direitos, mas o estatuto poderá instituir ou da União.
as sociedades declaradas de utilidade pública). categorias com vantagens especiais.
``V. art. 11, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu-
Art. 56. A qualidade de associado é in‑ CAPÍTULO III
ção às normas do Direito Brasileiro ‑ LInDB, DAS FUNDAÇÕES
antiga LICC). transmissível, se o estatuto não dispuser
``V. Dec.‑Lei 4.684/1942 (Dispõe sobre condi- o contrário. ``V. arts. 1.155, p.u.; e 1.799, III, deste Código.
ções para a fundação e o funcionamento de Parágrafo único. Se o associado for titular ``V. art. 11, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução
associações para a defesa nacional). de quota ou fração ideal do patrimônio da às normas do Direito Brasileiro – LInDB,
``V. Dec. 50.517/1961 (Regulamenta a Lei
associação, a transferência daquela não im‑ antiga LICC).
91/1935). portará, de per si, na atribuição da qualidade ``V. arts. 764 e 765, NCPC.
``V. arts. 35 a 43, Lei 4.380/1964 (Institui a cor-
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, Art. 62. Para criar uma fundação, o seu
reção monetária nos contratos imobiliários
de interesse social, o sistema financeiro para salvo disposição diversa do estatuto. instituidor fará, por escritura pública ou
``V. art. 61 deste Código.
aquisição da casa própria e cria o Banco Na- testamento, dotação especial de bens
cional da Habitação ‑ BNH, e Sociedades de Art. 57. A exclusão do associado só é livres, especificando o fim a que se desti‑
Crédito Imobiliário, as Letras Imobiliárias e admissível havendo justa causa, assim re‑
o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo).
na, e declarando, se quiser, a maneira de
conhecida em procedimento que assegure administrá‑la.
``V. arts. 62 a 65, Lei 4.728/1965 (Disciplina o
mercado de capitais e estabelece medidas para
direito de defesa e de recurso, nos termos ``V. arts. 40; 44 a 52; 65; 75; 215; e 2.031 a 2.033
o seu desenvolvimento). previstos no estatuto. (Redação dada pela deste Código.
``V. Dec.‑Lei 70/1966 (Autoriza o funcionamento Lei 11.127/2005.) ``V. arts. 764 e 765, NCPC.

de associações de poupança e empréstimo e ``V. Enunciado 280 das Jornadas de Direito Civil. ``V. art. 11, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu-

institui a cédula hipotecária). Parágrafo único. (Revogado pela Lei ção às normas do Direito Brasileiro ‑ LInDB,
``V. arts. 6º, a, 12; e 22, Lei 5.197/1967 (Dispõe antiga LICC).
11.127/2005.)
sobre a proteção à fauna). ``V. arts. 114, I; 119, p.u.; e 120, Lei 6.015/1973

``V. arts. 114, I; e 120, Lei 6.015/1973 (Lei de Art. 58. Nenhum associado poderá ser (Lei de Registros Públicos).
Registros Públicos). impedido de exercer direito ou função que Parágrafo único. A fundação somente
``V. art. 55, II, Lei 8.212/1991 (Dispõe sobre a lhe tenha sido legitimamente conferido, a poderá constituir-se para fins de: (Alterado
organização da Seguridade Social e institui não ser nos casos e pela forma previstos pela Lei 13.151/2015.)
Plano de Custeio). na lei ou no estatuto. ``V.
Enunciados 8 e 9 das Jornadas de Direito
``V. Lei 8.909/1994 (Dispõe, em caráter emergen-
cial, sobre a prestação de serviços por entidades Art. 59. Compete privativamente à as‑ Civil.
de assistência social, entidades beneficentes sembleia geral: (Redação dada pela Lei I – assistência social; (Alterado pela Lei
de assistência social e entidades de fins filan- 11.127/2005.) 13.151/2015.)
trópicos e estabelece prazos e procedimentos I ‑ destituir os administradores; (Redação II – cultura, defesa e conservação do patri‑
para o recadastramento de entidades junto dada pela Lei 11.127/2005.) mônio histórico e artístico; (Alterado pela
ao Conselho Nacional de Assistência Social).
II ‑ alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei 13.151/2015.)
``V. Lei 9.096/1995 (Dispõe sobre os partidos
políticos). Lei 11.127/2005.) III – educação; (Alterado pela Lei
``V. Lei 9.637/1998 (Dispõe sobre a qualificação Parágrafo único. Para as deliberações a 13.151/2015.)
de entidades como organizações sociais, a que se referem os incisos I e II deste ar‑ IV – saúde; (Alterado pela Lei 13.151/2015.)
criação do Programa Nacional de Publiciza- tigo é exigido deliberação da assembleia
ção, a extinção dos órgãos e entidades que
V – segurança alimentar e nutricional; (Al‑
menciona e a absorção de suas atividades por
especialmente convocada para esse fim, terado pela Lei 13.151/2015.)
organizações sociais). cujo quorum será o estabelecido no esta‑ VI – defesa, preservação e conservação
``V. Dec. 2.536/1998 (Dispõe sobre a concessão do tuto, bem como os critérios de eleição dos do meio ambiente e promoção do desen‑
Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos), administradores. (Redação dada pela Lei volvimento sustentável; (Alterado pela Lei
``V. Lei 9.790/1999 (Dispõe sobre a qualificação 11.127/2005.) 13.151/2015.)
de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, como Organizações da Sociedade
Art. 60. A convocação dos órgãos deli‑ ``V.Dec. 8.892/2016 (Cria a Comissão Nacional
Civil de Interesse Público e institui e disciplina berativos far‑se‑á na forma do estatuto, para os Objetivos de Desenvolvimento Sus-
o Termo de Parceria). garantido a 1/5 (um quinto) dos associados tentável).
``V. Dec. 3.10 0/1999 (Reg u la menta a Lei o direito de promovê‑la. (Redação dada VII – pesquisa científica, desenvolvimento
9.790/1999). pela Lei 11.127/2005.) de tecnologias alternativas, moderniza‑
``V. LC 109/2001 (Dispõe sobre o Regime de ``V. Enunciado 280 das Jornadas de Direito Civil. ção de sistemas de gestão, produção e di‑
Previdência Complementar). vulgação de informações e conhecimen‑
``V. Enunciado 534 das Jornadas de Direito Civil.
Art. 61. Dissolvida a associação, o rema‑
nescente do seu patrimônio líquido, depois tos técnicos e científicos; (Alterado pela
Parágrafo único. Não há, entre os asso‑ de deduzidas, se for o caso, as quotas ou Lei 13.151/2015.)
ciados, direitos e obrigações recíprocos. frações ideais referidas no parágrafo único VIII – promoção da ética, da cidadania, da
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto do art. 56, será destinado à entidade de fins democracia e dos direitos humanos; (Alte‑
das associações conterá: não econômicos designada no estatuto, ou, rado pela Lei 13.151/2015.)

89
Art. 63 CÓDIGO CIVIL
IX – atividades religiosas; e (Alterado pela Art. 69. Tornando‑se ilícita, impossível ou IV ‑ das demais pessoas jurídicas, o lugar
Lei 13.151/2015.) inútil a finalidade a que visa a fundação, onde funcionarem as respectivas direto‑
X – (Vetado pela Lei 13.151/2015.) ou vencido o prazo de sua existência, o rias e administrações, ou onde elegerem
``V. art. 2.032 deste Código. órgão do Ministério Público, ou qualquer domicílio especial no seu estatuto ou atos
``V. Lei 8.958/1994 (Dispõe sobre as relações entre interessado, lhe promoverá a extinção, constitutivos.
as instituições federais de ensino superior e de incorporando‑se o seu patrimônio, salvo ``V. art. 109, §§ 1º a 4º, CF.
pesquisa científica e tecnológica e as fundações disposição em contrário no ato constitu‑ ``V. art. 53, NCPC.
de apoio). tivo, ou no estatuto, em outra fundação, § 1º Tendo a pessoa jurídica diversos esta‑
Art. 63. Quando insuficientes para cons‑ designada pelo juiz, que se proponha a belecimentos em lugares diferentes, cada
tituir a fundação, os bens a ela destinados fim igual ou semelhante. um deles será considerado domicílio para
serão, se de outro modo não dispuser o ins‑ ``V. art. 765, NCPC. os atos nele praticados.
``V. art. 53, NCPC.
tituidor, incorporados em outra fundação
TÍTULO III ``V. Súm. 363, STF.
que se proponha a fim igual ou semelhante.
DO DOMICÍLIO § 2º Se a administração, ou diretoria, tiver
Art. 64. Constituída a fundação por ne‑
a sede no estrangeiro, haver‑se‑á por do‑
gócio jurídico entre vivos, o instituidor é
obrigado a transferir‑lhe a propriedade, ou Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o micílio da pessoa jurídica, no tocante às
lugar onde ela estabelece a sua residência obrigações contraídas por cada uma das
outro direito real, sobre os bens dotados, e,
com ânimo definitivo. suas agências, o lugar do estabelecimento,
se não o fizer, serão registrados, em nome
``V. art. 5º, XI, CF. sito no Brasil, a que ela corresponder.
dela, por mandado judicial. ``V. art. 21, NCPC.
``V. arts. 327; 1.556, II; 1.569; e 1.711 deste Código.
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor co‑ ``V. arts. 46 a 53, 62 e 63, NCPC. ``V. art. 3º, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação
meter a aplicação do patrimônio, em tendo ``V. arts. 127 e 159, CTN. de Empresas e Falência).
``V. Súm. 363, STF.
ciência do encargo, formularão logo, de ``V. arts. 7º; 10; e 12, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de

acordo com as suas bases (art. 62), o estatu‑ Introdução às normas do Direito Brasileiro ‑ Art. 76. Têm domicílio necessário o inca‑
to da fundação projetada, submetendo‑o, LInDB, antiga LICC). paz, o servidor público, o militar, o marítimo
``V. arts. 28 a 32, Dec. 3.000/1999 (Regulamenta
em seguida, à aprovação da autoridade e o preso.
competente, com recurso ao juiz. a tributação, fiscalização, arrecadação e admi-
nistração do Imposto sobre a Renda e Proventos Parágrafo único. O domicílio do incapaz
``V. arts. 764 e 765, NCPC.
de Qualquer Natureza). é o do seu representante ou assistente; o
Parágrafo único. Se o estatuto não for ``V. Enunciado 408 das Jornadas de Direito Civil. do servidor público, o lugar em que exer‑
elaborado no prazo assinado pelo insti‑ cer permanentemente suas funções; o do
tuidor, ou, não havendo prazo, em cento Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver
militar, onde servir, e, sendo da Marinha
e oitenta dias, a incumbência caberá ao diversas residências, onde, alternadamente,
ou da Aeronáutica, a sede do comando a
Ministério Público. viva, considerar‑se‑á domicílio seu qual‑
que se encontrar imediatamente subordi‑
quer delas.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministé‑ nado; o do marítimo, onde o navio estiver
``V. art. 46, NCPC.
rio Público do Estado onde situadas. ``V.
matriculado; e o do preso, o lugar em que
Súm. 483, STF.
``V. art. 765, NCPC. cumprir a sentença.
``V. art. 25, Lei 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional
Art. 72. É também domicílio da pessoa ``V.arts. 3º e 4º deste Código.
do Ministério Público). natural, quanto às relações concernentes ``V.art. 50, NCPC.
``V. art. 72, LC 109/2001 (Dispõe sobre o Regime à profissão, o lugar onde esta é exercida. ``V.art. 7º, § 7º, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de
de Previdência Complementar) ``V. art. 46, NCPC. Introdução às normas do Direito Brasileiro ‑
``V. Enunciado 147 das Jornadas de Direito Civil. ``V. art. 10, § 1º, Lei 8.906/1994 (EAOAB). LInDB, antiga LICC).

§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou Parágrafo único. Se a pessoa exercitar Art. 77. O agente diplomático do Brasil,
em Território, caberá o encargo ao Ministé‑ profissão em lugares diversos, cada um que, citado no estrangeiro, alegar extra‑
rio Público do Distrito Federal e Territórios. deles constituirá domicílio para as relações territorialidade sem designar onde tem,
(Alterado pela Lei 13.151/2015.) que lhe corresponderem. no país, o seu domicílio, poderá ser de‑
``V. ADIn 2.794-8. ``V. art. 46, NCPC. mandado no Distrito Federal ou no último
``V. Enunciado 10 das Jornadas de Direito Civil. ponto do território brasileiro onde o teve.
Art. 73. Ter‑se‑á por domicílio da pessoa
§ 2º Se estenderem a atividade por mais natural, que não tenha residência habitual, Art. 78. Nos contratos escritos, poderão
de um Estado, caberá o encargo, em cada o lugar onde for encontrada. os contratantes especificar domicílio onde
um deles, ao respectivo Ministério Público. ``V. art. 46, NCPC. se exercitem e cumpram os direitos e obri‑
``V.
Lei 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do ``V. art. 7º, § 8º, Dec.‑Lei 4.657/1942 (Lei de gações deles resultantes.
Ministério Público). Introdução às normas do Direito Brasileiro ‑ ``V. art. 327 deste Código.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto LInDB, antiga LICC). ``V. arts. 47, 62 e 63, NCPC.
``V. art. 1º, Dec.‑Lei 4.597/1942 (Dispõe sobre as
da fundação é mister que a reforma: Art. 74. Muda‑se o domicílio, transferindo prescrições de ações contra a Fazenda Pública).
I ‑ seja deliberada por dois terços dos a residência, com a intenção manifesta ``V. Súm. 335, STF.
competentes para gerir e representar a de o mudar.
fundação; LIVRO II
Parágrafo único. A prova da intenção
DOS BENS
II ‑ não contrarie ou desvirtue o fim desta; resultará do que declarar a pessoa às mu‑
III – seja aprovada pelo órgão do Ministé‑ nicipalidades dos lugares, que deixa, e para
TÍTULO ÚNICO
rio Público no prazo máximo de 45 (qua‑ onde vai, ou, se tais declarações não fizer,
DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS
renta e cinco) dias, findo o qual ou no caso da própria mudança, com as circunstâncias
de o Ministério Público a denegar, poderá que a acompanharem.
CAPÍTULO I
o juiz supri-la, a requerimento do interes‑ Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o DOS BENS CONSIDERADOS
sado. (Alterado pela Lei 13.151/2015.) domicílio é: EM SI MESMOS
``V. art. 764, NCPC. I ‑ da União, o Distrito Federal;
Art. 68. Quando a alteração não houver ``V. art. 109, §§ 1º a 4º, CF. SEÇÃO I
sido aprovada por votação unânime, os ``V. art. 51, NCPC. DOS BENS IMÓVEIS
administradores da fundação, ao subme‑ II ‑ dos Estados e Territórios, as respectivas
terem o estatuto ao órgão do Ministério capitais; Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo
Público, requererão que se dê ciência à ``V. art. 51, NCPC. quanto se lhe incorporar natural ou arti‑
minoria vencida para impugná‑la, se quiser, III ‑ do Município, o lugar onde funcione a ficialmente.
em dez dias. administração municipal; ``V. arts. 20, VIII a X; e 176, CF.

