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O Processo de Inovação em Tríplice Hélice: uma Análise de Casos da Coréia do


Sul

Conference Paper · January 2011

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5 authors, including:

Guilherme Luís Roehe Vaccaro Carlos Alberto Mendes Moraes


Universidade do Vale do Rio dos Sinos Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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O Processo de Inovação em Tríplice Hélice: uma
Análise de Casos da Coréia do Sul
Guilherme Luís Roehe Vaccaro a (guilhermev@unisinos.br); Carlos Alberto Mendes
Moraes b (cmoraes@unisinos.br); Cristiano Richter (engrichter@unisinos.br) c ; Daniel
Fink (daniel.fink@kaist.ac.kr) d ; Tomás Scherrer (tomas.scherrer@kaist.ac.kr) d
a
PPGEPS / MOSES, UNISINOS, RS – BRASIL
b
PPGEM, PPGEC / NUCMAT, UNISINOS, RS – BRASIL
c
Projeto Estratégico Semicondutores, UNISINOS, RS – BRASIL
d
iTTP, KAIST – COREIA DO SUL

Resumo
Este artigo analisa o relacionamento dos setores de pesquisa, desenvolvimento e inovação à luz do
modelo de colaboração em tríplice hélice. Apresenta inicialmente informações sobre a estrutura de
inovação na Coréia do Sul e, posteriormente, apresenta o relato de três casos que apresentam indícios
de sucesso do ponto de vista de inovação e desenvolvimento conjunto de novas oportunidades entre
governo, empresas e universidades. O método de trabalho foi observacional, com características
etnográficas, sendo complementado por análise documental e entrevistas. Como principais resultados
da pesquisa observa-se que, apesar de o referencial não ser o apresentado pela Tríplice Hélice, o
modelo de colaboração entre governos, empresas e universidades é extremamente ativo e apresenta-se
como uma das fortalezas do sistema econômico da Coréia do Sul.

Palavras-chave: Inovação; Gestão da Inovação; Tríplice Hélice; Modelos de Colaboração.

1 Introdução
A República da Coréia, costumeiramente conhecida como Coréia do Sul, é um país que se localiza no
extremo oriente, vizinho ao Japão, à Coréia do Norte e à China. Possui 1/80 do tamanho do Brasil
(100.210 km2 contra 8.514.876 km2) e possui população equivalente a 1/4 da população Brasileira
(48.875.000 contra 194.227.984 habitantes). No entanto, apresenta um PIB per capita de
aproximadamente US$ 20.759,00, quase o dobro do Brasil (US$ 11.185,00), e um saldo de balança
comercial que representa aproximadamente 3 vezes o saldo da balança comercial brasileira (US$ 41.7
bilhões contra US$ 14.9 bilhões). É atualmente o 5º maior vendedor de produtos para o Brasil,
especialmente em produtos e componentes eletrônicos e automobilísticos, e apenas o 13º maior
comprador de produtos do Brasil, especialmente matérias-primas básicas (EMBAIXADA DO
BRASIL, 2010).
Segundo Masiero (2011), há cerca de 30 anos, a situação da Coréia do Sul era diferente, apresentando-
se inferior ao Brasil em termos micro e macroeconômicos. Após anos de opressão sofrida pelo Japão e
recém libertado ao final da Segunda Guerra Mundial, o país experimentou um período de crescimento
econômico para, em menos de 30 anos, mergulhar na Guerra da Coréia, a qual resultou na separação
entre Coréia do Sul e Coréia do Norte, com consequências fortemente negativas do ponto de vista
social e econômico. No entanto, com o investimento de países como os Estados Unidos e a busca por
liberação e expansão internacional de suas empresas, a Coréia do Sul soube aproveitar a oportunidade
de desenvolver um período de crescimento econômico relevante (MASIERO, 2011), fundamentado,
entre outros elementos em um sistema que evoluiu da imitação e expansão com foco em competição
para um sistema de inovação baseado em colaboração entre Governo, Universidade e Empresa.
Este artigo tem por objetivo descrever e analisar três casos identificados na Coréia do Sul,
relativamente aos mecanismos de geração e gestão de parceria Governo-Universidade-Empresa. O
primeiro caso relaciona-se à ação de inovação orientada pelo governo coreano, por meio de agentes de
inovação. O segundo caso relata o caso de uma parceria entre uma empresa brasileira, uma empresa
coreana, uma universidade brasileira e universidades coreanas relativamente ao desenvolvimento de

