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Resumo de IP II

Adriane Baima Nascimento de Oliveira - Matrícula: 500747


Milenna Carvalho Leite Gondim - Matrícula: 499134
Adria Pamela Silva Barbosa - Matrícula: 494056

GESTANTES EM SITUAÇÃO DE RUA – UMA REVISÃO INTEGRATIVA

A população em situação de rua é bastante estigmatizada pela sociedade e enfrenta desafios


para sobreviver diariamente no contexto de vida nas ruas. As principais causas da manutenção
das pessoas na rua são problemas familiares, uso de drogas e desemprego. Nesse contexto,
tem-se que 18% das Pessoas em Situação de Rua são mulheres, que vivenciam problemáticas
particulares do gênero feminino, como a gestação, o que aumenta sua vulnerabilidade. Assim,
a relevância deste estudo se baseia na importância de visibilizar o contexto dessas gestantes,
pois se trata de um sério problema de saúde pública pouco abordado. Ainda que, ao longo dos
anos, algumas políticas públicas foram criadas, como a Política Nacional para a população em
situação de rua (BRASIL, 2009), o descaso sofrido por essas mulheres persiste. Desta
maneira, o presente estudo tem por objetivo realizar uma revisão integrativa que analise a
situação vivida e as barreiras enfrentadas pelas mulheres em situação de rua no período da
gravidez, como no acesso ao pré-natal e a um acompanhamento médico de qualidade.
Inicialmente, definiu-se a seguinte pergunta PICO: “Quais os desafios e as barreiras
enfrentadas pelas gestantes em situação de rua quanto ao acesso ao SUS e à assistência
recebida no pré-natal? ”. Os Descritores em Ciências da Saúde utilizados na pesquisa foram:
Pregnant Women, Homeless Persons e Homeless Pregnancy. Foram usadas as bases de dados:
PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, que integrou artigos das plataformas MEDLINE,
LILACS, SciELO, Capes, CINHAL, ERIC e Sociological Abstracts. Também realizou-se
buscas no site do Ministério de Saúde. Procurou-se também por mais dados nos sites
DATASUS, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e no site do Governo Federal. Notam-
se os muitos obstáculos vivenciados por elas, além da questão do impasse em conseguir o
atendimento, salienta-se a discriminação no acolhimento e a dificuldade no estabelecimento
de vínculo com os profissionais, inviabilizando, dessa forma, uma linha de cuidado no pré e
no pós-parto, e no acesso às orientações, já que a maioria das entrevistadas eram usuárias de
drogas e não pararam o uso durante esse período. Nessa perspectiva, o pré-natal traria
benefícios consideráveis, conclui-se, que são indispensáveis ações benéficas ao acesso da
mulher em situação de rua ao SUS, assim como sua participação em ações
educativas/assistenciais nas etapas do ciclo gestacional. Tal pesquisa explicita as
contribuições ao direcionamento da Saúde Coletiva, principalmente no tocante à Saúde da
Mulher em situação de rua, como a necessidade do acompanhamento pré-natal, objetivando a
preservação da saúde da mãe e do bebê, a urgência de apoio psicológico, devido à
vulnerabilidade em que se encontra, e a intervenção de políticas públicas, para instruir essa
população e assegurar os seus direitos como cidadãs.

PALAVRAS-CHAVE: Gestantes. Pessoas em Situação de Rua. Sistema Único de Saúde.

Referências:
BRASIL. Decreto no 7053, de 23 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional para a
População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e
Monitoramento, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 2009.

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