90
CÓDIGO CIVIL Art. 80
``V. arts. 92 a 97; 1.229; 1.230; e 1.248 a 1.259 SEÇÃO IV do bem, ainda que o tornem mais agradável
deste Código. DOS BENS DIVISÍVEIS ou sejam de elevado valor.
``V. art. 145, Dec. 24.643/1934 (Código de Águas).
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam
``V. Lei 4.591/1964 (Dispõe sobre o condomínio ``V.arts. 257 a 263; 314; 504; 1.199; 1.314 a 1.358;
em edificações e as incorporações imobiliárias).
o uso do bem.
e 1.386 deste Código.
``V. Dec.‑Lei 227/1967 (Código de Minas). § 3º São necessárias as que têm por fim
``V. Súm. 329, STF.
Art. 87. Bens divisíveis são os que se conservar o bem ou evitar que se deteriore.
``V. Súm. 238, STJ.
podem fracionar sem alteração na sua ``V. arts. 1.253 a 1.259 deste Código.
substância, diminuição considerável de
``V. Enunciado 11 das Jornadas de Direito Civil.
valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Art. 97. Não se consideram benfeitorias os
Art. 80. Consideram‑se imóveis para os ``V.
arts. 177; 257 a 263; 314; 414; e 415 deste melhoramentos ou acréscimos sobrevindos
efeitos legais: Código. ao bem sem a intervenção do proprietário,
I ‑ os direitos reais sobre imóveis e as ações possuidor ou detentor.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis ``V. art. 1.248 a 1.252 deste Código.
que os asseguram; podem tornar‑se indivisíveis por determi‑
``V. arts. 1.225 e 1.227 deste Código. nação da lei ou por vontade das partes. CAPÍTULO III
``V. Dec. 24.778/1934 (Dispõe sobre a caução de ``V. arts. 105; 263; 504; 844; 1.320; 1.386; e 1.791
hipoteca ou de penhor). deste Código.
DOS BENS PÚBLICOS

CC
``V. Súm. 329, STF. ``V. art. 65, Lei 4.504/1964 (Estatuto da Terra).
``V. arts. 20 e 26, CF.
II ‑ o direito à sucessão aberta. ``V. art. 1º, Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular).
``V. art. 5º, XXX e XXXI, CF. SEÇÃO V ``V. Dec.‑Lei 25/1937 (Organiza a proteção do
``V. arts. 1.784 e 1.804 deste Código. DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS patrimônio histórico e artístico nacional).
``V. Dec.‑Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I ‑ as edificações que, separadas do solo, Art. 89. São singulares os bens que, em‑ imóveis da União).
mas conservando a sua unidade, forem bora reunidos, se consideram de per si, Art. 98. São públicos os bens do domínio
removidas para outro local; independentemente dos demais. nacional pertencentes às pessoas jurídicas
II ‑ os materiais provisoriamente separa‑ Art. 90. Constitui universalidade de fa‑ de direito público interno; todos os outros
dos de um prédio, para nele se reempre‑ to a pluralidade de bens singulares que, são particulares, seja qual for a pessoa a
garem. pertinentes à mesma pessoa, tenham des‑ que pertencerem.
tinação unitária. ``V. arts. 5º, LXXIII; 20; 26; e 176, caput, CF.
``V. art. 84 deste Código.
``V. art. 1.791 deste Código. ``V. art. 16, § 3º, ADCT.
``V. arts. 36. § 5º; e 38, Lei 7.565/1986 (Código ``V. art. 102 deste Código.
SEÇÃO II ``V. Dec. 24.643/1934 (Código de Águas).
Brasileiro de Aeronáutica).
DOS BENS MÓVEIS ``V. Enunciado 288 das Jornadas de Direito Civil. ``V. Dec.‑Lei 3.236/1941 (Dispõe sobre jazidas
de petróleo e gás natural).
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis Parágrafo único. Os bens que formam
``V. Dec.‑Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens
de movimento próprio, ou de remoção por essa universalidade podem ser objeto de imóveis da União).
força alheia, sem alteração da substância ou relações jurídicas próprias. ``V. Dec. 28.840/1950 (Declara integrada ao

da destinação econômico‑social. Art. 91. Constitui universalidade de direito território nacional a plataforma submarina,
``V. arts. 1.267 e 1.268 deste Código. o complexo de relações jurídicas, de uma na parte correspondente a esse território ).
``V. art. 1º, Lei 4.717/1965 (Lei da Ação Popular).
Art. 83. Consideram‑se móveis para os pessoa, dotadas de valor econômico.
``V. Lei 6.383/1976 (Dispõe sobre o processo
``V. Enunciado 288 das Jornadas de Direito Civil.
efeitos legais: discriminatório de terras devolutas da União).
I ‑ as energias que tenham valor econô‑ ``V. Lei 6.634/1979 (Dispõe sobre a faixa de

mico; CAPÍTULO II fronteira).


DOS BENS RECIPROCAMENTE ``V. Dec. 85.064/1980 (Regulamenta a Lei
``V. art. 155, § 3º, CP.
CONSIDERADOS 6.634/1979).
II ‑ os direitos reais sobre objetos móveis e ``V. Lei 8.617/1993 (Dispõe sobre o mar terri-
as ações correspondentes;
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre torial, a zona contígua, a zona econômica ex-
``V. arts. 1.225 e 1.226 deste Código. clusiva e a plataforma continental brasileiros).
si, abstrata ou concretamente; acessório,
III ‑ os direitos pessoais de caráter patri‑ aquele cuja existência supõe a do principal. ``V. Súmulas 340 e 650, STF.

monial e respectivas ações. ``V.


arts. 184; 233; 287; 364; 822; e 1.209 deste
``V. Enunciado 287 das Jornadas de Direito Civil.

``V. art. 233 deste Código. Código. Art. 99. São bens públicos:
``V. art. 5º, Lei 9.279/1996 (Dispõe sobre a pro- ``V. Súm. 477, STF.
priedade industrial).
Art. 93. São pertenças os bens que, não
constituindo partes integrantes, se des‑ I ‑ os de uso comum do povo, tais como
``V. art. 3º, Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e
tinam, de modo duradouro, ao uso, ao rios, mares, estradas, ruas e praças;
consolida a legislação sobre direitos autorais).
``V. arts. 20, I a XI; 26; 176; 191; e 225, CF.
serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma ``V. Enunciado 535 das Jornadas de Direito Civil. ``V. Dec. 24.643/1934 (Código de Águas).
construção, enquanto não forem emprega‑ ``V. art. 5º, Dec.‑Lei 2.490/1940 (Estabelece novas

dos, conservam sua qualidade de móveis; Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem normas para o aforamento dos terrenos de
readquirem essa qualidade os provenientes respeito ao bem principal não abrangem marinha).
da demolição de algum prédio. as pertenças, salvo se o contrário resultar ``V. Dec.‑Lei 7.937/1945 (Dispõe sobre o lotea-

da lei, da manifestação de vontade, ou das mento de terrenos de marinha).


``V. art. 81, II, deste Código.
circunstâncias do caso. ``V. Dec.‑Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens
imóveis da União).
SEÇÃO III Art. 95. Apesar de ainda não separados do ``V. art. 10, Lei 7.661/1988 (Plano Nacional de
DOS BENS FUNGÍVEIS E CONSUMÍVEIS bem principal, os frutos e produtos podem Gerenciamento Costeiro).
ser objeto de negócio jurídico. II ‑ os de uso especial, tais como edifícios
Art. 85. São fungíveis os móveis que po‑ ``V. arts. 79; 237; e 1.214 a 1.216 deste Código. ou terrenos destinados a serviço ou esta‑
dem substituir‑se por outros da mesma Art. 96. As benfeitorias podem ser volup‑ belecimento da administração federal, es‑
espécie, qualidade e quantidade. tuárias, úteis ou necessárias. tadual, territorial ou municipal, inclusive
``V.
arts. 243; 247; 307, p.u.; 369; e 579 deste ``V. arts. 453; 571; 578; 1.219 a 1.222; 1.248 a os de suas autarquias;
Código.
1.259; e 1.922, p.u., deste Código. ``V.
Dec.‑Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre os bens
Art. 86. São consumíveis os bens móveis ``V. art. 24, Dec. 59.566/1966 (Regulamenta a imóveis da União).
cujo uso importa destruição imediata da Lei 4.504/1964). III ‑ os dominicais, que constituem o patri‑
``V. art. 538, §§ 1º e 2º, NCPC.
própria substância, sendo também con‑ mônio das pessoas jurídicas de direito pú‑
siderados tais os destinados à alienação. § 1º São voluptuárias as de mero deleite ou blico, como objeto de direito pessoal, ou
``V. art. 1.392, § 1º, deste Código. recreio, que não aumentam o uso habitual real, de cada uma dessas entidades.