1
uma empresa de semicondutores no Brasil. O terceiro caso relaciona-se à visão de parceria
Universidade-Empresa-Governo estabelecida por uma universidade sul-coreana, considerada caso de
destaque neste quesito na Coréia do Sul.
A base de referência para a análise proposta baseia-se nos conceitos de inovação de Tidd, Bessant e
Pavit (2008) e na Tríplice Hélice, de Etzkowitz (2009). O artigo apresenta o relato dos casos, obtido a
partir de um processo observacional com características etnográficas, cujo método é descrito na seção
seguinte. A seguir são apresentados alguns fundamentos necessários para o embasamento da discussão
proposta. Os casos são então relatados e uma análise é realizada, à luz dos elementos de inovação e da
tríplice hélice. Por fim, algumas considerações são apresentadas, a título de conclusões, ainda que não
exaustivas.

2 Materiais e métodos
A análise de contextos complexos requer métodos de pesquisa capazes de sistematizar informação e
separar dados relevantes para um determinado objetivo de pesquisa de um conjunto massivo de dados
disponíveis. Dentre os métodos disponíveis, e considerado que a análise casuística requer a
compreensão contextual dos elementos e atores que determinam uma dada situação de análise
(FLICK, 2004; YIN, 2011), os métodos de características qualitativas apresentam-se como uma opção
interessante.
Em particular, métodos que permitam a narrativa de contextos, com análise do ponto de vista vivencial
do contexto, mostram-se relevantes para a discussão de casos. Neste sentido, Jaime (2003) e Azevedo
(2011) afirmam que métodos com características etnográficas necessitam levar em conta o contexto
disciplinar de origem e propiciam a possibilidade de detectar perspectivas divergentes e interpretações
alternativas para um mesmo fenômeno. Segundo Cavedon (1999), o método etnográfico consiste no
levantamento dos dados possíveis sobre uma determinada comunidade com a finalidade de conhecer a
cultura específica da mesma. Essa descrição não se dá a partir de categorias prévias, mas sim a partir
da descrição do ponto de vista nativo sobre seu sistema de valores, sua experiência de vida,
pensamentos, emoções, sentimentos e práticas (ROCHA, 1996 apud CAVEDON, 1999).
O presente estudo foi realizado de forma observacional, possuindo características etnográficas. Os
pesquisadores tiveram a oportunidade de vivenciar o contexto de execução dos casos e a cultura sul-
coreana por períodos que variam de um mês a três anos, buscando identificar os elementos objetivos
da pesquisa em aliança com os traços culturais que direcionam o desenvolvimento dos casos relatados
no presente artigo.
Inicialmente, foram identificados os atores de foco e estabelecidos contatos para a compreensão
preliminar dos casos disponíveis para análise. Três casos foram selecionados para análise e um
processo sistemático de reuniões, observação direta e análise documental foi realizado, de modo a
gerar dados relevantes para a análise proposta. O elemento vivencial com os atores foi proporcionado
a partir do estabelecimento de relacionamento com pessoas chave em cada caso e viabilizado em
função da permanência dos autores na Coréia do Sul.
A análise realizada baseou-se em registro de narrativas, elementos de análise de conteúdo e
compilação de registros de diários. O processo de coleta e análise das informações foi realizado em
cerca de 3 meses. As técnicas de coleta e análise utilizadas são coerentes com o que expressa Cavedon
(1999) e Flick (2004), segundo os quais se propõe prioritariamente a observação participante, a qual
requer que o pesquisador realize uma imersão no cotidiano de uma determinada cultura, e por meio
desse processo consiga compreender o universo sociocultural, objeto de sua pesquisa (AZEVEDO,
2011).

3 Referencial teórico
A seguir serão apresentados os principais elementos referenciais que embasam a discussão proposta.
Inicia-se com uma breve conceituação de inovação e uma visão de ambientes de colaboração para
inovação. Em seguida apresenta-se o conceito de tríplice hélice.