91
Art. 100 CÓDIGO CIVIL
``V. arts. 183, § 3º; e 191, p.u., CF. caso, for indivisível o objeto do direito ou ``V. Enunciado 421 das Jornadas de Direito Civil.
``V. Dec.‑Lei 25/1937 (Organiza a proteção do da obrigação comum.
patrimônio histórico e artístico nacional).
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser
``V.arts. 4º; 87; 88; 104, I; 171, I; 180; 257 a 263;
``V. art. 200, Dec.‑Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre
interpretados conforme a boa‑fé e os usos
314; e 889 a 895 deste Código.
os bens imóveis da União). do lugar de sua celebração.
``V. Súm. 340, STF.
Art. 106. A impossibilidade inicial do ob‑ ``V. arts. 164; 422; 423; 1.201; e 1.202 deste
jeto não invalida o negócio jurídico se for Código.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em ``V. art. 4º, Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e
relativa, ou se cessar antes de realizada a
contrário, consideram‑se dominicais os consolida a legislação sobre direitos autorais).
condição a que ele estiver subordinado.
bens pertencentes às pessoas jurídicas ``V. arts. 104, II; 121; 123; 124; e 130 deste Código. ``V. Enunciados 409 e 421 das Jornadas de Di-
de direito público a que se tenha dado reito Civil.
estrutura de direito privado. Art. 107. A validade da declaração de
``V. vontade não dependerá de forma especial, Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos
arts. 183, § 3º; e 191, p.u., CF.
``V. senão quando a lei expressamente a exigir. e a renúncia interpretam‑se estritamente.
art. 200, Dec.‑Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre
``V.arts. 108; 112; 191; 392; 424; 538; 819; 828, I;
os bens imóveis da União). ``V. arts. 104, III; 108; 109; 183; 184; e 212 deste
``V. Súm. 340, STF. Código. 1.410, I; 1.425, III; e 1.806 deste Código.
``V.art. 4º, Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e
``V. art. 369, NCPC.
Art. 100. Os bens públicos de uso co‑ consolida a legislação sobre direitos autorais).
mum do povo e os de uso especial são Art. 108. Não dispondo a lei em contrário,
inalienáveis, enquanto conservarem a sua a escritura pública é essencial à validade CAPÍTULO II
qualificação, na forma que a lei determinar. dos negócios jurídicos que visem à cons‑
DA REPRESENTAÇÃO
``V. art. 23, Lei 9.636/1998 (Dispõe sobre a regula-
tituição, transferência, modificação ou
rização, administração, aforamento e alienação renúncia de direitos reais sobre imóveis Art. 115. Os poderes de representação
de bens imóveis de domínio de União) de valor superior a trinta vezes o maior conferem‑se por lei ou pelo interessado.
``V. Dec. 3.725/20 01 (Reg u lamenta a Lei salário‑mínimo vigente no país. ``V. arts. 2º; 120; 653; 1.542, § 2º; 1.634, V; 1.690;
``V. arts. 114; 215; 1.225; 1.227; 1.245; 1.275; 1.640,
9.636/1998). 1.747, I; e 1.774, I, deste Código.
``V. Súm. 340, STF. p.u.; 1.653; e 1.711 deste Código. ``V.art. 75, NCPC.
``V. art. 406, NCPC.
Art. 101. Os bens públicos dominicais ``V. arts. 17, § 4º; e 74, Dec.‑Lei 9.760/1946 (Dispõe Art. 116. A manifestação de vontade pelo
podem ser alienados, observadas as exi‑ sobre os bens imóveis da União). representante, nos limites de seus poderes,
gências da lei. ``V. art. 61, Lei 4.380/1964 (Institui a correção produz efeitos em relação ao representado.
``V. art. 23, Lei 9.636/1998 (Dispõe sobre a regula- monetária nos contratos imobiliários de inte- ``V. art. 3º; 4º; 112; 149; 213, p.u.; 662; 928; 1.205,
rização, administração, aforamento e alienação resse social, o sistema financeiro para aqui- I; e 1.634,deste Código.
de bens imóveis de domínio de União). sição da casa própria, cria o Banco Nacional
``V. Dec. 3.725/20 01 (Reg u lamenta a Lei da Habitação (BNH) e Sociedades de Crédito Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o repre‑
9.636/1998). Imobiliário, as Letras Imobiliárias e o Serviço sentado, é anulável o negócio jurídico que
Federal de Habitação e Urbanismo). o representante, no seu interesse ou por
Art. 102. Os bens públicos não estão su‑ ``V. art. 221, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
jeitos à usucapião. Públicos). ``V. arts. 138 a 184 e 685 deste Código.
``V. arts. 183, § 3º; e 191, p.u., CF. ``V. art. 26, Lei 6.766/1979 (Dispõe sobre o par- ``V. Súm. 165, STF.
``V. arts. 1.238 a 1.244 deste Código. celamento do solo urbano). ``V. Súm. 60, STJ.
``V. art. 200, Dec.‑Lei 9.760/1946 (Dispõe sobre ``V. art. 7º, Dec.‑Lei 2.375/1987 (Dispõe sobre
os bens imóveis da União). Parágrafo único. Para esse efeito, tem‑se
terras públicas).
``V. Súm. 340, STF. ``V. art. 33, Lei 7.652/1988 (Dispõe sobre o re-
como celebrado pelo representante o ne‑
gistro da propriedade marítima). gócio realizado por aquele em quem os
Art. 103. O uso comum dos bens públicos poderes houverem sido subestabelecidos.
``V. art. 38, Lei 9.514/1997 (Dispõe sobre o sis-
pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade
tema de financiamento imobiliário e institui a Art. 118. O representante é obrigado a
alienação fiduciária de coisa imóvel). provar às pessoas, com quem tratar em
a cuja administração pertencerem. ``V. art. 8º, Lei 10.188/2001 (Cria o Programa de nome do representado, a sua qualidade e
``V.art. 29, Lei 6.383/1976 (Dispõe sobre o Arrendamento Residencial). a extensão de seus poderes, sob pena de,
processo discriminatório de terras devolutas ``V. arts. 10; 35; e 48, Lei 10.257/2001 (Estatuto
da União).
não o fazendo, responder pelos atos que
da Cidade). a estes excederem.
LIVRO III ``V. Enunciado 289 das Jornadas de Direito Civil.
``V. arts. 653; 665; 673; e 679 deste Código.
DOS FATOS JURÍDICOS Art. 109. No negócio jurídico celebrado Art. 119. É anulável o negócio concluído
com a cláusula de não valer sem instru‑ pelo representante em conflito de interes‑
TÍTULO I mento público, este é da substância do ato. ses com o representado, se tal fato era ou
DO NEGÓCIO JURÍDICO ``V.arts. 104, III; 212; e 215 deste Código. devia ser do conhecimento de quem com
``V.art. 1º, II, Lei 8.560/1992 (Regula a investi- aquele tratou.
CAPÍTULO I gação de paternidade dos filhos havidos fora ``V. arts. 138 a 184 deste Código.
DISPOSIÇÕES GERAIS do casamento).
Parágrafo único. É de cento e oitenta
Art. 110. A manifestação de vontade dias, a contar da conclusão do negócio
Art. 104. A validade do negócio jurídico subsiste ainda que o seu autor haja feito ou da cessação da incapacidade, o prazo
requer: a reserva mental de não querer o que ma‑ de decadência para pleitear‑se a anulação
``V. arts. 107 a 114; 166; 167; 171 a 184; e 2.035 nifestou, salvo se dela o destinatário tinha prevista neste artigo.
deste Código. conhecimento. ``V. arts. 3º a 5º deste Código.
``V. arts. 6º, V; e 51, § 1º, III, CDC. ``V. art. 112 deste Código. Art. 120. Os requisitos e os efeitos da
I ‑ agente capaz;
``V.
Art. 111. O silêncio importa anuência, representação legal são os estabelecidos
arts. 1º; 3º; 4º; 105; 166, I; e 171, I, deste
quando as circunstâncias ou os usos o au‑ nas normas respectivas; os da represen‑
Código.
torizarem, e não for necessária a declaração tação voluntária são os da Parte Especial
II ‑ objeto lícito, possível, determinado ou
de vontade expressa. deste Código.
determinável;
``V. art. 539 deste Código. ``V.arts. 115; 653 a 692; 1.634, V; 1.690; e 1.747,
``V. arts. 106 e 166, II e III, deste Código. I, deste Código.
III ‑ forma prescrita ou não defesa em lei. Art. 112. Nas declarações de vontade
``V. arts. 107 a 114; 166, IV; e 421 deste Código.
se atenderá mais à intenção nelas con‑
substanciada do que ao sentido literal da CAPÍTULO III
``V. art. 51, CDC.
linguagem. DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO
Art. 105. A incapacidade relativa de uma ``V.arts. 114; 133; 819 e 1.899 deste Código. ENCARGO
das partes não pode ser invocada pela outra ``V.arts. 46 a 48; e 51, CDC.
em benefício próprio, nem aproveita aos ``V.art. 4º, Lei 9.610/1998 (Altera, atualiza e Art. 121. Considera‑se condição a cláusula
cointeressados capazes, salvo se, neste consolida a legislação sobre direitos autorais). que, derivando exclusivamente da vontade

92
CÓDIGO CIVIL Art. 121
das partes, subordina o efeito do negócio maliciosamente levada a efeito por aquele se a execução tiver de ser feita em lugar
jurídico a evento futuro e incerto. a quem aproveita o seu implemento. diverso ou depender de tempo.
``V.arts. 125 a 127; 131; 135; 136; 167, II; 855; ``V.
arts. 123 a 130; 331; 474; 939; e 1.359 deste
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos Código.
1.359; 1.613; 1.808; 1.897; e 1.900 deste Código.
casos de condição suspensiva ou resolutiva,
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as é permitido praticar os atos destinados a Art. 135. Ao termo inicial e final apli‑
condições não contrárias à lei, à ordem conservá‑lo. cam‑se, no que couber, as disposições
pública ou aos bons costumes; entre as ``V.
art. 6º, § 2º, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu- relativas à condição suspensiva e resolutiva.
condições defesas se incluem as que pri‑ ção às normas do Direito Brasileiro – LInDB, ``V. arts. 123 a 130 deste Código.
varem de todo efeito o negócio jurídico, antiga LICC).
Art. 136. O encargo não suspende a
ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma Art. 131. O termo inicial suspende o exer‑ aquisição nem o exercício do direito, sal‑
das partes. cício, mas não a aquisição do direito. vo quando expressamente imposto no
``V. arts. 332 e 489 deste Código. ``V. arts. 125; 135; 1.613 e 1.924 deste Código. negócio jurídico, pelo disponente, como
``V. art. 51, IX, X, XI e XIII, CDC. ``V. art. 6º, § 2º, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu-
condição suspensiva.
``V. Port. SDE 4/1998 (Cláusulas abusivas em adi- ção às normas do Direito Brasileiro – LInDB, ``V.
arts. 121; 125; 131; 539; 553; 564, II; e 1.938
tamento ao elenco do art. 51 da Lei 8.078/1990). antiga LICC) . deste Código.
``V. Port. SDE 3/2001 (Elenca as cláusulas
Art. 132. Salvo disposição legal ou con‑

CC
``V.
art. 6º, § 2º, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdu-
abusivas). ção às normas do Direito Brasileiro – LInDB,
vencional em contrário, computam‑se os
``V. Port. SDE 5/2002 (Complementa o elenco antiga LICC).
prazos, excluído o dia do começo, e incluído
de cláusulas abusivas constante do art. 51 da
Lei 8.078/1990). o do vencimento. Art. 137. Considera‑se não escrito o encar‑
``V. Súmulas 60 e 543, STJ.
``V. arts. 216 e 224, NCPC. go ilícito ou impossível, salvo se constituir
``V. art. 775, CLT. o motivo determinante da liberalidade,
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos ``V. art. 10, CP. caso em que se invalida o negócio jurídico.
que lhes são subordinados: ``V. art. 798, CPP. ``V. art. 123, I e II, deste Código.
``V. art. 137 deste Código. ``V. art. 210, CTN.

I ‑ as condições física ou juridicamente im‑ ``V. Dec. 10.546/1913 (Aprova o regulamento


CAPÍTULO IV
possíveis, quando suspensivas; para execução da Lei 2.784/1913, sobre a hora
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO
``V.
legal).
arts. 106 e 166, II, deste Código. JURÍDICO
``V. Dec.‑Lei 3.602/1941 (Dispõe sobre a con-
II ‑ as condições ilícitas, ou de fazer coisa tagem dos prazos em processos ou causas de ``V. art. 138, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação
ilícita; natureza fiscal ou administrativa). de Empresas e Falência).
``V. arts. 122 e 166, II e III, deste Código. ``V. Lei 662/1949 (Dispõe sobre os feriados

III ‑ as condições incompreensíveis ou nacionais). SEÇÃO I


contraditórias. ``V. Lei 810/1949 (Define o ano civil).
``V. Lei 1.408/1951 (Prorroga vencimentos de
DO ERRO OU IGNORÂNCIA
Art. 124. Têm‑se por inexistentes as con‑ prazos judiciais). ``V. art. 178, II, deste Código.
dições impossíveis, quando resolutivas, e ``V. Lei 6.802/1980 (Declara Feriado Nacional o

as de não fazer coisa impossível. Dia 12 de outubro, Consagrado a Nossa Senhora Art. 138. São anuláveis os negócios jurí‑
Aparecida, Padroeira do Brasil). dicos, quando as declarações de vontade
Art. 125. Subordinando‑se a eficácia do ``V. Lei 7.089/1983 (Veda cobrança de juros de emanarem de erro substancial que poderia
negócio jurídico à condição suspensiva, mora sobre título vencido em feriado, sábado ser percebido por pessoa de diligência nor‑
enquanto esta se não verificar, não se terá ou domingo). mal, em face das circunstâncias do negócio.
adquirido o direito, a que ele visa. ``V. Lei 9.093/1995 (Dispõe sobre feriados). ``V. arts. 48; 171, II; 177; 178, II; 849; 877; 1.559;
``V.arts. 121; 131; 135; 199, I; 234; 332; 509; e ``V. Lei 9.800/1999 (Dispõe sobre a utilização de 1.812; 1.909; e 2.027,deste Código.
1.923 deste Código. sistema de transmissão de dados). ``V. arts. 393, 446 e 966, NCPC.
``V. art. 993, Dec. 3.000/1999 (Regulamenta a
Art. 126. Se alguém dispuser de uma tributação, fiscalização, arrecadação e adminis-
``V. Enunciado 12 das Jornadas de Direito Civil.

coisa sob condição suspensiva, e, pendente tração do Imposto sobre a Renda e Proventos Art. 139. O erro é substancial quando:
esta, fizer quanto àquela novas disposições, de Qualquer Natureza). ``V. arts. 1.556; 1.557; 1.559; e 1.903 deste Código.

estas não terão valor, realizada a condição, ``V. Lei 10.607/2002 (Declara feriados nacionais). ``V. art. 37, § 1º, CDC.
se com ela forem incompatíveis. § 1º Se o dia do vencimento cair em feriado, I ‑ interessa à natureza do negócio, ao ob‑
``V. art. 135 deste Código. considerar‑se‑á prorrogado o prazo até o jeto principal da declaração, ou a alguma
Art. 127. Se for resolutiva a condição, seguinte dia útil. das qualidades a ele essenciais;
enquanto esta se não realizar, vigorará ``V. art. 775, p.u., CLT. II ‑ concerne à identidade ou à qualida‑
o negócio jurídico, podendo exercer‑se ``V. arts. 214 e 216, NCPC. de essencial da pessoa a quem se refira a
desde a conclusão deste o direito por ele ``V. art. 798, § 3º, CPP. declaração de vontade, desde que tenha
``V. Leis 662/1949, 6.802/1980, e 7.466/1986 influído nesta de modo relevante;
estabelecido.
(Dispõem sobre feriados nacionais). ``V.
arts. 1.556; 1.557, I; 1.559; e 1.903 deste
``V. arts. 135; 397; 401; 474; e 1.359 deste Código.
``V.art. 12, Dec.‑Lei 58/1937 (Dispõe sobre o § 2º Meado considera‑se, em qualquer mês, Código.
loteamento e venda de terrenos para pagamento o seu décimo quinto dia. III ‑ sendo de direito e não implicando re‑
em prestações). § 3º Os prazos de meses e anos expiram cusa à aplicação da lei, for o motivo único
Art. 128. Sobrevindo a condição resolu‑ no dia de igual número do de início, ou no ou principal do negócio jurídico.
tiva, extingue‑se, para todos os efeitos, o imediato, se faltar exata correspondência. ``V.
art. 3º, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às
``V. Lei 810/1949 (Define o ano civil). normas do Direito Brasileiro – LInDB, antiga
direito a que ela se opõe; mas, se aposta
§ 4º Os prazos fixados por hora contar‑se‑ão LICC).
a um negócio de execução continuada ou
periódica, a sua realização, salvo disposição de minuto a minuto. Art. 140. O falso motivo só vicia a decla‑
em contrário, não tem eficácia quanto aos Art. 133. Nos testamentos, presume‑se o ração de vontade quando expresso como
atos já praticados, desde que compatíveis prazo em favor do herdeiro, e, nos contra‑ razão determinante.
``V. art. 166, III, deste Código.
com a natureza da condição pendente e tos, em proveito do devedor, salvo, quanto
conforme aos ditames de boa‑fé. a esses, se do teor do instrumento, ou das Art. 141. A transmissão errônea da von‑
``V. arts. 135; 1.359; e 1.360 deste Código. circunstâncias, resultar que se estabele‑ tade por meios interpostos é anulável nos
Art. 129. Reputa‑se verificada, quanto aos ceu a benefício do credor, ou de ambos mesmos casos em que o é a declaração
efeitos jurídicos, a condição cujo implemen‑ os contratantes. direta.
``V. arts. 112 e 1.899 deste Código.
to for maliciosamente obstado pela parte Art. 142. O erro de indicação da pessoa
a quem desfavorecer, considerando‑se, Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, ou da coisa, a que se referir a declaração de
ao contrário, não verificada a condição sem prazo, são exequíveis desde logo, salvo vontade, não viciará o negócio quando, por

93
Art. 142 CÓDIGO CIVIL
seu contexto e pelas circunstâncias, se pu‑ Art. 152. No apreciar a coação, ter‑se‑ão eles reduzido à insolvência, ainda quan‑
der identificar a coisa ou pessoa cogitada. em conta o sexo, a idade, a condição, a do o ignore, poderão ser anulados pelos
``V. art. 1.903 deste Código. saúde, o temperamento do paciente e todas credores quirografários, como lesivos dos
Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza as demais circunstâncias que possam influir seus direitos.
a retificação da declaração de vontade. na gravidade dela. ``V. arts. 161; 171, II; 177; 178, II; 1.812; e 2.027
deste Código.
Art. 144. O erro não prejudica a validade Art. 153. Não se considera coação a ame‑ ``V. art. 790, V, NCPC.
do negócio jurídico quando a pessoa, a aça do exercício normal de um direito, nem ``V. arts. 774, 789, 792 e 856, NCPC.
quem a manifestação de vontade se dirige, o simples temor reverencial. ``V. art. 179, CP.

se oferecer para executá‑la na conformida‑ Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação ``V. art. 185, CTN.

de da vontade real do manifestante. exercida por terceiro, se dela tivesse ou ``V. art. 216, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
``V. arts. 172 a 175 deste Código. devesse ter conhecimento a parte a que Públicos).
``V. Súm. 195, STJ.
aproveite, e esta responderá solidariamen‑
SEÇÃO II te com aquele por perdas e danos. ``V. Enunciados 151 e 292 das Jornadas de Di-

DO DOLO ``V. arts. 275 a 285; e 402 a 405 deste Código. reito Civil.
§ 1º Igual direito assiste aos credores cuja
``V. art. 178, II, deste Código. Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico
garantia se tornar insuficiente.
``V. art. 101, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação se a coação decorrer de terceiro, sem que
de Empresas e Falência). a parte a que aproveite dela tivesse ou § 2º Só os credores que já o eram ao tempo
devesse ter conhecimento; mas o autor daqueles atos podem pleitear a anulação
Art. 145. São os negócios jurídicos anulá‑ deles.
veis por dolo quando este for a sua causa. da coação responderá por todas as perdas
``V. Súm. 195, STJ.
``V. arts. 171, II; 177; 178, II; 180; 849; 1.812; e danos que houver causado ao coacto.
1.909; e 2.027 deste Código. ``V. arts. 402 a 405 deste Código. Art. 159. Serão igualmente anuláveis os
``V. arts. 393, 446 e 966, NCPC. contratos onerosos do devedor insolvente,
SEÇÃO IV quando a insolvência for notória, ou hou‑
Art. 146. O dolo acidental só obriga à DO ESTADO DE PERIGO
satisfação das perdas e danos, e é acidental ver motivo para ser conhecida do outro
quando, a seu despeito, o negócio seria ``V. art. 178, II, deste Código. contratante.
``V.
art. 161 deste Código.
realizado, embora por outro modo. Art. 156. Configura‑se o estado de perigo ``V.
art. 216, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, quando alguém, premido da necessidade Públicos).
o silêncio intencional de uma das partes a de salvar‑se, ou a pessoa de sua família, de
grave dano conhecido pela outra parte, as‑ Art. 160. Se o adquirente dos bens do
respeito de fato ou qualidade que a outra
sume obrigação excessivamente onerosa. devedor insolvente ainda não tiver pago
parte haja ignorado, constitui omissão do‑
``V. art. 171, II, deste Código. o preço e este for, aproximadamente, o
losa, provando‑se que sem ela o negócio
``V. art. 24, CP. corrente, desobrigar‑se‑á depositando‑o
não se teria celebrado.
``V.
``V. Enunciado 148 das Jornadas de Direito Civil. em juízo, com a citação de todos os in‑
arts. 441 a 446; 766; e 773 deste Código.
``V. art. 678‑2, CCom. Parágrafo único. Tratando‑se de pessoa teressados.
``V. art. 335 deste Código.
não pertencente à família do declarante,
Art. 148. Pode também ser anulado o ``V. arts. 539 a 549 e 1.052, NCPC.
o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
negócio jurídico por dolo de terceiro, se ``V. Parágrafo único. Se inferior, o adquirente,
arts. 171, II; e 1.591 a 1.595 deste Código.
a parte a quem aproveite dele tivesse ou para conservar os bens, poderá depositar o
devesse ter conhecimento; em caso contrá‑ SEÇÃO V preço que lhes corresponda ao valor real.
rio, ainda que subsista o negócio jurídico, o DA LESÃO
terceiro responderá por todas as perdas e Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e
danos da parte a quem ludibriou. ``V. arts. 171, II; 178, II; e 884 a 886 deste Código. 159, poderá ser intentada contra o devedor
``V. arts. 402 a 405 deste Código. insolvente, a pessoa que com ele celebrou
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma a estipulação considerada fraudulenta, ou
Art. 149. O dolo do representante legal de pessoa, sob premente necessidade, ou
terceiros adquirentes que hajam procedido
uma das partes só obriga o representado a por inexperiência, se obriga a prestação
de má‑fé.
responder civilmente até a importância do manifestamente desproporcional ao valor ``V. art. 178, II, deste Código.
proveito que teve; se, porém, o dolo for do da prestação oposta.
representante convencional, o representa‑ ``V. art. 171, II, deste Código. Art. 162. O credor quirografário, que rece‑
do responderá solidariamente com ele por ``V. Enunciados 149, 150, 290, 291 e 410 das ber do devedor insolvente o pagamento da
perdas e danos. Jornadas de Direito Civil. dívida ainda não vencida, ficará obrigado a
``V. arts. 275 a 285; 402 a 405; e 932 deste Código. § 1º Aprecia‑se a desproporção das presta‑ repor, em proveito do acervo sobre que se
ções segundo os valores vigentes ao tempo tenha de efetuar o concurso de credores,
Art. 150. Se ambas as partes procederem em que foi celebrado o negócio jurídico. aquilo que recebeu.
com dolo, nenhuma pode alegá‑lo para
anular o negócio, ou reclamar indenização. § 2º Não se decretará a anulação do negó‑ Art. 163. Presumem‑se fraudatórias dos
cio, se for oferecido suplemento suficiente, direitos dos outros credores as garantias
SEÇÃO III ou se a parte favorecida concordar com a de dívidas que o devedor insolvente tiver
DA COAÇÃO redução do proveito. dado a algum credor.
``V. arts. 171, II; e 317, deste Código. ``V. art. 1.419 e ss. deste Código.
``V. art. 178, I, deste Código. ``V. art. 6º, V, CDC.
Art. 164. Presumem‑se, porém, de boa‑fé
Art. 151. A coação, para viciar a declaração SEÇÃO VI e valem os negócios ordinários indispen‑
da vontade, há de ser tal que incuta ao sáveis à manutenção de estabelecimento
DA FRAUDE CONTRA CREDORES
paciente fundado temor de dano iminente mercantil, rural, ou industrial, ou à subsis‑
e considerável à sua pessoa, à sua família, ``V. arts. 178, II; e 1.813 deste Código. tência do devedor e de sua família.
ou aos seus bens. ``V. art. 790, V, NCPC. ``V. art. 113 deste Código.
``V. arts. 171, II; 177; 178, I; 849; 1.558; 1.559; ``V. art. 185, CTN.
1.812; 1.909; e 2.027 deste Código. ``V. art. 216, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Art. 165. Anulados os negócios fraudu‑
``V. art. 146, CP. Públicos). lentos, a vantagem resultante reverterá em
``V. arts. 393, 446 e 966, NCPC. ``V. art. 130, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação proveito do acervo sobre que se tenha de
Parágrafo único. Se disser respeito a pes‑ de Empresas e Falência). efetuar o concurso de credores.
soa não pertencente à família do paciente, Art. 158. Os negócios de transmissão Parágrafo único. Se esses negócios ti‑
o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá gratuita de bens ou remissão de dívida, se nham por único objeto atribuir direitos
se houve coação. os praticar o devedor já insolvente, ou por preferenciais, mediante hipoteca, penhor

94
CÓDIGO CIVIL Art. 166
ou anticrese, sua invalidade importará so‑ Parágrafo único. As nulidades devem ser ``V. arts. 151 a 155 deste Código.
mente na anulação da preferência ajustada. pronunciadas pelo juiz, quando conhecer II ‑ no de erro, dolo, fraude contra credo‑
``V. arts. 184; e 1.419 a 1.510 deste Código. do negócio jurídico ou dos seus efeitos e res, estado de perigo ou lesão, do dia em
as encontrar provadas, não lhe sendo per‑ que se realizou o negócio jurídico;
CAPÍTULO V mitido supri‑las, ainda que a requerimento ``V.
arts. 138 a 150; 156 a 165; e 167, § 1º, deste
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO das partes. Código.
JURÍDICO ``V. art. 177 deste Código. III ‑ no de atos de incapazes, do dia em que
``V. art. 282, NCPC. cessar a incapacidade.
``V. art. 214, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quan‑ ``V. arts. 3º a 5º; 104, I; e 171, I, deste Código.
Públicos).
do:
``V. Súm. 346, STF.
Art. 179. Quando a lei dispuser que de‑
``V. arts. 104 e 2.035 deste Código. terminado ato é anulável, sem estabelecer
``V. art. 96, III, Lei 11.101/2005 (Lei de Recupe- Art. 169. O negócio jurídico nulo não é prazo para pleitear‑se a anulação, será este
ração de Empresas e Falência). suscetível de confirmação, nem convalesce de dois anos, a contar da data da conclu‑
I ‑ celebrado por pessoa absolutamente pelo decurso do tempo. são do ato.
incapaz; ``V.art. 367 deste Código. ``V.Enunciados 538 e 545 das Jornadas de Di-
``V. arts. 3º; 104, I; 105; 166, I; 1.548, I; e 1.860,des- ``V.Enunciados 536 e 537 das Jornadas de Di- reito Civil.