2
3.1 Inovação e desenvolvimento de produtos
O desenvolvimento de produtos pode ser entendido de diferentes perspectivas e pontos de vista. Uma
dessas perspectivas é a da inovação, que refere-se ao desenvolvimento de novo valor para um conjunto
de atores. Nesta definição simples incluem-se outros tipos de inovação que não a de produto, tais
como em serviços, processos, mercados e gestão.
Genericamente, Tidd, Bessant e Pavitt (2008) definem inovação como uma mudança significativa.
Estes autores destacam as tipologias de inovação propostas por Francis e Bessant (2005), as quais são
chamadas de os 4 Ps da inovação:
P1 - inovação para introdução ou melhoria de Produtos: uma mudança nos produtos/serviços
oferecidos por uma organização;
P2 - inovação para introdução ou melhoria de Processos: uma mudança na forma como os
produtos/serviços são criados e entregues;
P3 - inovação para definição ou redefinição do Posicionamento da firma ou dos produtos: uma
mudança no contexto em que produtos/serviços são introduzidos; e
P4 - inovação para definição ou redefinição do Paradigma dominante da firma: uma mudança nos
modelos mentais subjacentes que orientam o que a empresa faz.
Já para Schumpeter (1982), a inovação origina-se nos produtores (para o autor, especificamente nas
firmas), embora o autor reconheça a importância dos consumidores para o processo de adoção e
difusão de inovações. Dessa forma, esse autor estabelece a forma de relacionamento e o lócus da
geração de inovação, colocando os “produtores” como principais responsáveis por novas combinações
que resultem em novo valor. A esse processo Schumpeter (1984) intitula “destruição criadora”, onde
novas formas de negócio surgem e “destroem” antigos paradigmas, sempre impulsionados pela busca
de novas fontes de ganho. Como casos reconhecidos podem-se citar a interface do iPod, da americana
Apple, assim como o conceito de cloud computing, associado à noção de ubiquidade de informação.
Schumpeter e Lizst são considerados os precursores da discussão sobre inovação, tendo concentrado
grande parte de sua carreira de economista escrevendo sobre este tema (FREEMAN, 1995). Conforme
preconizado por Schumpeter (1984), os empresários utilizam a inovação tecnológica para obter
vantagem estratégica. Essa definição, de perspectiva estratégica, pode ser complementada pela visão
do Manual de Oslo (OECD, 2004), que afirma que inovação é uma mudança significativa,
desenvolvida de forma planejada e com o objetivo de se traduzir em melhoria no desempenho da
organização por intermédio de algo novo. A última expressão remete à distinção entre a melhoria
incremental e a inovação, sendo esta última caracterizada pelo desenvolvimento de conhecimento
novo, implementável em produtos, serviços ou processos, e advinda de equipes de pesquisa e
desenvolvimento internas ou de inovações provenientes de fontes externas. Não obstante, para que
seja caracterizada como inovação (OECD, 2004) é necessária a efetiva implementação desta novidade,
seja pela sua introdução no mercado ou sua efetiva utilização pela empresa.

3.2 Ambientes de colaboração para a inovação


A colaboração entre atores tem sido apontada como elemento relevante para a produção sistemática de
inovações. Ainda em meados do século XIX, Friedrich Lizst já discutia a relação entre
desenvolvimento econômico e a necessidade de articulação entre indústria, ciência e ensino
(implicitamente, tratando da importância de um Sistema Nacional de Inovação), tema que foi
retomado e discutido nos trabalhos de Schumpeter, o qual concentrou grande parte de sua carreira
como economista no aprofundamento desta discussão (FREEMAN, 1995). Contribuições nesse
sentido também são observadas por Chesbrough (2003), Christensen (2001), Ciarli e Valente (2005), e
Clark e Fujimoto (1991).
À luz dos autores previamente mencionados, estabelece-se uma visão de que a inovação sistemática se
dá quando tem condições de ser disseminada, cultural e economicamente, por elos de uma cadeia de
produção. Segundo Pellegrin (2008), a inovação deve ser desenvolvida de forma contínua em todos os