CC
te Código. reito Civil.
Art. 180. O menor, entre dezesseis e
II ‑ for ilícito, impossível ou indeterminável Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico dezoito anos, não pode, para eximir‑se
o seu objeto; nulo contiver os requisitos de outro, sub‑ de uma obrigação, invocar a sua idade se
``V. arts. 104, II; 106; 123; 124; e 762 deste Código. sistirá este quando o fim a que visavam as dolosamente a ocultou quando inquirido
``V. art. 17, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às partes permitir supor que o teriam querido, pela outra parte, ou se, no ato de obrigar‑se,
normas do Direito Brasileiro – LInDB, antiga se houvessem previsto a nulidade. declarou‑se maior.
LICC). ``V. Enunciado 13 das Jornadas de Direito Civil. ``V. arts. 4º, I; e 145, I, deste Código.
III ‑ o motivo determinante, comum a am‑
Art. 171. Além dos casos expressamente Art. 181. Ninguém pode reclamar o que,
bas as partes, for ilícito;
declarados na lei, é anulável o negócio por uma obrigação anulada, pagou a um
``V. arts. 104, II, e 123 deste Código. jurídico: incapaz, se não provar que reverteu em
IV ‑ não revestir a forma prescrita em lei; ``V. arts. 117; 119; 154; 177; 182 a 184; 496; 533, proveito dele a importância paga.
``V. arts. 104, III; 107; e 1.653,deste Código. II; e 1.558 deste Código. ``V. arts. 221 e 310 deste Código.
V ‑ for preterida alguma solenidade que a I ‑ por incapacidade relativa do agente;
lei considere essencial para a sua validade;
Art. 182. Anulado o negócio jurídico,
``V.
arts. 4º; 104, I; 105; 178, III; 180; e 181 deste
restituir‑se‑ão as partes ao estado em que
VI ‑ tiver por objetivo fraudar lei impera‑ Código.
antes dele se achavam, e, não sendo pos‑
tiva; II ‑ por vício resultante de erro, dolo, co‑
sível restituí‑las, serão indenizadas com o
``V. art. 1.802 deste Código. ação, estado de perigo, lesão ou fraude
equivalente.
``V. art. 9º, CLT. contra credores. ``V. arts. 927 a 954 deste Código.
``V. art. 11, Dec. 22.626/1933 (Lei da Usura). ``V. arts. 138 a 165 deste Código.
``V. Súm. 195, STJ. Art. 183. A invalidade do instrumento
VII ‑ a lei taxativamente o declarar nulo, ou
não induz a do negócio jurídico sempre
proibir‑lhe a prática, sem cominar sanção. Art. 172. O negócio anulável pode ser que este puder provar‑se por outro meio.
``V. arts. 104 a 109; 209; 489; 497; 548; 549; 762; confirmado pelas partes, salvo direito de ``V. art. 107 deste Código.
795; 798, p.u.; 808; 850; 907; 912, p.u.; 1.268, § terceiro.
2º; 1.365; 1.428; 1.475; 1.516, § 3º; 1.548, II; 1.730; ``V. arts. 151; 175; 367; 662; e 873 deste Código. Art. 184. Respeitada a intenção das par‑
1.802; 1.860; 1.900; 1.912; e 1.959 deste Código. tes, a invalidade parcial de um negócio
``V. arts. 37 e 39, Lei 6.766/1979 (Dispõe sobre
Art. 173. O ato de confirmação deve con‑ jurídico não o prejudicará na parte válida,
o parcelamento do solo urbano). ter a substância do negócio celebrado e a se esta for separável; a invalidade da obri‑
``V. art. 18, § 1º, Lei 7.357/1985 (Dispõe sobre vontade expressa de mantê‑lo. gação principal implica a das obrigações
cheque). ``V. art. 151 deste Código. acessórias, mas a destas não induz a da
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simu‑ Art. 174. É escusada a confirmação ex‑ obrigação principal.
pressa, quando o negócio já foi cumprido ``V. arts. 92 e 165, p.u., deste Código.
lado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
``V. art. 51, § 2º, CDC.
válido for na substância e na forma. em parte pelo devedor, ciente do vício que
``V. art. 96, III, Lei 11.101/2005 (Lei de Recupe- o inquinava.
ração de Empresas e Falência). ``V. art. 151 deste Código. TÍTULO II
``V. Enunciados 152, 153, 293 e 294 das Jornadas DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS
Art. 175. A confirmação expressa, ou a
de Direito Civil.
execução voluntária de negócio anulável,
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurí‑ nos termos dos arts. 172 a 174, importa a
Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que
dicos quando: não sejam negócios jurídicos, aplicam‑se,
extinção de todas as ações, ou exceções,
I ‑ aparentarem conferir ou transmitir di‑ no que couber, as disposições do Título
de que contra ele dispusesse o devedor.
reitos a pessoas diversas daquelas às quais anterior.
realmente se conferem, ou transmitem;
Art. 176. Quando a anulabilidade do ato ``V. arts. 104 a 184 deste Código.
resultar da falta de autorização de terceiro,
II ‑ contiverem declaração, confissão, con‑ será validado se este a der posteriormente. TÍTULO III
dição ou cláusula não verdadeira; ``V. art. 496 deste Código. DOS ATOS ILÍCITOS
``V. art. 121 deste Código.
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito
III ‑ os instrumentos particulares forem an‑ Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão
antes de julgada por sentença, nem se
tedatados, ou pós‑datados. voluntária, negligência ou imprudência,
pronuncia de ofício; só os interessados a
``V. art. 409, NCPC. violar direito e causar dano a outrem, ainda
podem alegar, e aproveita exclusivamente
§ 2º Ressalvam‑se os direitos de terceiros de aos que a alegarem, salvo o caso de solida‑ que exclusivamente moral, comete ato
boa‑fé em face dos contraentes do negócio riedade ou indivisibilidade. ilícito.
jurídico simulado. ``V. arts. 87; 88; 168; 171; e 257 a 285 deste Código. ``V. art. 5º, V e X, CF.
``V. arts. 12; 43; 398; 475; e 927 a 954 deste Código.
Art. 168. As nulidades dos artigos ante‑ Art. 178. É de quatro anos o prazo de ``V. art. 243, caput, IX; e §§ 1º a 3º, CE.
cedentes podem ser alegadas por qualquer decadência para pleitear‑se a anulação do ``V. arts. 81, 143, 161, 302 e 533, NCPC.
interessado, ou pelo Ministério Público, negócio jurídico, contado: ``V. Súmulas 28; 492; e 562, STF.
quando lhe couber intervir. ``V. arts. 207 a 211 deste Código. ``V. Súmulas 37; 43; 221; 227; 281; 388; e 403, STJ.
``V. art. 1.549 deste Código. I ‑ no caso de coação, do dia em que ela ``V. Enunciados 159, 411, 550 e 551 das Jornadas
``V. Enunciado 294 das Jornadas de Direito Civil. cessar; de Direito Civil.

95
Art. 187 CÓDIGO CIVIL

Art. 187. Também comete ato ilícito o titu‑ que derem causa à prescrição, ou não a ``V. arts. 240 e 802, NCPC.
alegarem oportunamente. ``V. art. 174, p.u., CTN.
lar de um direito que, ao exercê‑lo, excede
``V. arts. 4º; 40 a 44; 197 a 199; e 208 deste Código. ``V. Dec. 20.910/1932 (Regula a prescrição
manifestamente os limites impostos pelo
quinquenal).
seu fim econômico ou social, pela boa‑fé Art. 196. A prescrição iniciada contra ``V. Dec.‑Lei 4.597/1942 (Dispõe sobre a pres-
ou pelos bons costumes. uma pessoa continua a correr contra o seu crição das ações contra a Fazenda Pública).
``V.arts. 927 a 954; e 1.277 deste Código. sucessor. ``V. arts. 6º, caput; e 157, Lei 11.101/2005 (Lei de
``V.Enunciados 37, 412, 413, 414, 508 e 539 das
Recuperação de Empresas e Falência).
Jornadas de Direito Civil. SEÇÃO II ``V. art. 901, Dec. 3.000/1999 (Regulamenta a
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU tributação, fiscalização, arrecadação e adminis-
``V. arts. 23 a 25 deste Código. SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO tração do Imposto sobre a Renda e Proventos
I ‑ os praticados em legítima defesa ou no de Qualquer Natureza).
``V. arts. 207 e 1.244 deste Código. ``V. Súm. 154, STF.
exercício regular de um direito reconhe‑
``V. Súm. 248, TFR.
cido; Art. 197. Não corre a prescrição:
``V. Enunciados 416 e 417 das Jornadas de Di-
``V. art. 930, p.u., deste Código. ``V. art. 4º, Dec. 20.910/1932 (Regula a prescrição
quinquenal). reito Civil.
II ‑ a deterioração ou destruição da coisa
``V. art. 157, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação I ‑ por despacho do juiz, mesmo incompe‑
alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remo‑
de Empresas e Falência). tente, que ordenar a citação, se o interes‑
ver perigo iminente. ``V. Enunciado 296 das Jornadas de Direito Civil. sado a promover no prazo e na forma da
``V. arts. 929 e 930 deste Código. I ‑ entre os cônjuges, na constância da so‑ lei processual;
Parágrafo único. No caso do inciso II, ciedade conjugal; ``V. arts. 240 e 802, NCPC.
o ato será legítimo somente quando as II ‑ entre ascendentes e descendentes, du‑ ``V. Súm. 78, TFR.
circunstâncias o tornarem absolutamente rante o poder familiar; II ‑ por protesto, nas condições do inciso
necessário, não excedendo os limites do ``V. antecedente;
arts. 1.630 a 1.638 deste Código.
indispensável para a remoção do perigo.
III ‑ entre tutelados ou curatelados e seus ``V. arts. 723 e 729, NCPC.
``V. art. 23, p.u., CP.
tutores ou curadores, durante a tutela ou III ‑ por protesto cambial;
curatela. ``V. Súm. 153, STF.
TÍTULO IV
``V. arts. 1.728 a 1.783 deste Código. IV ‑ pela apresentação do título de crédito
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA
Art. 198. Também não corre a prescrição: em juízo de inventário ou em concurso de
``V. art. 157, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação credores;
CAPÍTULO I de Empresas e Falência). ``V. art. 908, NCPC.
DA PRESCRIÇÃO ``V. Enunciado 156 das Jornadas de Direito Civil. V ‑ por qualquer ato judicial que constitua
I ‑ contra os incapazes de que trata o art. em mora o devedor;
``V. arts. 1.601 e 1.606 deste Código. 3º; ``V. art. 397, p.u., deste Código.
``V. art. 208 deste Código. ``V. arts. 59, 240 e 802, NCPC.
SEÇÃO I
``V. art. 440, CLT. VI ‑ por qualquer ato inequívoco, ainda
DISPOSIÇÕES GERAIS
II ‑ contra os ausentes do país em serviço que extrajudicial, que importe reconheci‑
``V. Súm. 150, STF. público da União, dos Estados ou dos Mu‑ mento do direito pelo devedor.
nicípios; ``V. Súm. 154, STF.
Art. 189. Violado o direito, nasce para
o titular a pretensão, a qual se extingue, III ‑ contra os que se acharem servindo nas Parágrafo único. A prescrição interrompi‑
pela prescrição, nos prazos a que aludem Forças Armadas, em tempo de guerra. da recomeça a correr da data do ato que a
``V. Lei 19/1947 (Releva de prescrição as ações que interrompeu, ou do último ato do processo
os arts. 205 e 206.
``V. arts. 882 e 2.028 deste Código. deveriam ter sido propostas durante a guerra para a interromper.
``V. art. 487, NCPC.
por brasileiros nela empenhados). ``V. art. 132 deste Código.
``V. art. 82, § 1º, Lei 11.101/2005 (Lei de Recu- Art. 199. Não corre igualmente a pres‑ ``V. Súm. 383, STF.
peração de Empresas e Falência). crição:
``V. Enunciado 14 das Jornadas de Direito Civil.
Art. 203. A prescrição pode ser interrom‑
``V. art. 157, Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação
pida por qualquer interessado.
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo de Empresas e Falência).
prazo em que a pretensão. I ‑ pendendo condição suspensiva; Art. 204. A interrupção da prescrição
``Sem correspondência no CC/1916 ``V. arts. 125 e 126 deste Código. por um credor não aproveita aos outros;
``V. arts. 146, 335 a 337, 340 a 343, NCPC. ``V. arts. 6º, caput; 82, § 1º; e 157, Lei 11.101/2005 semelhantemente, a interrupção operada
``V. Enunciado 415 das Jornadas de Direito Civil. (Lei de Recuperação de Empresas e Falências). contra o codevedor, ou seu herdeiro, não
II ‑ não estando vencido o prazo; prejudica aos demais coobrigados.
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ``V. art. 131 deste Código. § 1º A interrupção por um dos credores
ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo
III ‑ pendendo ação de evicção. solidários aproveita aos outros; assim como
feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a
prescrição se consumar; tácita é a renúncia
``V. arts. 447 a 457 deste Código. a interrupção efetuada contra o devedor so‑
quando se presume de fatos do interessado, Art. 200. Quando a ação se originar de lidário envolve os demais e seus herdeiros.
``V. arts. 264 a 285 deste Código.
incompatíveis com a prescrição. fato que deva ser apurado no juízo criminal,
``V. art. 114 deste Código. não correrá a prescrição antes da respectiva § 2º A interrupção operada contra um dos
``V. Enunciado 295 das Jornadas de Direito Civil. sentença definitiva. herdeiros do devedor solidário não pre‑
judica os outros herdeiros ou devedores,
Art. 192. Os prazos de prescrição não Art. 201. Suspensa a prescrição em favor senão quando se trate de obrigações e
podem ser alterados por acordo das partes. de um dos credores solidários, só aprovei‑
direitos indivisíveis.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada tam os outros se a obrigação for indivisível. ``V. arts. 87; 88; e 257 a 263 deste Código.
``V. arts. 257 a 264 a 267 e 274 deste Código.
em qualquer grau de jurisdição, pela parte § 3º A interrupção produzida contra o prin‑
a quem aproveita. SEÇÃO III cipal devedor prejudica o fiador.
``V. arts. 59, 240, 302, 802, 487 e 535, NCPC. ``V. arts. 264 a 285 deste Código.
``V. art. 96, II, Lei 11.101/2005 (Lei de Recupe-
DAS CAUSAS QUE
ração de Empresas e Falência). INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
``V. Súm. 150, STF.
SEÇÃO IV
``V. arts. 207 e 1.244 deste Código. DOS PRAZOS DA PRESCRIÇÃO
Art. 194. (Revogado pela Lei 11.280/2006.) ``V. art. 174, p.u., CTN.

Art. 195. Os relativamente incapazes e Art. 202. A interrupção da prescrição, que Art. 205. A prescrição ocorre em dez
as pessoas jurídicas têm ação contra os somente poderá ocorrer uma vez, dar‑se‑á: anos, quando a lei não lhe haja fixado
seus assistentes ou representantes legais, ``V. art. 203 deste Código. prazo menor.

96
CÓDIGO CIVIL Art. 206
``V. arts. 189 e 1.601 deste Código. IV ‑ a pretensão de ressarcimento de enri‑ I ‑ a pretensão de cobrança de dívidas lí‑
``V. art. 26, CDC. quecimento sem causa; quidas constantes de instrumento público
``V. arts. 149; 440; e 916, CLT.
``V. arts. 884 a 886 deste Código. ou particular;
``V. art. 12, Lei 6.453/1977 (Dispõe sobre a
responsabilidade civil por danos nucleares e
V ‑ a pretensão de reparação civil; II ‑ a pretensão dos profissionais liberais
a responsabilidade criminal por atos relacio- ``V. arts. 927 a 954 deste Código. em geral, procuradores judiciais, curado‑
nados com atividades nucleares). ``V. art. 27, CDC. res e professores pelos seus honorários,
``V. Súmulas 149 a 152; 443; 445; e 494, STF. ``V. art. 1º‑C, Lei 9.494/1997 (Disciplina a apli- contado o prazo da conclusão dos servi‑
``V. Súmulas 39; 85; 106; 119; 142; 143; e 412, STJ. cação da tutela antecipada contra a Fazenda ços, da cessação dos respectivos contratos
``V. Súmulas 107; 108; e 219, TFR. Pública). ou mandato.
``V. Enunciados 419 e 420 das Jornadas de Di-
Art. 206. Prescreve: reito Civil.
``V. art. 25, Lei 8.906/1994 (EAOAB).
``V. art. 189 deste Código. III ‑ a pretensão do vencedor para haver
VI ‑ a pretensão de restituição dos lucros
``V. Enunciado 418 das Jornadas de Direito Civil. do vencido o que despendeu em juízo.
ou dividendos recebidos de má‑fé, corren‑
§ 1º Em um ano: do o prazo da data em que foi deliberada
``V. art. 36, p.u., Lei 5.764/1971 (Define a Política
a distribuição; CAPÍTULO II
Nacional de Cooperativismo e institui o regime DA DECADÊNCIA
VII ‑ a pretensão contra as pessoas em se‑

CC
jurídico das sociedades cooperativas).
``V. Lei 12.690/2012 (Dispõe sobre a organi- guida indicadas por violação da lei ou do ``V.arts. 45, p.u.; 48, p.u.; 119, p.u.; 178; 179;
zação e o funcionamento das Cooperativas estatuto, contado o prazo: 445; 446; 501; 504; 505; 513; 516; 550; 554; 559;
de Trabalho.) a) para os fundadores, da publicação dos 618, p.u.; 745; 1.078, § 4º; 1.109, p.u.; 1.122;
I ‑ a pretensão dos hospedeiros ou forne‑ 1.423; 1.555; 1.560; 1.649; 1.795; 1.815, p.u.;
atos constitutivos da sociedade anônima; 1.859; 1.909, p.u.; 1.965, p.u.; e 2.027, p.u., deste
cedores de víveres destinados a consumo ``V.arts. 1.088 e 1.089 deste Código. Código.
no próprio estabelecimento, para o paga‑ ``V.Lei 6.404/1976 (Dispõe sobre as sociedades
mento da hospedagem ou dos alimentos; por ações). Art. 207. Salvo disposição legal em contrá‑
II ‑ a pretensão do segurado contra o se‑ b) para os administradores, ou fiscais, da rio, não se aplicam à decadência as normas
gurador, ou a deste contra aquele, conta‑ apresentação, aos sócios, do balanço refe‑ que impedem, suspendem ou interrompem
do o prazo: rente ao exercício em que a violação tenha a prescrição.
``V. arts. 197 a 204 deste Código.
``V. Súm. 101, STJ. sido praticada, ou da reunião ou assembleia
``V. art. 26, CDC.
a) para o segurado, no caso de seguro de geral que dela deva tomar conhecimento;
responsabilidade civil, da data em que é ``V.arts. 1.010 a 1.021; e 1.060 a 1.070 deste Art. 208. Aplica‑se à decadência o dis‑
citado para responder à ação de indeni‑ Código. posto nos arts. 195 e 198, inciso I.
zação proposta pelo terceiro prejudicado, c) para os liquidantes, da primeira assem‑ Art. 209. É nula a renúncia à decadência
ou da data que a este indeniza, com a anu‑ bleia semestral posterior à violação. fixada em lei.
ência do segurador; ``V. arts. 1.038, § 2º; e 1.102 a 1.112 deste Código. ``V. arts. 114 e 191 deste Código.
b) quanto aos demais seguros, da ciência VIII ‑ a pretensão para haver o pagamen‑ Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhe‑
do fato gerador da pretensão. to de título de crédito, a contar do venci‑ cer da decadência, quando estabelecida
``V. art. 757 e ss. deste Código. mento, ressalvadas as disposições de lei por lei.
``V. Súmulas 101; 229; e 278, STJ. especial; ``V. arts. 59, 240, 330 e 332, 487, 802, NCPC.
III ‑ a pretensão dos tabeliães, auxiliares ``V. arts. 887 a 926 deste Código.
da justiça, serventuários judiciais, árbitros Art. 211. Se a decadência for convencio‑
IX ‑ a pretensão do beneficiário contra o nal, a parte a quem aproveita pode alegá‑la
e peritos, pela percepção de emolumen‑ segurador, e a do terceiro prejudicado, no
tos, custas e honorários; em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz
caso de seguro de responsabilidade civil não pode suprir a alegação.
IV ‑ a pretensão contra os peritos, pela obrigatório.
avaliação dos bens que entraram para a ``V. arts. 757 a 802 deste Código.
formação do capital de sociedade anôni‑ TÍTULO V
``V. Lei 6.194/1974 (Dispõe sobre seguro obriga-
ma, contado da publicação da ata da as‑ DA PROVA
tório de danos pessoais causados por veículos
sembleia que aprovar o laudo; automotores de via terrestre, ou por sua carga,
a pessoas transportadas ou não). Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe
V ‑ a pretensão dos credores não pagos
``V. Súm. 405, STJ. forma especial, o fato jurídico pode ser
contra os sócios ou acionistas e os liqui‑
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa provado mediante:
dantes, contado o prazo da publicação ``V. art. 5º, XII e LVI, CF.
da ata de encerramento da liquidação da à tutela, a contar da data da aprovação ``V. arts. 107 a 109; 183; e 221, p.u., deste Código.
sociedade. das contas. ``V.
arts. 369, NCPC.
``V. arts. 1.728 a 1.766 deste Código.
``V. arts. 1.102 a 1.112 deste Código. ``V.
Enunciados 157, 297 e 298 das Jornadas de
``V. art. 43, Lei 5.764/1971 (Define a Política
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver Direito Civil.
Nacional de Cooperativismo e institui o regime
prestações alimentares, a partir da data em I ‑ confissão;
jurídico das sociedades cooperativas).
que se vencerem. ``V. Lei 12.690/2012 (Dispõe sobre a organi-
``V. arts. 213 e 214 deste Código.
``V. arts. 948, II; e 1.694 a 1.710, deste Código. ``V. arts. 389 a 395, NCPC.
zação e o funcionamento das Cooperativas
``V. art. 119, CLT. de Trabalho.) II ‑ documento;
``V. art. 975, NCPC. ``V.
§ 5º Em cinco anos: arts. 107 a 109; e 215 a 226 deste Código.
``V. art. 169, CTN. ``V.
``V. art. 5º, XXIX, CF. arts. 405 a 438, NCPC.
``V. art. 23, Lei 5.478/1968 (Dispõe sobre a ação ``V. Lei 7.115/1983 (Dispõe sobre prova docu-
``V. art. 27, CDC.
de alimentos). mental nos casos que indica).
``V. art. 11, CLT.
§ 3º Em três anos: ``V. art. 168, CTN.
``V. Lei 7.116/1983 (Assegura validade nacional às

I ‑ a pretensão relativa a aluguéis de pré‑ ``V. art. 12, Lei 1.060/1950 (Lei de Assistência
carteiras de identidade e regula sua expedição).
dios urbanos ou rústicos; ``V. arts. 23 e 24, Lei 8.159/1991 (Dispõe so-
Judiciária).
``V. ``V. art. 6º, Lei 7.542/1986 (Dispõe sobre a pesqui-
bre a política nacional de arquivos públicos
arts. 565 a 578 deste Código.
e privados).
``V. Lei 8.245/1991 (Lei das Locações). sa, exploração, remoção e demolição das coisas
``V. Dec. 4.553/2002 (Dispõe sobre a salvaguarda
II ‑ a pretensão para receber prestações ou bens afundados, submersos, encalhados e
perdidos em aguas sob jurisdição nacional, de dados, informações, documentos e materiais
vencidas de rendas temporárias ou vita‑ sigilosos de interesse da segurança da sociedade
em terreno de marinha e seus acrescidos em
lícias; e do Estado).
terrenos marginais, em decorrência de sinistro,
III ‑ a pretensão para haver juros, dividen‑ alojamento ou fortuna do mar). III ‑ testemunha;
dos ou quaisquer prestações acessórias, ``V. arts. 103 e 104, Lei 8.213/1991 (Dispõe sobre ``V. arts. 227 a 230 deste Código.
pagáveis, em períodos não maiores de um os Planos de Benefícios da Previdência Social). ``V. arts. 357, 442 a 448 e 450 a 463, NCPC.
ano, com capitalização ou sem ela; ``V. Súm. 264, STF. IV ‑ presunção;

97
Art. 213 CÓDIGO CIVIL
``V. art. 230 deste Código. do ato pelo menos duas testemunhas que ``V. arts. 183 e 212 deste Código.
``V. art. 375, NCPC. o conheçam e atestem sua identidade. ``V. art. 408, NCPC.
V ‑ perícia. Art. 222. O telegrama, quando lhe for
Art. 216. Farão a mesma prova que os
``V. arts. 231 e 232 deste Código.
originais as certidões textuais de qualquer contestada a autenticidade, faz prova me‑
``V. arts. 81, 464 a 480, 809, NCPC.
peça judicial, do protocolo das audiências, diante conferência com o original assinado.
Art. 213. Não tem eficácia a confissão ou de outro qualquer livro a cargo do es‑ ``V. arts. 413 e 414, NCPC.
se provém de quem não é capaz de dis‑ ``V. arts. 289, § 1º; 356; 660, § 6º; e 665, CPP.
crivão, sendo extraídas por ele, ou sob a
por do direito a que se referem os fatos sua vigilância, e por ele subscritas, assim Art. 223. A cópia fotográfica de documen‑
confessados. como os traslados de autos, quando por to, conferida por tabelião de notas, valerá
``V. art. 392, NCPC. outro escrivão consertados. como prova de declaração da vontade, mas,
Parágrafo único. Se feita a confissão por ``V. art. 425, NCPC. impugnada sua autenticidade, deverá ser
um representante, somente é eficaz nos Art. 217. Terão a mesma força probante os exibido o original.
limites em que este pode vincular o re‑ traslados e as certidões, extraídos por tabe‑ ``V.arts. 423 e 424, NCPC.
presentado. lião ou oficial de registro, de instrumentos
``V.art. 2º, Dec.‑Lei 2.148/1940 (Dispõe sobre
``V. arts. 115 a 120 deste Código. certidões de tempo de serviço).
ou documentos lançados em suas notas.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas ``V. art. 830, CLT. Parágrafo único. A prova não supre a au‑
pode ser anulada se decorreu de erro de ``V. art. 425, NCPC. sência do título de crédito, ou do original,
fato ou de coação. ``V. Lei 5.433/1968 (Regula a microfilmagem de nos casos em que a lei ou as circunstâncias
``V.
arts. 138 a 144; 151 a 155; e 171 e ss. deste documentos oficiais). condicionarem o exercício do direito à sua
Código. ``V. art. 161, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros exibição.
``V.
art. 393, NCPC. Públicos).
``V. Dec. 84.451/1980 (Dispõe sobre os atos no-
Art. 224. Os documentos redigidos em
Art. 215. A escritura pública, lavrada em tariais e de registro civil do serviço consular). língua estrangeira serão traduzidos para
notas de tabelião, é documento dotado de ``V. Lei 8.935/1994 (Dispõe sobre serviços nota-
o português para ter efeitos legais no país.
fé pública, fazendo prova plena. ``V.
arts. 162 e 192, NCPC.
riais e de registro).
``V. Enunciado 158 das Jornadas de Direito Civil. ``V.
art. 148, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
``V. Dec. 1.799/1996 (Reg u la menta a Lei
5.433/1968). Públicos).
§ 1º Salvo quando exigidos por lei outros
requisitos, a escritura pública deve conter: Art. 218. Os traslados e as certidões con‑ Art. 225. As reproduções fotográficas,
``V.
Lei 7.433/1985 (Dispõe sobre os requisitos siderar‑se‑ão instrumentos públicos, se os cinematográficas, os registros fonográficos
para a lavratura de escrituras públicas). e, em geral, quaisquer outras reproduções
originais se houverem produzido em juízo
I ‑ data e local de sua realização; como prova de algum ato. mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de
II ‑ reconhecimento da identidade e ca‑ ``V. art. 425, NCPC. coisas fazem prova plena destes, se a par‑
pacidade das partes e de quantos hajam te, contra quem forem exibidos, não lhes
comparecido ao ato, por si, como repre‑
Art. 219. As declarações constantes de impugnar a exatidão.
documentos assinados presumem‑se ver‑
sentantes, intervenientes ou testemu‑ ``V. art. 422, NCPC.
dadeiras em relação aos signatários. ``V. Enunciado 298 das Jornadas de Direito Civil.
nhas;
``V. Lei 7.115/1983 (Dispõe sobre prova docu-
III ‑ nome, nacionalidade, estado civil, pro‑ mental nos casos que indica). Art. 226. Os livros e fichas dos empre‑
fissão, domicílio e residência das partes e ``V. art. 10, Med. Prov. 2.200‑2/2001 (Instituiu sários e sociedades provam contra as
demais comparecentes, com a indicação, a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira pessoas a que pertencem, e, em seu favor,
quando necessário, do regime de bens – IPC‑Brasil). quando, escriturados sem vício extrínseco
do casamento, nome do outro cônjuge e Parágrafo único. Não tendo relação di‑ ou intrínseco, forem confirmados por ou‑
filiação; reta, porém, com as disposições princi‑ tros subsídios.
IV ‑ manifestação clara da vontade das pais ou com a legitimidade das partes, as ``V. arts. 1.191 e 1.192 deste Código.
``V. arts. 417 e 421, NCPC.
partes e dos intervenientes; declarações enunciativas não eximem os
V ‑ referência ao cumprimento das exigên‑ interessados em sua veracidade do ônus Parágrafo único. A prova resultante dos
cias legais e fiscais inerentes à legitimida‑ de prová‑las. livros e fichas não é bastante nos casos em
de do ato; ``V. art. 408, NCPC. que a lei exige escritura pública, ou escrito
VI ‑ declaração de ter sido lida na presença Art. 220. A anuência ou a autorização de particular revestido de requisitos especiais,
das partes e demais comparecentes, ou de outrem, necessária à validade de um ato, e pode ser ilidida pela comprovação da
que todos a leram; provar‑se‑á do mesmo modo que este, e falsidade ou inexatidão dos lançamentos.
``V. art. 215 deste Código.
VII ‑ assinatura das partes e dos demais constará, sempre que se possa, do próprio
comparecentes, bem como a do tabelião instrumento. Art. 227. (Revogado pela Lei 13.105/2015.)
``V. art. 1.537 deste Código. Parágrafo único. Qualquer que seja o valor
ou seu substituto legal, encerrando o ato.
``V.
Lei 7.433/1985 (Dispõe sobre os requisitos Art. 221. O instrumento particular, feito e do negócio jurídico, a prova testemunhal
para a lavratura de escrituras públicas). assinado, ou somente assinado por quem é admissível como subsidiária ou comple‑
§ 2º Se algum comparecente não puder ou esteja na livre disposição e administração mentar da prova por escrito.
``V. arts. 444 e 445, NCPC.
não souber escrever, outra pessoa capaz de seus bens, prova as obrigações con‑
assinará por ele, a seu rogo. vencionais de qualquer valor; mas os seus Art. 228. Não podem ser admitidos como
§ 3º A escritura será redigida na língua efeitos, bem como os da cessão, não se testemunhas:
nacional. operam, a respeito de terceiros, antes de ``V. art. 3º, I e II, deste Código.
``V.
art. 148, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros registrado no registro público. ``V. art. 206, CPP.
Públicos). ``V. arts. 288; 289; e 463, p.u., deste Código. ``V. art. 829, CLT.
``V. arts. 408 e 412, NCPC. ``V. art. 42, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
§ 4º Se qualquer dos comparecentes não
``V. art. 2º, caput e § 1º, Lei 492/1937 (Regula o Públicos).
souber a língua nacional e o tabelião não
penhor rural e a cédula pignoratícia). I ‑ os menores de dezesseis anos;
entender o idioma em que se expressa, ``V. arts. 127, I; 129‑9; 156; e 161, Lei 6.015/1973
deverá comparecer tradutor público para II e III - (Revogados pela Lei 13.146/2015.)
(Lei de Registros Públicos).
servir de intérprete, ou, não o havendo ``V. art. 31, Lei 6.766/1979 (Dispõe sobre o par-
IV ‑ o interessado no litígio, o amigo ínti‑
na localidade, outra pessoa capaz que, celamento do solo urbano). mo ou o inimigo capital das partes;
a juízo do tabelião, tenha idoneidade e ``V. Dec. 83.936/1979 (Simplifica exigências de V ‑ os cônjuges, os ascendentes, os des‑
conhecimento bastantes. documentos). cendentes e os colaterais, até o terceiro
§ 5º Se algum dos comparecentes não for Parágrafo único. A prova do instrumento grau de alguma das partes, por consan‑
conhecido do tabelião, nem puder identi‑ particular pode suprir‑se pelas outras de guinidade, ou afinidade.
ficar‑se por documento, deverão participar caráter legal. ``V. art. 1.525, III, deste Código.