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elos da cadeia de valor, de modo a ampliar as fronteiras competitivas dessa cadeia. No entanto,
observa que é necessário estabelecer formas de articulação entre os diversos atores envolvidos na
cadeia, como clientes, fornecedores, instituições públicas e privadas, buscando, dessa forma, sustentar
e efetivar os processos de inovação. Nesse sentido, a adoção de práticas de inovação para fora das
fronteiras da organização, como open innovation (CHESBROUGH, 2003) ou modelos colaborativos
entre atores, podem contribuir.
Dentre os atores anteriormente mencionados, encontra-se a visão de propriedade, ou influência, sobre
diferentes instituições que necessitam ser considerados para a promoção de inovações. Em particular,
Pellegrin (2008) sugere que essas instituições sejam separadas em três categorias: (i) informais
normativas (crenças, cultura, etc.); (ii) formais normativas (valores, códigos de conduta, etc.); e (iii)
formais de regulação (normas técnicas, leis, regulamentações, etc.). Com base nessas instituições
recursos e esforços são movidos, ou não, no sentido da colaboração, seja objetivando a inovação, seja
em direção a outros objetivos.
Não obstante, dois elementos fundamentais para o estabelecimento da colaboração são: (i) o
estabelecimento de uma linguagem comum, visando o entendimento de conceitos e a explicitação das
instituições comuns; e (ii) o estabelecimento de confiança entre os atores, quer por instrumentos
formais quer por instrumentos informais, em última análise compreendido como uma percepção mútua
de valor entre os atores e suas instituições comuns.
Nesse contexto, destaca-se que a capacidade de identificar e aproveitar oportunidades de mercado é
perpassada pela capacidade de colaborar, seja com o objetivo de obter recursos, seja com o objetivo de
identificar ou obter mecanismos legais que permitam a acessibilidade a diferentes mercados ou formas
de promoção da inovação proposta. Do ponto de vista da firma, quanto maior for sua apropriabilidade
sobre os ganhos financeiros e tácitos provenientes de uma inovação, mais essa lhe será interessante.
Dessa forma, quanto maior for o envolvimento da empresa com os atores envolvidos na cadeia de
valor da inovação, potencialmente maiores serão suas possibilidades de apropriar-se dos resultados das
inovações geradas pela cadeia (PANTALEÃO; ANTUNES JÚNIOR; PELLEGRIN, 2007). Essa
afirmação é reforçada pela visão de que a simples existência de oportunidades não garante a efetiva
retenção dos ganhos provenientes de seus investimentos (DOSI, 1988).

3.3 Tríplice hélice


O modelo de Tríplice Hélice, preconizado por Etzkowitz e Leydesdorff (1995; 1997; 2000) e, mais
recentemente, rediscutido por Etzkowitz (2009), propõe um modelo de interação coparticipativa entre
Governo, Empresa e Universidade. O modelo apresenta evoluções sobre o chamado Triângulo de
Sábato, proposto por Sábato e Bontana (1968) e parte do pressuposto de que, mesmo que relações
bilaterais existam entre esses atores, esses não têm suficiente poder para promover, de forma
sistemática, inovações.
Segundo Tonelli e Zambalde (2007), o modelo de tríplice hélice interpreta a dinâmica da inovação a
partir de redes de comunicação que remodelam permanentemente os arranjos institucionais a partir das
expectativas que vão surgindo, sem privilégio a qualquer uma das partes. Esse é um dos contrapontos
em relação ao modelo de Sábato e Botana (1968), contextualmente inserido na realidade e
temporalidade da América Latina, e que, segundo Etzkowitz e Leydesdorff (2000), privilegia o papel
do governo. Além disso, este modelo difere da visão preconizada pelos chamados sistemas nacionais
de inovação (SCHUMPETER, 1982; 1984), que colocam sobre as firma o papel de liderança sobre a
inovação. Ao enfocar as redes que se formam por meio da comunicação e expectativas que se criam
nos arranjos institucionais criados por esses atores, Etzkowitz e Leydersdorff (1995; 1997; 2000) e
Etzkowitz (2009) procuram enfatizar a constante adaptação desses atores pela troca de informação e
percepções. Assim, afirmam Etzkowitz e Leydersdorff (2000), esse modelo apresenta não apenas a
interação dos atores, mas sua transformação interna pela interação:
a universidade transformando-se de instituição de ensino para instituição de ensino com
pesquisa (básica e aplicada), envolvendo prestação de serviços;

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a atuação do governo não necessita mais ocorrer com setores específicos, mas pode beneficiar-
se da ação de alianças em nível nacional, regional ou internacional, replicando modelos
utilizados por empresas globais;
a empresa modificando sua percepção de lucro para uma noção mais ampla de valor e
sustentabilidade.
Por fim, os autores observam que um dos efeitos é o fomento a uma sociedade intensiva em
conhecimento, por meio da expansão da educação superior e da existência de estruturas de
oportunidades recursivamente direcionadas por contingências sobre as tecnologias existentes e
possíveis. No entanto, observam Tonelli e Zambalde (2007), nesse modelo os arranjos não são
estáveis: uma vez que cada esfera institucional se relaciona com outras em respostas às emergências
do contexto, juntas produzem novas zonas de inter-relação institucional, resultando em redes e no
surgimento de novas formas organizacionais. A Figura 1 apresenta uma ilustração dos elementos
componentes do modelo da tríplice hélice.

Figura 1. O modelo da tríplice hélice. Fonte: Etzkowitz e Leydersdorff (2000).

Por fim, observam Tonelli e Zambalde (2007), com base em Etzkowitz e Leydersdorff (1995; 1997;
2000), corroborados por Etzkowitz (2009), o efeito idealizado dessa interação é a promoção
sistemática da inovação, acarretando desenvolvimento econômico de uma região ou país de
abrangência desses atores. Etzkowitz e Leydersdorff (2000) ainda afirmam que, de uma forma ou de
outra, muitos países ou governos regionais e locais buscam formas de implementar algum tipo de
tríplice hélice. No entanto, observam Tonelli e Zambalde (2007), os autores não abordam onde
estariam as fontes de inovação. A resolução desta tarefa ficaria sob a responsabilidade dos chamados
police makers. O objetivo comum é perceber um ambiente inovador composto por iniciativas tri-
laterais de conhecimento de desenvolvimento econômico e alianças estratégicas entre empresas
(grandes e pequenos, que operam em áreas diferentes e com diferentes níveis de tecnologia),
laboratórios governamentais, empresas spin-offs de universitários e grupos de pesquisa acadêmica
(ETZKOWITZ; LEYDERSDORFF, 2000).

4 Relato dos casos para discussão


A seguir serão apresentados os casos de foco do presente artigo. A apresentação dos mesmos não visa
ser exaustiva, sendo apresentada a partir dos procedimentos metodológicos indicados na seção 2. Após
sua apresentação, os principais elementos de discussão serão retomados de forma comparativa, na
seção seguinte.