98
CÓDIGO CIVIL Art. 229
``V.art. 42, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros aumento no preço; se o credor não anuir, a prestação a ele só imposta, ou só por
Públicos). poderá o devedor resolver a obrigação. ele exequível.
§ 1º Para a prova de fatos que só elas co‑ ``V. arts. 96; 97; 1.267, p.u.; e 1.268 deste Código. ``V. arts. 85; e 402 a 405 deste Código.
nhecam, pode o juiz admitir o depoimento Parágrafo único. Os frutos percebidos ``V. arts. 497, a 499, 500, 536, 537, 538, 814 a
das pessoas a que se refere este artigo. são do devedor, cabendo ao credor os 821, NCPC.
``V. art. 213, Lei 8.069/1990 (ECA).
(Renumerado de p.u. pela Lei 13.146/2015.) pendentes.
``V. art. 52, V e VI, Lei 9.099/1995 (Lei dos Jui-
§ 2º A pessoa com deficiência poderá tes‑ ``V. arts. 1.214 e 1.215 deste Código.
zados Especiais).
temunhar em igualdade de condições com Art. 238. Se a obrigação for de restituir
as demais pessoas, sendo-lhe assegurados Art. 248. Se a prestação do fato tornar‑se
coisa certa, e esta, sem culpa do devedor,
todos os recursos de tecnologia assistiva. impossível sem culpa do devedor, resol‑
se perder antes da tradição, sofrerá o credor
(Acrescentado pela Lei 13.146/2015.) ver‑se‑á a obrigação; se por culpa dele,
a perda, e a obrigação se resolverá, ressal‑
responderá por perdas e danos.
Art. 229. (Revogado pela Lei 13.105/2015.) vados os seus direitos até o dia da perda. ``V. arts. 234; 239; 250; 256; 389; e 402 a 405
``V. arts. 241; 1.267; e 1.268 deste Código.
Art. 230. (Revogado pela Lei 13.105/2015.) deste Código.
Art. 231. Aquele que se nega a subme‑ Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do Art. 249. Se o fato puder ser executado
devedor, responderá este pelo equivalente, por terceiro, será livre ao credor mandá‑lo
ter‑se a exame médico necessário não

CC
mais perdas e danos. executar à custa do devedor, havendo
poderá aproveitar‑se de sua recusa. ``V.arts. 234, 2ª parte; 240; 248; 250; 256; 389;
Art. 232. A recusa à perícia médica orde‑ e 402 a 405 deste Código.
recusa ou mora deste, sem prejuízo da
nada pelo juiz poderá suprir a prova que se indenização cabível.
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar ``V. arts. 389; e 394 a 405 deste Código.
pretendia obter com o exame. sem culpa do devedor, recebê‑la‑á o credor, Parágrafo único. Em caso de urgência,
tal qual se ache, sem direito a indenização; pode o credor, independentemente de
PARTE ESPECIAL se por culpa do devedor, observar‑se‑á o
LIVRO I autorização judicial, executar ou mandar
disposto no art. 239. executar o fato, sendo depois ressarcido.
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES ``V. arts. 235 e 236 deste Código.
``V. Enunciado 15 das Jornadas de Direito Civil.
``V.art. 9º, Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às CAPÍTULO III
normas do Direito Brasileiro – LInDB, antiga Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER
LICC). melhoramento ou acréscimo à coisa, sem
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o Art. 250. Extingue‑se a obrigação de não
TÍTULO I credor, desobrigado de indenização. fazer, desde que, sem culpa do devedor, se
DAS MODALIDADES DAS
Art. 242. Se para o melhoramento, ou lhe torne impossível abster‑se do ato, que
OBRIGAÇÕES se obrigou a não praticar.
aumento, empregou o devedor trabalho ou
dispêndio, o caso se regulará pelas normas ``V. art. 248 deste Código.
``V. arts. 822 e 823, NCPC.
CAPÍTULO I deste Código atinentes às benfeitorias reali‑
``V. art. 52, V, Lei 9.099/1995 (Lei dos Juizados
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR zadas pelo possuidor de boa‑fé ou de má‑fé.
``V. arts. 1.219 a 1.222 deste Código. Especiais).

Parágrafo único. Quanto aos frutos perce‑ Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a
SEÇÃO I bidos, observar‑se‑á, do mesmo modo, o cuja abstenção se obrigara, o credor pode
DAS OBRIGAÇÕES DE disposto neste Código, acerca do possuidor exigir dele que o desfaça, sob pena de se
DAR COISA CERTA de boa‑fé ou de má‑fé. desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado
``V.
arts. 1.214 a 1.216; e 1.254 a 1.259 deste perdas e danos.
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa Código. ``V. arts. 389; 394; e 402 a 405 deste Código.
abrange os acessórios dela embora não Parágrafo único. Em caso de urgência,
mencionados, salvo se o contrário resultar SEÇÃO II poderá o credor desfazer ou mandar des‑
do título ou das circunstâncias do caso. DAS OBRIGAÇÕES DE fazer, independentemente de autorização
``V. arts. 92 a 97; e 356 deste Código. DAR COISA INCERTA judicial, sem prejuízo do ressarcimento
``V. art. 35, I, CDC. devido.
``V. arts. 498, 538 e 806 a 810, NCPC. Art. 243. A coisa incerta será indicada,
Art. 234. Se, no caso do artigo anteceden‑ ao menos, pelo gênero e pela quantidade. CAPÍTULO IV
``V. arts. 811 a 813, NCPC.
te, a coisa se perder, sem culpa do devedor, DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
``V. Enunciado 160 das Jornadas de Direito Civil.
antes da tradição, ou pendente a condição
suspensiva, fica resolvida a obrigação para Art. 244. Nas coisas determinadas pe‑ Art. 252. Nas obrigações alternativas, a
ambas as partes; se a perda resultar de lo gênero e pela quantidade, a escolha escolha cabe ao devedor, se outra coisa
culpa do devedor, responderá este pelo pertence ao devedor, se o contrário não não se estipulou.
equivalente e mais perdas e danos. resultar do título da obrigação; mas não ``V. arts. 342; 1.932; e 1.933 deste Código.
``V.arts. 125; 239; 248; 250; 256; 389; 402 a 405; poderá dar a coisa pior, nem será obrigado ``V. art. 800, NCPC.
444; 458; 492; 509; 611; 1.267; e 1.268 deste a prestar a melhor. § 1º Não pode o devedor obrigar o credor
Código. ``V. arts. 342; 1.929; e 1.931 deste Código. a receber parte em uma prestação e parte
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o Art. 245. Cientificado da escolha o credor, em outra.
devedor culpado, poderá o credor resolver vigorará o disposto na Seção antecedente. ``V. art. 314 deste Código.
a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de ``V. arts. 233 a 242 deste Código. § 2º Quando a obrigação for de prestações
seu preço o valor que perdeu. periódicas, a faculdade de opção poderá
``V. art. 240 deste Código.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá
o devedor alegar perda ou deterioração ser exercida em cada período.
Art. 236. Sendo culpado o devedor, pode‑ da coisa, ainda que por força maior ou § 3º No caso de pluralidade de optantes,
rá o credor exigir o equivalente, ou aceitar caso fortuito. não havendo acordo unânime entre eles,
a coisa no estado em que se acha, com ``V. arts. 393, p.u., e 492 deste Código. decidirá o juiz, findo o prazo por este as‑
direito a reclamar, em um ou em outro caso, sinado para a deliberação.
indenização das perdas e danos. CAPÍTULO II § 4º Se o título deferir a opção a terceiro,
``V. arts. 239; 240; 389; e 402 a 405 deste Código.
DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER e este não quiser, ou não puder exercê‑la,
Art. 237. Até a tradição pertence ao de‑ caberá ao juiz a escolha se não houver
vedor a coisa, com os seus melhoramentos Art. 247. Incorre na obrigação de indeni‑ acordo entre as partes.
e acrescidos, pelos quais poderá exigir zar perdas e danos o devedor que recusar ``V. art. 1.930 deste Código.