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4.1 Caso 1 – O incentivo e a colaboração baseada em agentes de inovação
A atual estrutura de orientação de pesquisa, desenvolvimento e inovação, do ponto de vista
governamental, está organizada a partir de dois ministérios: Ministério de Educação, Ciência e
Tecnologia (MEST – Ministry of Education, Science and Technology), e Ministério de Economia do
Conhecimento (MKE – Ministry of Knowledge Economy). De forma simples, o MES é responsável
pela pesquisa básica e pela pesquisa em educação (MEST, 2011). Já o MKE é responsável pela
definição de políticas econômicas e pela destinação de verbas para projetos de pesquisa aplicada,
desenvolvimento e inovação (MKE, 2011). Este modelo foi implementado há cerca de cinco anos e
apresenta-se como um mecanismo de indução direta, por parte do Governo Sul-Coreano, quanto ao
desenvolvimento de pesquisas aplicadas na busca de soluções consideradas relevantes ou estratégicas
para a economia daquele país.
Segundo entrevistas realizadas com diretores de centros de pesquisa de três universidades e dois
centros de pesquisa de grande porte, o MKE custeia diretamente projetos de universidades e centros de
pesquisa, requerendo que tais projetos assegurem interação com empresas e geração de patentes
industriais. Os projetos são submetidos tanto por meio de chamadas como por fluxo contínuo,
dependendo do tema ou da extensão proposta. Projetos gerenciados pelo MKE podem ter duração
superior a 5 anos, orçamentos superiores a 40 milhões de dólares e envolver a colaboração de mais de
20 atores simultaneamente (universidades, centros de pesquisa e empresas). Exemplos são os projetos
Mobile Harbour e OLEV – Online Electrical Vehicle, ambos coordenados pelo KAIST – Korea
Advanced Institute of Technology, nessas condições.
No entanto, um elemento diferenciador identificado na Coréia do Sul foi a presença dos, assim
chamados, “agentes de inovação”. O MKE custeia a operação, em suas 7 províncias, centros de
agentes de inovação. Um centro dessa natureza é uma instituição não governamental formada por
profissionais que gerenciam uma verba governamental e pastas temáticas específicas, tais como
“novos produtos de tecnologia da informação e comunicação”, “biofármacos”, “energia verde”, entre
outros.
A título de ilustração, uma das agências de inovação visitadas, localizada na província de
Chungcheong (LEADER, 2011), possui como visão o estabelecimento de um sistema de
desenvolvimento global para indústrias líderes da província, e, como objetivo o crescimento de
produtos a partir da utilização de recursos inovativos da região. Para tanto, sustenta a seguinte
estratégia de desenvolvimento:
estabelecimento de uma política de criação de indústria com liderança;
construção e utilização de sistema de gestão de ganhos de negócios;
construção de estratégia para globalmente conectar clusters de áreas abrangentes; e
estabelecimento de um plano para maximizar a utilização de recursos inovativos da região.
Tipicamente, cada agente de inovação é responsável por selecionar projetos junto a empresas e
multiplicar o valor da verba que recebe. A avaliação dos projetos é sistemática e periódica, geralmente
a cada três ou seis meses, com apresentações diretamente realizadas pelos empresários aos
representantes do MKE. Anualmente os resultados financeiros são auferidos e, conforme o
desempenho da carteira de projetos o valor direcionado ao agente de inovação é aumentado, mantido
ou reduzido. Também o agente de inovação pode receber um bônus conforme o grau de desempenho
positivo obtido. Esta análise passa por apresentação do projeto e resultados junto ao ministério,
participação em exposição aberto ao público em geral, e auditoria na empresa responsável pelo
projeto.
Não há porte definido para as empresas proponentes, apesar de terem sido observadas muitas empresas
de médio porte no portfólio de empresas do centro de inovação visitado. Os projetos, tipicamente, tem
duração de 2 anos, não sendo necessariamente essa uma limitação. A avaliação é basicamente
realizada por análise de risco e retorno sobre o investimento de inovação. Tipicamente, as empresas
são incentivadas a buscar parceria com centros de pesquisa ou universidades, de modo a aproveitar os

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processos de transferência tecnológica sobre o conhecimento disponível na academia. O agente de
inovação auxilia nesse processo, quando necessário. O agente de inovação é ainda responsável por dar
suporte na organização do negócio e do projeto, para que tenha desempenho adequado ao esperado.
Este modelo representa uma potencial implementação do modelo de hélice tríplice (ETZKOWITZ,
2009) e encontra-se atualmente em operação, sendo responsável pela colocação de “capital inovador”
no sistema econômico da Coréia do Sul. A Figura 2 apresenta imagens de uma feira de empresas
suportadas por um destes centros de inovação, na qual estavam presentes cerca de 35 diferentes
companhias das áreas de novas tecnologias de informação e comunicação, biofármacos e biomedicina,
e energias renováveis. Essas feiras, também organizadas pelos agentes de inovação, visam a auxiliar
no processo de comercialização de produtos e cessão de patentes dos produtos desenvolvidos,
completando, por assim dizer, o suporte ao longo da cadeia de inovação das firmas suportadas pelos
agentes de inovação.

Figura 2. Feira de empresas suportadas por agentes de inovação na Coréia do Sul.

4.2 Caso 2 – Inovação pelo modelo 2+2


O modelo 2+2 tem sido proposto por Fujita, Lopes e Fink (2010) como uma alternativa ao
desenvolvimento de cooperações sustentáveis focadas em novas oportunidades de mercado e de
inovação. Basicamente consiste da colaboração de duas empresas, de diferentes países, visando a
desenvolver ou acessar um mercado novo ou inacessível a partir de ações individuais. Assim, de modo
ter acesso a essa nova oportunidade, essas empresas constituem uma operação em colaboração, como,
por exemplo, uma joint venture. Isso constitui o primeiro “2”.
O segundo “2” é constituído pela sustentação dada por duas universidades ou centros de pesquisa, um
de cada país, visando o desenvolvimento de pesquisa, desenvolvimento e inovação, de modo a gerar
vantagem competitiva (PORTER, 1989; 1999; 2006) de tal sorte que a operação permita geração de
valor para os parceiros e retorno para as sociedades de ambos os países.
A Figura 3 ilustra o modelo 2+2 na forma preconizada por Fujita, Lopes e Fink (2010).

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Figura 3. O modelo 2+2.
Fonte: Fujita, Lopes e Fink (2010).

Um caso de aplicação desse modelo está ocorrendo atualmente entre uma empresa sul-coreana de
semicondutores e uma empresa brasileira de automação industrial e microeletrônica. Em 2009, ambas
decidiram estabelecer uma nova empresa, na modalidade joint venture, para o encapsulamento de
chips de computador em larga escala no Brasil. A iniciativa é considerada pioneira sob o aspecto do
volume de produção proposto e da transferência tecnológica a ela associada. Considerando-se que o
mercado de eletroeletrônicos do Brasil gerou em 2010 um déficit na balança comercial de cerca de
17,4 bilhões de dólares anuais (IPEA, 2011), a possibilidade de encapsular chips no Brasil permite
reduzir, ainda que em parte, os impactos do crescimento do mercado de eletroeletrônicos no país.
Para a sustentação dessa operação, uma universidade brasileira foi eleita como parceira, assim como
universidades sul-coreanas. A presença de mais universidades e centros de pesquisa sul-coreanos na
configuração deste caso apresenta-se como uma diferença entre o modelo teórico proposto por Fujita,
Lopes e Fink (2010) em sua implementação, mas não em sua essência. Segundo informações colhidas
com os participantes do projeto, a multiplicidade de parceiros sul-coreanos visa melhor sustentar os
processos de transferência tecnológica para o Brasil.
Um elemento relevante para a indução deste modelo consiste no apoio governamental de ambos
países, que pode ser acessado por cada um dos atores, empresas e centros de pesquisa ou
universidades, por meio de linhas de crédito, incentivos fiscais e legais relacionados à inovação em
áreas estratégicas, bem como incentivos à cooperação bilateral. Constitui-se, assim, novamente, em
uma implementação potencial de um modelo de tríplice hélice como preconizado por Etzkowitz
(2009).

4.3 Caso 3 – Parceria universidade-empresa-governo com foco na pesquisa de


tecnologias de comunicação e semicondutores
A Sungkyunkwan University foi fundada em 1398, sendo a mais antiga universidade da Ásia. Pioneira
em muitos aspectos da formação cultural na Coréia do Sul, a Universidade definiu, na década de 1990,
como objetivos tornar-se uma universidade de classe mundial com foco na pesquisa em engenharia,
mais especificamente na área de semicondutores e tecnologias de informação e comunicação. Para
tanto, nessa mesma década estabeleceu uma associação com a empresa Samsung, uma das maiores

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corporações da Coréia do Sul, ofertando parte de seu patrimônio à empresa. Por meio dessa
associação, a Universidade passou a direcionar seus esforços na formação de profissionais em áreas
determinadas pelas demandas da empresa, em troca de recursos financeiros que representam cerca de
60% do budget da universidade. Essa modificação também resultou na modificação da orientação de
prospecção de projetos de diversos pesquisadores da universidade, os quais passaram a orientar a
busca de fundos de governo para sustentar os focos de pesquisa, desenvolvimento e inovação da
organização parceira. Para tanto, a aproximação com o governo provincial mostrou-se relevante para a
obtenção de suporte em ações de desenvolvimento regional.
A Figura 4 apresenta uma visão do modelo implementado, o qual remete, novamente, a uma visão de
hélice tríplice, ainda que neste caso a participação governamental não tenha sido evidenciada de forma
tão pungente como nos casos anteriormente apresentados.

Figura 4. O modelo de colaboração adotado pela Sungkyunkwan University.


Fonte: documentos da universidade (2011).