99
Art. 253 CÓDIGO CIVIL

Art. 253. Se uma das duas prestações ``V. arts. 272 e 385 a 388 deste Código. Art. 272. O credor que tiver remitido a
não puder ser objeto de obrigação ou se Parágrafo único. O mesmo critério se dívida ou recebido o pagamento respon‑
tornada inexequível, subsistirá o débito observará no caso de transação, novação, derá aos outros pela parte que lhes caiba.
quanto à outra. compensação ou confusão. ``V. arts. 261; 262; 277; e 385 a 388 deste Código.
``V. art. 1.940 deste Código. ``V. arts. 360 a 384; e 840 a 850 deste Código. Art. 273. A um dos credores solidários não
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não Art. 263. Perde a qualidade de indivisível pode o devedor opor as exceções pessoais
se puder cumprir nenhuma das prestações, a obrigação que se resolver em perdas oponíveis aos outros.
não competindo ao credor a escolha, ficará e danos. Art. 274. O julgamento contrário a um dos
aquele obrigado a pagar o valor da que por ``V. arts. 402 a 405 deste Código. credores solidários não atinge os demais,
último se impossibilitou, mais as perdas e ``V. Enunciado 540 das Jornadas de Direito Civil.
mas o julgamento favorável aproveita-lhes,
danos que o caso determinar. § 1º Se, para efeito do disposto neste ar‑
``V. arts. 389; e 402 a 405 deste Código.
sem prejuízo de exceção pessoal que o
tigo, houver culpa de todos os devedores, devedor tenha direito de invocar em re‑
Art. 255. Quando a escolha couber ao responderão todos por partes iguais. lação a qualquer deles. (Alterado pela Lei
credor e uma das prestações tornar‑se im‑ § 2º Se for de um só a culpa, ficarão exo‑ 13.105/2015.)
possível por culpa do devedor, o credor terá
nerados os outros, respondendo só esse
direito de exigir a prestação subsistente ou SEÇÃO III
pelas perdas e danos.
o valor da outra, com perdas e danos; se, ``V. DA SOLIDARIEDADE PASSIVA
arts. 402 a 405 deste Código.
por culpa do devedor, ambas as prestações
se tornarem inexequíveis, poderá o credor ``V. arts. 7º, p.u.; 18; 19; 25, §§ 1º e 2º; 28, § 3º;
reclamar o valor de qualquer das duas, além CAPÍTULO VI e 34, CDC.
da indenização por perdas e danos. DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS ``V. arts. 130 e 1.005, NCPC.
``V. arts. 124 e 125, CTN.
``V. arts. 342; 389; e 402 a 405 deste Código.
Art. 256. Se todas as prestações se tor‑ SEÇÃO I Art. 275. O credor tem direito a exigir e
narem impossíveis sem culpa do devedor, DISPOSIÇÕES GERAIS receber de um ou de alguns dos devedores,
extinguir‑se‑á a obrigação. parcial ou totalmente, a dívida comum; se
``V. arts. 234; 239; 248; 250; e 393 deste Código. Art. 264. Há solidariedade, quando na o pagamento tiver sido parcial, todos os
mesma obrigação concorre mais de um demais devedores continuam obrigados
CAPÍTULO V credor, ou mais de um devedor, cada um solidariamente pelo resto.
``V. art. 333, p.u., deste Código.
DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS com direito, ou obrigado, à dívida toda.
``V. arts. 130 e 1.005, NCPC.
E INDIVISÍVEIS ``V. arts. 257; 258; e 942 deste Código.
``V. Súm. 26, STJ.
``V. arts. 130 e 1.005, NCPC.
``V. arts. 87 e 88 deste Código. ``V. Enunciado 348 das Jornadas de Direito Civil.
Art. 265. A solidariedade não se presume;
Art. 257. Havendo mais de um devedor Parágrafo único. Não importará renúncia
resulta da lei ou da vontade das partes. da solidariedade a propositura de ação pelo
ou mais de um credor em obrigação divi‑
``V. arts. 7º, p.u.; 18, caput; 19, caput; 25, §§ 1º e
sível, esta presume‑se dividida em tantas credor contra um ou alguns dos devedores.
2º; 28, § 3º; e 34, CDC.
obrigações, iguais e distintas, quantos os ``V. art. 114 deste Código.
``V. arts. 257 e 942 deste Código.
credores ou devedores. ``V. arts. 124 e 125, CTN. Art. 276. Se um dos devedores solidários
``V. arts. 87; 88; 105; e 265 deste Código.
``V. Súm. 26, STJ. falecer deixando herdeiros, nenhum destes
Art. 258. A obrigação é indivisível quando Art. 266. A obrigação solidária pode ser será obrigado a pagar senão a quota que
a prestação tem por objeto uma coisa ou corresponder ao seu quinhão hereditário,
pura e simples para um dos cocredores ou
um fato não suscetíveis de divisão, por sua salvo se a obrigação for indivisível; mas
codevedores, e condicional, ou a prazo, ou
natureza, por motivo de ordem econômica, todos reunidos serão considerados como
ou dada a razão determinante do negócio pagável em lugar diferente, para o outro.
``V.
um devedor solidário em relação aos de‑
arts. 121 a 135 deste Código.
jurídico. mais devedores.
``V. Enunciado 347 das Jornadas de Direito Civil.
``V. art. 414 deste Código. ``V.arts. 87; 88; 257 a 263; 1.792; 1.891; e 1.997
Art. 259. Se, havendo dois ou mais deve‑ deste Código.
SEÇÃO II
dores, a prestação não for divisível, cada um DA SOLIDARIEDADE ATIVA Art. 277. O pagamento parcial feito por
será obrigado pela dívida toda. um dos devedores e a remissão por ele ob‑
``V. arts. 264; e 275 a 285 deste Código. ``V. arts. 201 e 260 deste Código. tida não aproveitam aos outros devedores,
Parágrafo único. O devedor, que paga a Art. 267. Cada um dos credores solidários senão até à concorrência da quantia paga
dívida, sub‑roga‑se no direito do credor em tem direito a exigir do devedor o cumpri‑ ou relevada.
relação aos outros coobrigados. mento da prestação por inteiro. ``V. arts. 272; 275; e 385 a 388 deste Código.
``V. art. 346, I, deste Código. ``V. ``V. art. 125, CTN.
art. 260 deste Código.
Art. 260. Se a pluralidade for dos credo‑ Art. 268. Enquanto alguns dos credores Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou
res, poderá cada um destes exigir a dívida solidários não demandarem o devedor obrigação adicional, estipulada entre um
inteira; mas o devedor ou devedores se comum, a qualquer daqueles poderá este dos devedores solidários e o credor, não
desobrigarão, pagando: pagar. poderá agravar a posição dos outros sem
``V. art. 267 deste Código. consentimento destes.
I ‑ a todos conjuntamente; Art. 269. O pagamento feito a um dos ``V. arts. 121 a 137 deste Código.
II ‑ a um, dando este caução de ratificação credores solidários extingue a dívida até
o montante do que foi pago. Art. 279. Impossibilitando‑se a prestação
dos outros credores. por culpa de um dos devedores solidários,
``V. arts. 267 a 274 deste Código. Art. 270. Se um dos credores solidários subsiste para todos o encargo de pagar o
Art. 261. Se um só dos credores receber a falecer deixando herdeiros, cada um destes equivalente; mas pelas perdas e danos só
prestação por inteiro, a cada um dos outros só terá direito a exigir e receber a quota responde o culpado.
assistirá o direito de exigir dele em dinheiro do crédito que corresponder ao seu qui‑ ``V. arts. 402 a 405 deste Código.
a parte que lhe caiba no total. nhão hereditário, salvo se a obrigação for
Art. 280. Todos os devedores respondem
``V. art. 272 deste Código. indivisível. pelos juros da mora, ainda que a ação tenha
Art. 262. Se um dos credores remitir a Art. 271. Convertendo‑se a prestação sido proposta somente contra um; mas o
dívida, a obrigação não ficará extinta para em perdas e danos, subsiste, para todos culpado responde aos outros pela obriga‑
com os outros; mas estes só a poderão exigir os efeitos, a solidariedade. ção acrescida.
descontada a quota do credor remitente. ``V. arts. 402 a 405 deste Código. ``V. arts. 394; 396; 406; e 407 deste Código.

100
CÓDIGO CIVIL Art. 281
Art. 281. O devedor demandado pode Art. 289. O cessionário de crédito hipote‑ ``V.
art. 240, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros
opor ao credor as exceções que lhe fo‑ cário tem o direito de fazer averbar a cessão Públicos).
rem pessoais e as comuns a todos; não no registro do imóvel.
lhe aproveitando as exceções pessoais a ``V.
art. 346, II, deste Código. CAPÍTULO II
outro codevedor. ``V.
art. 246, Lei 6.015/1973 (Lei de Registros DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
``V. art. 177 deste Código. Públicos).
``V. arts. 346 a 351 deste Código.
Art. 282. O credor pode renunciar à so‑ Art. 290. A cessão do crédito não tem efi‑ Art. 299. É facultado a terceiro assumir a
lidariedade em favor de um, de alguns ou cácia em relação ao devedor, senão quando
obrigação do devedor, com o consentimen‑
de todos os devedores. a este notificada; mas por notificado se tem to expresso do credor, ficando exonerado
``V.arts. 284 e 388 deste Código. o devedor que, em escrito público ou par‑ o devedor primitivo, salvo se aquele, ao
``V.Enunciados 348, 349 e 351 das Jornadas de ticular, se declarou ciente da cessão feita. tempo da assunção, era insolvente e o
Direito Civil. ``V.arts. 312; 347; 348; e 377 deste Código.
credor o ignorava.
``V.art. 35, Lei 9.514/1997 (Dispõe sobre o sis-
Parágrafo único. Se o credor exonerar ``V. Enunciado 16 das Jornadas de Direito Civil.
tema de financiamento imobiliário e institui a
da solidariedade um ou mais devedores, Parágrafo único. Qualquer das partes po‑
alienação fiduciária de coisa imóvel).
subsistirá a dos demais. de assinar prazo ao credor para que consin‑
Art. 291. Ocorrendo várias cessões do

CC
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida mesmo crédito, prevalece a que se com‑
ta na assunção da dívida, interpretando‑se
por inteiro tem direito a exigir de cada um o seu silêncio como recusa.
pletar com a tradição do título do crédito ``V. art. 111 deste Código.
dos codevedores a sua quota, dividindo‑se
cedido.
igualmente por todos a do insolvente, se o ``V.arts. 347 e 348 deste Código. Art. 300. Salvo assentimento expresso do
houver, presumindo‑se iguais, no débito, as ``V.art. 16, Dec.‑Lei 70/1966 (Autoriza o fun- devedor primitivo, consideram‑se extintas,
partes de todos os codevedores. cionamento de associações de poupança e a partir da assunção da dívida, as garantias
``V. arts. 346, I; 680; e 831, deste Código. empréstimo e institui a cédula hipotecária). especiais por ele originariamente dadas
Art. 284. No caso de rateio entre os ao credor.
Art. 292. Fica desobrigado o devedor ``V.Enunciados 352 e 422 das Jornadas de Di-
codevedores, contribuirão também os que, antes de ter conhecimento da cessão, reito Civil.
exonerados da solidariedade pelo credor, paga ao credor primitivo, ou que, no caso
pela parte que na obrigação incumbia ao de mais de uma cessão notificada, paga ao Art. 301. Se a substituição do devedor
insolvente. cessionário que lhe apresenta, com o título vier a ser anulada, restaura‑se o débito, com
``V. art. 282 deste Código. de cessão, o da obrigação cedida; quando o todas as suas garantias, salvo as garantias
``V. Enunciado 350 das Jornadas de Direito Civil. prestadas por terceiros, exceto se este co‑
crédito constar de escritura pública, preva‑
nhecia o vício que inquinava a obrigação.
Art. 285. Se a dívida solidária interes‑ lecerá a prioridade da notificação. ``V. Enunciado 423 das Jornadas de Direito Civil.
sar exclusivamente a um dos devedores, ``V. arts. 215; 312; 347; 348; e 377 deste Código.
responderá este por toda ela para com Art. 302. O novo devedor não pode opor
Art. 293. Independentemente do conhe‑ ao credor as exceções pessoais que com‑
aquele que pagar. cimento da cessão pelo devedor, pode o
``V. art. 333 deste Código. petiam ao devedor primitivo.
cessionário exercer os atos conservatórios ``V. art. 294 deste Código.
do direito cedido.
TÍTULO II Art. 303. O adquirente de imóvel
DA TRANSMISSÃO DAS
Art. 294. O devedor pode opor ao ces‑ hipotecado pode tomar a seu cargo o pa‑
sionário as exceções que lhe competirem, gamento do crédito garantido; se o credor,
OBRIGAÇÕES
bem como as que, no momento em que notificado, não impugnar em trinta dias
veio a ter conhecimento da cessão, tinha a transferência do débito, entender‑se‑á
CAPÍTULO I contra o cedente. dado o assentimento.
``V.arts. 302; 347; e 348 deste Código.
DA CESSÃO DE CRÉDITO ``V.arts. 1.475 e 1.479 deste Código.
``V.art. 16, Dec.‑Lei 70/1966 (Autoriza o fun- ``V.Enunciados 353 e 424 das Jornadas de Di-
cionamento de associações de poupança e reito Civil.
Art. 286. O credor pode ceder o seu cré‑ empréstimo e institui a cédula hipotecária).
dito, se a isso não se opuser a natureza
da obrigação, a lei, ou a convenção com Art. 295. Na cessão por título oneroso, TÍTULO III
o devedor; a cláusula proibitiva da cessão o cedente, ainda que não se responsabi‑ DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO
não poderá ser oposta ao cessionário de lize, fica responsável ao cessionário pela DAS OBRIGAÇÕES
boa‑fé, se não constar do instrumento da existência do crédito ao tempo em que
obrigação. lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe
cabe nas cessões por título gratuito, se tiver CAPÍTULO I
``V. arts. 347; 348; 358; 377; 497, p.u.; 498; 919;
procedido de má‑fé. DO PAGAMENTO
920; 1.149; 1.707; e 1.749, II e III, deste Código.
``V. art. 16, Dec.‑Lei 70/1966 (Autoriza o fun- ``V. arts. 347 e 348 deste Código.
cionamento de associações de poupança e Art. 296. Salvo estipulação em contrário, SEÇÃO I
empréstimo e institui a cédula hipotecária). DE QUEM DEVE PAGAR
``V. arts. 18 e 28, Lei 9.514/1997 (Dispõe sobre o
o cedente não responde pela solvência
sistema de financiamento imobiliário e institui
do devedor.
a alienação fiduciária de coisa imóvel). ``V. arts. 347; 348; e 1.005 deste Código. Art. 304. Qualquer interessado na extin‑
ção da dívida pode pagá‑la, usando, se o
``V. art. 83, § 4º, Lei 11.101/2005 (Lei de Recu- Art. 297. O cedente, responsável ao ces‑ credor se opuser, dos meios conducentes
peração de Empresas e Falência). sionário pela solvência do devedor, não à exoneração do devedor.
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na responde por mais do que daquele rece‑ ``V.arts. 334; 346, III; e 394 deste Código.
cessão de um crédito abrangem‑se todos beu, com os respectivos juros; mas tem de ``V.art. 158, II, Lei 11.101/2005 (Lei de Recupe-
os seus acessórios. ressarcir‑lhe as despesas da cessão e as que ração de Empresas e Falência).
``V. arts. 92 a 97; 348; e 364 deste Código. o cessionário houver feito com a cobrança. Parágrafo único. Igual direito cabe ao
``V. arts. 347; e 348 deste Código.
Art. 288. É ineficaz, em relação a tercei‑ terceiro não interessado, se o fizer em nome
ros, a transmissão de um crédito, se não Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, e à conta do devedor, salvo oposição deste.
celebrar‑se mediante instrumento público, não pode mais ser transferido pelo credor Art. 305. O terceiro não interessado, que
ou instrumento particular revestido das que tiver conhecimento da penhora; mas o paga a dívida em seu próprio nome, tem
solenidades do § 1º do art. 654. devedor que o pagar, não tendo notificação direito a reembolsar‑se do que pagar; mas
``V.arts. 221; 347; e 348 deste Código. dela, fica exonerado, subsistindo somente não se sub‑roga nos direitos do credor.
``V.arts. 127; I, e 129‑9; Lei 6.015/1973 (Lei de contra o credor os direitos de terceiro. ``V.arts. 346, III; 347, II; 348; 871; 872; e 880
Registros Públicos). ``V. arts. 312; 347; e 348 deste Código. deste Código.

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