5 Análise e discussão
Os casos apresentados, ainda que de forma breve e não exaustiva, permitem evidenciar que a
existência de ambientes de colaboração como o preconizado por Etzkowitz (2009) –
universidades/centros de pesquisa, empresas e governo – viabilizam condições para o fomento à
inovação e ao empreendedorismo. A Coréia do Sul é vista, atualmente, como um país benchmark em
termos de ações de empreendedorismo e inovação (KIM; NELSON, 2005; MCT, 2010), contando com
mais de 35% da população com mestrado e doutorado.
Dos elementos evidenciados nos casos, pode-se perceber que questões apresentadas por Tonelli e
Zambalde (2007) relativamente ao papel efetivo dos atores no modelo de tríplice hélice
(ETZKOWITZ; LEYDERSDORFF, 1995; 1997; 2000; ETZKOWITZ, 2009) são encaminhadas:
A atuação do governo, de forma focada na promoção de inovações e de ações
empreendedoras, injetando capital de forma direta e articulada com uma visão de política
econômica de longo prazo, alinhada pelas diretrizes do MKE, apresenta-se como elemento
indutor relevante de inovações não necessariamente originadas nas firmas, diferentemente do
proposto pelos modelos dos sistemas nacionais de inovação. Direta ou indiretamente, essa
ação pode ser observada nos três casos relatados, sendo que nos casos 1 e 3 é explícita;
No entanto, o papel de indução da participação de empresas nos projetos de pesquisa aplicada
remete ao papel fundamental das empresas como veículos de concretização da inovação. Esta
situação não é (e não necessita ser) excludente em relação ao proposto por Schumpeter (1982;
1984) e outros autores defensores dos sistemas nacionais de inovação, dado que as firmas

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podem continuar desenvolvendo inovações sistemáticas de forma independente dos modelos
de colaboração evidenciados nos três casos ora relatados;
A modificação de postura da academia é observada, em grande parte, na forma de uma
predisposição de pesquisadores em estabelecer relacionamentos e diálogo com empresas e
governo na busca de projetos de pesquisa aplicados. No entanto, este elemento não pode ser
considerado, com base nas investigações de campo realizadas, como hegemônico.
Observa-se que a criação de um ambiente propício para a inovação demanda investimentos com foco
em resultados, independente do ator promotor do processo inovativo. Essa observação, ainda que não
conclusiva, baseia-se na identificação dos elementos direcionadores do processo inovativo
evidenciados nos casos anteriormente relatados, observados a partir das fontes de evidências coletadas.
A extensão dessa observação perpassa decisões de pesquisadores de, após certo tempo, preferirem
certas rotas tecnológicas de pesquisa em detrimento de outras, pela evidência de sustentabilidade de
negócio de uma rota em relação a outras.

6 Conclusão
O presente artigo é concluído com a apresentação de considerações não exaustivas, característica de
estudos qualitativos como o apresentado.
A principal consideração que o estudo permitiu delinear a partir dos casos apresentados é a de que o
desenvolvimento tecnológico, social e econômico observado na Coréia do Sul encontra-se fortemente
acoplado às diretrizes dadas pelo governo federal, de incentivo financeiro de alto valor e de
regularidade em pesquisa e desenvolvimento tanto diretamente para empresa, ou universidades e
institutos de pesquisa, ou em parcerias entre estes atores. Pode-se observar que, a seu modo e sem
referir o explicitamente, a Coréia do Sul caminha para a implementação de um modelo de tríplice
hélice, com indícios de mudanças de comportamento de atores como os preconizados por Etzkowitz e
Leydersdoff (2000).
Observa-se também, dos casos relatados, que os modelos de inovação “centrado na firma”
(SHUMPETER, 1982; 1984) e de “colaboração entre atores” (ETZKOWITZ; LEYDERSDOFF, 1995,
1997, 2000; ETZKOWITZ, 2009) convivem no ambiente sul-coreano. No entanto, das evidências
empíricas observadas, tende-se a acreditar que o primeiro caso é menos evidente, em função da
natureza de segredo industrial ou de negócio que pode ser associada ao desenvolvimento focado na
firma. Modelos como o de tríplice hélice foram observados como preferidos pelos atores
Governamentais, primordialmente. Conjectura-se que, neste caso, a estrutura escolhida pela Coréia do
Sul, de estabelecer um Ministério de Economia do Conhecimento apresente-se como um fator indutor
e de protagonismo nas relações com os demais atores no processo de tríplice hélice da República da
Coréia.

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